João:

— Finalmente em casa, irmão. — Falou minha irmã ao entrarmos em nossa casa.

Eu suspirei feliz, estava no meu lar depois de dois naquele hospital.

— Seja bem-vindo, João! — Me cumprimentou Olívia, nossa empregada.

— Obrigado, Olívia! — Agradeci sorrindo.

Olívia trabalha para a nós a muito tempo, creio que até antes mesmo do meu nascimento. Então, ela tem certas intimidades com a gente, é tipo uma segunda mãe.

— Olivia, quero que você ligue para este número aqui. — Entreguei um papel a ela. — É uma garota que vai trabalhar aqui, ela vai me ajudar nesses dias. Então adicione o contato dela e em seguida ligue.

— Pode deixar, João. — Disse a mesma.

Avaliei por alguns minutos a minha casa, a minha TV, a enorme janela de vidro que ao fundo dava para ver a piscina. Saudades definia o meu sentimento naquele momento.

— Saudades? — Sussurrou minha irmã se agachando próxima a mim.

Sorri.

— Você não imagina o quanto. — Peguei sua mão e a beijei.

A ligação que tinha com minha irmã era intensa e linda. A gente sempre se deu bem.

— Nem foi tanto tempo assim! — Ela falou sorrindo, mostrando seus dentes brancos e perfeitamente alinhados.

Eu sorri na devolutiva.

— E quem é essa moça que vai trabalhar para você? — Questionou Jéssica.

— É a moça que me ajudou. — Ela fez uma cara estranha. — É uma forma de compensar e gratificá-la pela a ajuda.

Minha irmã me conhecia bem, ela sabia que havia algo por trás. Embora a mesma não soubesse os planos que eu tinha em mente, mas sabia do ódio que eu havia alimentado pela mulher que dizimou nossa família.

— Espero que essa situação faça você mudar sobre vingança, sobre...

— Eu nunca vou esquecer, Jéssica. — Cortei sua fala. — Eu irei me vingar delas!

Jéssica me olhou estarrecida.

Deixei a sala e caminhei para meu quarto que ficava no andar de cima.

— Delas? — Ela questionou vindo atrás de mim.

Abri as cortinas da janela e os raios do sol bateram em meu rosto.

— Como assim delas? — Jéssica ficou ao meu lado.

Meus olhos ainda se mantinham na janela.

— Aquela mulher, ela tem uma filha. — Falei virando-me para ela.

Minha irmã cruzou os braços e eu já sabia que vinha bronca.

— Eu não acredito que você vai insistir nessa loucura, João. — Ela me fitou.

Saí do seu campo de visão e fui até meu guarda-roupa, fiz uma busca superficial por uma roupa.

— É insano isso, sabe... esse sentimento, tudo isso...

— Jéssica. — Falei alto e ela me olhou estarrecida. — Eu já sei dessa sua ladainha de cor.

— Meu irmão...

— Se você puder me dar licença. — Caminhei até a porta. — Eu preciso tomar banho, me arrumar e esperar a nova empregada.

Ela soltou os braços, respirou fundo e saiu. Fechei a porta e me deitei na cama.

Tudo estava saindo como eu havia planejado: Liz caiu na armadilha do "assalto" e topou trabalhar para mim. Agora tenho que seduzi-la, fazer ela perder o que tem e depois deixá-la no altar. Quero só vê se a mãezinha dela vai aguentar tudo isso.

Capítulo pequeno, mas prometo compensar no próximo. 💙💙