ғɪʟʜᴏs ᴅᴏ ᴍᴇᴜ sᴀɴɢᴜᴇ
Tínhamos um grande desafio pela frente, entrar de penetra na festa de posse de Michel, já era a noite e passamos a tarde inteira discutindo como iríamos fazer isso.
Combinamos com Amira assim que ela despertou, estava tudo resolvido para irmos de encontro a Hope e tirá-la de Lórion, eu só esperava que desse certo.
Pela primeira vez em dias, em um mês eu me sentia esperançoso.
— Pra onde agora? — pergunta Jace enquanto decíamos as escadas da escada.
— Órion. — encontro os olhos de Marceline que esperava por nós em seu carro. — Tenho alguns assuntos pra resolver.
Em anos, desde que saí de Órion sem previsão de volta, era a primeira vez que revia Marceline, eu precisava voltar pra ver como todos eles estavam.
Eram adultos, sabiam lidar com suas vidas e problemas, mas ainda eram minhas crias, filhos do meu sangue.
— Posso dar uma carona. — ouço Liandra e olho pra ela que tinha seus bruxos a seu encalço.
Eu sorrio, e então olho pros gêmeos.
— Vocês irão? — Jace nega.
— Vou voltar pra Paradise. — diz e Jason sorri.
— Vou com ele. — eu franzo o cenho — Sei que sou seu segurança chefinho, mas está cercado por vampiros, eu tenho que ficar de olho no meu irmão, ele está fora de controle.—- diz e Jace apenas o encara sem nada dizer se afastando logo depois em direção ao carro.
Eu assinto em concordância, ele estava certo.
— Eu vou contigo. — fala Cristian a mim e ouço a porta do carro de Marceline se abrir, ela se junta a nós seguida por Ryle.
— Vamos também! — Bernard toma a voz pelos três.
— Perfeito. — olho pra Jason — Nos veremos em breve, mantenham contato. — ordeno entregando a chave do carro para ele, assim como Marceline.
— Dirige você o meu, se Jace for bater o carro que bata o de Daio. — fala a mulher arrancando risos de alguns e uma careta minha — E quando chegar no aeroporto o entregue a Quisar, só pra ele. — instruiu ela e ele assente.
— Acabou a reunião em frente minha porta? — pergunta Amira e então Jason se despede já se afastando.
Eu o vejo jogar a chave do meu carro para seu irmão que a pega no ar, eles entram e não demoram a acelerar voltando para o aeroporto.
— Podemos ir. — afirmo após olhar ao redor, para o rosto de todos e Liandra acente.
Ela abre o portal ali mesmo, estávamos cercados por casas, mas não havia ninguém na rua, eu fui o primeiro a entrar e não demorou muito pra eu sair em meu reino.
Respiro o ar fresco do dia que amanhecia e então viro-me de frente ao grande clã.
Minha casa.
Fazia anos que não vinha aqui, senti saudades.
Logo atrás de mim Bernard, Marceline e Ryle aparecem, ela toma a frente e caminha até os grandes portões do casarão.
— Bem vindo de volta, pai. — murmura com ironia e eu franzo o cenho incomodando com seu tom.
Vejo ela colocar o dedão sobre o identificador sanguíneo que é exposto após ela digitar uma sequência de números.
Além dos altos portões vazados, o clã era protegido por uma magia que não permitia a entrada pelo ar, qualquer toque seria como queimar uma mosca em uma raquete elétrica.
Tomamos medidas evoluídas após o massacre que levou meus pais e mais da metade dos anciãos a morte.
Caminhei com eles pela ponte de madeira acima do pequeno lago, atravessamos o jardim que fora todo plantado por minha mãe e olho com carinho pra escultura deles ao lado direito do jardim de rosas vermelhas, brancas e pretas.
O mesmo processo da entrada se repetiu quando chegamos a porta de madeira de quase três mil anos, Marceline colocou seu dedo e então com um clique ela se abriu.
Assim que dei meu primeiro passo pra dentro do clã fui atingido por algo forte que me fez recuar.
Os braços dela me envolveram de uma forma possessiva, chegava me sufocar, devolvi o abraço e olhei pra dentro da casa vendo Vitor e Denver no andar de cima, eles olhavam em nossa direção, o primeiro mantinha os braços cruzados o outro segurava as barras do parapeito.
— Seline? — chamo minha cria do meio. — Você está me sufocando. — digo e ela se afasta permitindo a visão de seus olhos e rosto.
Franzo o cenho a analisando.
Senti seus hormônios a flor da pele, seus olhos estavam em uma tonalidade caramelo, mas naturalmente eles eram chocolate.
Arregalo meus olhos em surpresa, eu a afasto ainda mais em choque, sabia que quando os olhos de uma vampira clariavam ela estava...
Atento minha audição e focalizo para seu ventre, estava bem ali, a prova.
Era tudo o que precisávamos, um bebê.
Olho pra Marceline que dá de ombros e então pra Denver, entendendo agora sua expressão. Eu não sabia como reagir, mas não iria matá-los ou condená-los por isso, eles eram um casal.
— Daio? — Seline me chama e só então a olho. — O que foi? — pergunta olhando pra Bernard ao meu lado.
— Nada, nada, eu... — hesito sem saber o que falar — Estou sem reação, não sei o que pensar. — sorrio minimamente a fazendo sorrir também. — Desculpe.
— Não se desculpe, todos ficaram assim quando descobriram — tenta me consolar, mas enxergo a decepção em seus olhos — Não pude nem fazer uma surpresa, ninguém tem um espírito humano nessa casa. — solto um riso aliviado.
Era essa a preocupação dela?
— Já sabem o que é? — olho mais uma vez para o seu ventre, meu peito bate forte, estava assim porque conseguia ouvir o do bebê, rapidinho.
— Ainda não, mas estou entrando no terceiro mês, logo saberemos. — no segundo seguinte Denver abraçava os ombros da mulher.
— Estou feliz por vocês. — alego verdadeiro e ele sorri fraco assentindo.
— É bom vê-lo de novo Daio. — diz ele e eu assinto recebendo seu abraço.
Estávamos juntos a muitos anos, Vitor e Seline há cento e dez anos e Marceline noventa. Seline e Denver são um casal desde a virada do século, já Marceline e Ryle desde os vinte anos de vampira dela, ou seja há setenta anos.
Junto dos anciãos que sobraram, e que também eram meus amigos, eles foram o suporte pra eu não sutar quando o barco naufragou, graças a eles eu estou vivo ainda.
— Olha só quem resolveu voltar. — ouço de dentro da casa a voz de Clóvis, ele logo aparece seguido de Ónix e Yan no topo da escadaria, aonde minha cria e Denver estava antes.
— Bem vindo de volta, Mollin. — sorri Yan.
— Estou feliz em revê-lo. — afirma Ónix.
Eu sorrio agradecido.
— É bom estar de volta. — afirmo e olho pra Seline.
É bom estar vivo pra ver o bebê da minha cria nascer, estamos aumentando a geração, isso é bom, isso é ótimo.
— Vamos entrar, temos muito pra te contar. — ela diz alegre e eu volto a ficar sério.
A gravidez dela era uma ótima notícia em meio a todo esse caos afinal, mas eu não poderia deixar de pensar em Hope e no nosso novo plano.
— Ah é, eu também tenho algumas coisas pra contar. — mumuro recebendo olhares de todos.
Alguns curiosos e outros, os que eu presumi já saber sobre o que eu falaria, tensos.
ᴅᴀɪᴏ ᴠᴀɪ sᴇʀ ᴠᴏᴠô, ɪᴛɪ ᴍᴀʟɪᴀ.
é ɪssᴏ ʜᴜᴍᴀɴᴏs, ɴᴇssᴇ ᴄᴀᴘíᴛᴜʟᴏ ᴇᴜ ᴠᴏᴜ ᴀᴘʀᴇsᴇɴᴛᴀʀ ᴀs ᴄʀɪᴀs ᴅᴏ ᴅᴀɪᴏ ᴇ sᴇᴜs ʀᴇsᴘᴇᴄᴛɪᴠᴏsᴏ ᴘᴀʀᴄᴇɪʀᴏs.
ɴãᴏ ᴅᴇɪxᴇ ᴅᴇ ᴅᴀʀ sᴜᴀ ᴇsᴛʀᴇʟᴀ ᴇ ᴄᴏᴍᴇɴᴛᴇᴍ ᴛᴀᴍʙéᴍ,
ᴠᴀʟᴇᴜ ʜᴜᴍᴀɴᴏs.
ᴍúsɪᴄᴀ ᴅᴏ ᴄᴀᴘíᴛᴜʟᴏ: ᴘᴏᴜʀ ᴏᴠᴇʀ - ᴠɪɴᴛᴀɢᴇ ᴄᴜʟᴛᴜʀᴇ ᴀᴅᴀᴍ ᴋ
ᴅɪsᴘᴏɴíᴠᴇʟ ɴᴀ ᴘʟᴀʏʟɪsᴛ ᴅᴏ ʟɪᴠʀᴏ ɴᴏ sᴘᴏᴛɪғʏ, ʟɪɴᴋ ɴᴏ ᴘʀɪᴍᴇɪʀᴏ ᴄᴀᴘíᴛᴜʟᴏ.
ᴠɪᴛᴏʀ ᴀʟᴋᴀᴇᴠ
sᴇʟɪɴᴇ ʜᴏғғᴍᴀɴɴ
ᴅᴇɴᴠᴇʀ ʟᴏɢᴀɴ
ᴍᴀʀᴄᴇʟɪɴᴇ ʙᴀʀʀᴀᴄʜ
ʀʏᴀɴ ᴍᴏʀᴇᴀᴜ
ᴏ ғᴀʟᴇᴄɪᴅᴏ, ᴛʀᴇᴠɪs ʙᴏᴏᴛʜ
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