~*~ - separa o flashback

Esperava sobreviver para conseguir discursar para os novatos da escola. Era o último treino antes das aulas começarem e estava sendo completamente brutal.

Apoiei-me nos joelhos recuperando o fôlego, maldito Daniel, tinha certeza que nesse ponto a alma de Aki e Emi já haviam deixado seus corpos. Suor escorria pelo meu rosto e pingava no chão, andei com pernas trêmulas em direção a lateral onde ficavam as garrafas e toalhas.

Agora tínhamos algo que se assemelhava a uma arquibancada baixa, eram dois degraus altos que acompanhavam toda uma parede do ginásio. Keiko e Misaki já estavam jogadas em um deles se recuperando da própria rodada de exercícios.

Após nos observar em grupo, Dan resolveu adiantar algumas coisas e conduzir uma avaliação física individual. Com o time voltando das férias acredito ser natural a resistência geral ter diminuído um pouco, ninguém ficou treinando incansáveis horas sem realmente precisar. Sentia meus músculos doerem, as plantas dos meus pés queimavam mas ainda assim era bom me lembrava do caminho que tínhamos para percorrer esse ano. De todo trabalho que teremos pela frente, o time havia evoluído de maneira tremenda as garotas que foram para o nacional foram como joias brutas e voltaram como diamantes lapidados.

Não do tipo que fica exposto em joalherias, mas do que cortam qualquer superfície, voltaram mais fortes do que eu imaginei.

— Ela está sorrindo sozinha de novo.

— Sabíamos ser questão de tempo até ela perder a sanidade.

— Me desculpe por pensar em quanto o meu time se tornou bom. Vou parar de elogiar vocês mentalmente. — Hana e Sora se sentaram ao meu lado depois de passar pela rodada de medições, cruzei as pernas no degrau e bebi da garrafa esportiva.

Sora me empurrou pelo ombro antes de se sentar ao meu lado rindo — É melhor aproveitar enquanto você está boazinha, próxima semana você entra em modo espartana e fica tão ruim quanto o treinador.

Abri a minha boca, ofendida — Isso não é verdade.

— Claro que é — Hana deu apoio — Quem que deu a ideia do parkour no fim do ano passado?

Embolei a toalha e taquei no seu rosto — Foram dois dias, e qual é o problema em aprender como cair? É uma técnica diferente que ajuda minimizar os impactos e possíveis lesões.

— Não briguem crianças — Sora levantou a mão entre nós duas. — O que seria de vocês sem eu aqui para ser a adulta e apartar?

— Apartar? Você joga gasolina no fogo sua palhaça. — cutuquei a costela da minha vice-capitã que recuou se livrando das cócegas. Sora segurou a minha mão girando o meu pulso para me impedir de continuar, nisso seu rosto já estava corado.

— Falando em gasolina — Keiko que estava atrás de nós do degrau mais alto interrompeu — O que aconteceu depois do cinema?

Hana revirou os olhos fechando a cara — Nem me lembre, aquela coisinha é completamente insuportável. Não sei como a Aki e a Misa conseguiram manter uma conversa com ela.

Nesse ponto o grupo que estava de descanso de agrupou para ouvir as histórias, até mesmo as mais novas. Sayu e Yumi apenas que ficaram sabendo depois de todas a situação envolvendo Koutarou e eu.

— O que você esperava que eu fizesse? — Aki rebateu — Seria pior se ela fosse completamente ignorada, não sei o que minha tia poderia fazer.

Sora tombou a cabeça para trás a fim de ver a ponta ao lado de Keiko — Ela é tão megera assim?

— Não é que ela é ruim, mas tem certos níveis que ela gostaria que os meus primos alcançassem. Não só Koutarou, mas Koemi e Katsue-nee também, vocês sabem como o meu primo é. — explicou — Ele não teria coragem de enfrentar a própria mãe.

— Mas pelo menos [Nome] tem apoio das irmãs e do pai — Emi concluiu — Quero ver depois que ganharmos o nacional se ela vai ter coragem de impedir a capitã de fazer algo. É só passar o replay da cortada dela.

— Emi, tenho certeza ameaça não é o melhor caminho — Misa terminou de limpar os óculos na toalha e voltou a colocar no rosto — De alguma forma entendo o que está acontecendo, é algo que vejo meus pais fazendo. Essa expectativa por resultados.

— Entendi que a mãe é um problema, mas não me responderam ainda — Keiko retomou o assunto.

Emi bateu uma palma chamando a atenção e desceu os degraus para explicar — Certo, vou relatar os fatos que vocês espartanas-nacionais não ficaram sabendo.

Apoiei o rosto na mão apenas aguardando o tipo de narração que viria.

— Como vocês sabem durante o filme nosso atual capitão do time masculino se sentou entre Washio e Konoha. Deixando a coisinha, créditos a Hana pelo apelido — ela apontou para a jogadora que fez uma reverência —, na cadeira do canto ao lado da Aki.

— Onde você estava? — Sora virou o rosto para poder me perguntar.

— Na ponta oposta — dei risada — Emi estava do meu lado.

A nossa líbero titular sorriu — Inclusive [Nome] faz um ótimo travesseiro, para alguém com músculos o ombro dela é bem confortável. Continuando, o filme até que acabou mais cedo do que esperado então tínhamos algum tempo para aproveitar.

Desviei meu olhar para o chão, revivendo as minhas próprias lembranças.

~*~

— Emi acho bom você não ter babado na minha jaqueta. — comentei descendo os degraus da sala de cinema.

Minha amiga ficou vermelha e me deu um tapa leve no ombro — Eu não dormi em você só fiquei apoiada.

Dei risada colocando as mãos nos bolsos e procurando o meu celular. Meu pai viria me buscar depois, mas ainda estava cedo para poder o chamar. E não havia mais mensagem nenhuma, a não ser algum meme velho que Dan me enviou. Um do tipo que somente ele dava risada.

A luzes claras co corredor do 'shopping' me fizeram piscar algumas vezes. Comparado com o momento em que chegamos havia com um número bem maior de pessoas circulando. O passeio parecia realmente ser mais apreciado a noite.

— Não sei vocês, mas eu estou faminto — Komi-yan jogou os braços para cima se espreguiçando — Já que estamos aqui podiamos comer em algum lugar.

— Eu mataria por um fast-food agora — Hana disse — É nossa última chance antes do treinador Esparta vir com os planos de treinamento deles.

— Vocês não deveriam receber acompanhamento nutricional de algum especialista? Um treinador não me parece adequado, não me impressiona que Tarou-kun esteja tão magro.

A voz fina e cantada revelou seu emissor, Shizuka-san claramente estava fazendo uma tentativa de se enturmar na conversa.

— Talvez deva falar com sua mãe para procurar um profissional apropriado — disse avançando como uma flecha na direção de Koutarou e colocando a mão em seu braço.

— Me desculpe Shizuka-san, mas esse cara me parece bem alimentado. Até demais — Konoha rebateu tirando algumas risadas do grupo e fazendo o atual capitão fechar o punho como se estivesse pronto para uma briga.

— Não compartilhamos o mesmo treinador, o nosso apenas auxilia no treino de resistência dos meninos — me dirigi para a garota pela primeira vez — Ambos times tem todo o acompanhamento médico necessário, cabe a cada aluno seguir com disciplina ou não. Até onde sei os garotos são menos comprometidos com a alimentação do que deveriam.

Shizuka-san mais uma vez me olhou dos pés a cabeça — E vocês também dão umas escapadas aparentemente.

Aki imediatamente entrou na frente de Hana que estava pronta para avançar e fazer da garota uma polpa. Uma risada sarcástica escapou da minha boca, imediatamente as meninas e os garotos que já estavam acostumados com a minha aura de capitã recuaram.

— Se fossemos tão magras quanto você nem entraríamos na quadra. É preciso de músculos para jogar vôlei — respondi —, não é sendo fraca que se vence uma partida na quadra ou em qualquer lugar.

Ela jogou os cabelos para trás — De que adianta ser forte e não ser inteligente?

Suspirei alto e sorri fechando os olhos — Venha assistir uma partida nossa Shizuka-chan - voltei a encarar — Vamos te mostrar o que é vôlei de verdade.

Pode ter sido a intensidade no meu olhar ou a fúria atrás deles, mas a garota recuou um passo. O sorriso no rosto vacilou e o movimento de engolir seco me disse que ela estava nervosa, Shizuka sabia exatamente quem eu era, mas agora recebeu uma resposta direta as provações feitas desde o início.

— Mas Shizuka-chan não gosta de vôlei.

Se os meninos pudessem, teriam jogado Bokuto daquele mesmo andar sem um segundo pensamento. Mas ao contrário do que esperaram gargalhei alto, tão honestamente que lágrimas se acumularam no canto dos meus olhos.

— Nesse caso é só esperar a notícia de que ganhamos o nacional, então terá a sua resposta.

Shizuka molhou a boca e deu um sorriso nervoso, mas sem respostas.

Vi Misaki soltar os ombros e trocar olhares com Washio, como se ambos estivessem prontos para me segurar num eventual ataque. Hana também riu e voltou a falar de restaurantes com Komi. Aki passou o braço pela minha cintura e me puxou junto com o grupo segurando um riso de canto de boca.

Olhando para as pessoas no nosso caminho para a praça de alimentação, vi um garotinho passar com uma bola de futebol. Essa imagem me fez lembrar de algo.

— Aki vá na frente, lembrei que preciso comprar uma coisa.

— Mas espera, quer que eu vá com você? — ela já estava a alguns passos de distância.

— Não precisa, já encontro vocês.

Acenei e voltei o caminho alcançando a escada rolante, já do andar de baixo vi Aki se encontrando com o grupo e apontando para onde eu estava. Acenei para eles e desapareci nos corredores em direção a loja de esportes.

Minhas joelheiras não aguentariam mais um ano de Daniel, precisava comprar um novo par e me acostumar com elas antes dos jogos oficiais começarem. Entrei na loja desviando dos manequins de futebol seguindo para o fundo onde uma enorme propaganda da 'Molten' marcava a área do vôlei.

Ali estava ela no meio dos compressores, me abaixei procurando o meu número e é claro que era o último deles. Olhei para o pacote fechado, lembrando do dia que comprei o meu primeiro par. Koutarou estava desanimado pelo ginásio deles estarem passando por inspeção e por algum motivo eu achei ser uma boa ideia o chamar para ir numa loja como essa.

Também foi o dia que encontramos Kuroo e eu tive um pequeno momento, naquela tarde Koutarou disse que nunca me deixaria de lado. Vi meu reflexo no plástico brilhante das joelheiras, e sorri. Alguém que não compreende o quanto vôlei significa para Bokuto nunca seria capaz de entender suas qualidades e amar suas falhas. Ser uma fundação que o ajuda a voar mais alto e não uma forma que o molda e restringe aos desejos da mãe.

— [Nome] o que está fazendo abaixada aí?

Quase me desequilibrei, mas apoiei uma mão no chão para impedir de cair ali no meio do corredor. Ao meu lado grandes olhos cor de âmbar brilhavam com curiosidade.

— Kou! O que está fazendo aqui? Disse para Aki que já encontrava vocês.

— Eu sei, mas não gosto de pensar que está sozinha então vim atrás — ele abriu um sorriso — Ah, está comprando um novo par? Também preciso.

Balancei a cabeça — Segure o meu para eu pegar o seu número — falei e novamente estiquei o braço até o fundo. Dessa vez me levantei em seguida fiquei abaixada por um bom tempo, sorte que os treinos de perna de Dan realmente funcionam.

Girei o meu tornozelo e por um momento reparei no espelho de prova de calçados que estava um pouco mais distante. O que Emi disse sobre o meu traseiro não era verdade, era?

Pelo reflexo vi que Kou também olhava para baixo e assim que me virei para fitar seu rosto ele desviou vermelho até as orelhas erguendo as mãos e se desculpando sem eu sequer falar algo — Juro que não estava olhando! Tinha... tem, um mosquito voando aqui e pousou na sua...

Imediatamente também senti meu rosto esquentar, disfarçar não era uma habilidade dele. Tampei a sua boca com a mão antes dele terminar a frase, para o meu bem e o dele também.

Suspirei alto e apoiei a testa em seu peito — É melhor ficar quieto.

Ele balançou a cabeça concordando e eu tirei a mão imediatamente levando até a minha nuca e puxando os fios de leve envergonhada.

— Eu acho você bonita.

Não soube dizer da onde veio aquela frase espontânea, e ainda que estivesse completamente vermelho dizendo, manteve os olhos fixos nos meus quando levantei a cabeça para ver seu rosto. Num gesto impensado ergui o pacote da joelheira escondendo nosso rosto alcançando sua boca num beijo casto, afinal estávamos num lugar público.

— Obrigada.

Peguei sua mão e o puxei em direção ao caixa, aproveitando o pequeno momento que tivemos sozinhos. Lado a lado na fila éramos como dois bobos, pagamos os produtos em caixas separados e só então percebi que acabei pagando a joelheira dele e ele a minha.

— Bom, não faz tanta diferença já que era o mesmo valor — disse — Podemos apenas trocar.

Kou sorriu parecendo ter uma ideia — Então esse é meu presente para você [Nome]!

Ele me estendeu a peça que eu havia escolhido com mais animação do que uma pessoa comum teria, mas ele não era qualquer um. Era Koutarou Bokuto.

~*~

— Trocamos a joelheira e voltamos para a praça de alimentação — disse saltando do degrau depois de terminar de contar as meninas a parte da história que elas não sabiam. Deixando de fora algumas informações que elas não precisavam saber.

Emi tinha as mãos juntas na frente do corpo e os olhos brilhantes parecia estar prestes a chorar — Meu OTP!

Joguei meus braços para cima me alongando, Dan estava chamando para o último teste.

— Espero nunca encontrar essa garota na minha frente. — Sora me seguiu — Pro bem dela e pro meu que talvez perca meu réu primário.

— Como você é exagerada.

O time riu, Dan bateu duas palmas chamando a atenção dando as instruções. Não faríamos a última parte no ginásio, mas sim na pista próxima ao ginásio masculino.

— É a última de hoje estão liberadas depois disso — disse o treinador — Hibiki-sensei conseguiu dois cones, só precisam correr o mais rápido que conseguirem num espaço de cem metros. Prestem atenção em mim quando der o sinal.

Fizemos uma fila após sortear nos dedos a ordem, e é claro que acabei ficando por último, mas o lado bom é que era um teste relativamente rápido. Acabou coincidindo com o final do treino dos meninos, então eles ficaram por perto para observar e torcer também.

— Oh! Sora-chan foi bem rápida — Konoha comentou — Devem sem as pernas longas.

— Você tem sorte que ela está do outro lado e não te ouviu — respondi.

— Sora! O Konoha disse que você tem duas pernas de pau!

— Hana-chan! — ele reclamou se levantando, dou outro lado Sora ergueu a mão.

— Hã? Quem você disse que é perna de pau? É melhor você conseguir correr mais rápido que eu, seu loiro de araque.

Konoha caiu para trás já prevendo a sua morte, Hana bateu a mão com a minha rindo e se preparou para correr. Ela era a penúltima.

Alonguei as minhas pernas e respirei fundo.

— [Nome]-senpai, se esforce!

As meninas gritaram me dando apoio, Dan ergueu a mão do outro lado. Firmei meus pés no chão e soltei o ar. No momento que o apito soou meus pés deixaram o chão, meus braços ajudavam a ganhar velocidade e as minhas passadas ficaram cara vez mais ritmadas os cem metros se passaram num instante.

Após passar por Dan diminui o passo progressivamente, mas quase não vi a garota do clube de tênis passando dei um freada brusca sentindo um fisgar na planta do meu pé direito.

— Me desculpe — ela se curvou — Você está bem?

Forcei um sorriso — Sim, estou, desculpe por quase te atropelar.

Mais uma vez ela se desculpou e seguiu seu caminho, manquei um pouco e Dan correu em minha direção — O que aconteceu?

— Só uma fisgada, precisei parar bruscamente.

Ele suspirou aliviado — Um pouco de descanso e amanhã já está bem de novo. Fez o melhor tempo esse ano de novo.

— Claro que sim, eu sou a capitã.

Ele agradeceu o pessoal e nos dispensou seguindo para a sala da administração a fim de confirmar algo sobre os uniformes junto de Hibiki-sensei.

— Você não consegue ser boa, sem se matar? — Sora bateu nas minhas costas — Fala sério.

— A menina que entrou na minha frente — segurei um sibilo de dor — Porque não briga com ela?

Minha vice-capitã me ignorou por completo e eu tranquilizei as minhas meninas e os meninos do time masculino que estava tudo bem, em especial um que já queria me levar para o hospital. Realmente foi apenas uma coisa inicial, mas conforme andava mais comecei a mancar visivelmente novamente, precisava aliviar o peso do pé rapidamente.

— [Nome]-senpai precisa de ajuda?

— Não Akaashi, está tudo bem — respondi a sua gentileza.

O levantador do segundo ano pareceu ponderar a minha fala claramente não aceitando aquela resposta e em seguida chamando o próprio capitão — Bokuto-san, porque não ajuda [Nome]-senpai? Ela tem um longo caminho para andar e vocês vão para o mesmo lado.

— Ah! Você que estava tudo bem [Nome]! — de novo a preocupação exagerada, fofa, mas exagerada.

Passei a mão nos meus cabelos ajustando alguns fios atrás da orelha — Mas está eu só preciso tomar um tempo e colocar os pés para cima.

Koutarou virou a bolsa de maneira que ela ficasse em sua frente e abaixou em minha frente de costas para mim — Sobe.

— Que?

— Vou te levar em casa.

Os dois times pararam para ver a cena, me vi sem escolha diante os olhos que nos observavam. Passei os braços pelo seu pescoço pressionando meu tórax sem suas costas e enlaçando as pernas em sua cintura. Kou manteve as mãos na parte de trás dos meus joelhos como apoio.

— Melhor? — perguntou virando a cabeça para mim.

— Sim.

Nos despedimos dos jogadores no portão e seguimos na direção que ficava nossas casas, chamando um pouco de atenção por onde passávamos. Embora ele não parecesse se importar muito.

Apoiei o rosto em seu pescoço tentando me esconder só então reparei que ele ainda estava com as joelheiras e com os shorts de treino ao contrário da calça de agasalho.

— Por que não se trocou? — perguntei.

— Hum? Isso? — ele mudou o passo para esticar a perna — Para mostrar as joelheiras que você me deu. É importante, então quero que os outros vejam.

Meu coração disparou e agradeci por ele não estar me vendo, já que aquela frase me desestruturou por completo. Apertei o meu abraço.

— O que foi [Nome]?

— Obrigada por cumprir as suas promessas, todas elas — e continuei —, depois que torneio de primavera acabar, quero ser sua namorada.

Minha voz saiu abafada, mas vendo o tom vermelho das suas orelhas soube que ele entendeu com clareza. Até mesmo chegou a errar um passo, suas mãos apertaram de leve a minha perna.

— Depois que ganhar o nacional, vai ser. — respondeu num resmungo que só consegui entender por estar próxima.

Sorri contra sua pele, que assim seja.

N/A: Nosso casal, que não é casal mas é quase.

Espero que tenham gostado desse capítulo, grandão, cheio de fofurisse e especial.

Vejo vocês na próxima!

Até mais, Xx!