serpentis
Oii! O tae é dançarino de dança do ventre e tudo que tem aqui sobre o assunto foi pesquisado.
para quem gosta de saber, tem 7.2K de palavras!
boa leitura! 💙
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Uma vez no ano um grande evento ocorre durante toda a semana. Sua finalidade é celebrar as diversas culturas existentes. Geralmente tem vendas de artesanatos, apresentações de teatro, dança e canto.
Jeongguk nunca ligou para isso, achava uma perda de tempo. Preferia ficar deitado em sua cama.
Se considerava um homem confuso em todas as áreas de sua vida, mas se recusava a demonstrar isso. Sempre andava confiante, sem dar brechas para as pessoas conhecerem suas fraquezas, ou sequer o conhecer de verdade.
Com uma personalidade assim, por muitas vezes afastando as pessoas, tinha um ciclo pequeno de amizades. Hoseok, Namjoon e Seokjin eram seus – únicos – amigos desde o colegial.
Apenas por causa deles sabia do tal evento anual. Hoseok adora dança, Seokjin adora canto, e Namjoon adora tudo, gosta de conhecer e apreciar a cultura alheia. Desde o início do mês estava sendo convidado e todos os dias recusava, os amigos não sabiam mais o que fazer para convencê-lo.
Isso até Hoseok ter uma ideia.
Ele sabia que o amigo é bissexual, por muitas vezes querendo se gabar dizendo que nunca ficava sozinho, pois sempre tinha alguém que o queria, principalmente mulheres. Jeongguk sempre foi teimoso, não gostava de ser desafiado, e foi com isso que Hoseok se aproveitou.
— Vamos, Guk! Já falei o que tem lá, são coisas incríveis!
— Hobi, isso é um saco! Só de ouvir falar já fico entediado.
— Você também gosta de dança, sempre tem apresentações fantásticas! Tem dança de rua, dança clássica, contemporânea, sapateado, jazz, dança do ventre! – Exclamou animado.
— E não basta ir só um dia? Por que tenho que ir a semana toda? – Questionou emburrado.
— Quando você for vai entender, o próprio evento faz você ter vontade de ir na semana toda. Aliás, não é você que não para de dizer que está procurando alguém? É uma boa oportunidade.
— Não estou tão desesperado assim...
— Ah, está sim... Não para de falar sobre esse assunto faz dias, deve realmente estar na seca. – Sorriu travesso.
— Acha que não consigo ninguém? – Perguntou desacreditado.
— Não é nada disso... – Se aproximou, o abraçando. — Não estou te desafiando, só estou dizendo que vai ser legal e você pode achar alguém interessante, mas se você não quiser ir, tudo bem...
— Tá... Eu vou! Não preciso provar nada para ninguém, mas você vai ver que consigo. – Falou decidido.
— Tudo bem, só não esqueça que o foco é o evento. – Hoseok sorriu vitorioso. — Vamos passar aqui para te buscar amanhã, não esqueça.
Jeongguk ficou inquieto desde que Hoseok saiu de sua casa. Não iria encarar a situação como um desafio, mas de qualquer forma, queria provar algo a si mesmo. Realmente não estava saindo muito com ninguém, nem mulheres, nem homens. Mulheres porque não se atraiu por nenhuma ultimamente, e homens porque se considerava, de certa forma, complexo; não tinha nada a ver com sua sexualidade, e sim sobre o que gostava no sexo. Das poucas vezes que transou com um homem, foi ativo, e pensou que sempre seria daquela forma.
Porém, por algum motivo, não achava aquilo certo. Parecia que estava fazendo de forma errada, seu corpo nunca se satisfazia por completo.
Cogitou ser passivo, entretanto logo descartou. Jeon Jeongguk passivo? Acreditava que aquilo era impossível. E mesmo que tivesse possibilidade, duvidava que algum homem o deixasse com vontade o suficiente para querer experimentar.
Foi dormir ainda pensando sobre o assunto, perguntando a si mesmo se acharia alguém que o atraísse de verdade.
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O dia finalmente chegou e Taehyung não podia estar mais feliz (e ansioso). Desde pequeno se interessava por arte, já pintou quadros, fotografou, cantou, até que a dança o encantou mais do que tudo.
Na sua adolescência foi muito criticado e julgado, pois enquanto a maioria dos meninos estavam jogando futebol ou qualquer coisa dentro do “padrão masculino”, seu único interesse era invadir a sala de ballet e observar a professora ensinando.
Não gostava particularmente daquela dança, mas era a única que seu colégio oferecia, e só meninas faziam. Mesmo assim, seus olhos brilhavam ao ver os movimentos leves, os passos precisos, as expressões carregadas com a emoção passada pela música.
Quando terminou o ensino médio teve certeza: procuraria uma dança que lhe agradasse por inteiro.
Não conseguiu achar com facilidade, portanto acabou deixando de lado, assim se dedicando à sua faculdade de teatro. Até que, nesse mesmo evento que se apresentaria, se deparou com a dança do ventre.
Não conhecia aquele estilo de dança, mas por algum motivo se apaixonou totalmente por ela. Era uma dança leve e selvagem ao mesmo tempo, sensual, alegre, o contraste era perfeito. Taehyung finalmente achou o que tanto procurava.
De início, teve que lidar com o preconceito, dentro e fora da dança. Mais uma vez, só mulheres praticavam. De acordo com a opinião popular, sempre foi uma dança exclusiva feminina. A origem da dança mostra que os movimentos abdominais que eram tão conhecidos e a marca da dança, retratam a fertilidade da mulher, a preparando para ser mãe.
Mas, aos poucos, foi encontrando seu lugar. Devido a dança ter sido espalhada pelo mundo todo, Taehyung pôde ver vídeos de homens que praticavam, assim criando a coragem que faltava em si. O comum, eram os homens gostarem de assistir tal dança, e não a praticar. Entretanto, Taehyung sempre rejeitou o “normal” de todas as coisas. Se achava a dança bonita e estava disposto a aprender, não havia motivo para não fazer.
Durante seu período de aprendizado conheceu pessoas incríveis que o apoiaram, como Park Jimin e Min Yoongi. Jimin pratica dança contemporânea, e Yoongi é seu namorado, que sempre o acompanha nos ensaios. O prédio que Taehyung pratica é o mesmo de Jimin, um local grande separado em várias salas para os diferentes tipos de dança. Jimin que o incentivou a participar do evento, e agora ele estava ali, pronto para a sua primeira apresentação.
Taehyung nunca gostou de chamar a atenção, mas naquela semana, queria mostrar a todos do que era capaz de fazer. Não teria vergonha, não se esconderia. De fato, iria brilhar. Tanto em sua dança, tanto com a roupa que usaria.
Não sabia que surpresas o aguardavam, mas estava sentindo uma sensação boa em seu peito. A cada ano o evento ficava mais e mais cheio de pessoas curiosas, estava pronto para impressionar cada uma delas.
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— Nossa! – Jeongguk exclamou assim que chegaram no local.
— Eu disse que era incrível. – Hoseok se gabou.
— Eu pensei que não era algo tão grande... Tem muita gente, muitos palcos, muito... Nossa.
— Uau, Jeongguk foi surpreendido, que inusitado. – Seokjin comentou irônico.
— Avisamos a você como era, se tivesse nos escutado teria visto nos outros anos. – Namjoon também se pronunciou.
— Não sejam tão chatos... Estou aqui agora, não é? Agora, Hoseok, não pense que esqueci do que você falou.
— Fique à vontade, Guk, talvez consiga achar alguém. – Debochou.
Logo após, Jeon se afastou certo de que iria encontrar uma pessoa para si. Namjoon, Hoseok e Seokjin ficaram dando voltas e voltas tentando observar cada estande, como sempre, acharam que tudo estava incrível.
Jeongguk, por outro lado, estava perdido. Percebeu que se afastou demais e teria que ligar para seus amigos para os encontrar, mas deixou isso de lado no momento, seguindo com sua procura.
Parou por alguns minutos vendo uma mulher cantar em uma língua estrangeira – tentou reconhecer o idioma e falhou no ato –, entretanto, o talento dela é inegável, uma bela voz. A admirou, até cogitando se aproximar quando ela finalizasse a apresentação, todavia, não conseguiu. Bateu palmas e foi embora.
Não sabia o que estava errado consigo e nem estava com paciência para descobrir, então ligou para Namjoon a fim de o achar e pedir para ir embora. No caminho, um som lhe chamou a atenção.
Não era um som que estava familiarizado, mas notou ser uma música árabe pelos instrumentos usados na melodia. Olhou por todos os lados para ver se encontrava de onde o som estava vindo, até que finalmente descobriu.
Era um grande palco, com muitas mulheres presentes nele, mesmo não conhecendo muito sobre, sabia que as roupas que elas usavam eram características da dança do ventre.
Achava a dança deveras atrativa, então foi se aproximando do palco para apreciar melhor.
Entendeu por que a plateia estava tão volumosa só com poucos minutos observando. As mulheres dançavam perfeitamente bem, além de serem muito bonitas. Jeongguk, em seu desespero, logo decidiu que chamaria alguma delas para sair.
Todavia, seus pensamentos foram interrompidos quando as luzes se apagaram e a música parou. Ficou confuso, achando que já tinha acabado, até que tudo se ascendeu com apenas uma pessoa no palco.
Jeon estreitou seus olhos, focou sua vista, pensou estar delirando, mas não estava. Era um homem que estava lá.
Se surpreendeu de imediato pois sabia que não era comum, porém, antes mesmo de formar alguma opinião ou analisar o homem ainda mais, a música iniciou novamente e ele começou a se mover.
Jeongguk sentiu que poderia morrer ali mesmo com a cena que observava.
Taehyung estava divino. Usava um bustiê preto cintilante com pérolas encrustadas, e correntes penduradas nas costas. Seu cinturão era igualmente preto com brilhos, e sua saia de cetim preta tinha duas aberturas em cada perna.
Como era sua primeira apresentação, passou a maior parte do tempo com os olhos fechados, mesmo sabendo que suas expressões faciais eram importantes. Se esforçou ao máximo para encarar o público, e quando não conseguia, se esforçava ainda mais em seus movimentos.
A sinuosidade de seu corpo era tão bela, assim como a leveza e força de seus passos. Seus braços se moviam graciosamente, sua cabeça se movia da esquerda para a direita no ritmo da música, e principalmente, seu quadril era o maior charme da apresentação. Seus movimentos de serpente (maior inspiração da dança) eram os melhores, conseguia reproduzir perfeitamente as curvas, e além de tudo, seu shimmy era encantador.
O que mais demorou a aprender foi isso, os shimmies. Não era fácil tremer o abdômen, peitoral e pernas com tanto controle, mas havia conseguido. Seu corpo tremia, rodopiava, sua pele amorenada estava brilhando assim como seu cabelo loiro. Era um solo de cinco minutos, e foi capaz de expressar sua alma em cada segundo, se entregou por completo. Era uma dança animada, por isso, terminou a apresentação com um sorriso enorme no rosto, se curvando em agradecimento e se retirando do palco.
Aplausos eram dados, algumas pessoas gritavam, outras assobiavam. Taehyung, para a sua surpresa, foi ovacionado. Imaginou que muitos achariam ruim por ser um homem dançando, mas pelo visto conseguiu encantar o público como tanto queria.
Jeongguk não sabia como reagir, estava boquiaberto. Nunca na sua vida imaginou assistir um homem performando a dança do ventre com tanta excelência. E claro, a beleza dele. Jeongguk não conseguia acreditar que existia alguém tão bonito. Não perderia mais tempo, o procuraria naquele mesmo instante.
Foi para atrás do palco a fim de encontrá-lo, e o avistou com um roupão, enquanto falava com outra pessoa. Se aproximou timidamente, cutucando o ombro do homem que estava de costas para si.
— O-oi.
— Olá!
Jeon ficou chocado com a voz grossa que escutou. O homem conseguia ser ainda mais bonito de perto.
— Desculpe atrapalhar, eu só queria te parabenizar pela apresentação, sabe... Você foi incrível. – Disse encarando o pescoço dele, sem conseguir o olhar nos olhos.
— Fico lisonjeado! – Taehyung estava verdadeiramente feliz com o elogio, estava inseguro demais, então era bom escutar que se saiu bem. — Obrigado por ter me assistido, foi minha primeira apresentação, hm... Qual seu nome?
— Jeongguk... Jeon Jeongguk.
— Obrigado mesmo, Jeon! – Sorriu exalando felicidade.
— Q-qual o seu nome? – Jeongguk não sabia por que estava gaguejando tanto.
— Kim Taehyung!
— Taehyung... V-você não gostaria de sair-
— Ei, Tae! – Jimin chamou a atenção do amigo. — Yoongi acabou de me ligar nos chamando para o carro, vamos?
— Já estou indo! – Respondeu seu amigo. — O que estava falando, Jeongguk?
— N-nada... Pode ir, foi um prazer te conhecer. – Jeon não estava mais se reconhecendo, nunca desistia fácil do que queria.
— Ah... Ok. Espero te ver de novo, tchau! – Se despediu com mais um sorriso caloroso e saiu do local.
Jeongguk não estava esperando aquela declaração: “espero te ver de novo”. Não sabia se foi por educação, se só estava sendo gentil, se também estava com interesse. Mesmo em dúvida, não tardou em tomar uma decisão: iria o assistir durante toda a semana.
Daria um jeito na sua timidez repentina e o chamaria pra sair, falar diretamente com ele só o deixou com mais vontade.
Logo saiu de lá, ligando para Namjoon e marcando um ponto de encontro para poderem ir embora.
Jeongguk já estava ansioso para o desenrolar da semana.
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— Tae, quem era aquele homem falando com você? – Jimin perguntou enquanto ele, Taehyung e Yoongi bebiam comemorando a primeira apresentação do amigo.
— Ah... Ele veio me elogiar, uma gracinha. – Comentou com um sorriso malicioso. — Quase não falava sem gaguejar, ele teria me chamado pra sair se você não tivesse aparecido, Jiminie.
— Oh... Desculpe atrapalhar, garanhão. – Ironizou. — Por que está com esse sorrisinho? Gostou dele?
— Ele é muito bonito, não vou negar, aquelas coxas... Mas não é só isso, ele parece ser dessas pessoas fáceis de ler, as intenções deles são meio óbvias, para alguns isso é chato, mas particularmente acho instigante.
— E você deu seu número a ele? – Yoongi questionou.
— Não... Me despedi com um “espero te ver de novo”, acho que foi o suficiente.
— Então se prepara, esse garoto deve querer te dar um belo bote. – Yoongi também interpretava as pessoas com facilidade.
— Eu sei, eu sei...
— E o que você vai fazer? – Jimin perguntou curioso.
— Vou dar o bote primeiro.
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Jeongguk estava agitado, ansioso, queria que a noite chegasse logo para poder admirar Taehyung novamente. Seus amigos, principalmente Hoseok, zombaram da sua falta de atitude quando contou a eles o que aconteceu, mas sabia que naquela noite com certeza chamaria Taehyung para sair.
Mais uma vez se encontrava no evento, agora com Namjoon, Seokjin e Hoseok ao seu lado para assistir a performance da dança do ventre. Dessa vez, assistindo do início, pôde apreciar melhor. Entretanto, desde que viu Taehyung dançar, seus olhos não ficaram tão presos assim nas dançarinas. Queria só assistir ele.
Do mesmo jeito que a apresentação no dia anterior ocorreu, todas as mulheres saíram do palco, as luzes se apagaram, e assim, Taehyung surgiu.
Jeongguk ficou preso novamente na performance. Parecia ser uma música diferente, ele usava a mesma roupa, porém, desta vez usava uma espada para dançar.
Todo o conjunto estava extremamente sensual. Jeongguk sabia que um homem precisava ser corajoso e ousado para praticar aquela dança, e ainda a fazer com tanta confiança. Foi exatamente isso que o fez gostar mais dele.
Naquela noite, Taehyung conseguiu encarar o público. Fazendo isso, procurou Jeongguk, e o achou bem perto do palco. Fez questão de observá-lo várias e várias vezes.
Jeongguk sentiu suas pernas bambas ao perceber as intenções do dançarino. Os movimentos, os olhares, tudo isso fazia seu corpo queimar. Quando Taehyung finalizou, Jeongguk se dirigiu novamente para atrás do palco, dessa vez com seus amigos.
— Oh, Você veio! – Taehyung declarou assim que o viu, junto com seus amigos. Claro que estava se fazendo de sonso, já que tinha o visto na plateia. — Esses são seus amigos?
— O-oi! Sim... São. Esse é o Namjoon-hyung, Seokjin-hyung e Hoseok-hyung. – Apontou para cada um deles respectivamente.
— É um prazer! Me chamo Taehyung! Gostaram da apresentação?
— Foi incrível! – Namjoon respondeu animado. — Nunca tive o prazer de ver um homem dançar esse tipo de dança, foi muito bonito!
— Digo o mesmo! – Seokjin acrescentou. — Você tem muito talento.
— Verdade... Agora posso entender por que o Guk não parou de falar de você. – Hoseok finalizou com um sorriso largo.
Jeongguk queria morrer. Enfiar a cabeça em um buraco, talvez.
— Ah... Fico feliz que tenham gostado assim, bom saber que falou de mim. — Encarou Jeongguk.
— É... E-então... Você quer sair... Comigo? – Perguntou em um sussurro, encarando suas mãos.
— O quê? – Taehyung se aproximou mais, fingindo não ter escutado bem.
— Quer sair comigo? – Num impulso, levantou seu rosto para encará-lo.
— Oh... Seria ótimo. Mas, infelizmente, até todo o evento acabar estou bem ocupado todos os dias. No último dia de apresentação você e seus amigos podem ir na minha casa para comemorar, dois amigos meus estarão lá também. O que acha? – Se aproximou ainda mais, deixando Jeongguk com os olhos arregalados.
— T-tudo bem... Se não for atrapalhar... – Recuou um passo. Era demais o encarar tão de perto, seu corpo queria sucumbir.
— Vai ser um prazer. – Deu uma piscadela. — Agora tenho que ir, foi ótimo ver você de novo. E Namjoon, Seokjin e Hoseok, também foi ótimo conhecer vocês! Espero que vocês possam ir nessa pequena comemoração.
— Não perderemos por nada, não se preocupe. – Hoseok garantiu.
Posteriormente, Taehyung foi embora, novamente vestindo seu roupão, e deixando Jeongguk sem palavras.
— Poxa, Guk... Tenta disfarçar pelo menos um pouco. – Seokjin sugeriu. — Você quase babou.
— Por que fico assim na frente dele? Estou parecendo um garotinho virgem, caralho! – Saiu bufando, irritado.
— Calma... Ele te chamou pra ir na casa dele, posso estar errado, mas ele parece estar interessado em você também... – Namjoon disse.
— Acha mesmo?
— Você é lerdo demais, céus! – Hoseok exclamou. — Só digo uma coisa, tome cuidado... O olhar nem era pra mim e eu fiquei intimidado também, ele com certeza não é igual a nenhum homem que você já ficou.
— Não estou intimidado, só estou... Não sei explicar, só fico um pouco nervoso.
— Pobre coelhinho... – Hoseok continuou usando um tom cínico. — Nem percebe que já está encurralado.
Quando chegou em casa, Jeongguk ficou repetindo em sua mente a frase que Hoseok falou. Encurralado? Com certeza não, sempre tinha o controle da situação, não seria diferente naquela vez. Talvez fosse só a presença de Taehyung que era intimidadora demais, mesmo que Jeongguk não quisesse admitir. Colocou em sua cabeça que estava tudo bem, com certeza tinha o controle ainda, iria mostrar isso no fim daquela semana.
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Kim Taehyung queria testar Jeon Jeongguk, era um fato. O dançarino queria testar a persistência e desejo dele. Não estava tão ocupado assim, poderia ter aceitado o convite para sair, mas queria ver se ele continuaria indo nas apresentações, se insistiria.
E Jeongguk insistiu.
Por toda a semana apareceu no evento apenas para olhar o Kim e ir embora. Trocavam algumas palavras, e só. Jeon não entendia por que não conseguia avançar, ao menos flertar, só ficava parado, e pior, gaguejando. Já estava achando que Taehyung não tinha interesse nenhum e só estava o vendo como um novo amigo e admirador da arte dele.
E de fato, Jeongguk era. Nas poucas conversas se tornaram amigos, e era um apreciador devoto à dança de Taehyung. Porém, queria mais. Muito mais.
E o Taehyung também. Mas diferente de Jeongguk, o dançarino sabia a hora certa de atacar, e depois de uma longa semana, seu momento chegou.
Jeongguk pôde ver, durante o decorrer dos dias, Taehyung dançando com leques, espada, véu, candelabro, cada apresentação foi única e perfeita. Estava prestes a assistir a última, e não conseguia controlar seu corpo com a ansiedade tomando conta dele.
Na noite passada, Taehyung falou para Jeongguk: “me observe atentamente amanhã.”
Obviamente ele não conseguiu dar uma resposta, apenas assentiu.
Agora, ali com Namjoon, Hoseok e Seokjin, estava com seus olhos cravados no palco. Não desviaria por nada, assim como foi mandado.
As mulheres se apresentaram como sempre, e a ansiedade aumentava a cada segundo. De repente, quando chegou a hora de Taehyung aparecer, as luzes não apagaram como de costume.
Jeongguk logo ficou confuso, e sua confusão aumentou ainda mais com a música que começou a tocar; era uma versão instrumental de violino da música Radioactive.
Por fim, Taehyung apareceu. Estava com a roupa de sempre, entretanto, agora tinha um complemento. Dois leques, um em cada mão, e em cada leque, um véu. Na dança do ventre é chamada “dança do véu-leque”.
Taehyung entrou já fazendo seus movimentos, ficou girando seu corpo, e consequentemente, movendo os leques. Parecia que os objetos faziam parte do corpo do dançarino, tamanha sincronia. No refrão da música, fez tanto seu shimmy, como ondulou seu quadril em formato de oito para a esquerda e para a direita, no ritmo da música, movimentando os leques para cima.
Jeongguk não tinha um pensamento coerente sequer. Estava hipnotizado, vidrado, fascinado pelo que estava assistindo. Taehyung parecia um anjo com os véus se movimentando ao redor dele, a cintura fazendo os tão famosos movimentos de serpente, os braços sempre em poses graciosas, a expressão firme em seu olhar mostrando todo seu poder.
Jeongguk estava, naquele momento, totalmente rendido.
E para piorar (ou melhorar) sua situação, Taehyung o encontrou no meio de todas àquelas pessoas e o encarou mais uma vez. Cada sinuosidade parecia destinada a acabar com a sanidade de Jeon. O dançarino, que nunca foi bobo, sabia do efeito que estava causando, e estava mais do que satisfeito com a expressão perplexa do homem que o admirava.
Jeongguk, que não estava esperando tamanho bote, apenas aceitou seu destino.
No final da apresentação, Jeongguk sequer conseguiu bater palmas, e seus amigos perceberam isso, porém, escolheram não falar nada, já estavam cientes da situação.
Como de costume, foram para a parte de trás do palco para encontrar Taehyung, e assim que o avistaram, Jeongguk recebeu um abraço.
— Oi, Guk! Oi, pessoal! E então, gostou? – Perguntou animado, percebendo que Jeongguk demorou para retribuir o abraço, e ao retribuir, sentiu os braços dele trêmulos.
— G-gostei... Por que escolheu essa música? – Escolheu fazer qualquer pergunta para disfarçar seu nervosismo.
— É o último dia, quis inovar. Me diz se gostou. – Dessa vez falou sério, encarando profundamente os olhos grandes e brilhosos.
— Gostei mais do que devia... – No mesmo segundo se arrependeu de sua fala. — E-eu não queria dizer isso-
Taehyung virou o rosto, aproximando sua boca do ouvido de Jeongguk para dizer:
— Eu sei que você gostou. — Logo o encarou novamente, com um sorriso ladino cheio de intenções, e se afastou. Conversou rapidamente com os amigos de Jeon, e quando Jimin apareceu os chamando, todos foram para o carro de Yoongi.
— Já que não cabe todos, eu e Jeongguk iremos no meu carro. – Taehyung se pronunciou.
— S-seu carro? – Jeongguk ainda não estava raciocinando bem, ainda mais depois de escutar aquele sussurro.
— Sim, bobinho, prometo que não vou te matar, dirijo bem. Meninos, vejo vocês na minha casa!
Taehyung ficou aliviado quando percebeu que seus amigos e os amigos de Jeon se entrosaram bem assim que se conheceram, por isso confiou em deixá-los todos juntos no carro de Yoongi.
Entretanto, também sugeriu porque queria ficar a sós com ele.
Já dentro do carro, notou como Jeongguk estava inquieto durante todo o percurso.
— Está ansioso? – Indagou com seus olhos fixos na pista.
— Não...
— Suas mãos não param quietas. – Percebeu graças à sua visão periférica.
— Talvez seja por outro motivo... – Tentou flertar.
— E qual seria?
— Elas podem estar querendo muito tocar uma certa coisa... – Achou horrível a cantada, mas pelo menos tentou. Estava cansado de sempre travar na presença de Taehyung, precisava agir.
— E o que tanto suas mãos querem tocar, Jeongguk? – No instante em que perguntou, parou em um sinal vermelho e pôde encará-lo.
— Ah... – Jeongguk não estava preparado para ter um contato visual então desviou seu olhar. — Acho que não consigo falar.
— Às vezes não é preciso utilizar palavras. – Levou sua mão até o rosto dele para encará-lo novamente e deixar seu aviso implícito.
Jeongguk entendeu o recado. Não precisa falar nada, precisava de ações.
Prontamente chegaram na casa de Taehyung, não era muito longe, então não deu tempo para Jeongguk raciocinar uma possível investida ainda no carro.
Yoongi chegou logo em seguida junto com todos amigos, e finalmente entraram na casa para comemorar.
Ainda com seu roupão que sempre vestia no fim das performances, o Kim foi se trocar e deixou Jimin organizando tudo.
Jeongguk achou que poderia babar ao ver Taehyung usando roupas casuais, ele conseguia ficar ainda mais bonito.
O tempo foi passando rápido, já que todos estavam se divertindo, a bebida talvez tenha dado um pontapé para isso. Jimin e Yoongi gostaram muito dos amigos de Jeongguk, ficaram íntimos tão rápido que pareciam ser amigos há anos.
Enquanto isso, Taehyung e Jeongguk estavam mais calados, pensativos. Se encararam a noite inteira, e Jeongguk não conseguiu pensar em nenhuma maneira de se aproximar, estava prestes a desistir.
Havia passado de meia noite, todos começaram a se despedir. Hoseok, Seokjin e Namjoon reforçaram sua admiração pela dança de Taehyung e se despediram abraçando todos. Jimin e Yoongi depositaram beijos na bochecha do amigo e foram embora. Restou Jeongguk.
Quando abiu a boca para se despedir, Taehyung foi mais rápido.
— Por que não fica um pouco mais?
É, Jeongguk não estava esperando por aquele pedido.
— Ah... Tudo bem. – Foi avisar para seus amigos que ficaria, Hoseok não perdeu a chance de falar “vai com tudo!”.
Em seguida, se encontrou de frente para Taehyung, no meio do apartamento vazio.
— E então? Consegue dizer ou mostrar o que suas mãos querem tocar? – Provocou enquanto se aproximava cada vez mais.
— Eu tenho autorização para isso...? – Perguntou aflito, e totalmente desnorteado com a proximidade.
— Acho que já deixei claro que sim.
Ações. Jeongguk precisava agir.
Por isso beijou Taehyung.
Agarrou os fios loiros, percorreu suas mãos pelos ombros, braços, tocou a cintura que tanto admirou nas apresentações.
Taehyung correspondeu imediatamente, o tocando da mesma maneira, e o puxando até uma parede para encostá-lo nela.
O desejo era tanto que suas ereções já estavam se esbarrando e arfadas eram ouvidas.
Pego desprevenido, Jeongguk teve sua bunda agarrada pelas mãos grandes do Kim, e se sobressaltou, cortando o beijo.
— O que foi? Fiz algo errado? – Taehyung perguntou preocupado.
— N-não... É que... Eu que devia estar fazendo isso...
— Fazendo o quê? – Estava verdadeiramente confuso.
— Te encostando na parede, pegando na sua bunda... Sabe...
— Ah, quer fazer? Não me incomodo, só fiz por que estou acostumado a beijar assim.
— Está? Você é um passivo bem diferente, então...
Foi completamente inevitável para o dançarino não soltar uma risada incrédula.
— Acha que sou passivo?
— Você não é...? – Agora era Jeongguk que estava confuso.
— Me diga por que acha isso, sem citar a dança do ventre como motivo. – Ditou.
— Ah... É... N-não sei, você parece ser... – Ficou nervoso com o olhar sério que estava recebendo.
— Se quer se basear em aparências, pelo menos fale comigo sem gaguejar. – O olhar e voz de Taehyung estavam mais firmes do que nunca.
— E-eu não quis te ofender...
— Não estou nem um pouco ofendido, ser passivo não é uma ofensa, Jeongguk. Só estou curioso com sua dedução sobre mim... Achou que ia me comer? – Seus olhos estavam extremamente desafiadores. – Responda. – Falou firme novamente.
— A-achei... – Olhou para o chão, envergonhado.
— Me desculpe por estragar seus planos, então. – Se afastou.
Jeongguk ficou desesperado.
— E-ei... E-espera!
— Hm? Não quer ir embora? Pelo que pude perceber você se considera ativo também, não é, Jeonggukie?
— Sim! N-não... Não sei... Eu quero você.
Mais uma vez, Taehyung chocou o corpo do moreno contra a parede, agora deixando sua coxa no meio das pernas dele.
— Então admita seu desejo, Guk.
— C-como você sabe? – Jeongguk tremeu com a coxa de Taehyung encostando em seu membro duro.
— Eu sou bem astuto, Jeonggukie... Sei reconhecer intenções de meninos levados como você. Agora fale.
— Tae...
— Diga.
A fricção da coxa com o pau de Jeon estava cada vez mais intensa, o estímulo estava deixando o moreno louco.
— E-eu quero seu pau...
— Complete a frase.
— Você é muito malvado comigo... – Disse choroso.
— Você ainda não viu nada, meu bem. Diga.
— Quero seu pau enfiado em mim, porra! Me fode! – Jeongguk simplesmente explodiu. Estava fervendo de tesão, sabia que Taehyung era ciente de seus desejos, era melhor se entregar logo.
Extasiado pelo que escutou, Taehyung agora o encarou com os olhos cheios de malícia, como um predador encarando sua presa. Rapidamente o pegou no colo, agarrando as coxas grossas, e o levou até seu quarto.
Dentro do cômodo, com Jeongguk jogado na cama completamente corado, Taehyung resolveu falar.
— Desistiu tão fácil assim de ser ativo? – Engatinhou na cama até ficar em cima de Jeongguk, com seus braços apoiados no colchão para ter uma visão melhor dele.
— E-eu nunca senti essa vontade antes... N-nunca quis...
— Nunca quis ser fodido, Jeongguk? Será um prazer ser sua primeira vez. – Mesmo cheio de tesão, foi sincero em sua fala.
— Posso confiar em você...? – Ainda estava hesitando.
— Pode, não farei nada que te deixe mal... – Aproximou suas bocas. – Hoje só lhe darei prazer, Jeon.
Talvez por instinto, ou só por estar entregue demais, Jeongguk sentiu verdade naquelas palavras. Não conhecia Taehyung há muito tempo, mas o dançarino o envolveu o suficiente para querer experimentar aquilo.
Mesmo aparentando estar tranquilo, Taehyung estava nervoso. Nunca havia sido a primeira vez de ninguém. Sabia que tinha que ser cuidadoso. Mesmo só o conhecendo há poucos dias, queria fazer daquela noite a mais especial possível.
Voltaram a se beijar profundamente, e sem perder tempo, Taehyung começou a apalpar o membro teso de Jeongguk, o masturbando por cima da calça.
— Tudo que eu fizer agora, irei avisar, ok? Se quiser que eu pare, diga na hora, irei te respeitar. – Declarou sério.
Jeongguk sentiu o seu peito esquentar com a fala. Sabia que não era nada demais, que era o mínimo que o Kim devia fazer, mas mesmo assim, sentiu-se derreter por dentro. Estava caidinho. Sorriu em resposta concordando e esperou as ações dele.
— Irei tirar todas as suas roupas... Peça por peça.
Primeiro a camisa, depois tirou os sapatos, a calça, e por fim, sua peça íntima.
Geralmente, Jeongguk se intimidava em mostrar seu corpo de forma tão vulnerável para alguém, porém tinha algo nos olhos se Taehyung que o deixava confortável.
— Lindo... Cada parte sua é linda. – Comentou admirado, enquanto passava seus dedos suavemente pela barriga. — Posso te tocar em qualquer lugar?
— Pode...
— Então irei explorar seu corpo com minhas mãos... E minha boca.
Começou pelo rosto, depois o pescoço, as clavículas, os braços, o peitoral, os mamilos, o abdômen. Jeongguk estava inteiramente arrepiado. Junto a cada toque, um beijo. Junto a cada beijo, a língua se fazia presente, saboreando cada área.
Quando chegou nas coxas, Taehyung depositou toda sua devoção nelas. Alisou, apertou, chupou.
Jeongguk estava sendo devorado da melhor forma possível e sua única reação para isso era gemer.
Após tocar em tudo que alcançava, Taehyung voltou a falar.
— Eu vou chupar seu pau, Jeon... Irei engolir cada centímetro, alguma objeção?
— N-nenhuma...
E Taehyung engoliu o membro inteiro de uma vez só o fazendo dar um grito mudo de prazer. Salivou por todo o comprimento, lambeu a glande, o enterrou em sua garganta.
Jeongguk estava o xingando de todos os nomes possíveis em sua mente por receber um boquete tão bom. Sempre foi acostumado a comandar os movimentos, mas dessa vez, escolheu não ditar o ritmo, parecia errado interromper aquilo, por isso apenas se contorceu devido aos estímulos.
Taehyung chupava como se sua vida dependesse disso. Queria vê-lo chegar ao limite.
E o tal limite não demorou a chegar.
— T-tae... Tae! Eu vou gozar... Pare...
Taehyung levantou seu rosto, enxugando sua boca com sua mão, e o encarou.
— Posso continuar? Um pouco mais embaixo agora.
— Você deve saber que não... Tipo... Não estou preparado...
— Eu sei que você não fez a chuca, garoto, respire. – O tranquilizou. — Não se preocupe com isso, nem sempre é necessário se limpar dessa forma, às vezes o banho já é o suficiente. E caso aconteça algo “inesperado” irei parar, ok?
— Tá... – Mesmo com o rosto totalmente vermelho, concordou.
Taehyung começou com sua língua, rodeando toda a área, fazendo Jeongguk voltar a se contorcer na cama. Após lamber todo o períneo, enfiou sua língua no ânus. Nesse momento, o primeiro grito na noite foi dado.
É um contato íntimo demais, considerado por muitos como sujo, mas Jeongguk não dava a mínima para isso no momento, era extremamente gostoso e excitante.
Após passar bons minutos estimulando com a língua, Taehyung resolveu usar seu dedo. Chupou seu indicador para lubrificar e foi enfiando cuidadosamente, percebendo o desconforto de Jeon.
— Quer que eu pare? – Perguntou preocupado.
— Não... Só é meio... Estranho? Mas é bom...
A resposta foi o suficiente para Taehyung continuar. Continuou enfiando até Jeongguk se acostumar, e enfiou o dedo médio em conjunto.
O desconforto foi maior.
— Caralho... Dói...
— É inevitável doer... Por isso quero que você relaxe, é doloroso no início, porém fica muito bom depois, confie em mim.
— Tudo bem... Continue.
Jeon fez o possível para ficar calmo e relaxar sua mente e corpo. Para ajudar, Taehyung voltou a fazer o oral, a fim de o distrair da dor até se acostumar novamente.
O terceiro dedo foi enfiado, e por sua experiência, Taehyung acertou a próstata rapidamente. O segundo grito de Jeongguk na noite.
Sua dor foi nublada com o prazer que estava sentindo, seu corpo sucumbia cada vez mais àquele estímulo.
Taehyung não perdeu tempo em ir alargando o ânus com movimentos de tesoura, e consecutivamente, acertando o ponto sensível.
Novamente, Jeongguk estava chegando no ápice de seu prazer.
— Porra! Tae... Caralho!
— Sua boca é muito suja. – Provocou.
— Que se foda! Puta que pariu... Tae!
O dançarino estava vidrado na cena. Seus dedos enfiados totalmente em Jeongguk e ele se contorcendo por inteiro em cima de sua cama, enquanto gemia alto e manhoso. Era a cena mais erótica e linda que já presenciou.
A contragosto, cessou o estímulo e se levantou da cama.
— P-por que parou? – Questionou ofegante.
— Vou me preparar para você, Jeonggukie.
Dito isso, Taehyung começou a tirar suas roupas, deixando o homem em sua cama boquiaberto.
Jeongguk sabia que o corpo de Taehyung era lindo. Pôde apreciar nas vestes da dança do ventre, mas agora, completamente nu, ele conseguiu ser mais bonito ainda.
Os músculos nos braços não eram tão grandes, a barriga era lisa, a pele dourada, o membro grande e duro, as coxas finas e atrativas... Jeongguk se sentiu perdido diante de tal imagem.
— Você é perfeito... – Deixou escapar o elogio.
Taehyung achou adorável tal sinceridade, sorriu pequeno em resposta. Se encaminhou até uma gaveta no seu guarda-roupa, pegando um tubo de lubrificante e camisinha.
— Continua querendo? Podemos parar por aqui. – Perguntou voltando para a cama.
— Parece que você quer que eu desista...
— Não é isso, você mesmo em alguma foda deve ter percebido que dói para o passivo, só estou preocupado com você.
— Talvez você esteja inseguro porque fode mal e não quer que eu descubra... – Jeongguk sabia bem o perigo daquela frase que soltou.
— O quê? – Indagou incrédulo.
— Foi isso mesmo que você ouviu...
O dançarino jogou os objetos que pegou sobre os lençóis e foi para cima de Jeon, literalmente. Agarrou os fios negros para trás e apertou o queixo com força.
— Então você é assim, hm? Um bratzinho que gosta de provocar?
— Talvez... – Disse com dificuldade pois a mão de Taehyung já estava quase tapando sua boca.
— Brincou com a pessoa errada, Jeon.
No instante seguinte, Taehyung virou o corpo de Jeongguk, o deixando de bruços.
— Quero ver você provocar agora. — Enfiou seus três dedos de uma vez, dessa vez o sentindo mais largo.
Sem dó alguma, estocou freneticamente os dedos enquanto voltava a surrar a próstata já maltratada, fazendo Jeongguk voltar a gritar e se remexer.
— Diz alguma gracinha, vai. – Puxou os fios dele novamente.
— T-tae... C-caralho... – Em resposta, apenas empinava sua bunda em direção à mão de Taehyung, querendo mais.
— Está desesperado pelo meu pau, não é? Diz!
— Estou! – Lágrimas de prazer rolavam pelo seu rosto.
— Implora, vai.
— P-por favor, Tae... M-me fode... Por favor...
A masturbação no ânus continuava, e o dançarino já estava notando que Jeongguk não duraria muito tempo, iria gozar.
— Eu vou gozar... Tae... – Disse sem forças.
E Taehyung não parou. Apenas quando Jeongguk se desmanchou em seus lençóis, foi quando parou o estímulo. Ficou extasiado com os gemidos deleitosos.
— Seu gemido é muito gostoso, amor.
— V-você acabou comigo... – Sua voz já estava cansada.
— Não, meu bem... – Deu um selinho demorado na boca entreaberta. — Eu vou acabar com você agora.
Buscou o tubo com lubrificante e a camisinha perdidos na cama e abriu os dois. Seu pau ficou duro o tempo todo, tamanho seu desejo, então sem precisar de mais nenhum estímulo, colocou a camisinha, e despejou lubrificante em excesso, tanto em seu membro, como no ânus de Jeongguk.
— Me escute bem... Eu vou começar, relaxe o máximo possível. Confie em mim, principalmente. Irei devagar e não vou te machucar.
— Seu pau é grande... Céus, não vou aguentar...
— Aguenta sim, bebê. Vire agora, quero facilitar a penetração para você.
— Uh... Vai me foder de ladinho. – Provocou novamente.
— Melhor você ficar caladinho, Jeon.
E na mesma hora, Jeongguk se calou. Nem de longe Taehyung parecia ameaçador ou algo do tipo. Porém, pelo menos naquele momento, estava sendo o homem mais intimidador que já conheceu. Era algo em seu olhar, em seu jeito de se mover, em seu jeito de falar. Jeongguk sentia que ele poderia lhe colocar de joelhos facilmente.
A penetração começou extremamente cuidadosa. Jeongguk sentia muita dor e Taehyung hesitou diversas vezes, parando seus movimentos. Enfiou seu membro pela metade e aguardou.
— E-enfia logo tudo...
— Eu sei que está doendo.
— Eu me acostumo, vai...
Como foi pedido, Taehyung enfiou tudo de uma vez. Jeongguk literalmente chorou com a dor, mas estava decidido, iria aguentar.
Taehyung sentia seu pau sendo esmagado, mas sabia que era melhor ficar parado esperando a dilatação do ânus aumentar, então seguiram assim por alguns minutos, imóveis.
A inciativa veio de Jeongguk quando percebeu que estava sentindo menos dor, começando a rebolar minimamente.
— Não faça isso comigo, eu vou querer me mover...
As reboladas ficaram mais firmes.
— E é isso mesmo que você quer, não é? Tudo bem.
Taehyung segurou firme a cintura fina, se apoiou melhor de lado, e começou a enfiar seu pau mais fundo. Mais forte. Mais rápido.
Quando já estava estabelecendo um ritmo prazeroso para os dois, Taehyung resolveu provocar também.
— Sabe... minutos atrás você insinuou que eu não sabia foder... – Aumentou o ritmo. — Entretanto, você esqueceu de um detalhe. – Puxou o cabelo, o fazendo virar a cabeça para trás, assim o olhando nos olhos. — Eu sou dançarino, se tem uma coisa que eu sei fazer, é me mover bem... – Estocou mais forte, deixando Jeon com sua visão completamente nublada de prazer. — Vai dizer para mim que isso está ruim? Hm?
— E-eu ainda nem estou rouco... Você tem que me fazer gritar mais, Tae...
Taehyung é uma pessoa extremamente paciente, mas Jeongguk sabia lhe tirar do sério. Sem aviso prévio, o virou de bruços novamente, assim ficando por cima, e meteu. Uma mão sua continuava puxando o cabelo, a outra continuou na cintura.
Jeongguk sequer raciocinava direito. Seus pensamentos sumiram, estava vendo tudo embaçado, apenas gemia, gemia e gemia. Estava completamente imobilizado, parecia que o pau de Taehyung ia cada vez mais fundo, na maioria das vezes acertando a próstata. Todas aquelas sensações eram demais para si.
Taehyung sempre teve autocontrole, por isso comandava a situação bem e falava com firmeza. Mesmo assim, estava sendo muito afetado. O corpo de Jeongguk é perfeito, o jeito provocador, os gemidos... Ambos estavam rendidos um pelo outro.
— Aguenta ficar de quatro, Jeon? – Perguntou ofegante, com o suor percorrendo pelo seu corpo.
— A-aguento... – Assim que respondeu, teve seu quadril puxado, ficando só com seu torso deitado na cama.
— Está querendo ficar rouco, não é? Pois bem... Você vai gemer desesperado pelo meu pau... Não é isso que você quer, Jeon? Quer meu pau todo enfiado em você?
Jeongguk não sabia o que responder. Nunca foi tratado daquela maneira, mas estranhamente, gostou. Sentiu seu corpo se arrepiar com as palavras sujas proferidas pelo dançarino, e Taehyung não deixou isso passar despercebido.
— Gosta que falem com você assim? Você é um depravado. Gosta de tapas também?
Silêncio.
Primeiro tapa.
— Diga se gosta... – A voz do Kim estava cada vez mais rouca e baixa.
— G-gosto... Bate...
Como sempre, Taehyung não perdeu tempo. Encheu a bunda de Jeongguk de tapas, deixando a pele avermelhada. Em seguida, voltou a penetração, e pela posição que se encontravam, Jeon sentia todo o pau dentro de si perfeitamente.
Não precisavam mais trocar nenhuma palavra depois disso. Jeongguk começou a gritar alto, provavelmente acordando toda a vizinhança, e Taehyung dava tudo de si, fodendo com toda a força que tinha.
Por estar excitado há muito tempo, Taehyung já estava perto de gozar. Antes disso acontecer, queria testar mais uma posição.
— Quer sentar em mim, Jeonggukie?
— A-acho que não sei fazer isso...
— Você aprende.
Rapidamente Taehyung se sentou e Jeongguk se encaixou lentamente em seu membro, se apoiando nos ombros do dançarino.
— N-nossa... – Ofegou quando sentou completamente.
— Não se preocupe com o ritmo, eu te ajudo...
Taehyung o auxiliou no começo, movendo seu quadril para cima, e Jeongguk estava dando seu melhor subindo e descendo no membro teso.
Ao perceber que já havia estabelecido um ritmo bom, o dançarino o deixou comandar. Jeongguk começou a sentar acertando seu ponto erógeno e sua sanidade estava indo para os céus naquela hora. Estava quicando em Taehyung enquanto o beijava, aquilo era a definição de êxtase.
Jeongguk aprendeu rápido, e logo estava deixando Taehyung desnorteado, o fazendo xingar alto, descontando novamente seu prazer em tapas na bunda branquinha.
Naquela altura, ambos estavam extremamente sensíveis, Taehyung já sentia seu orgasmo próximo, então masturbou Jeongguk novamente para chegarem juntos aos seus ápices.
E assim foi feito, Jeongguk se desmanchou pela segunda vez com seu corpo tremendo e seus gemidos já falhos, e Taehyung gozou forte na camisinha enquanto gemia alto e rouco.
O dançarino não demorou a tirar Jeongguk de cima das suas coxas, para assim ele poder descansar. Deu um nó na camisinha e a jogou no lixo ao lado da cama, respirou fundo para acalmar seu corpo, e deitou ao lado do moreno.
Depois de alguns segundos em silêncio, Jeongguk resolveu falar primeiro.
— Eu não sei o que dizer...
— Só me diga se gostou da sua primeira vez sendo passivo.
— Se eu gostei? Pensei que meus gemidos já tinham respondido isso.
— Pelo visto eu sei foder, não é, Jeonggukie? – Perguntou com um sorriso irônico em seus lábios.
— Eu só quis provocar, você sabe, Tae... Acho que não poderia ter sido alguém melhor para fazer isso, você fode muito bem, nossa...
Na mesma hora, Taehyung o envolveu em um abraço, deixando seus corpos nus e suados em contato.
— Você também é incrível. – Plantou um beijo na testa dele.
Pelo cansaço, ambos estavam quase adormecendo, até que Jeongguk retomou sua fala.
— Você é muito diferente do que imaginei... Muito mesmo.
O Kim riu soprado, sabendo que ele se referia aos estereótipos bobos que foram criados em sua mente.
— Você também é diferente do que imaginei, anda por aí com essas roupas pretas parecendo um mafioso, mas é só um garoto manhosinho.
— Ei! – Corou. — Você gostou do meu jeito?
— Sim, é adorável. Você gostou do meu?
— Muito... Ainda estou muito intrigado com sua dualidade, quero te conhecer melhor, Kim Taehyung.
— Oh, sem problemas... Por que você não fica mais um pouquinho aqui, então?
Jeongguk riu com seus dentinhos de coelho e aninhou sua cabeça no peito de Taehyung.
— Fico.
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