Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 17

Pietro POV

— Estás preparado? — pergunta-me a Sabrina assim que o avião começa a deslocar-se pela pista de descolagem e se prepara para levantar voo.

— Estou sempre preparado. — Lanço-lhe um sorriso e ela aperta-me a mão com mais força.

— É agora! — diz quando o veículo acelera e dá-me um beijo rápido na bochecha.

O nosso avião irá agora em direção a Madrid, a famosa capital espanhola. A pedido da Sabrina, concordei em tirarmos uma semana de férias  para estarmos juntos, porque, afinal, até eu estava a precisar, principalmente depois daquela reunião com o meu pai.

Assim que saí do escritório dele naquele dia, surgiu-me uma questão à qual eu não era capaz de responder: Se ele desaparecesse para sempre, isso seria algo mau, ou bom?

Pode parecer egoísmo pensar assim, porém o meu pai nunca me deu atenção. E, quando deu, foi para me obrigar a estudar Economia, algo que eu nunca gostara, de forma a herdar os negócios dele mais tarde. Obviamente que, após um ano na Faculdade de Economia e Gestão e de ter completado a maioridade, desisti do curso e fui para Enfermagem, uma das minhas paixões.

Para além disso, se a Sociedade o levasse, a minha mãe ficaria com o caminho livre para casar com um dos amantes, e eu para ficar com a Sabrina, pois o meu pai já rejeitava a nossa relação muitos antes de ter começado.

Para além disso, depois daquela reunião, fiz questão de pedir ao Erminio, o mordomo, que se mantivesse próximo à Natália nos dias seguintes, já que o melhor a fazer neste momento é desconfiar de todas as pessoas à minha volta, principalmente as que conhecem a morada da nossa mansão.

Durante esta viagem a Madrid, concordamos em dividir os dias de forma as que as manhãs sejam decididas por mim e as tardes pela Sabrina. Assim, durante a manhã visitamos lugares como o estádio do Real Madrid, a Puerta de Alcalá, a Plaza Mayor e a Puerta de Europa. Porém, durante a tarde, sou obrigado a fazer jantares à luz das velas, a fazer compras no El Corte Inglés, a apanhar sol na piscina do hotel e, no sábado, a caminhar pelo Real Jardim Botânico de Madrid.

— Terei que concordar que fizeste uma boa escolha para hoje — comento ao sentarmo-nos num dos bancos de jardim em frente a uma fonte.

Com oito hectares, este jardim é dos mais belos que já estive, e para onde quer que olhe vejo a mistura do verde intenso com a cor das flores aqui semeadas, juntamente a uma brisa leve que nos passa pela pele e ao cheiro da natureza que cada vez se torna mais forte.

— Este lugar é muito bonito — diz a Sabrina.

— É verdade. — Concordo.

— Aconteceu alguma coisa antes de vires para cá? — pergunta repentinamente.

— Como assim?

— Não sei, mas tens estado tão sério... e rígido.

— Sou sempre assim.

— Sim, isso também é verdade, mas agora estás mais ainda.

— Não aconteceu nada — respondo ao virar-me para o outro lado.

— Pietro, não me vires a cara.

— Não te estou a virar a cara. — Volto-me novamente para ela. — Tu também estás diferente.

— Estou um pouco triste.

— Porquê, minha boneca? — digo ao dar-lhe um beijinho no ombro.

— Será que posso mesmo dizer-te?

— Claro, por que não?

— Nem sei como te dizer isto.

— Sabrina, passa-se alguma coisa grave?

— Não, nada disso. Mas achava que me fosses pedir em casamento durante esta viagem.

— Sabrina, já falámos sobre isso. É muito cedo.

— Já namoramos há quatro anos. Até quando deixará de ser cedo?

— Ainda nem terminei a formação superior.

— Não, esse não é o motivo. Se não fosse o teu pai, já tínhamos casado e comprado casa.

— Sabrina, isso não é verdade, e tu sabes bem.

— Para de dizer o meu nome! — Protesta ao levantar-se. — Só pensas em ti e só em ti!

— Isso não é verdade!

— Ai é? Então por que continuas a ignorar todas as minhas propostas para que nos casemos?

— Sabrina, tens que compreender que ainda somos muito novos para nos casarmos — digo calmamente ao ir atrás dela. — O meu pai não tem nada a ver com isto.

— Ou será antes porque odeias compromisso?!

— Sabrina, achas mesmo que se odiasse compromisso teria ficado estes anos todos contigo?

— A este ponto já não sei de nada! — grita enquanto se afasta ainda mais de mim.

Dirijo-me até ela, porém o meu celular começa a tocar no bolso.

— Não me digas que é ele! — grita de novo para mim.

É o número de casa, e ao atender oiço a voz do Erminio.

— Senhor Pietro?

— Sim, diga. Aconteceu alguma coisa? — Nunca aconteceu o Erminio me ligar durante uma viagem.

Ele leva alguns momentos a responder, e a Sabrina olha muito séria e com alguma curiosidade para mim.

— O seu pai desapareceu.

— Isso acontece de vez em quando — digo.

— Não, desta vez é diferente. A cadeira de rodas ficou no mesmo sítio.

Tenho quase a certeza que devo ter ficado pálido ao ouvir aquilo, ao ponto da Sabrina se aproximar de mim e perguntar o que aconteceu.

— É impossível.

— Não, senhor, não é.

— Por favor, mantém o olho em todas as pessoas da casa, incluindo a Natália.

— Por falar nisso, ela tem estado a tentar intervir nesta conversa.

— Ela sabe algo sobre o ocorrido? — pergunto de imediato.

— Afirma saber quem são os responsáveis.

— Alguém viu ou ouvir alguma coisa?

— Não, não houve testemunhas, e para além disso a sua mãe e irmã estão fora de casa.

— Por favor, certifique-se de que são informadas.

— Assim o farei.

— Não passou nenhum carro suspeito em frente ao terreno? — questiono de seguida.

— Ninguém viu nada.

A Sabrina, farta de não saber o que se passa, interrompe a conversa:

— Quem é essa Natália??

— Já falo contigo — digo ao afastar-me. Enquanto o faço, a Sabrina faz-me o dedo do meio e sai do parque a pé.

— Senhor? — diz o Erminio do outro lado da linha.

— Sim?

— Ela está a vir na minha direção.

Oiço os gritos claros da Natália à medida que esta protesta:

— Estive o tempo todo dentro da mansão; não posso ter sido eu a fazer isto. Por favor, deixe-me falar com o Pietro, pois tenho algo que poderá ajudar na investigação.

O Erminio tenta pedir que ela se acalme, porém peço-lhe que lhe passe o telefone.

— Natália?

— Desculpa por vos ter interrompido, mas tenho a confirmação de que foi a Sociedade. — Ela está certa; não há mais suspeitos por enquanto.

— Só podem ter sido eles — digo.

— Encontrei um papel com informações sobre o teu pai e que contém o logótipo da SIAT.

— Logótipo? Para que raio precisam disso?

Desde quando é que uma entidade que deveria ser secreta utiliza um logótipo?

— É uma forma de sabermos que as cartas são realmente deles, entre outras coisas, mas depois explico-te melhor. De qualquer forma, o papel que encontrei serve como anexo às cartas que enviam, o que significa que pertencia ao assassino contratado para esta missão.

— Estou a ver... — Talvez aquele papel nos permita chegar à pessoa que fez isto.

— Pietro, preciso da tua ajuda. Isto pode parecer uma pergunta estranha, mas o teu pai por hábito enunciar paradoxos?

Ela tem razão; isto é uma pergunta estranha. Não pela pergunta em si, já que é comum ele fazer isso, mas sim porque seria impossível para a Natália saber tal coisa.

— Sim, porquê?

Terá ele ido falar com ela enquanto não estive na mansão, ou até mesmo no escritório dele quando nos chamou para a reunião e antes de eu chegar?

— Natália, estás aí?

Ela continua sem responder, e espero que a chamada não tenha caído.

— Natália? — Chamo-a várias vezes.

— Sim, diz, Pietro. — Consigo perceber a confusão na voz dela.

— Por que estás a perguntar isso?

— É uma longa história... depois conto-te. E que paradoxos ele costuma referir?

Respondo-lhe à pergunta, ainda perplexo sobre ela saber de tal coisa.

— Sim, percebo... — responde-me, sem comentar nada sobre o que lhe acabei de dizer. — Quando é que regressas?

— Ainda esta noite, provavelmente de madrugada. — Agora que a Sabrina foi embora chateada e o meu pai desapareceu, não tenho motivos para continuar cá.

— Encontramo-nos daqui a umas horas.

— Assim será. Até logo, Natália.

A esta hora a Sabrina já terá chegado ao hotel, por isso pego um táxi até lá para poder fazer as malas. Quando chego, encontro-a deitada na cama de casal, surpreendida pela minha rapidez em chegar.

— Vieste pedir desculpas?

— Não tens motivos para desconfiar da Natália — digo-lhe calmamente e a dirigir-me ao armário. — Ela é só uma empregada que me vai ajudar a encontrar o meu pai.

— O que aconteceu ao teu pai?

— Desapareceu.

— Então, mas isso é ótimo, não é? — Ela fica um pouco mais animada que o normal para esta situação.

— Não, não é. Ele não deixa de ser o meu pai.

— Cá para mim ele fez isso para nos poder separar e arruinar a nossa viagem...

— O meu pai nunca faria tal coisa.

— E por que estás a arrumar as tuas roupas?

— Vou ver o que aconteceu.

— Oh... Por favor, Pietro, não vás — diz ao levantar-se e ao abraçar-me por trás.

— Sabrina, tem que ser — digo com alguma autoridade, para ver que ela me deixa em paz.

— Promete que voltas rápido. — Faz beicinho ao falar de forma querida.

— Isso não é justo.

— É sim. — Dá-me um beijo lento no pescoço.

— Depende de como as coisas correrem — digo já ao fechar o fecho das malas e a colocar a mochila às costas.

— Vou estar à tua espera — diz de forma sensual.

Despedimo-nos com um beijo demorado, e pego novamente um táxi para o aeroporto.

Já estava à espera que isto fosse acontecer desde aquela reunião, mas tão cedo? E agora, como vou ajudar a Natália de destruir a Sociedade se só o meu pai sabia como o fazer?

Encostado ao vidro do carro, percebo que não faço ideia do que irá acontecer. Talvez o melhor seja contactar o Lorenzo para que fale com o tio dele da Máfia. Eles devem saber alguma coisa sobre a SIAT para além do que já sabemos, e com alguma sorte também estarão dispostos a ajudar-nos a destruí-la.

A minha mãe liga-me e atendo o telefonema:

— Estou?

— Estou, querido, já sabes o que aconteceu?

— Sim, também me ligaram.

— Já viste isto? Que situação péssima. — O tom de voz dela soa irónico, porém ignoro.

— Estou a caminho do aeroporto.

— E a Sabrina? Ficou bem?

— Sim, ficou. — A sério que neste momento a minha mãe me está a perguntar sobre a Sabrina?

— Chegaste a hum hum, tu sabes...

Han?

— Anel, noivado, casamento...

— Mãe?

— Pronto, pronto, vou ser direta; chegaste a pedi-la em casamento?

— Mas de onde é que vem essa conversa? — Até a minha família?

— Não sei, querido. Mas as revistas têm falado nisso, e achei que fosses aproveitar esta viagem. Agora que o teu pai desapareceu talvez devesses esperar que o encontrem, mas não demores muito.

— Isso não é nada relevante agora — digo de forma seca.

— Está bem, querido, eu compreendo-te; os compromissos são uma coisa séria.

— Não é por isso, mãe. — Decido mudar de assunto. — E a Maria, está a aceitar bem esta situação?

— Ainda não a encontrei, mas espero que sim.

— Tenta falar com ela antes de eu chegar. Tenho que desligar, até logo.

— Até logo, querido.

No meio disto tudo, algo não me soa bem. Não sei exatamente o que é, no entanto é como se uma peça do puzzle não encaixasse.

Sinto que estamos todos envolvidos num jogo que não sabemos como jogar. E, como peças de xadrez, somos movidos contra a nossa vontade e num tabuleiro em que só um dos lados sairá vencedor.


Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro