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quatro | e m p r e g o

Pedir demissão para Bill foi uma das coisas mais difíceis que já fiz em toda minha vida. Me despedir do emprego, entretanto, não. Estaria mentindo se dissesse que sentirei falta dos garotinhos irritantes, das falsas reclamações para ganhar um hambúrguer grátis ou da sujeira no final do dia.

Talvez, um dia, eu sinta.

— Você vai fazer muita falta, Lisa. Muita mesmo.

— Vou sentir sua falta também, Bill. Você é, de longe, o melhor patrão que eu já tive.

— Se cuide, está bem? E boa sorte nessa nova fase de sua vida.

— Obrigada. — Sorrio. — Ah, venha aqui, me dê um abraço.

Bill cora e me abraça.

— Você está proibida de comer em outra lanchonete, ouviu?

— Não troco a Bill's Burger por nenhuma outra no mundo!

Ele sorri.

— Lisa, infelizmente ainda não tive tempo de fazer os cálculos para acertar com você... Fui pego de surpresa, então...

— Não se preocupe, Bill. Quando tudo estiver pronto, me ligue e eu venho. Confio em você.

— Certo.

— Mando o uniforme pelo Alex, ok?

— Claro, Lisa.

Sorrio e suspiro, olhando em volta.

— Bom, então... Até logo, Bill.

— Até, Lisa.

Caminho sem pressa até a calçada, onde Alex e Kim me aguardam.

— Ainda não me caiu a ficha que hoje foi seu último dia aqui.

— Nem a minha, Kim. — Suspiro. — Nem a minha.

— Vocês não vão chorar, certo? Eu não gosto de ver mulheres chorando.

— Não gosta ou tem medo de chorar junto?

— Um pouco dos dois.

Sorrio e abraço Kim de lado.

— Não vamos chorar. Até porque não é um adeus. Não para nós.

Kim aperta os braços ao redor de minha cintura.

— Seja firme com a galera, ok? E não deixe, em hipótese alguma, diminuírem você.

— Pode deixar, Lisa.

— Não quer mesmo ir com a gente?

— Hoje não posso. Meu pai já ficou irado por eu ter passado a noite fora. É melhor não ficar dando motivo.

— Irado a que ponto?

— Nada muito grave. — Desvia o olhar.

— Kim!

— É sério. — Ela sorri fraco.

— Me ligue se estiver com problemas, ok?

— Ok. E você se cuide, está bem? E tenha juízo em Manhattan.

— Juízo é meu sobrenome. — Pisco.

— Ei! — Alex reclama. — Essa frase é minha!

— Ei, Alex.

— Hum... O que houve? Que horas são? — Ele resmunga, sonolento.

— São seis da manhã. Estou indo para o trabalho, ok? Deixei os uniformes da lanchonete lavados e passados em cima do sofá e fiz panquecas para você.

— Uau. Você está bem?

— Panaca. — Sorrio torto. — Não te agrado mais.

— Quer que eu te leve?

— Não precisa, eu vou de metrô.

— Bom trabalho então, pequena. E boa sorte.

— Obrigada. — Aplico um beijo em sua testa, antes de fechar a porta.

Encaro a mansão, ainda do lado de fora. O jardim extremamente bem cuidado contrasta perfeitamente com as cores sóbrias das paredes, e as janelas, grandes e imponentes, me fazem pensar em quanto trabalho dá para limpá-las.


— Olá, bom dia. Se lembra de mim? Eu...

— Bom dia, Elisa. — O segurança responde, educadamente, e permite minha entrada. — Victoria está esperando por você no mesmo local da entrevista.

— Ah... Ok. Obrigada.

Caminho a passos rápidos até a copa.

— Ahn, Victoria? — Paro à porta, dando duas batidas.

— Ah, Elisa, bom dia. — Victoria deixa de lado a leitura de algumas anotações e sorri, bem menos tensa do que a última vez que a vi.

— Bom dia.

— Está pronta para começar?

— Sim, com certeza.

— Ótimo. Então, deixe sua bolsa aqui e siga-me, por favor.

Penduro minha bolsa em um pomposo cabideiro e sigo Victoria, que caminha a passos calmos, novamente analisando a prancheta de anotações, enquanto eu me sinto mais tensa do que jamais estive.

— Bom Elisa, como você pode ver, essa é a cozinha e essa é Eleanor, nossa chef.

— Olá. — Eleanor sorri.
Seus cabelos pretos e lisos estão elegantemente presos em um coque e seu doma, perfeitamente branco, contrasta com sua pele amendoada. 

— Oi.

— Você a ajudará com tarefas como lavar, descascar, picar e limpar. Na execução de alguns pratos também. Eleanor depois lhe explicará com mais detalhes, certo?

— Certo.

— É um prazer conhecê-la, Elisa.

— O prazer é todo meu, Eleanor. — Sorrio.

— Ótimo. Vamos continuar, Elisa.

Victoria recomeça a andar e novamente eu a sigo, fazendo antes um pequeno aceno à Eleanor.

Não consigo controlar meus olhos e os corro, curiosa, por cada canto da casa. Casa essa que, aliás, comportaria facilmente três campos de futebol.

— Aqui temos a sala de jantar, ali na frente temos dois lavabos... — Ela caminha até o próximo cômodo. — Aqui é a sala de estar, à esquerda temos dois banheiros sociais e à frente o hall de entrada. Está me acompanhando?

— Estou. — Respondo automaticamente, ainda encantada com a casa.

— Ótimo. Venha.

Victoria me leva até um corredor.

— Deste lado, — aponta à minha direita — fica o escritório de David, nosso patrão, e deste, — aponta à esquerda — a biblioteca.

— Vocês têm uma biblioteca?

— Sim.

— Legal!

Victoria sorri, me olhando com certa curiosidade. Em seguida, desce por uma escada no final do corredor.

— Aqui temos a sala de cinema. E sim, — ela se vira para mim, antes que eu seja capaz de interrompê-la — nós temos uma sala de cinema.

— Que demais. — Sussurro, tentando, sem sucesso, controlar meu fascínio.

— Este é o salão de jogos. — Victoria apresenta rapidamente. Corro meus olhos por todo o cômodo, encantada. — E aqui, — atravessamos novamente um corredor e descemos outra escada, dessa vez em caracol — temos a adega, um dos locais preferidos de David da casa. Sua coleção conta com os melhores e mais raros vinhos do mundo.

— Uau.

— Mais tarde disponibilizarei uma carta para você conhecê-los e estudá-los. Agora, lhe apresentarei os aposentos do andar superior e em seguida, a parte externa da casa. 

— Ok!

Subimos novamente até a sala de estar. Enquanto caminhamos, tento decorar todo o caminho para não me perder em uma próxima vez.

Victoria caminha até as escadarias que levam ao andar superior, mas ao invés de subir por elas, entra em um compartimento transparente e cilíndrico, localizado à sua direita.

— Espera. Não me diga que isso é...

— Um elevador? Sim, é um elevador. Entre.

— Isso é muito maneiro! — Sorrio animada, mas logo me contenho. — Desculpe.

— Você poderá usá-lo quando precisar servir alguma refeição no andar superior ou no inferior.

— Certo.

— Bom, finalmente, aqui temos os quartos. Deste lado, — aponta para sua direita — os de Isabelle, Cody e Tyler, respectivamente, e deste, — aponta para sua esquerda — o de David e dois para visitas. Cada um possui seu próprio banheiro e closet.

— Até o de visitas?

— Até o de visitas.

— Caramba! — Exclamo, boquiaberta.

— Venha, vamos para fora. — Victoria volta ao elevador.

Seguimos para a área externa da casa.

— Cabem bem mais de três campos de futebol aqui. — Sussurro, observando boquiaberta o local.

— Acho não preciso dar muitas explicações dessa parte, preciso?

— Definitivamente, não.

Estamos em frente a uma maravilhosa piscina, com quadras esportivas e uma academia ao lado. Na outra extremidade, há um espaço gourmet amplo e muitíssimo bem decorado, além da área de serviço mais chique que eu já vi em toda minha vida.

— Elisa, permita-me perguntar... Você mora com sua família?

— Não, moro sozinha.

— E sua residência é própria?

— Pago aluguel.

— Entendo. — Ela anota em sua prancheta. — Elisa, o cargo que você ocupará exigirá tempo e dedicação e por esse motivo, oferecemos moradia, além de, é claro, o pagamento integral das horas extras. Então, se quiser se livrar do aluguel, fique à vontade para se mudar.

— É sério? Posso mesmo me mudar para cá?

— Pode, sim.

— Meu Deus, que maravilha!

— Venha, vou levá-la para conhecer seus aposentos.

Caminhamos pelo gramado até chegarmos a uma pequena e charmosa casinha, localizada depois de uma escadaria que a separa da mansão.

— Ela não é grande, mas creio que você se adaptará bem.

Victoria destranca a porta e exibe uma pequena sala, seguida de uma cozinha planejada, um quarto e um banheiro, todos já mobiliados.

— É ótima! — Ando por todos os cômodos. — Quando posso me mudar?

— Amanhã mesmo, se você quiser.

— Amanhã está ótimo para mim!

— Ok. — Dá um rápido sorriso. — Bom, agora que você já conhece todos os aposentos, pode se trocar e encontrar com Eleanor na cozinha. Ela lhe dará as próximas coordenadas.

— Certo.

— Seu uniforme está em cima da cama. Até breve, Elisa.

— Até.

Victoria segue para fora, deixando-me sozinha em minha nova casa.

— Caralho, que demais! — Me jogo na cama, mas logo me lembro que o uniforme está sobre ela e me levanto em um pulo. — Sorte que não amassou.

Visto o uniforme, composto por doma e saia lápis pretos e avental marsala,
e saio novamente em direção à mansão.

— Elisa! — Eleanor sorri ao me ver. — O uniforme ficou ótimo.

— Ficou, não é? — Sorrio, analisando-o.

— Vou começar a te explicar como funciona a cozinha aqui, ok? — Ela me lança um gentil sorriso.

— Ok.

— Semanalmente, eu preparo um cardápio completo, conciliando a dieta e necessidades de cada um.

— Isso deve ser trabalhoso.

— E como é. — Ri. — Por isso você está aqui, para me ajudar nessa árdua tarefa.

— Eu terei que preparar cardápios? — Arregalo os olhos.

— Não, fique tranquila, essa diversão é toda minha. — Sorri. — Você está aqui para me auxiliar no preparo dos pratos, organização e limpeza da cozinha.

— Ah, que alívio.

Elanor sorri.

— Mas não pense que é moleza, viu? Aqui nós trabalhamos arduamente.

— Acredite, eu tenho experiência de sobra nesse "trabalho árduo".

— Então nos daremos muito bem.

Sorrio, em concordância.

— Continuando, cabe a você, além de me auxiliar aqui, servir à mesa e executar algumas preparações culinárias simples como sobremesas, lanches ou saladas, por exemplo. Acha que consegue?

— Tenho certeza que consigo.

— Assim é que se fala. Gostei de você, Elisa.

— Eu também gostei de você, Eleanor.

Uma algazarra na área externa nos chama a atenção.

— Parece que Tyler e seus amigos chegaram.

— Chegaram?

— De alguma festa. Isso é bem comum por aqui, logo você irá se acostumar.

Espio pela janela e vejo três rapazes visivelmente bêbados rindo e se empurrando entre si.

— Vou servir a mesa do café, os garotos já devem estar acordando. Você pode, por favor, levar esses sucos para os rapazes? É ótimo para ressaca.

— Claro.

— Ah, só uma coisa: cabelos sempre presos por aqui, Elisa.

Prendo rapidamente meus cabelos em um coque.

— Assim está ótimo.

Eleanor sorri e se vai, me deixando com uma pergunta a fazer:

Qual dos três seria o meu patrão?

Pegando a bandeja com a jarra e três copos, me dirijo à área externa, onde os três rapazes continuam a contar piadas engraçadíssimas, pelo visto.

Encho os copos com os sucos, mas evito olhá-los.

Quando me viro com a bandeja para serví-los, sou acertada com uma bola de futebol que me faz colidir com algo que não visualizo no momento, além de derrubar a bandeja de minhas mãos diretamente para o chão.

Mas o pior ainda está por vir.

O som de algo caindo na água me faz virar.

Há um rapaz dentro da piscina.

E fui eu quem o derrubei.

— Meu Deus, me desculpe! Você está bem?

— Estou. — Ele responde, notavelmente irritado, enquanto seca os olhos com as mãos. — Quem é você?

— Sou Elisa...

— A nova funcionária.

— Exato. — Mordo meu lábio inferior.

— Muito prazer, Elisa. Sou Tyler Abrams.

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