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Capítulo 22 - Penúltimo

"O segredo é não correr atrás das borboletas... É cuidar do jardim para que elas venham até você."

Vincent conduziu Linda até a cadeira mais próxima.

— Sente-se e espere aqui. Eu não vou demorar.

Vincent abriu a porta e ela ouviu os ruídos típicos de uma delegacia: cadeiras sendo arrastadas, máquinas de escrever, os gritos ocasionais de alguns prisioneiros e, o mais enervante, o som assustador das portas de ferro sendo fechadas.

Esperar ali?

E onde mais poderia ir?

Cruzou e descruzou as pernas várias vezes, olhando para o relógio a cada cinco minutos. Por que ele demorava tanto?

Olhou em volta e examinou a sala de mobília escassa. Que lugar horrível! Não bastasse sua depressão, ainda tinha de ficar sozinha naquele ambiente horroroso!

Inquieta, pensou nos últimos dias e em todas as coisas que vivera. Afinal, nada havia mudado. E no entanto, tudo era diferente. E tudo por causa de Vincent Parlman.

Ele salvara sua empresa, mas a que preço para si mesmo? Ele investira seu tempo, seu dinheiro, sua reputação, e para quê? Se ela continuasse insistindo em conservar o prédio, Vincent perderia tudo.

Triste, levantou-se e começou a caminhar pela sala, dividida entre manter a tradição da família e entregar-se ao que sentia por Vincent Parlman. Por que seu trabalho e o homem que amava tinham de ser mutuamente exclusivos?

Mas quem disse que tinham de ser?

Tinha de haver uma maneira de ter os dois!

Não suportaria a dor de desistir de um para conseguir o outro.

— Por favor, tio Paullo, me ajude. Não sei o que fazer.

Vincent voltou e a encontrou no mesmo lugar. Parecia tão sozinha, tão perdida! Se dependesse dele, Linda nunca mais voltaria a sentir medo ou solidão.

Apesar de todas as lembranças amargas, tinha de seguir em frente. Linda era importante demais para que deixasse o passado afastá-la de sua vida.

Com cuidado, para não assustá-la, chamou-a em voz baixa.

— Linda.

Ela virou-se lentamente com um brilho estranho nos olhos. Por alguns instantes, Vincent teve a impressão de que olhava através dele, mas então chegou mais perto e viu as lágrimas que corriam por seu rosto.

— Linda! — Disse, abraçando-a com ternura, mas com o coração apertado.

— Desculpe por estar sendo tão infantil.

Com o rosto enterrado no peito dele, ela deu vazão à toda a angústia que ameaçava sufocá-la.

— Você não é infantil. Isso é uma reação natural, depois de tudo o que teve de suportar agora à pouco.

— Mas eu não posso chorar. Eu nunca chorei!

— Pois agora é hora de desabafar! — Afirmou ele, acariciando os cabelos sedosos. — Chore até esgotar as lágrimas.

Linda fechou os olhos e deixou o pranto correr livre, soluçando como uma criança. Quando a crise passou, ergueu a cabeça e olhou para o lugar onde estivera apoiando o rosto.

— Você está todo molhado por causa das minhas lágrimas. — Disse, secando o rosto com o dorso da mão. — Olhe só o que eu fiz!

— Eu não vou derreter. — Riu ele, retirando um lenço do bolso e secando seus olhos com delicadeza. — Está melhor?

Ela confirmou com a cabeça, encolhendo-se entre os braços fortes que a amparavam. Só afastou-se de Vincent quando o sargento entrou na sala com as cópias de seus depoimentos.

— Por favor, leiam e assinem na última página. Agora só terão de depor novamente no julgamento.

— Quanto tempo acha que eles podem pegar de pena? — Linda perguntou.

— Luccas Simioni deve pegar uma condenação maior, porque já é reincidente. Quanto à moça, também está bem encrencada, mas um bom advogado pode diminuir a pena em alguns meses. Mas isso, se não encontrarmos mais crimes cometidos anteriormente, meu pessoal já esta investigando pelas cidades vizinhas e dei um alerta para outros estados.

Terminada a missão na delegacia, Vincent apressou-se a levar Linda para o carro.

Embora as lágrimas houvessem servido como alívio, sabia que ela estava esgotada e queria ajudá-la a esquecer que algum dia seus caminhos foram cruzados por Luccas Simioni e Lucero Weenny.

Quando ela pediu desculpas mais uma vez por ter chorado, Vincent virou-se e disse com voz firme.

— Você tem razões de sobra para estar triste. Depois de tudo o que passou, acho que é hora de esquecer e relaxar. Vamos ver o que podemos fazer...

— O que tem em mente?

— Nada... Mas vou pensar em alguma coisa.

Enquanto Vincent enfrentava o trânsito difícil, Linda reclinou a cabeça no assento e fechou os olhos, pensando em tudo o que vivera naquela tarde. Andrews, o garoto Harlan, Angus, todos eles eram verdadeiros heróis. E Vincent, especialmente Vincent.

Exausta, adormeceu quase sem perceber.

Ouvindo o ritmo suave de sua respiração, Vincent virou-se para observá-la e notou as sombras escuras sob seus olhos. Segurando o volante com mais força, sentiu vontade de apertar o pescoço de Luccas Simioni. E quando ele entrou naquela cela para saber como o maldito sabia de sua verdadeira origem, o idiota teve a petulância de debochar de seu sofrimento e dor.

Ouvir que o pai de Luccas Simioni era o melhor amigo de seu pai e que ambos aplicavam golpes em seus familiares juntos lhe embrulhou o estômago. Paullo era um homem desprezível, e o mais difícil dessa história toda era que ele não tinha a minima vontade de revelar a verdade pra ninguém. Já fazia um bom tempo que decidirá enterrar o seu passado, sua origem como toda a dor e sofrimento junto com Paullo Chandler. O que ele mais queria agora era viver feliz ao lado da mulher que aprendeu a amar, Linda Chandler. Mas no fundo Vincent sabia que não poderia ser inteiramente feliz se não revelasse toda a verdade à ela e a sua família.

— Então o bastardo decidiu esquecer o passado. Que tocante! Gargalhou Luccas com o seu olhar frio. — Mas o que me intriga é o que a doce e determinada Linda Chandler vai dizer quando descobrir toda a verdade.

— Cala essa boca imunda! Disse Vincent quase avançando contra Luccas.

O delegado o segurou e os afastou.

— Eu não vou permitir esse tipo de comportamento dentro da minha delegacia. Vincent, mantenha a calma e quanto a você, Luccas é melhor ficar quieto, pois a sua situação só piora a cada palavra que sai dessa sua maldita boca.

— Pouco importa o que pensa delegado de merda, seu lambe botas. Disse Luccas sorrindo de lado.

Angelo deu um passo em direção ao Luccas e deu lhe um soco direto na boca do estômago dele.

— Ops, parece que o prisioneiro não está se sentindo bem. Talvez eu precise ensinar como as coisas funcionam aqui dentro da minha delegacia. Sabe Luccas, não toleramos falta de educação e nem canalhas da sua espécie por aqui. MAX... Gritou o delegado em seguida. — Leve o prisioneiro até o dr. Spencer, e diga que ele está com dor de estômago. Avise-o que esse daqui precisa de uma dose extra de laxante.

— O que pensa que está fazendo seu idiota? Eu vou contar tudo para o meu advogado e...

— Parece que você não me ouviu direito, não é mesmo? Max, melhor dobrar a dose. Sabe o que é preciso ser feito. Sorriu Angelo entregando Luccas ao carcereiro.

— Certo delegado! Afirmou o policial arrastando Luccas para fora da cela.

— Parem... Vocês não sabem com quem estão mexendo! Eu tenho direitos! Eu vou acabar com esse seu sorrizinho de merda delegado e...

Angelo apenas acenou com a cabeça e Vincent caiu na gargalhada.

— Angel, você continua com essa mania esquisita de dar laxante para os seus desafetos.

— Realmente, velhos hábitos são dificeis da gente perder apesar do tempo que posso passar.

— A irmã Dulce que diga, ainda me lembro do time adversário todo correndo para fora do campo em direção da floresta de pinheiros por que você tinha batizado a água deles com laxante.

— Nem me fale sobre isso, a irmã Dulce me pegou pelas orelhas e me fez pedir desculpas à todos. O pior foi ter que ficar sem jogar por três meses e não poder comer sobremesa por um mês. E eu adorava os bolos de chocolates dela. Suspirou Angelo ajeitando o seu uniforme.

Vincent saiu da cela e ambos caminharam juntos.

— Melhor revelar tudo àquela garota, Cent. Dá pra ver o quanto ela está gostando de você e eu também o vejo praticamente com os quatro pneus arriados por causa dela.

— Angel, olha eu agradeço a sua descrição e ajuda nessa caso, mas...

— Mas prefere que eu não me meta em seus assuntos particulares. Beleza, mas preste atenção meu irmão. O tempo de fazermos escolhas erradas já passou. Que tal ser finalmente feliz!

— Olha só quem fala, não foi eu que acabei de ordenar dar laxante para um prisioneiro.

— Faça o que eu digo... Não faça o que eu faço, irmão. Disse Angelo piscando para Vincent.

A conversa que teve com Angelo não saia de sua mente.

Há muito tempo havia desistido da violência, mas ele que tentasse chegar perto de Linda outra vez! Lembrou também das ameaças de Luccas Simioni.

Afastando as ideias agressivas, Vincent tentou pensar em coisas mais agradáveis.

Como o plano que já começara a executar, por exemplo. Só esperava que Linda não ficasse furiosa ao descobrir...

A diaba faria um escândalo quando soubesse! Felizmente estava cansada e dormia profundamente. Quando acordasse, seria tarde demais para voltar.

Algum tempo depois Linda abriu os olhos e olhou pela janela. As luzes e os sons da cidade haviam desaparecido, e uma fileira de árvores ladeava a estrada coberta por uma fina camada de neve.

— Onde estamos? — Perguntou sonolenta.

— No carro.

— Isso eu sei inteligência rara. Bufou ela olhando novamente pela janela. — Não estamos indo para casa?

— Não.

— Então você me sequestrou! — Exclamou, balançando a cabeça para espantar o sono.

— Mais ou menos.

— Vincent Parlman, se não voltar para a cidade agora mesmo, papai vai vir atrás de você com toda a polícia do Estado!

— Não, não vai.

— Como pode ter tanta certeza?

— Quem pensa que me ajudou a planejar essa operação em primeiro lugar?

— Meu pai? Eu não acredito!

— Acho que ele disse alguma coisa sobre me emprestar uma corda, caso você não quisesse vir de boa vontade. Ele até me deu ela, se quiser eu te mostro, está no porta malas do carro.

Atônita, Linda cravou os olhos nele e perguntou.

— E minha mãe?

— Dona Clarisse não podia estar mais esperançosa. Ela disse que apanhou tudo o que julgava necessário, me avisou que escolheu as mais lindas e sexy lingerie. E que quer netos o mais breve possível. — E apontou para trás. — Sua mala está no bagageiro também. Ah, e dentro do porta luvas tem um presente para as próximas noites que teremos aqui.

Linda abriu o porta luva e deu de cara com uma caixa de preservativos.

— Isso só pode ser brincadeira. Minha família toda ficou maluca!

— Na verdade, todos estão dando graças a Deus que você não está mais solteira. Falou Vincent segurando a sua risada. — Sabe a sua família é totalmente diferente. Mas confesso que é a primeira vez que vejo pais praticamente jogando sua filha em meu colo.

Uma ideia estranha começou a bailar na cabeça de Linda. Tio Paullo devia ter ouvido sua prece, e agora fazia o possível para ajudá-la. Uma onda de felicidade a invadiu e ela sorriu, abandonando as apreensões.

— Ainda estamos muito longe?

— Não. Minha casa fora da cidade fica logo após a próxima curva.

O casebre, mas parecia uma mansão no meio de uma floresta. A mansão na visão de Linda ficava no meio de um pequeno bosque de pinheiros e parecia ter saído de um conto de fadas. O silêncio e a neve criavam uma sensação de paz infinita, e Linda entregou-se às fantasias. Viu-se abraçada a Vincent diante de uma lareira, trocando beijos e...

— Vai ficar sentada aí a vida inteira?

Tentando esconder a inquietação provocada pelo devaneio, ela perguntou piscando algumas vezes na vão tentativa de sair do transe.

— Já percebeu que podemos ficar ilhados aqui? Está nevando muito!

— Eu sei. Será que pode segurar sua mala? Eu vou levar a comida para dentro.

Vincent abriu a porta e entrou, deixando-a parada ao lado do carro.

Furiosa, Linda olhou para a camada de neve no chão e disse em voz alta, quase aos gritos.

— Ele podia ter me carregado, mas preferiu levar a comida!

Vincent mais uma vez segurou sua risada.

Com cuidado, começou a caminhar em direção à casa. Havia dado alguns passos quando escorregou e caiu de bruços no chão, enquanto a mala era atirada alguns metros à frente. Indignada, molhada e congelada, tentou levantar-se devagar.

— A paciência não é uma de suas virtudes, não? — Censurou Vincent, erguendo-a como se fosse uma trouxa de pano. — Não podia esperar até que eu voltasse?

— Acha que eu devia ler seus pensamentos?

— Por que não? Eu leio os seus...

— Mentiroso. — Ela riu, abraçando-o com ternura.

— Não é mentira. Quer ver? Agora você está pensando em algo parecido com isso.

— Errou! Eu estava pensando em algo muito melhor. Quer ver?

Sem deixar de abraçá-lo, Linda aproximou a mão da gola de seu casaco e abriu os dedos devagar.

— Ei, o que é?... Sua diaba! — Gritou Vincent, sentindo a neve gelada deslizar por suas costas. Pois Linda havia acabado de deixar um punhado de neve dentro de suas roupas.

— É o que você merece por ter me sequestrado e ter preferido as comidas a mim!...

— Pois eu acho que mereço muito mais que isso na verdade. — Disse ele, carregando-a para dentro da casa e beijando-a com carinho. — Você é linda, Linda Chandler. — Disse, pondo-a no chão e beijando-a novamente.

Ela retribuiu o beijo com paixão, esquecendo tudo o que haviam passado ainda naquela tarde. Um arrepio percorreu seu corpo, fazendo-a estremecer de desejo, mas Vincent interpretou o tremor de outra maneira e afastou-se.

— É melhor ir vestir uma roupa seca. Tome um banho quente...— Apontou para a porta do banheiro. — Podemos conversar depois. Vou atrás de sua mala agora, antes que a perca na neve.

Mas Linda não queria conversar. E nem queria ser aquecida por um banho.

Queria o calor daqueles braços e o ardor daqueles lábios carnudos e sensuais. No entanto, vendo que ele não parecia disposto a mudar de ideia, virou-se e começou a caminhar para o banheiro, tentando conformar-se com o conforto de uma toalha seca.

Já estava fechando a porta, quando Vincent perguntou.

— Não vai pegar suas roupas?

— A mala ficou lá fora, por acaso esqueço disso?...

Resmungando, Vincent abriu a porta e saiu para apanhar a mala. Já estava voltando, quando escorregou no terreno gelado e caiu sentado diante da porta, ao alcance dos olhos de Linda.

— Cent!

— Não diga nada!

— Eu não me atreveria...

— Melhor assim. Seja boazinha, Linda. Lembre-se que sua mala está comigo.

— Você não ousaria!

— Quer apostar?

Rindo, ela decidiu mudar de tática.

— Por favor, gentil cavalheiro, será que pode me devolver a mala?

— Assim é melhor.

Linda recebeu a mala das mãos dele e deixou-a sobre a mesa da sala, onde a abriu. Espantada, perguntou.

— Você não estava brincando quanto minha mãe pôs aqui dentro?

— Eu não pedi um relatório...

— Essas coisas não são minhas!

— Deixe-me ver.

— De jeito nenhum! — Disse ela, fechando a mala depressa.

— Por quê? Que diabos sua mãe pôs aí dentro? Vamos, Linda, pare com isso! — Com mãos firmes, Vincent abriu a valise e olhou para dentro dela. Rindo, ele comentou. — Eu sabia que sua mãe e eu nos daríamos muito bem. Não é à toa que seu pai é louco por ela.

Uma a uma, Vincent foi tirando as peças de dentro da mala. Um baby-doll todo transparente, três conjuntos de sutiã e calcinha de renda transparente, três camisolas, uma vermelha e as outras pretas todas de renda transparente... Calcinhas fios dental, com pequenas pedrarias... Além de produtos para apimentar o sexo!...

— Não há nada de útil aí dentro! Que diabos mamãe estava pensando?

— Não sei, mas ela fez alguns comentários... agora entendo o que Clarisse queria dizer com ter netos em breve.

— Certo, companheiro, vamos parar com o mistério. O que foi que minha mãe disse especificamente?

— Primeiro o banho. Depois vista isto aqui. Precisamos secar suas roupas.

Linda arrancou as peças intimas das mãos dele e foi para o banheiro, ouvindo as gargalhadas de Vincent.

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