Capítulo 01:
Liz:
Imagem ilustrativa:
Como se iniciar uma história? Ou melhor, a narração de uma história?
Bem, eu não sei, mas prometo tentar narrar bem a minha vida, ou chegar o mais perto possível.
Mais um dia normal na minha vida (monotonia: sempre acontece as mesmas coisas). A minha sexta-feira não seria diferente, tenho certeza disso. Saí de casa às 06:00 horas em ponto e não comi nada, nem se quer um gole do delicioso café que minha mãe faz.
A faculdade não fica tão longe da minha casa: cerca de 45 a 50 minutos.
Saio sempre nesse horário: 06:00 horas. Não é por nada específico, é só mesmo para chegar cedo.
Dentro da condução, me perdi em meus pensamentos, eram muitas as responsabilidades que eu tinha que assumir: faculdade, arranjar um emprego, a saúde de minha mãe e seus medicamentos.
Muitas responsabilidades para me preocupar.
- ... Liz, ouviu o que eu disse? - Minha amiga ao lado interrompeu meus pensamentos.
Lentamente virei-me para ela e isso a fez entender que eu não havia ouvido nada.
- Desculpa! - Sussurrei.
- O que tá havendo? - Questionou-me ela.
Suspirei alto, virei o rosto para o lado da janela e os raios do sol bateram em meu rosto através do vidro.
- Alguma coisa com o Marcos? - Insistiu em continuar um diálogo.
Voltei meu rosto para ela e uma lágrima teimosa escorreu pelo meu rosto.
- Amiga! - Sussurrou ela me puxando para o seu abraço.
Marcos é o meu namorado, nós estamos namorando a meses. Embora eu goste dele e de estar com ele, ainda não vejo nossa relação como algo consolidado para um passo maior. No entanto, este me cobra bastante e eu sempre consigo me saí, mas não sei até quando.
Ele é aquele tipo mandão e exigente, o que acaba me desestimulando, pois não gosto de pessoas assim.
- Seja o que for, estou do seu lado. - Disse Júlia baixinho com sua cabeça colada a minha.
Sou muito grata a Deus por ter Júlia ao meu lado, nunca imaginei que teria alguém assim: quase uma irmã.
Chegamos na universidade às 06:55, corri rápido para a minha sala e Júlia para a sua.
Hoje a aula é do seu Luiz. Ele sempre procura motivos para tentar me deixar de recuperação em alguma disciplina, mas não vai conseguir.
Curso pedagogia há 2 anos e é impressionante como o meu amor por essa área só aumentou. Desde criança tive como sonho ser professora e hoje estou a poucos passos de concretizá-lo.
Inesperadamente, no meio da aula, meu celular tocou em alto e bom som. A sala inteira se virou para mim. O pior de tudo foi o senhor Luiz com a cara de: "já tenho algo contra a senhorita".
Que ódio!
No intervalo, li a mensagem, era de Marcos. Ele queria saí para jantar comigo hoje. Não vou mentir, um sorriso enorme se estendeu por meus lábios. Eu topei o jantar.
Meu nome é Elizabete Marques (sim, eu odeio meu nome), no entanto, tenho que aceitar. Tenho 21 anos e moro com minha mãe e meu irmão. Meu pai faleceu quando eu tinha apenas 10 anos. Mas não vou falar sobre isso agora. Minha vida já é bastante complicada, não vou acrescentar mais nada.
- Então, você vai mesmo jantar com o Marcos? - Perguntou minha amiga Júlia.
Estávamos caminhando pelos enormes corredores da universidade. Ela cursa medicina veterinária.
- Sim, Júlia! - A respondi.
Ela lançou aquele olhar: "você não tem juízo". No entanto, não falou nada.
Para a minha sorte, o último tempo passou rápido. O conteúdo era sobre os PCN's. É algo que eu gosto muito e como já tinha uma noção sobre esse assunto, não tive muita dificuldade em captar.
- Não vai para casa agora? - Questionou Júlia.
Estávamos descendo as escadarias do andar de cima.
- Vou ficar até a tarde, tenho um trabalho para concluí. - Respondi.
- Que chato. - Riu ela.
Sorri na devolutiva.
- Então... vou indo. - Me deu um beijinho.
- Tchau! - Me despedi.
Após a despedida, fui rumo à biblioteca da universidade.
Talvez se perguntem: "essa garota não tem internet em casa?".
A resposta é sim, mas em casa eu não tenho a calma que há aqui.
No fim da tarde, deixei a universalidade e caminhei rumo ao ponto de ônibus. Com sorte, pegaria um menos cheio.
- Que ótimo! - Esbravejei ao constatar que meu celular estava descarregado.
Passando próximo a um beco, a algumas quadras da universidade, ouvi alguns gritos que me deixaram inquieta. Meu subconsciente dizia para deixar aquilo de lado, ignorar e segui meu caminho, mas teimosa como sou, caminhei rumo ao beco.
Havia três pessoas ali: um cara segurava um rapaz enquanto o outro batia neste. A cena era horrível.
O que fazer diante daquela situação?
O movimento na rua não era fraco, haviam pessoas correndo e carros passando.
Só tinha uma saída.
- Socorro! - Gritei.
Os caras que estavam agredido o rapaz olharam para mim estarrecidos.
- Socorro, bandidos! - Gritei novamente.
O cara que estava segurando o rapaz por trás, o soltou.
- É melhor a gente ir! - Mesmo um pouco distante, consegui ouvi.
Um cara que estava correndo parou ao ouvi meu desespero e veio até mim. Os dois marginais zarparam. O cara estava jogado no chão, havia sangue escorrendo por sua boca e algumas marcas em seu rosto.
- Chama uma ambulância, moço. - Implorei para o rapaz que havia parado ao ouvi meus gritos.
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Já havia mais de 2 horas que eu estava naquele hospital e até agora nenhuma notícia sobre o estado do rapaz. O cara que me ajudou já havia ido a muito tempo.
- Você é a namorada do rapaz que deu entrada agora a pouco com marcas de espancamentos? - Indagou-me uma enfermeira.
Namorada? Ok!
- Não! - Respondi.
- Você é o que dele? - Me flertou ela.
Droga!
Eu havia preenchido uns papéis na recepção, mas devido a agonia, acho que nem li direito.
- Amiga! - Falei abrupta. - Sou amiga dele.
O pior é que eu não lembro o que coloquei na papelada lá na recepção.
Ela sorriu, acho que notou que eu havia mentido.
- Bom, melhor você ir, ele está desacordado e talvez só desperte amanhã.
Me assustei, então foi grave.
- Calma, nada grave. - Me assegurou ela. - Ele está em observação e amanhã teremos mais notícias.
- Bom, então passo aqui amanhã. - Falei pegando minha bolsa e meus livros que estavam em uma das cadeiras ali.
Dei alguns passos, mas parei e virei para a enfermeira.
- Ele não pode ficar aqui sem acompanhante.
- Por sorte, ele estava com seus documentos, entrarei em contato com a família dele. - Disse a mulher ali na minha frente.
Menos mau.
Quem seria ele?
- Qual o nome dele? - A enfermeira sorriu, talvez comprovando o obvio (que eu não era amiga dele coisíssima nenhuma). - Posso saber?
- Ele se chama...
- Enfermeira Maria! - Um médico atrás da moça a chamou.
Após virar para mim de volta, ela sorriu.
- Com licença! - E saiu.
Quero agradecer a AnastaciaFaleta pela força e por produzir essa belíssima capa. Confiram lá no perfil delas as histórias dela, vocês vão amar.
Esse é o primeiro capítulo, então espero que gostem. De antemão aviso, a história não está corrigida. Ou seja, vocês encontrarão erros de português e de concordância. Então relevem e quando puder, corrigirei.
Obrigado!
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