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Capítulo 9

"O segredo é não correr atrás das borboletas... É cuidar do jardim para que elas venham até você."

No dia seguinte o telefone tocou bem cedo.

— Bom dia!... — Disse Vincent com voz suave, fazendo-a estremecer. — Eu tirei você da cama?

— Bom dia. Eu já estava saindo para o trabalho.

— Que pena... E eu que pensei que ainda estivesse entre os lençóis, sonolenta e encantadora, vestindo apenas um...

— Pijama de ursinho?

— Não era bem isso que eu ia dizer. Estava pensando em algo mais...

— Eu sei em que estava pensando, e era em algo menos. — No telefone podia ser provocante, porque a distância proporcionava coragem.

— Já que não me dá o direito nem de ter fantasias, o que acha de jantar comigo hoje?

Ela hesitou, pensando em pelo menos uma dúzia de respostas, até escolher a mais honesta.

— Eu adoraria.

— Posso apanhá-la às sete em ponto?

— Estarei esperando.

Linda desligou o telefone e pensou no que acabara de fazer. Apesar de não concordar com o projeto de Vincent Parlman, gostava de estar em sua companhia.

Talvez conseguisse fazê-lo entender a importância daquela gráfica para ela e, juntos, poderiam encontrar uma solução conveniente para ambos. Agora que o conhecia melhor, não queria mais afastá-lo de seu caminho. Talvez alguns ajustes no rumo...

Linda deixou o apartamento sorrindo, e ainda tinha o mesmo sorriso nos lábios quando entrou na gráfica.

— Está de bom humor, não? — Comentou Jeany, erguendo os olhos do computador. — O que houve? Conseguiu livrar-se do sr. Parlman?

— De onde tirou essa ideia? — Linda falou, checando as ordens de serviço que encontrou sobre a mesa.

— Do brilho que vi em seus olhos e da minha memória. Quando eu saí daqui, na sexta-feira, você estava tentando encontrar uma maneira de evitar o almoço de domingo, lembra-se?

— Pois eu estava enganada. E não consegui cancelar o almoço e acabei me divertindo muito. E hoje vamos jantar juntos.

— Ele está vencendo sua resistência, não é? — Perguntou Jeany, entrando no escritório.

— Não diga bobagens. Eu só estou tentando conhecer melhor o inimigo.

— Ou será que está apaixonada pelo inimigo? — Provocou a mulher do seu gerente.

— Não tem mais nada para fazer, sua secretária bisbilhoteira? — Perguntou Linda,

pondo um ponto final no assunto. Sabia que Jeany só queria ajudar, mas não podia discutir seus sentimentos antes de compreendê-los.

Naquela manhã Linda conseguiu resolver todos os problemas com facilidade.

Os funcionários terminaram a prova dos relatórios da União dos Sindicatos com rapidez impressionante e um novo cliente, satisfeito com o trabalho feito pela gráfica Record Chandler, solicitou uma nova remessa de impressos que acrescentaria alguns milhares de dólares ao orçamento do mês.

Ocupada, não teve tempo para pensar nas dúvidas que ainda tinha sobre Vincent ou nas consequências daquele envolvimento. Naquele dia sentia-se forte, capaz de vencer qualquer dificuldade. Não parou sequer para pensar na alegria que a invadia, atribuindo a satisfação à uma combinação gloriosa: Vincent Parlman e um dia de trabalho lucrativo.

A tarde também começou bem, mas um evento inesperado mudou o rumo das coisas.

Francis, o técnico dos computadores, informou.

— Não posso recuperar os dados que estavam na memória, Linda. Já chequei todos os controles, mas nada deu resultado. Deve haver algum problema mais sério.

Ele levantou-se e deu uma volta em torno da unidade, passando a mão em todas as conexões. De repente retirou um pequeno objeto de debaixo do computador e exclamou.

— Acho que encontrei alguma coisa! — Examinou o pequeno objeto, antes de concluir. — Isso afetou a memória do computador... e posso apostar que não foi um acidente. 



Jeany apanhou o objeto das mãos do técnico e perguntou.

— Um pedaço de metal?

— Um imã, na verdade. — Declarou Francis.

— Quer dizer que uma coisa tão pequena fez todo aquele estrago?

— Um campo magnético no lugar errado pode afetar todos os dados de um computador. — Explicou o técnico. — O imã apagou a memória aleatoriamente, e as informações atingidas são irrecuperáveis. Vamos ver a outra unidade.

Depois de alguns segundos ele estendeu a mão, mostrando o que havia encontrado.

— Mais um! — Exclamou ela.

— Linda, você tem inimigos?

— Parece que agora eu tenho! — Respondeu, amedrontada pelo significado da pergunta. — Só não consigo imaginar quem seja.

Mais tarde, sozinha no apartamento, Linda pensou em tudo o que havia acontecido nos últimos dias e concluiu que alguém estava tentando prejudicar seu trabalho. Mas por quê? Quem poderia ganhar com isso?

A lógica apontava para Vincent, mas ele já negara qualquer envolvimento com o ato de vandalismo.

Seu coração decidira acreditar nele, mas agora as dúvidas voltavam a assaltá-la.

Queria acreditar em Vincent por julgá-lo inocente, ou por desejar que ele fosse inocente?

A medida que o tempo passava e a hora do encontro aproximava-se, maior era seu nervosismo.

— Gostaria de saber em que acreditar! — Bufou suspirando e dizendo a si mesma, olhando para o relógio novamente. Incapaz de ficar quieta, levantou-se do sofá e começou a caminhar pela casa de um lado para o outro, pensando se não devia ter cancelado aquele encontro.

O interfone tocou. Perdida em dúvidas, tentou ignorar o chamado, mas a campainha estridente persistia.

— Agora é tarde demais! — Disse a si mesma, fechando a porta do apartamento e descendo para encontrá-lo.

Como sempre acontecia, bastou vê-lo para esquecer todas as dúvidas. Vincent cumprimentou-a com um sorriso e pôs o carro em movimento, sem dizer para onde iam.

Por mais que tentasse, Linda não podia evitar os olhares furtivos na direção dele.

Recortado contra as luzes da rua, o perfil de Vincent irradiava uma força que a fascinava e irritava.

A natureza estava contra ela, pois a majestade da noite acentuava o poder de sedução que tanto a amedrontava. Mesmo assim, o encantamento da lua a envolveu e ela relaxou, recostando a cabeça no couro macio do banco. A meditação só foi interrompida quando o carro parou diante de um edifício modesto, cercado por construções imponentes.

Minutos depois, entrando no restaurante de braços dados com Vincent, Linda foi envolvida por uma aura de romance. O maitre os levou ao longo de um corredor acarpetado, cujos reservados eram protegidos da curiosidade alheia por delicadas cortinas de seda. Um quarteto de garçons discretos e silenciosos atendia aos reservados, de onde provinha o rumor abafado de vozes e risos.

— Maravilhoso... — Aprovou ela, sentando-se na cadeira que o maitre puxara. Era um lugar especialmente criado para a sedução. Vermelha, descobriu que havia manifestado o pensamento em voz alta.

— Eu não havia pensado nisso, mas agora que mencionou... Um toque de sedução pode ser interessante. Daria um sabor apetitoso à nossa noite, não acha?

Envergonhada, Linda enterrou o rosto no cardápio, incapaz de registrar as inúmeras opções oferecidas pela cozinha. Quando aprenderia a pensar antes de falar?

Vincent estendeu a mão e abaixou o cardápio que ela segurava diante do rosto.

— Está se escondendo de mim?

— Eu não estou me escondendo de ninguém. Só não consigo escolher entre todas essas opções. Por que não pede por nós dois?

Fingindo acreditar, Vincent chamou o garçom e fez o pedido, começando a compreender por que sentia-se tão atraído por aquela mulher. Ela podia ser extremamente radical ao defender seus pontos de vista, sem nunca perder a suavidade. Mas não podia deixar-se impressionar por aquela doçura. Tinha de vencer as emoções e conseguir o que desejava, apesar dos sentimentos que estava sentindo.

Durante o jantar Vincent tratou de manter a conversa longe de assuntos polêmicos. Linda mostrara resistência férrea quando tentara atacar a questão diretamente, e não podia repetir o mesmo erro agora, quando conseguia conquistar sua amizade. Já sabia que ela respondia melhor à sutileza, e tinha de explorar essa forma de ação.

E então, para seu desânimo, seu cérebro parou de funcionar enquanto os lábios continuaram movendo-se. Ao responder à pergunta de Linda sobre seu dia de trabalho, Vincent ouviu a própria voz dizendo.

— Passei o dia todo discutindo o projeto de reurbanização com os arquitetos.

Ela ficou pálida, mas não disse nada.

— Linda, sei que tem muitas dúvidas sobre esse projeto, mas acha mesmo que a ideia é tão terrível?

— Não seria, se não dependesse do meu fracasso.

— O que quer dizer com isso?

— A gráfica está sendo vítima de sabotagem, Vincent. Hoje descobrimos porque os computadores apresentaram problemas.

— E por quê?

— Encontramos imãs sob as máquinas. E é claro que eles não foram parar lá por acaso.

— E você acha que eu tenho alguma coisa a ver com isso?

A resposta estava estampada nos olhos dela e Vincent não gostou do que viu.

Furioso com quem quer que houvesse feito aquilo, sentiu uma necessidade urgente de protegê-la e ampará-la. Com dedos firmes, segurou o rosto dela entre as mãos e obrigou-a a fitá-lo.

— Eu já fiz muitas coisas horríveis na minha vida, não vou lhe negar isso, Linda, mas nada parecido com isso. — Disse, lembrando-se do tempo em que fora uma criança das ruas. Lutara muito para esquecer essa época, mas agora tudo voltava à sua memória. — Acredita em mim?

— Eu quero acreditar, Vincent, mas...

— Eu nunca vou magoar você. Nunca! Aconteça o que acontecer, tenha certeza disso.

— Não sei se você pode impedir.

— Confie em mim, Linda, por favor.

— Eu preciso de tempo.

Magoado como nunca se sentirá antes, Vincent descobriu que a opinião dela era mais importante do que imaginara, e decidiu lutar para conquistar sua confiança.

— Linda, você tem o tempo que quiser. Podemos resolver nossas diferenças sem pressa, está bem? — Sorriu, tentando amenizar a tensão que crescia entre eles. — E agora coma.

Infelizmente ele não pode seguir os próprios conselhos, porque o estômago recusava-se a receber a comida saborosa. Embora notasse que a tensão desaparecera do rosto de Linda, sentia-se incapaz de livrar-se da própria apreensão.

Não contratara ninguém para fazer serviços sujos, mas talvez alguém da empresa, movido por um estranho senso de lealdade, houvesse cometido aqueles crimes. Era pouco provável, porque todos os empregados do seu grupo sabiam que ele demitiria qualquer um que usasse táticas desonestas.

E então outro pensamento irrompeu em sua mente. Quem seria o alvo de toda aquela sujeira? Linda, ou ele mesmo? Alguém poderia estar tentando usá-la para sabotar seu projeto também. Fizera muitos inimigos ao longo da vida, e alguns dariam um braço ou até dois para prejudicá-lo.

Apesar de tudo, Linda comeu com apetite.

— Estava delicioso! — Disse ela, engolindo o último pedaço de aspargo grelhado com molho branco. — Eu gostaria de saber fazer coisas tão deliciosas.

Era a oportunidade que ele esperava.

— Eu tenho um amigo que é chefe de cozinha.

— É mesmo? Quem é a grande personalidade?

— Andrews Basf, mas o apelido dele é Andy. Ele trabalha para mim.

— Acha que ele aceitaria dar aulas para um desastre culinário?

— Andy não perderia uma oportunidade como essa. Se quiser, posso falar com ele.

— Obrigada. Só espero que ele seja mais paciente que minha mãe. Ela desistiu há anos e me declarou uma causa perdida.

— Meu amigo adora um desafio! Assim como eu!... — Disse Vincent. Era perfeito. Enquanto estivesse ensinando Linda a cozinhar, Andy podia cuidar de sua proteção. Pois seu amigo e chefe profissional, era na verdade um ex-agente do governo. — Eu posso servir de cobaia. O que acha de testarmos sua primeira lição daqui a... duas semanas, digamos? No sábado.

— Não sabe onde está se metendo, Vincent. Vai perder seu amigo por causa disso. Ou um mal estar por tentar provar a minha comida!... Por que não deixamos o teste para o ano que vem? Talvez eu consiga algum progresso até lá.

— Nada disso. Duas semanas, no sábado.

— Não diga que eu não avisei. Vai ser por sua conta e risco.

1975 Palavras

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