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oito | m u d a n ç a

A noite pareceu uma eternidade.

Talvez pelo fato de que minha mente extremamente ansiosa tenha me impedido de pregar os olhos por um segundo sequer, repetindo incansavelmente que eu me mudaria pela manhã e teria novamente um teto para chamar de meu. Em Manhattan.

Ou talvez pela elevada quantidade de cafeína que se encontrava em meu sistema.

Ou talvez ainda, a junção dessas duas coisas.

Percebendo, enfim, que não me adiantaria mais ficar na cama olhando o enorme pôster de um Stormtrooper pendurado na parede, levanto-me e vou para o chuveiro.

Após um bom banho, corretivo para as olheiras e um estalo no pescoço, parto para o fogão.

— Bom dia. — Alex surge na cozinha algum tempo depois, trajando sua samba canção de heróis em quadrinhos e ajeitando os cabelos molhados com a mão. — Cheiro bom... O que você está fazendo?

— Panquecas. Você não sente frio, não? — Aponto para sua única peça de roupa.

— Não. Sou um cara quente. — Pisca.

— Então sente-se, Homem Tocha. Vou servir seu café.

— Nossa, acordou de bom humor?

— Na verdade, não cheguei a dormir para poder acordar mau humorada. — Sirvo-lhe café em uma xícara.

Alex franze o cenho.

— Você precisa parar com isso.

— Eu sei que preciso. Mas diga isso ao meu cérebro!

— Cérebro da Lisa, deixe-a dormir! — Alex grita.

— Ah, pronto. Agora meu problema foi resolvido!

Alex ri, estendendo o prato para que eu o sirva com panquecas.

— Está ansiosa para se mudar, não é?

— Muito! Mas, ao mesmo tempo, — suspiro — estou com o coração apertado.

— E por quê?

— Não verei mais você e Kim com a mesma frequência.

— Desde quando você ficou sensível e amável assim?

Reviro meus olhos e dou uma risada.

— Obrigada por estragar esse momento.

— Disponha.

Sorrio e enfio um pedaço de panqueca na boca.

— Bem que eu disse que aquele cartão lhe seria útil um dia.

— E esse dia surgiu bem rápido.

Observo junto à Alex o taxista, John, estacionar.

— Bom dia. — Ele cumprimenta.

— Bom dia.

— Desculpe perguntar, mas... Vocês costumam se mudar sempre com essa frequência?

— Não. — Alex responde. — Só ela, mesmo.

John sorri e nos ajuda com as caixas.

Me ajeito pela segunda vez no banco traseiro do táxi de John e Alex se senta no banco de passageiro.

O trânsito está calmo, o que colabora para que nosso trajeto siga tranquilo e sem atrasos. John e Alex iniciam um papo sobre futebol americano, enquanto eu tento decorar mentalmente todos os cômodos da mansão.

Logo estamos à frente do luxuoso portão dos Abrams.

— Bom dia. — Desço do táxi e cumprimento os dois seguranças, postados cada um a uma extremidade do portão.

— Bom dia. — Os dois respondem em uníssono.

— Então, não sei se vocês estão sabendo, mas Victoria autorizou minha mudança para cá e... Bem, ela está nesse táxi.

— Estamos cientes de sua mudança, Elisa, mas preciso de autorização para a entrada de outras pessoas à casa. — O segurança da ponta direita responde. — Só um momento, por favor.

— Ok.

Alex se posta ao meu lado.

— O que houve?

— Ele tem que pedir permissão para a entrada de vocês.

O segurança entra na guarita e sai, pouco depois.

— Elisa, não posso autorizar a entrada do táxi na residência, mas se seu amigo quiser ajudá-la com as caixas, tudo bem.

— Ok, vamos lá então.

Alex desce todas as caixas e paga John, que agradece e dá partida no táxi, indo-se.

— Você o dispensou?

— Sim.

— E como você vai fazer para ir embora depois?

— Sei lá... Pego o metrô.

O segurança mais jovem e forte abre o portão, ajudando Alex a colocar as caixas para dentro do jardim.

— Obrigado. — Alex o agradece.

O segurança faz um gesto positivo com a cabeça.

— Por onde vamos? — Alex pergunta, segurando duas caixas empilhadas.

— Por aqui.

Tento, sem sucesso, erguer uma caixa do chão. Alex ri da cena.

— Pegue a da esquerda, está mais leve.

— Hum, bem mais leve. — Levanto a caixa com facilidade. — Vem, é por aqui.

Contorno a casa por fora, até chegarmos à piscina.

Alex solta um assobio baixo e longo.

— Nada mau.

Sorrio e continuo o caminho com ele, que olha a toda volta sem parar.

— Chegamos.

Desço as escadas e paro à porta de minha nova casa.

— Lar, doce lar.

Abro a porta e deixo Alex entrar primeiro. Ele descansa as caixas no chão e caminha pelos cômodos.

— E aí, o que achou?

— É ótima, Lisa! E bem melhor decorada do que seu antigo apartamento.

Dou uma risada.

— Tem razão.

— Vá ajeitando as coisas por aqui, enquanto vou  buscar o restante das caixas, está bem?

— Ok.

— Comece abrindo a caixa com o X vermelho na tampa. — Ele pisca e se vai.

Olho a minha volta e sorrio. Mal posso acreditar em minha sorte.

Abro a caixa marcada e começo a dispor minhas coisas em seus novos e devidos lugares.

Logo Alex volta com mais duas caixas, e depois mais duas, até trazer todas.

— Acabaram. — Ele ofega, exausto.

— A academia do dia está feita.

Ele ri.

— Gostou do presente? — Aponta para os dois porta retratos dispostos em cima do criado mudo.

— Amei.

Em um, está a nossa foto em meu 19° aniversário, e no outro, eu com meus pais, um dia antes de me mudar.

— Obrigada.

— Agora sempre que você olhar para o lado ao acordar, vai ver todos nós sorrindo para você.

Abraço-o apertado.

— Você é o melhor!

— É, eu sou. — Ele beija o topo de minha cabeça.

Sorrio e o puxo para fora.

— O que achou da minha vista?

— Irada! Você pode usar a piscina?

— Não perguntei, mas provavelmente, não.

Alex faz uma careta de descontentamento.

Logo em seguida, vejo Victoria vindo em nossa direção.

Olho nervosa para Alex, que sustenta meu olhar, sem entender.

— Elisa.

— Bom dia, Victoria.

— Bom dia. Feliz com a nova casa?

— Muito!

— Que bom. — Sorri. — E você...

— Alex Martínez. — Ele se apressa em dizer, estendendo a mão.

— Senhor Martínez, muito prazer. — Victoria aperta sua mão, simpática. — Vejo que veio muito bem disposto para ajudá-la.

— Pois é. Inclusive, peço desculpas se causei algum incômodo, mas eu não poderia deixar a Lisa fazer tudo sozinha.

— É claro que não, e não foi incômodo algum. Era você quem estava acompanhando-a no dia da entrevista, não era?

— Sim, eu mesmo.

Ela sorri.

— E vocês são...

— Amigos. — Respondemos em uníssono.

— Ah, claro. Pensei que... Enfim. Elisa, — Victoria se vira para mim — eu esqueci de lhe dizer ontem sobre suas visitas, então já vou aproveitar a oportunidade.

Consinto.

— Como sua casa está dentro do terreno dos Abrams, temos que ser bem restritos em relação às pessoas que entram aqui. Portanto, liberamos que apenas seus parentes e amigos mais íntimos e confiáveis frequentem sua casa.

— Claro, compreendo perfeitamente.

— Ótimo. Então, quando você estiver com tempo livre me passe, por gentileza, os nomes para que eu possa avisar o pessoal da segurança.

— Bom, se não houver problemas, posso passar agora mesmo. Não tenho muitos nomes.

— Ah, você pode? Melhor ainda! — Ela saca seu IPhone do bolso. — Quais são?

— Alexander Joseph Martínez e Kimberly Rose Cooper.

— Certo... Mais algum?

— Não. É só.

Victoria me olha com curiosidade.

— Ok. Vou passar os nomes para os seguranças, então. Alexander, mais uma vez, foi um prazer conhecê-lo.

— O prazer foi todo meu.

Os dois trocam um breve e firme aperto de mão.

— Elisa, nos vemos em breve.

— Sim, Victoria.

Ela consente e vai em direção à casa.

— Olha, — Alex a observa se afastar — eu pegaria.

— Ela não é para o seu bico. — Dou um tapa em sua cabeça.

— Toda dama adora um vagabundo. Nunca ouviu falar?

Reviro os olhos.

— Estou só brincando, calma. — Alex ri. — Pequena, acho que já vou, senão vou acabar me atrasando para o trabalho.

Faço um bico e Alex, em retribuição, bagunça meus cabelos.

—  Vamos, eu te acompanho até o portão.

— Não precisa Lisa, eu já até decorei o caminho. Aproveite para curtir um pouco mais sua nova casa.

— Está bem, então. Alex, obrigada pela ajuda.

— Ah, para. Você sabe que não tem que me agradecer.

Abraço-o apertado.

— Se cuide, está bem? E me ligue à noite para conversarmos.

— Ligarei.

— Mande um beijo para Kim, também.

— Pode deixar. Tchau, pequena.

— Tchau. Vá com Deus.

— Amém. E vê se não esquece do nosso passeio sábado, ok?

— Ok!

Espero Alex sumir de minha vista e volto para dentro de casa. Minha casa. Minha.

Consulto o relógio e percebendo que estou atrasada, visto o uniforme em um tempo recorde. Em seguida, prendo meus cabelos em um coque alto e bem preso, reforço o corretivo sobre as olheiras que tem assombrado meu rosto nos últimos dias e deixo meus aposentos.

— Bom dia, Elisa.

Dou um pulo de susto.

Tyler se encontra encostado na máquina de lavar da pequena área de serviços de minha casa. Ele sorri quando me assusto.

— Bom dia, Tyler.

— Então, vejo que já se mudou.

— Tecnicamente, sim.

Ele sorri torto.

— O rapaz... Seu namorado, me pareceu bem prestativo. Não reclamou uma só vez de carregar todas aquelas caixas.

— Talvez ele não tenha reclamado exatamente por não ser meu namorado. — Começo a andar em direção à casa.

— Ah, ele não é? — Tyler acompanha meus passos.

— Não.

— Hum.

Olho-o torto, ainda andando.

— Eu deveria perguntar o que você estava fazendo encostado ali?

— Não, não deveria.

Consinto.

Tyler sorri torto, depois ri pelo nariz.

— Você é... Bem, será divertido.

— Divertido?! Do que é que você...

Paro de falar ao perceber que Tyler simplesmente me deu às costas.

E essa última frase fica me assombrando por um bom tempo.

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