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dezesseis | m ú s i c a

A festa acabou há pouco.

Alguns retardatários ainda estão rindo e cantarolando pelo jardim.

A felicidade deles me incomoda.

E isso é egoísta. Eu sei.

Eles não têm culpa por eu ser uma tremenda idiota.

Eu sou a única culpada por tudo.

Culpada por ceder. Culpada por acreditar. Culpada por aceitar.

Culpa. Culpa. Culpa.

Uma nuvem negra parece estar pairando sobre minha cabeça.

Quero dormir.

Esquecer.

Acordar em uma outra realidade.

Uma realidade onde eu não tenha ido à festa alguma. Uma realidade onde eu tenha passado a noite toda trocando mensagens inúteis com Alex e Kim.

Uma realidade em que Tyler e sua maldita lista não existam.

A lista.

Levanto de um pulo e pego meu celular.

Digito o endereço do maldito blog, torcendo para que tudo o que eu ouvi não tenha passado de uma alucinação causada pela cerveja batizada da Vadia Daves.

Corro os olhos pela tela a procura de meu nome.

LISTA DAS VIP's

Quinn Daves
        2° Rebekah Perkins
  3° Louisa Gillies

LISTA DE CONQUISTAS (ATUALIZADA)

Camila Hilton
Yasmin Minnet
Ana Carter
Heloisa Adams
Angela Philips
Grace Scott

Corro os olhos mais uma vez por toda a lista.

Nada. Nada de Elisa.

— Eu não estou na Lista de Conquistas.

Deito na cama, aliviada, até que uma pop-up surge, tirando o sorriso de meu rosto.

CONQUISTA DA NOITE

Elisa Hattaway

Sinto vontade de arremessar o celular para longe, mas não o faço. Tyler não vale meu prejuízo.

Levanto e vou até o banheiro, lavar meu rosto. Depois, observo meu reflexo no espelho. Meus olhos ainda estão inchados pelo choro exagerado e minhas bochechas estão coradas pela raiva e vergonha.

— Que patético.

Dou um muxoxo e volto para a cama.

Analiso o teto por vários minutos, até que o despertador avisa que é hora de levantar e enfrentar a realidade.

É hora de enfrentar Tyler Abrams.

Saio em direção à mansão, desviando dos copos plásticos jogados por todo o gramado. A piscina e a área gourmet não se encontram em melhores condições, tampouco.

Respiro fundo antes de adentrar a cozinha vazia.

Amarro meu avental e inicio o preparo do café da manhã.

O interfone interno toca tempos depois.

— Pronto.

Elisa?

— Bom dia, Paul. O que houve?

— A equipe de limpeza acabou de chegar. Posso permitir a entrada?

— Equipe de limpeza?

— Dizem que foram contratados por Tyler. Estão todos uniformizados e com identificação.

— Deve ser para limpar a bagunça do jardim. Entretanto, eu não estou sabendo de nada. Victoria ainda não voltou?

— Não, senhorita.

— Certo. Peça para aguardarem um minuto, por favor. Vou verificar com Tyler.

— Ok.

Subo à contragosto as escadas em direção ao quarto de Tyler.

Bato à porta, mas não obtenho resposta.

Apenas na terceira tentativa, ouço um resmungo vindo de dentro do quarto. A porta se abre alguns segundos depois, revelando um Tyler sonolento e sem camisa.

— Elisa? O que você quer a essa hora da manhã? — Ele pergunta, apoiado ao batente da porta.

— Há uma equipe de limpeza lá fora dizendo que foi contratada por você. Posso permitir a entrada?

— Ah, sim. Claro que pode. Contratei-os para limpar a bagunça da festa.

— Ok.

Me viro para descer, mas sou impedida por Tyler.

— Como você está?

— Estou ótima.

Tyler cerra os lábios, me olhando profundamente nos olhos. Eu sustento seu olhar, contendo a imensa vontade de falar tudo o que está entalado em minha garganta.

— Ei, Ty. Com quem você está falando? — Uma voz feminina pergunta. — Vem, volta para a cama.

Desvio meu olhar.

— Desculpe por atrapalhar. Com licença.

— Elisa, espere... Ei!

Ignoro seu chamado e desço as escadas, possessa.

— Ainda tem a cara de pau de perguntar como eu estou. Escroto!

Vou pisando forte até o interfone, onde retorno à Paul.

— Pode liberar a entrada, Paul.

— Ok, Elisa.

Volto para a cozinha e dou prosseguimento às receitas, ainda resmungando xingamentos para Tyler.

— Cafajeste. Mentiroso. Dissimulado. Por que eu estou preparando o café da manhã? Para ele desfrutar com sua companhia da madrugada? — Paro de bater o recheio do bolo. — Por mim, que morram de fome!

Respiro fundo, apoiada na bancada.

— Como você foi burra, Elisa. Estava tão na cara!

Passo a mão por meu rosto, numa fracassada tentativa de me acalmar.

— Foco, vai. Tyler é um canalha nojento, mas ainda é seu patrão. E você precisa desse emprego, Elisa. Como precisa!

Volto a bater o recheio de cream cheese.

Depois, com ele já pronto, corto a massa red velvet ao meio, umedeço-a com uma calda de frutas vermelhas e espalho o recheio por toda sua extensão.

— É, eu trabalho melhor quando estou com raiva. — Concluo.

— Você é um tremendo filho da puta!

O grito e uma porta batida com violência me assusta.

Corro até a sala e encontro-a vazia.

— O que foi isso?!

— Ela foi embora.

Olho para cima e vejo Tyler apoiado na escada.

— Parecia irritada. — Dá de ombros, mexendo em seus cabelos molhados.

Faço um gesto negativo com a cabeça e caminho em direção à cozinha, até que Tyler pergunta:

— Ei, você está brava comigo?

Dou meia volta e o encaro.

— O que você acha?

Tyler encolhe os ombros.

Reviro meus olhos e saio.

— Ei! Ei, Elisa! — Ele me alcança. — Quer parar de virar as costas para mim?

Ignoro-o.

— O que foi que eu fiz?

Suspiro e coloco a outra metade do bolo sobre o recheio.

— Elisa!

 "Conquista da Noite". — Encaro-o. — Isso te diz algo?

Tyler não responde.

— Pois é. — Desvio meu olhar e começo a espalhar o restante do cream cheese sobre o bolo.

— Não faz sentido. Nós não...

— Transamos? Tem certeza que não? Eu estava dopada, você poderia muito bem...

— Nem termine, Elisa. Eu posso ter mil defeitos, mas eu jamais me aproveitaria de você.

— Como eu fui parar naquela droga de lista, então? — Largo a espátula e o encaro.

— Eu não sei. Havia dezenas de pessoas aqui ontem. Alguém deve ter me visto subindo com você para o quarto e concluiu que nós... Enfim.

— E você sequer se deu ao trabalho de desmentir?

— Eu nem sabia que você estava na lista!

— Como não?

— Eu mal acompanho aquela merda.

Reviro os olhos, sem acreditar.

— Você apostou com Theo que me incluiria na lista, seu babaca!

— É, eu apostei. Nós temos essa mania de fazer apostas imbecis...

— Ao menos admite.

— Mas eu mudei de ideia depois que levei aquele tapa. — Aponta para seu rosto.

Encaro-o.

— Sim, eu me lembro. Você me bateu. E me bateu porque fui um idiota e mereci.

Cruzo meus braços e o olho nos olhos.

— Eu sou um idiota, Elisa. É da minha natureza. Mas às vezes, eu consigo ser um cara legal. E eu fui ontem. Eu não coloquei seu nome na lista.

Continuo em silêncio.

— Eu desisti de uma aposta por você, Elisa! E eu nunca desisto de uma aposta!

— Uau, quanta generosidade! — Ironizo. — Essa é a hora em que eu te agradeço por ser minimamente sensato?

Tyler revira os olhos.

— Você é muito difícil de agradar, sabia?

— E o Dan? — Ignoro sua quase afirmação, tterminando de decorar o bolo.

— O que tem ele?

— Foi você quem o mandou ir até minha casa e me convencer a ir à festa?

— Não. Dan foi por vontade própria. — Faz uma careta, antes de completar: — Ele parece gostar mesmo de você.

— Então, ele não teve nada a ver com isso?

— Não.

— Droga, — baixo os ombros — fui tão rude com ele.

— Peça desculpas e tudo ficará bem. Dan é o bom moço que sempre perdoa e releva.

Consinto com a cabeça.

Tyler enche um copo de água.

— Quem era a garota? — Disparo.

— O quê?

— A garota que saiu xingando. Quem era?

Tyler bebe, antes de responder.

— Você não conhece.

— Era a Quinn?

— Não.

Franzo o cenho.

— Não tenho motivos para mentir, Elisa.

— Mas poderia ser ela, não é? Eu vi vocês dois se beijando ontem.

— Na verdade, foi ela que me beijou.

— Você correspondeu.

— É. — Tyler baixa os olhos para o copo. — Viu o que eu disse? Sou um idiota.

Sorrio.

— Esse sorriso foi um "desculpas aceitas"?

— Você se desculpou?

— Entrelinhas. — Meneia a cabeça.

— E pelo o quê?

— Por ter beijado a garota que te dopou.

— Ela é da sua lista Vip. — Dou de ombros.

— Pelo amor de Deus, Elisa. Chega de falar dessa lista.

Ergo as mãos, me calando.

— Você já tomou seu café da manhã?

— Ainda não. Por quê?

— Coma comigo.

Ergo uma sobrancelha e o encaro.

Tyler revira os olhos.

— Estou te convidando para se sentar a mesa comigo, Elisa e não para ir até minha cama. Porém, se você preferir a segunda opção...

— Cale a boca.

— Ok.

Tyler finge zipar a boca e em seguida, estende sua mão.

Eu aceito, sendo guiada até a mesa.

Me sento e aguardo Tyler voltar com o bolo e o café. Ele os coloca sobre a mesa e me serve.

— Bolo bonito.

— Obrigada.

Ele pisca, servindo-se em seguida.

Comemos em silêncio, até que Tyler decide quebrá-lo.

— Me conte algo sobre você, Elisa.

— Hum... Tipo o quê?

— Qualquer coisa. Vejamos... Qual sua cor preferida?

— Não sei se tenho uma cor preferida.

— Como não? Todo mundo tem.

— Eu não sou "todo mundo".

Tyler sorri torto.

— Então... Sua música favorita. E não me diga que não tem. É impossível não ter uma música favorita.

— Bem... Tenho várias músicas favoritas.

— Escolha uma.

— Certo... — Reflito por alguns segundos. — Always.

— Bon Jovi?

— Sim.

— Vem comigo.

— Para onde?

— Só venha comigo. — Tyler se põe de pé e novamente estende a mão para mim.

Eu aceito e sou levada até a sala de TV.

— O que viemos fazer aqui?

Tyler ergue o dedo, como quem pede um minuto de espera e, poucos segundos depois, Always começa a tocar.

Sorrio e o encaro, em negação.

— Você não está fazendo isso.

— Eu queria ter dançado com você ontem, mas você resolveu desmaiar...

— Eu não resolvi...!

— Dance comigo.

Faço que "não".

— Por favor.

— Não.

— Só uma dança, Elisa.

Mordo meu lábio.

Tyler sorri.

— Ok, mas só porque gosto muito dessa música.

— Tudo bem.

Tyler envolve minha cintura com seus braços e eu entrelaço minhas mãos ao redor de seu pescoço.

Nossos corpos se movimentam no ritmo da música, em total sintonia.

Tyler dança extremamente bem.

No refrão da música, ele me puxa para mais perto, cantando baixinho em meu ouvido.

Deito minha cabeça em seu peito e fecho os olhos.

Suas mãos passeiam delicadamente por minhas costas.

Tyler roça seus lábios em minha nuca, me fazendo arrepiar.  

Abro os olhos.

Nossas bocas estão prestes a se tocar, quando desvio.

— O que foi?

— Você estava dormindo com outra a menos de uma hora.

— Me parece tão distante agora que estou aqui com você.

Acabo rindo.

— Cantada barata a essa altura do campeonato, Tyler Abrams?

Ele ri fraco.

— Você não me dá um voto de confiança, não é?

— Você acha mesmo que merece minha confiança?

— Ainda não.

Olho-o com curiosidade.

— O que você tem que me atrai tanto, Elisa? 

— Não sei... Personalidade, talvez?

— Não estrague esse momento.

Sorrio, deitando minha cabeça em seu peito novamente.

— Essa passou a ser minha música preferida também. — Tyler sussurra.

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