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Capítulo 2

Itália, isso explica porque fui eu a escolhida para esta missão.

Durante aquelas aulas em França tivemos a oportunidade de aprender francês e uma língua à nossa escolha. O meu irmão escolheu árabe, mas eu preferi algo mais próximo à nossa língua materna por isso escolhi a italiana. Também foi o facto de as palavras soarem românticas e harmoniosas que me fez escolhe-la, e à medida que a aprendia sentia que cada frase tinha em si um ritmo próprio e enigmático.

Os meus pais levaram-me ao aeroporto e entregaram-me um envelope que deveria ler durante o voo com todas as informações.  Por fim, despedimo-nos os quatro num abraço demorado, e prometi-lhes que me iria certificar que tudo correria tão bem quanto o possível.

Parti uma semana mais cedo do que o meu irmão, portanto nem cheguei a ouvir todos os detalhes do trabalho dele. Os meus pais iriam  passar aquele tempo na nossa ausência em Espanha com os nossos avós.

— A senhorita quer algo para beber? — pergunta-me uma simpática hospedeira.

— Não, obrigada.

Pedi aos meus pais para me comprarem um bilhete de avião à janela, e assim o fizeram. Ao meu lado, tenho a vista para um emaranhado de extensas e delicadas montanhas, e eventualmente lá aparece uma cidade ou outra.

Pego o envelope que a minha mãe me deu e ganho coragem de o abrir. Dentro dele vem uma carta com a seguinte mensagem:

Cara Natália Rendhal,

Ao chegar ao aeroporto um táxi estará à sua espera na entrada para levá-la ao Hotel Cuore, de cinco estrelas, situado no centro de Roma. Nele deverá fazer o check-in com o cartão incluído neste envelope e dirigir-se ao quarto indicado.

Já no quarto terá à sua espera todos os produtos de beleza e higiene que forem necessários para essa mesma primeira noite. No armário encontrará uma bela indumentária que deverá utilizar juntamente com os restantes produtos.

A sua missão consistirá em seduzir o empresário Santoro, que estará no luxuoso bar do hotel por volta das onze da noite. Faça com ele a leve para o quarto do hotel em que está hospedado e termine o trabalho nessa mesma noite com o auxílio da arma que lhe foi entregue no táxi do aeroporto.

Depois disto retire os pertences do seu quarto e dirija-se, às quatro da manhã em ponto, para o táxi que a esperará na porta do hotel.

Se tudo correr dentro dos conformes, receberá dentro de 42 horas um cheque no valor de 20.000 euros.

Não deixe nenhuma marca que a identifique. Seja limpa, cuidada e eficiente e lembre-se sempre de que menos é mais.

Atenciosamente,
A Sociedade.

Não fala de nenhum gadget, por isso assumo que não vá precisar de nenhum.

Respiro lenta e profundamente ao terminar de ler a carta e levanto-me para ir à casa de banho do avião. A subida deixou-me com dores de ouvidos, pois esqueci-me completamente de trazer as pastilhas.

Quando chego e depois de trancar a porta, mal reconheço o meu reflexo no espelho. O meu cabelo foi pintado de um castanho muito escuro, que mais parece preto, e os meus olhos estão com um grosso lápis negro em volta. Para além disso a minha mãe arranjou-me as sobrancelhas e tratou do meu penteado.

Na bagagem de mão, a única mala que trouxe, tenho uma carteira com um passaporte falso que indica o meu nome como sendo Antonella, porém mesmo assim deverei, caso alguém me pergunte como me chamo, responder Nella.

A verdade é que a única coisa para a qual não me sinto preparada nesta missão será a necessidade de seduzir o empresário. Na escola nunca nos ensinaram isso. Posso ser muito boa a disfarçar-me, reproduzir sotaques ou a defender-me, mas não a convencer a alguém a levar-me para o quarto do hotel.

Quando chego ao aeroporto não tenho que esperar pela minha bagagem de porão, já que não trouxe nenhuma. Levo antes a minha pequena mochila às costas e dirijo-me à entrada do aeroporto.

Na carta não vinha indicado qual seria o táxi porque todos os táxis alugados pela Sociedade estão identificados por um autocolante com uma folha desenhada em henna no vidro da frente. É uma forma de simplificar todo o processo, e as pessoas à nossa volta nem fazem a mínima suspeita daquele pequeno símbolo.

Entro no táxi de vidros esfumados, e um homem de óculos escuros e gorro conduz-me até ao hotel sem dizer uma única palavra. Ao meu lado tenho uma mala que deverei levar comigo. Dentro dela está a arma que me tinham prometido, uma pistola automática preta e relativamente leve.

Depois de a guardar na mochila e chegarmos ao hotel despeço-me do condutor e dirijo-me à entrada.

O hotel está decorado na parte de dentro de uma forma extremamente luxuosa. Tons de dourado, púrpura e mármore deixam o espaço com um aspeto rico e clássico, e as pessoas na receção têm todas um ar importante que me faz sentir inferiorizada.

— Bom dia, queria fazer o check-in — digo com uma pronúncia italiana cuidada.

Depois de todas as formalidades estarem completas, dirijo-me às escadas e subo até ao quinto andar. Como diria o meu pai: "Membros da SIAT não usam elevadores", apesar de eu nunca ter percebido realmente o porquê.

Quando chego ao meu quarto, o número 0504 localizado no 5º andar, uso o cartão que me entregaram para abrir a porta e fico deslumbrada com o aspeto da divisão.

Para começar, a cama é de king size, o que faz com que me atire imediatamente para cima dela. O quarto é enormíssimo, com duas janelas viradas para o centro de Roma e um plasma que cobre uma das paredes. No centro está uma mesa rodeada por dois sofás e com uma taça de fruta por cima. Ainda por cima, tenho uma casa de banho com banheira de hidromassagem só para mim e um armário enorme para guardar as minhas roupas, que por sinal não são nenhumas já que só cá ficarei uma noite.

Por falar nisso, o vestido que eles me deixaram deve ter custado imenso dinheiro. É vermelho-escuro, comprido, de seda e tem um pequeno decote que me cai na perfeição. Só o deveria ter vestido à noite, mas não resisti a experimenta-lo agora.

Como não referiram na carta o que fazer com ele, vou levá-lo comigo na viagem de regresso a casa.

Antes de sair para ir almoçar dispo-o e guardo-o novamente no armário.

De acordo com o folheto que me deixaram na secretária do quarto, o hotel tem uma piscina interior que serve de SPA nos andares mais altos e no terraço fica o bar que a carta falava. Mas infelizmente não terei tempo de experimentar as massagens que nos são oferecidas.

Os produtos que deverei usar hoje à noite são um creme para a pele, um perfume com cheiro a framboesa e um batom vermelho escuro matte. A escolha deles deve estar relacionada com os gostos pessoais do empresário, já que a Sociedade tem um motivo por trás de tudo o que faz.

Acabo por ir almoçar com a roupa que trouxe durante a viagem de avião, uma saia comprida preta e uma blusa simples branca, pois o meu objetivo por enquanto é não dar nas vistas.

Quando chego lá a baixo sento-me numa mesa individual e espero que o garçom venha registar o meu pedido. Por estar em Itália, decido pedir massa alla bolognese e para beber água fresca.

As despesas que fizer no hotel serão pagas pela Sociedade com o cartão de crédito que também veio no envelope, portanto não tenho que me preocupar.

Enquanto espero pela comida, pego no meu bloco de notas e começo a preparar o plano.

Tenho que chegar ao bar depois das onze e conseguir realizar todo o plano antes das quatro. A arma deve ir escondida por baixo do vestido, por isso vou utilizar uma fita para a prender à perna, e assim será mais fácil e rápida de pegar.

No entanto, continuo sem fazer ideia de quem é esse tal empresário. Foi um grande desleixo da SIAT não me enviar fotografias antecipadamente na carta. À custa disso terei que perguntar a alguém durante a festa, e isso poderá expor-me.

De volta ao quarto, certifico-me que tenho as munições necessárias para garantir segurança e relaxo o máximo possível na banheira de hidromassagem.

Repito várias vezes para mim mesma as últimas palavras que ouvi do meu pai:

"Sê rápida e discreta."

"Ninguém lá estará para te proteger."

"O mínimo erro porá a tua vida em perigo."

Quando me começo a aborrecer de estar na banheira saio para começar a tratar do penteado. Deverá ser fino e arrojado. De acordo com a minha mãe, "é mais fácil se o apanhares num coque", por isso é o que faço.

Manejo as madeixas recém-secas com o secador e coloco todo o cabelo preso num elástico.

De seguida espalho generosamente o creme pelo corpo e espero que sejam horas para o jantar.

Apesar da pizza napolitana estar maravilhosa, tenho que voltar rapidamente ao quarto para terminar de me vestir. Como fui jantar tão cedo, não estavam lá quase nenhuns hóspedes, o que me faz aprender que aquela é a melhor altura para lá ir.

O vestido vermelho-escuro cai-me de uma forma maravilhosa, e, apesar da dificuldade com o fecho, consigo por fim vesti-lo.

Depois coloco a base que me deixaram, passo uma sombra leve, um risco preto e fino e termino com o batom.

Quando o relógio marca as onze em ponto dou uma última borrifadela do perfume com cheiro a framboesa, guardo a arma por baixo do vestido presa à minha perna e saio do quarto em direção ao bar do hotel. 


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