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Capítulo 4 - 15 dias de Resistência

Rubella

Rubella tomava seu chá da tarde enquanto observava o movimento dos barcos no Porto de Teldenn. O castelo da Dinastia Orgrif tinha uma visão privilegiada da cidade; erguido no topo de um monte ao lado da capital, foi dali que seus antepassados controlavam com mãos de ferro os plebeus da capital de Eliria.

Hoje em dia, no entanto, a situação era um pouco diferente. Teldenn não era mais uma cidade de castelos, seus grandes monumentos deram lugar a prédios e edifícios populares, fábricas e casas — um mar de casas dos mais diversos tamanhos. E aquela Universidade.

O Arquiduque Orgrif era o último Arkniano que ainda vivia em Eliria, e sendo a futura Arquiduquesa, Rubella Orgrif se preocupava demais com isto.

Rubella não era mais uma jovem Arkniana, já havia passado da idade de se casar, seu pai não se importava com as temporadas sociais de Silter, nem frequentava Eterna como os outros de seu patamar social. Ele não entendia, e não a ouvia de forma alguma.

Marcus Orgrif se encontrava naquele momento em algum bordel em Teldenn, e sendo sua herdeira, tinha o dever de abafar este fato.

— Filha, seu pai...

— É, eu sei. — Rubella terminou seu chá da tarde com calma e tranquilidade, enquanto sua mãe adentrava o seu quarto com uma aparência cansada.

Ser uma Arkniana escondia a idade, não era fácil de perceber que Lucilla Orgrif tinha mais de cento e trinta anos de idade, mas suas feições exaustas não lhe faziam bem.

— Você vai fazer alguma coisa? — Sua mãe era alta, tão loira quanto a filha, apenas deitou-se nos aposentos de Rubella e disse com a voz abatida — Eu já cansei de fechar os olhos ou tentar dar alguma lição nelas, ele sempre acha um jeito.

— Não precisa tentar se justificar, eu irei acha-lo ainda hoje.

— Obrigada, meu amor.

— É, tudo bem.

Rubella não sabia exatamente onde procurar, pensou em ir ter com o Prefeito El Rousseau, mas aquele humano era um inútil. Os nobres da Espada de Teldenn eram todos inúteis. E seria sábio de sua parte evitar um escândalo que pudesse prejudicar ainda mais a imagem dos Orgrif no Império.

Essa incompetência foi o que causou uma grande rebelião em Eliria, poucos anos atrás. O Arquiduque Orgrif teve que assinar diversas concessões para abafar os casos.

Rubella queria trazer a Legião e massacrar essa revolta, tinha que demonstrar a força Arkniana para que isso não voltasse a acontecer. Infelizmente, seu pai não a ouviu na ocasião, como sempre. Estava muito mais interessado em ganhar dinheiro do que mostrar dominância.

Por que um Arkniano se importa tanto com dinheiro?

Arfou. Tinha apenas uma pessoa que a ajudaria a abafar esse caso com a competência necessária, e, infelizmente, essa pessoa também controlava toda a guarda local através do dinheiro.

Rubella então desceu e se arrumou, preparada para ir se encontrar com a Senhora Charlotte Boltez. A Dona de Teldenn, como era chamada. Como o Arquiduque Orgrif deixou alguém assim crescer na capital de Eliria era intolerável para Rubella.

Parada agora na escadaria do prédio, a senhorita Orgrif encarava os guardas dispostos na porta com uma raiva velada. O segundo maior edifício de Teldenn, perdendo apenas para a Prefeitura, ali era a sede do Grupo Financeiro Boltez. Um banco rivalizava com o Banco Imperial. Também um investimento que deixou Marcus Orgrif tão rico quanto o próprio Imperador.

— Deem espaço para sua duquesa. — Seu guarda costas foi na frente, apresentando Rubella. Como se fosse a contra gosto, os guardas deram espaço para ela passar.

Rubella cerrou os punhos. Esta falta de respeito era mais um dos problemas causados pela moleza do Arquiduque.

— Avise que desejo falar com a humana Charlotte. — Rubella disse a um de seus consortes, que avançou e comunicou à recepção.

Poucos instantes se passaram até que seu mordomo viesse devagar, indeciso.

— Fale logo. — Ela mandou.

— Ela disse que... bem, ela disse que a Dona Charlotte está em uma reunião importante, devemos esperar.

— Esperar.

— Sim.

— Quanto tempo? — Rubella olhou ao seu redor, a visão de diversos humanos indo e vindo através do grande salão, sem perder tempo olhando em sua direção.

— Uma hora. — O mordomo disse com pesar.

— Que seja.

O lugar tinha classe, e Rubella odiava admitir. Era grande, com grandes portões e vidraças, mosaicos com os retratos dos Gêmeos e de Charlotte. Uma humana. Uma plebeia, que olhava nos olhos de Rubella lá de cima, com um sorriso faceiro no rosto.

Respirou fundo, não estava ali para criar contenda e muito menos perder tempo; estava ali para pedir ajuda, não se cospe no rosto de quem se precisa — como sua mãe sempre dizia.

Ninguém passou pela Arkniana para sair, mas em exatamente uma hora, algum funcionário veio lhes cumprimentar. Ele vestia roupas estranhas: uma camisa branca e um terno aveludado vinho. Muitos dos que trabalhavam ali compartilhavam uma moda específica que apenas os plebeus ricos usavam. Enquanto os nobres do Manto e da Espada se esforçavam tanto para imitar os Arknianos, os Boltez e seus empregados tinham suas próprias convicções sobre o que é ser de alta classe.

Rubella engoliu seco antes de falar qualquer coisa. Eles tinham o dinheiro e a competência, tinha que se lembrar disto.

— Boa tarde, Senhorita Orgrif — O homem se curvou graciosamente, com um sorriso no rosto.

Ele era baixo, com uma barriga proeminente. Rubella franziu o cenho.

— Demorou bastante. — Ela disse, levantando-se. — Duquesa Orgrif. — Ela o corrigiu com rigor — Não se esqueça.

— Não cometerei este erro novamente, Duquesa.

Ele se pôs à sua frente, guiando-a através do edifício. Jardins internos decoravam grande parte do andar térreo, construído com mármore cinza, com as luzes coloridas dos vitrais dando um ar de vida àquele lugar. Era bonito, trazia-lhe a vontade do trabalho, e demonstrava riqueza. Rubella pensou em como seria bom ter sido ela a precursora dessa ideia.

Subiu lentamente as escadas do grande salão até os andares superiores, depois, uma escada em espiral que levava até a cobertura: um escritório gigantesco, maior que o que havia no castelo do Arquiduque. Quadros enormes, de diversos artistas renomados. Não era permitido aos plebeus que perseguissem o caminho da arte, mas nada os impedia de comprá-la — e, para a Família Boltez, dinheiro não era o problema.

Charlotte Boltez fumava um cachimbo enquanto observava a cidade de sua janela.

— Apresentando a Duquesa Rubella Orgrif — Seu mordomo entrou se curvando e anunciando a chegada da Arkniana, mas Charlotte Boltez não se virou.

— Bem-vinda, senhorita. — Ela disse. Sua voz esgaçada pelo fumo arranhava de leve sua garganta, mas seu tom era imponente, e agir de um jeito tão informal com a duquesa...

Rubella não demorou para perceber como a balança do poder estava virada ali naquela sala. Charlotte Boltez com certeza já sabia o que ela procurava ali, e sabia que era a única que poderia ajuda-la.

— Chegou bem a tempo. Por favor, sente-se. — Ela virou-se para a Arkniana e sorriu.

Charlotte Boltez era velha, talvez uns sessenta anos de idade. Seu cabelo bem preso em um coque era preto, com diversas listras brancas. Seu rosto era severo, pouca maquiagem, mas um sorriso nos lábios vermelhos bem decorados que lhe dava um ar de superioridade sem fim. Nem mesmo seu marido, Daniel Boltez, tinha essa aura. Rubella só conseguia agradecer aos Gêmeos que Charlotte não era nobre, nem Arkniana. Aquela mulher poderia ter sido a Imperatriz, se nascesse com a pele brilhando azul-celeste.

— A tempo? — Rubella perguntou, sentando-se na poltrona de couro vermelha que tinha de frente à mesa da mulher.

— Sim, Arquiduque Milanidas planeja fazer uma visita a Teldenn em pouco tempo. — Ela sentou-se em sua grande poltrona, seu trono pessoal — Temos muitos assuntos a conversar, agora que seu conflito econômico com Gaius Tempest chegou ao fim.

— Estou sabendo de rumores... — Rubella falou com precaução, não sabia muito, na verdade. Mensagens chegaram a ela dizendo que Gaius Tempest voltou com toda sua corte para Eterna, fazendo uma parada em Ravenna para reabastecimento, antes de tomarem a hidrovia.

— Pois sim, Magra pertence aos Milanidas mais uma vez, e ele virá negociar conosco. Acha que teremos o apoio do excelentíssimo Arquiduque Orgrif?

— Meu pai...

— Está seguro. Não se preocupe. — Charlotte entrelaçou os dedos, olhando nos olhos da Duquesa com um olhar frio, congelante — Nossos garotos o encontraram não muito longe daqui, se divertindo com uma plebeia. Uma de nossas contadoras, claro, ele deve ter ficado encantado por seu intelecto sem par.

— Uma de suas empregadas? — Rubella cerrou os punhos, amaldiçoando a imprudência do pai.

As negociações acabaram de ficar exponencialmente mais complicadas.

— Sim, seu nome é Stella, uma jovem muito inteligente, prestes a se casar inclusive — Ela deu mais um trago em seu cachimbo — Com um rapaz excelente, um dos nossos melhores soldados, Tommas.

— O que eu tenho a ver com isso? — Rubella não se importava com a vida pessoal de formigas.

— Arknianos são famosos por valorizarem sua honra milenar acima de tudo, nós humanos não temos uma Corte de Honra, lembra-se? — Charlotte soprou a fumaça para cima lentamente — Mas nós, os Boltez, temos nossa própria honra a zelar.

— Eu não tenho que decidir nada, converse com meu pai sobre isto e ele resolverá o problema. — Rubella já estava cansada de ser tão humilhada — Eu sou uma Duquesa, uma Arkniana, tenho meu próprio tempo a zelar. Se Marcus Orgrif já está com vocês, só peço para que o devolva em segurança e com discrição ao seu castelo. Passar bem.

Rubella levantou-se rapidamente. Já estava farta.

— Rubella Orgrif. — Charlotte cuspiu seu nome com um nojo empostado na voz — Fique, não terminei meus assuntos com você.

— Vocês humanos não tem noção alguma de respeito à tradição. Por isso morrem aos milhares. — Rubella tremeu, o ódio a dominando.

— Seu pai não está em condições de negociar. Em sua falta, você é a Arquiduquesa interina. Não? — Charlotte apenas arqueou as sobrancelhas.

— O que quer dizer...?

— Nossos doutores estão cuidando de seu pai nesse momento.

— Como é!?

— Se acalme, ele está vivo. E, aparentemente, ele ainda tem mais uma vida, nós checamos suas marcas de morte.

Rubella girou seu corpo uma, duas vezes no mesmo lugar. Engoliu novamente seu orgulho e sentou-se de volta na poltrona vermelha, enterrando a vontade de chorar.

— O que quer de mim.

— Se acalme, tenho bastante apreço por ti, te conheço desde criança, lembra-se? — Charlotte sorriu — Talvez não se lembre, afinal Arknianos vivem tanto... mas éramos amigas de infância. Desejo honrar isto.

Rubella franziu o cenho, curiosa. Amigas de infância? De fato conversava com crianças empregadas no castelo em seus primeiros anos de vida, mas isso faz tanto tempo... parou para pensar, e era possível que isto fosse realmente verdade. Explicaria toda expertise apresentada pelos Boltez nessas últimas décadas.

A duquesa mordeu os lábios, nervosa por pensar que crianças plebeias conviveram tão perto dela durante sua infância.

— Então, assumo que queira que eu converse com o Arquiduque Milanidas, já que falou sobre isso.

— Tarquinius Milanidas é um Arquiduque novo, não deve ter mais que setenta anos de idade... comparado aos Arquiduques de Monia ou Astinia com seus mais de cem...

— Comparado ao meu pai.

— Pois então. — Charlotte pousou seu cachimbo na mesa — Sua esposa Safira morreu tragicamente nova, e desde então, o homem governa Magra sozinho com a ajuda de sua filha, Octavia, mas...

— Onde quer chegar?

— Octavia está morta.

Rubella não conseguiu evitar de abrir a boca. O choque foi imenso; de repente, todas as memórias das vezes que se encontrou com a joia do Império pessoalmente passaram em sua mente como um vendaval.

— Morta? Como...

— Nós temos nossas fontes. Embora ele tenha feito de tudo para esconder — Charlotte riu — Eu teria feito o mesmo, se fosse ele.

— Então, já faz um tempo?

— Um ano, talvez um pouco mais.

— Um ano! — Rubella levou a mão à boca, impedindo-se de gritar. Aquela reação deixou Charlotte ainda mais contente.

— Não estou compartilhando isto com você por nada. — Charlotte voltou a entrelaçar os dedos, a analisa-la friamente — O Arquiduque terá muitos problemas no futuro próximo, precisa de apoio. Iria negociar com o Arquiduque Orgrif, mas ter você no comando corta diversos passos. Faça uma aliança com os Milanidas, use-nos como uma garantia.

— Uma aliança? Planeja nos fazer casar? Isto é contra as regras impostas por—

— Um acordo informal ditado por Helius, o Conquistador? Um Arkniano extremamente ganancioso, que impôs esse tratado para impedir um levante contra o Império?

— Mas... Eu não posso passar por cima disto. — Rubella falhou brevemente em falar — Sei que humanos não tem esta consciência, mas nós, Arknianos, temos uma grande reputação a zelar, e...

— É isto, ou assistir Magra cair nas nossas mãos — Charlotte deu um risinho. — Nas mãos dos humanos que você tanto despreza.

— Estas palavras são dignas de execução sumária, Charlotte. Farei você perder todas as suas vidas.

— Veja por si mesma. — Charlotte respondeu sem medo — Quando o Arquiduque Milanidas vier, não virá como um pomposo Arkniano. Virá como um cachorro desesperado por ajuda. E você será a única que poderá ajudá-lo. Eu não perderia essa chance por nada.

Rubella gemeu, arfando pesadamente enquanto um suor frio escorria em sua testa. Não havia motivos para não aceitar, não havia motivos para desconfiar da Dona de Teldenn. Amaldiçoou seu pai, por tê-la deixado ficar tão poderosa; pois pela primeira vez, Rubella Orgrif, uma Arkniana, tremeu na frente de uma plebeia.

— Me diga... então me diga, o que eu devo fazer.

━◈━◈
Nikolas

As ruas de Anizotte finalmente se encontravam limpas de todo o rio de sangue que escorrera no dia da Revolta. Enquanto Nikolas andava pelas grandes vias, os plebeus o cumprimentavam com um sorriso no rosto. Eles o reconheciam, "aquele é a Mão dos Gêmeos", eles diziam. Nikolas abriu um sorriso nervoso, tentando entender o porquê de o chamarem assim.

Era natural, matematicamente correto para ele, que após herdar os negócios do pai, iria ajudar Alida a criar uma nação justa para os plebeus. Dissolver essa nobreza estúpida era o certo a se fazer.

Mas agora, enquanto a cidade se levanta todos os dias ao nascer do sol e se prepara para um futuro brilhante nas mãos do novo Rei, Nikolas estava dividido.

Até mesmo o clima pareceu melhorar. Um céu completamente azul e um grande calor que dava fôlego para os trabalhadores de suas fábricas.

Cerrou os punhos quando viu uma considerável procissão na grande rua do mercado central. Desmond havia anunciado que sua festa de casamento seria no mesmo dia do festival, e todos da cidade estavam convidados. Devido a isto, milhares de pessoas se voluntariaram para preparar a cidade para o grande dia de festas que seria em uma semana. Com um discurso, o nobre que se intitulava rei fez uma cidade inteira trabalhar para ele de graça, e agora estava lá, desfilando no topo de carruagens com sua noiva de um lado para o outro. Aquilo lembrou Nikolas de seu ódio.

— Se ao menos o Senhor Adam estivesse aqui... — Ele suspirou, sentindo falta do homem.

De repente, porém, alguém o puxou com o braço envolto em seu pescoço e o trouxe para o beco mais próximo com rigidez.

— Vem aqui, moleque.

— O que é isso?! — Nikolas tentou gritar, mas sua boca fora tapada por uma mão pesada, e por mais que tentasse se debater, seu corpo franzino não era forte o suficiente para se livrar daquele aperto.

Isto durou por um pouco mais de cinco minutos, até que fosse arrastado com violência para dentro de uma casa de madeira caindo aos pedaços.

— Olha só, se pensa que pode me ameaçar, eu mato esse garoto aqui agora na sua frente. — Nikolas forçou os sensos até reconhecer a pessoa à sua frente, olhando impassível para a situação.

— Alida! — Ele exclamou, mas logo a mão do homem que o segurava tapou sua boca.

— Oliver, vejo que uma surra só não é o suficiente. — Ela disse olhando para ele com um cachimbo na mão, fumando com tranquilidade.

Ela estava tão linda, Nikolas sorriu.

— De joelhos garota, ou seu plano vai pro ralo agora — Oliver pegou uma faca e colocou no pescoço do garoto. — Pelo poder de minha Vontade, eu condeno Nikolas Egmont à Verdadeira Morte—

Alida jogou o cachimbo de uma só vez na cabeça de Oliver, que era consideravelmente mais alto que Nikolas, e pulou quase que imediatamente a seguir, fechando as mãos como garras diretamente no pescoço do homem, que foi pego de surpresa. Ela jogou o peso do seu corpo para fazê-lo cair de forma descuidada, enquanto usava a outra mão para impedir que a faca sequer riscasse o pescoço de Nikolas.

Com um movimento rápido, aproveitando-se do momento da queda, Alida tirou a faca da mão de Oliver e a cravou no ombro do homem, finalizando com um soco certeiro em seu nariz.

Nikolas ficou preso entre os dois, sem saber se olhava diretamente para cima, na direção do abdômen torneado de sua paixão.

— Dá pra... falar... o que está acontecendo? — Ele falou, forçando os olhos para baixo.

— Venha, Nikolas. — Alida se levantou, o puxando para ficar em pé.

Foi então que Nikolas viu o quão machucado Oliver estava.

— Quer dizer então que ele já estava te dando problemas? — Nikolas queria ter uma arma para matá-lo agora mesmo.

— Eu estava domando-o. — Alida pegou o cachimbo do chão, vendo como Oliver se contorcia de dor. — Pedi para ele te buscar, mas ele quis realizar uma pequena performance, não é mesmo, Oliver?

Ela o chutou na barriga com sua bota pesada.

— Sim... senhora. — Ele arfou.

— Pois bem. Como você está, Nik? — Ela o abraçou brevemente.

Nikolas não soube bem como responder, e se amaldiçoou por não ter aproveitado para abraça-la de volta. Agora, que outro momento teria para poder fazer isto?

— Na medida do possível... — Ele olhou de volta para Oliver. Lembrava de já tê-lo visto, mas não sabia exatamente o que o homem fazia.

— Está tudo bem, esse daí fareja o dinheiro.

— Você disse que mandou ele me chamar? — Nikolas estava focado.

— Sim, preciso de você, Nik. — Ela se aproximou dele, aprumando suas roupas finas. — Quero que vá a Eliria com Desmond.

— Mas...

— Eu sei, você negou. Sei como se sente em relação a ele, mas acredite em mim. — Ela o abraçou novamente, desta vez, Nikolas teve chance de reagir. — Preciso que vá, preciso que converse com a Diana por mim.

— Alida, eu... — Nikolas nunca havia sentido o coração acelerar tanto em sua vida — Eu tenho tanto trabalho a fazer aqui, as fabricas voltaram a pleno funcionamento, pelas minhas contas, ainda tenho que acertar a construção das outras três que o Desmond mandou e também preencher direito a planilha com as contas pros funcionários...

— Eu sei que sim, meu bem. — Alida falou com uma voz suave — Mas eu sei que não quer ficar preso aqui, você é grande, maior que todos dessa cidade. Pense nisto como um presente meu para você.

Ela virou seu rosto para olhá-lo no fundo dos olhos. Nikolas não conseguiu impedir ficar com o rosto ruborizado.

— A Última Gota irá cuidar destes negócios, enquanto isto, você irá para continuar nossos planos.

— Mas quem...

— Não se preocupe, alguém muito bom com números apareceu.

— Será difícil ter que conviver com Desmond por tanto tempo — Nikolas riu, comentando para si mesmo — Tudo bem! Eu vou. Me diga o que devo falar com a Diana, e eu falarei.

— Obrigado, Nikolas. — Alida agradeceu. — Não posso confiar de que os soldados do Rei não vigiem minhas cartas. Sabia que me ajudaria. Confio em você.

Ela deu um trago no cachimbo e pressionou seu indicador no ombro do garoto, que sorriu como se tivesse acabado de receber a melhor noticia de sua vida.

— Não irei decepcioná-la. — Ele cerrou o punho, determinado. — Mas afinal, quem foi que apareceu?

— Aquele maldito. — Alida deu uma risadinha, apontando para um homem que estava parado no canto do cômodo como se estivesse ali o tempo todo.

Adam.  

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