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PROLOGUE

A vida dos Grace era uma grande tragédia.

Beryl Grace estava no auge de sua carreira, uma das atrizes mais bonitas da época, grande estrela das séries da televisão dos Estados Unidos, até conhecer um homem que destruiria sua cabeça.

Thalia Grace tinha apenas sete anos quando tinha que conviver sozinha com uma mãe alcoólatra e negligente, até seu pai retornar misteriosamente após anos sem lhes dar atenção. E então, sua mãe engravidou, seu irmão nasceu, e ele foi embora de novo.

Beryl tinha melhorado naquele tempo, bebendo menos e sorrindo mais. Mas ao ser abandonada pela segunda vez com mais um filho, retornou ao vício. Thalia não confiava nela para cuidar do irmão.

Jason Grace era um doce bebê em um lar caótico e instável.

Tão caótico que sua mãe, no auge da embriaguez, lhe deu um grampeador para brincar que rendeu uma cicatriz em sua boca. Thalia tinha motivos para não confiar.

E teve menos motivos ainda quando, em uma suposta viagem em família, Beryl pediu para Thalia voltar ao carro para buscar a cesta de piquenique. Porém, a menina havia esquecido a chave e retornou até a mãe, não a encontrando onde deixou, mas levando Jason para dentro de um bosque. Dizia que precisava deixá-lo lá, que ela, a esposa de seu pai, havia ordenado.

Seu pai, o poderoso Zeus, deus do céu e senhor do Olimpo, aceitou entregar a vida do filho para aplacar a fúria de Hera pela traição.

— Ele é seu filho! Você não pode deixá-lo desse jeito! — Thalia esbravejava, furiosa com a mãe, enquanto abraçava o irmãozinho de apenas dois anos em seu colo.

— Ela exigiu isso! Eu não quero, m-mas… — Beryl estava aos prantos, a maquiagem borrada e cabelos loiros bagunçados, totalmente transtornada. — Ela é a rainha dos deuses! Ela está... Mexendo com a minha cabeça...

— Ela não vai levar o Jason. Ninguém vai chegar perto do meu irmão, nem mesmo você.

Depois desse dia, ela nunca mais deixou Jason sozinho, temendo que a mãe fizesse algo.

Ela sempre cuidou dele muito mais que Beryl, claro. Desde então, ela ficou muito mais alerta. Até mesmo na hora de dormir, ela levava Jason para seu próprio quarto e dormia abraçada a ele, acordava sempre que ouvia os passos da mãe se aproximando e deixava a porta trancada.

Há muito tempo ela já pensava em ir embora, mas Jason a mantinha ali. Ela quem cuidava dele, fazia de tudo por ele. Não podia deixá-lo com sua mãe tão instável.

Se ele a mantinha ali, então ela o levaria consigo. E levou.

Uma criança vivendo sozinha nas ruas cuidando de outra não era uma boa ideia, mas ficar naquela casa com Beryl naquele estado também não era. E apesar da carreira decadente, ela ainda era Beryl Grace, a estrela de TV, não esperava que alguém acreditasse nela. O dinheiro não permitiria que acreditassem.

Estariam melhores longe dali, sozinhos, apenas os dois.

Já seria difícil para duas crianças normais. Para semideuses filhos de Zeus? Eram dois alvos fáceis.

Zeus fez algo por eles, afinal. Um presente para Thalia: uma espada que também poderia se transformar numa lança, um escudo e uma adaga deixados ao seu lado enquanto dormia abraçando Jason com força em um beco.

E os guiou até Luke.

Bem, tinham quase certeza que sim. Amalteia, a cabra sagrada de Zeus que um dia o amamentou, surgiu em seu caminho e ao seguí-la por Charleston eles esbarraram na saída de uma caverna com um garoto alto de encaracolados cabelos escuros, roupas tão esfarrapadas quanto às suas e uma adaga de bronze celestial.

Luke era como eles, um semideus fugitivo de um lar instável, apenas um pouco mais velho que Thalia. Eles se uniram para sobreviver, pois trabalhando juntos seriam mais fortes para combater os monstros que os perseguiam.

Jason gostou de Luke.

Ele roubava coisas para Jason, lia para ele nas bibliotecas quando entravam para se proteger do frio no inverno, ria quando o via usar seu poder de voar — o qual fazia Thalia enlouquecer. Às vezes, Luke quem conseguia fazer o pequeno Jason dormir à noite quando sua irmã estava exausta demais para cantar uma canção de ninar. Quando o garotinho estava cansado demais de andar, ele sempre o carregava no colo ou em suas costas.

Luke os protegia com sua grande habilidade com a adaga. Quando precisava, Thalia quem os protegia e matava monstros com seus raios. Eles cuidavam uns dos outros.

Jason cresceu tendo Luke e Thalia como sua família. E então, a família aumentou com a chegada de Annabeth, apenas um ano mais velha que ele.

Ela estava escondida em um beco para onde correram após fugir de uma casa cheia de monstros e um homem vidente que falava coisas confusas demais para Jason. Tentou atacá-los pensando serem monstro, mas logo viu que eram outros como ela.

Eles estavam unidos para sobreviver e cuidar uns dos outros, mas ainda eram apenas crianças vivendo nas ruas fugindo de monstros. Incontáveis foram as vezes que pensaram não ser possível escapar, que Jason com apenas seis anos precisou usar seus poderes para salvar algum deles.

Foi o caso naquela noite, quando se perderam num labirinto de corredores numa casa no Brooklyn.

Um sátiro os encontrou, Grover, e prometeu levá-los a um lugar seguro. Ele não parecia ser muito mais velho do que Annabeth, os chifres tão pequenos que os cabelos cacheados facilmente cobriam.

Luke ficou muito desconfiado, Thalia talvez apenas por pouco tempo. A ideia de um lugar para seu irmão poder viver bem, seguro, sem precisar fugir de monstros todos os dias era muito tentadora.

— Acha que realmente deveríamos confiar? Os deuses não nos ajudaram muito até agora — Luke conversou com ela, um pouco afastado enquanto Grover contava aos pequenos mais sobre o tal acampamento para semideuses.

— Não temos outra opção além de continuar fugindo. Se esse acampamento é realmente seguro… Precisamos ir. Jason e Annabeth precisam. — Ela olhou na direção deles. — Meu irmão merece mais que isso.

— Não sei, Thalia…

— Jason era só um bebê quando fugimos. Ele ainda é. Não conhece outra vida além de fugir de monstros, dormir em becos ou abrigos que construímos e continuar fugindo. Se eu tenho a chance de proporcionar algo melhor a ele, não vou desperdiçar.

Luke respirou fundo, também olhando na direção deles. Aquelas duas crianças eram responsabilidade deles, sua família, o dever deles era protegê-los.

— Tudo bem.

— Contanto que estejamos juntos, vai dar certo.

— Sempre — Luke respondeu e voltou os olhos novamente para Thalia.

E ali estava assinada mais uma tragédia dos Grace.

Muitos monstros os perseguiram ao longo de todos aqueles anos e isso por si só alguns já considerariam uma tragédia. Os piores libertados do Tártaro pelo próprio Hades. Mas quanto mais perto chegavam do tal acampamento guiados por Grover, mais deles surgiam.

As próprias Fúrias estavam atrás deles.

E então todos acabaram num grande covil de um ciclope, e Annabeth e Jason precisaram salvar os mais velhos. Ela com sua adaga dada por Luke, ele voando e disparando descargas elétricas.

Jason ainda era muito novo e estava aprendendo a controlar seus poderes, então costumava se cansar muito além da conta quando utilizava demais deles. Por essa razão, Thalia carregou o irmão em suas costas pelo resto do caminho.

Infelizmente, o tempo perdido no covil do ciclope foi o bastante para as Fúrias e outras criaturas os alcançarem.

— Eu vou conseguir tempo enquanto vocês vão para o acampamento.

— Thalia, não! — Jason choramingou.

— Estamos quase chegando! — Luke exclamou. — Falta pouco.

— Vão nos alcançar, você sabe.

— Então eu fico.

— É a mim e Jason que querem, não vou deixar que cheguem perto dele.

— Você não pode! — Annabeth começou a chorar junto de Jason.

— Se eu não tivesse errado o caminho… — Grover começou a se culpar.

As lágrimas escorriam pelo rosto de Jason enquanto ele abraçava a irmã com força, sem querer soltá-la. Ela se ajoelhou na frente dele e segurou seu rosto entre as mãos.

— Vá com Luke, eu vou depois.

— Não! Você tem que vir.

— Você precisa ir... Vai ficar tudo bem, Jason — ela disse, a voz falha e embargada ao conter a própria vontade de chorar. Precisava ser forte por Jason.

Ela colocou-se de pé e agarrou a mão de Luke. Ele claramente não estava gostando da ideia, mas também sabia que não a faria desistir e que eles precisavam daquele tempo.

— Você tem que cuidar dele.

— Eu vou…

— Me prometa — ela disse num tom firme e mais baixo ao que apertava a mão dele com força. — Prometa que, se eu não voltar, você vai proteger o Jason. Você não vai deixar nada de mal acontecer a ele… Por favor.

Luke engoliu em seco.

— Eu prometo…

— Jure! Jure de verdade.

— E-eu… Eu juro pelo Rio Estige.

Um trovão ribombou no céu.

Jason gritou e agarrou a irmã, ainda chorando, toda vez que ela tentava afastá-lo.

— Você precisará ser forte por nós, Jason. A sua segurança é o mais importante e sei que será alguém grande um dia. Aguente firme, okay? — ela disse com a voz embargada e falha. — Eu te amo.

Ela beijou sua testa, e então Luke agarrou-o e pegou-o no colo. Enquanto ele corria em direção ao vale, Jason chorava e gritava pela irmã.

Uma chuva começou a cair com raios cortando o céu e ventos fortes agitando as árvores. Eles correram e cruzaram uma colina, e Grover logo começou a gritar por ajuda.

Na base da colina, Luke caiu de joelhos e precisou se esforçar para conseguir conter Jason, que continuava a chamar pela irmã. Seus olhos ardiam e lágrimas silenciosas deslizaram por seu rosto, mas ele continuou segurando o garoto firmemente.

Quando olharam para o topo da colina eles avistaram Thalia e, por um momento, pensaram que ela conseguiria. Porém, no momento seguinte, Luke precisou puxar o rosto de Jason contra seu ombro e também abraçar Annabeth para que não vissem o que veio a seguir.

Thalia lutou bravamente, como uma guerreira. Ali na colina, ela olhou para o vale, aliviada em ver que os outros chegaram. Foi quando sentiu as garras da Fúria cravadas em sua pele. Seu grito de dor ecoou por todo o vale e seu sangue banhou a grama.

Ela caiu no chão, jogada pelas Fúrias, encarando o céu. Mais nuvens se formaram e uma grande tempestade se instaurou pelo vale, os trovões se misturando aos gritos de um garotinho pela dor de perder sua irmã.

Alguns diriam que a tempestade foi obra de Zeus, furioso pelo destino de sua filha. Porém, a verdade é que foi Jason, uma tempestade causada por dor. Uma dor imensurável.

Várias pessoas começaram a surgir ao redor, armadas e ensopadas ou com capas de chuva. Nem Jason, nem Annabeth, muito menos Luke deram importância.

Agora, no topo da colina, onde Thalia deveria estar, estava um grande pinheiro, uma lembrança de seu sacrifício, da noite que marcaria a vida daqueles que a conheceram e a amaram.

A partir dali, todo e qualquer semideus que chegasse ao Acampamento Meio-Sangue veria aquele enorme pinheiro e conheceria a trágica história dela:

Thalia Grace, a filha de Zeus que deu a vida para que o irmão pudesse viver.

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