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Com a visita da sua Conselheira, Joohyun dispensou a mulher de quem ela estava se alimentando, sem pressa indicando para que um guarda Imperial se aproximase. A jovem fez uma breve mensura e foi rapidamente conduzida para fora da sala do trono.

Joohyun limpou o sangue da boca com as costas da mão.

– Eu nunca vou me alimentar sem interrupção? – Deu as costas a sua conselheira e subiu os degraus até o trono.

– Peço perdão, sua excelência, mas você deu permissão para eu entrar. – Seulgi caminhou vivamente em direção ao trono.

Joohyun grunhiu.

Seulgi se ajoelhou diante de sua governante.

– Por que você está aqui? – A voz de Joohyun retomou ao seu tom normal.

– Há relatos perturbadores de Seul. – A voz de Seulgi foi abafada, enquanto ela falava com a cabeça curvada.

– Levante-se.

Ela se postou de pé, jogando o manto vermelho sob o ombro.

– Um humano foi encontrado morto, drenado de seu sangue em um parque no centro da cidade.

– E?

Seulgi franziu a testa.

– O pânico se seguiu, sua excelência. Fotografias do corpo foram enviadas ao redor o país. Há discussões sobre a existência de vampiros em Seul e a sugestão de que o homem foi assassinado por um.

O olhar de Joohyun caiu em um dos afrescos. Ela estudou atentamente, mas não ofereceu nenhum comentário.

– Sua excelência, embora não tenhamos recebido nenhuma comunicação formal da Ordem, nossos espiões revelaram que um pequeno grupo de caçadores de elite entrou em Seul.

– Um pequeno grupo de caçadores não vai derrubar a cidade. Minha filha é mais forte que isso.

– Se a população humana entrar em caos e a sugestão de que vampiros existem começar a criar raízes, A Ordem vai agir em maior número.

Joohyun virou os olhos para a Conselheira.

– Boatos de que vampiros existem rondam o mundo a gerações – Ela fez uma pausa, pensativa. – A Princesa solicitou nossa ajuda?

– Sim, chegou uma mensagem. – Seulgi ergueu os olhos. – Seul está instável. Claramente, um dos sujeitos da Princesa está tentando derrubá-la. Ela sobreviveu a uma tentativa de assassinato busanita há alguns dias. Agora há a exibição pública de um humano morto.

– Instável – repetiu Joohyun, fechando os olhos.

– A Ordem sabe que você apoia Seul. Essa é a única razão pela qual eles ainda não marcharam na cidade.

Joohyun permaneceu em silêncio.

Seulgi franziu o cenho e se aproximou um pouco mais do trono.

– Há poucos preciosos antigos na Coreia do Sul. Há Somi, de Icheon, mas ela está satisfeita onde está e nunca desafiaria você. A Princesa de Seul já tem o destino traçado e...

– Uma situação interessante – os olhos do Joohyun se abriram. – Talvez toda essa situação sirva ao meu propósito afinal.

As sobrancelhas de Seulgi se juntaram.

– Ao que se refere, sua excelência?

– O desempenho da minha filha em frente à todo esse conflito vai me dizer se ela está mesmo apta a assumir o trono do império coreano.

– Se eu puder falar livremente, excelência, acredito que a visita da Princesa foi um ardil.

– Para qual finalidade?

– Está claro que ela temia alguma espécie de conflito depois do golpe infundado de Hyunjin. Por que mais ela arriscaria a sair de Seul em um momento tão delicado e vir a você por apoio?

Joohyun a encarou fixamente.

– Você acredita que o conflito de Seul com a Ordem foi causado por essa traição?

– Está claro que alguém com poder em Busan não se sente confortável na posição de subserviência a Princesa de Seul. Ela venceu o último conflito interno invocando a sua aliança. Mas um homem morto à vista da população humana certamente atrairá a atenção da Ordem dos Caçadores.

– Se Seul não está sob ataque, não tenho necessidade de defendê-la.

Seulgi fez uma pausa, em conflito se deveria ou não insistir no assunto. Não era do seu interesse como Conselheira encorajar os imperiais a irem à guerra. Mas o "Rei" era caprichoso e provavelmente iria culpá-la por quaisquer erros.

– Devo mandar dizer a Seul que não enviaremos tropas?

– Diga a minha filha que ela tem a minha confiança de que pode combater alguns caçadores de elite e resolver toda a situação. Mas o exército Imperial estará a disposição caso seja necessário interferir. – Ela olhou para afrescos à sua direita. – Ordene-lhe que entregue o traidor à Ordem e ponha um fim a este conflito.

– Como desejar, sua excelência.

– Estou com fome e preciso de algo mais forte. – Ela a encarou com um olhar mais brando. – Lide com as questões de Estado e encontre-me nos meus aposentos.

Seulgi observou calmamente a expressão da governante, habituada com aquela questão em particular.

– Irei enviar uma resposta à Seul imediatamente.

– Você está dispensada. – Joohyun fechou os olhos mais uma vez.

Seulgi fez uma reverência, seu sorriso se alargou quando ela saiu da sala do trono.

\[...]

Para manter a farsa de que havia sido assassinada, a verdadeira Princesa de Seul permaneceu escondida na sua residência secundária, de onde supervisionou o treinamento e a mobilização do exército e todas as decisões táticas por meio de intermediários de confiança.

Não podia se aventurar a sair pelas ruas de Seul, por medo de que alguém sentisse seu cheiro. Então precisou recorrer a vida particular.

Havia tomado providências para garantir que Yeji e os outros membros do Conselho não tentassem um golpe de Estado, encarregando Aeri, sua conselheira, de vigiá-los de perto.

– Acho que esta é uma das noites mais agradáveis que vejo em tempos. – Com os olhos erguidos para as estrelas, Minjeong deu um suspiro.

Ela e Jimin estavam reclinadas em um banco grande e quadrado situado na varanda em frente ao quarto delas.

– Acho a cama lá dentro muito mais agradável. – A Princesa apontou as portas abertas que conduziam ao quarto; então rolou de lado. – Aqui fora estamos muito expostas.

Minjeong virou a cabeça para encará-la.

– Expostas? Você nunca se incomodou com isso antes. Já passamos a noite do lado de fora mais de uma vez.

A reação de Jimin foi indecifrável.

– O que houve? – Minjeong pôs a mão por cima da dela e apertou.

A Princesa olhou para o céu e se demorou um pouco examinando o ambiente à sua volta; quando seus olhos foram atraídos em direção ao telhado, parou.

– Tem alguma coisa no ar. Sei lá. Alguma coisa... perturbadora.

Minjeong sorriu e rolou para cima dela, unindo seus corpos.

– Você não está lidando com as questões do principado de forma direta em muito tempo. É por isso que está se sentindo assim.

Jimin balançou a cabeça e olhou para o telhado mais uma vez. Do lugar em que estava, não conseguia ver a parte de cima.

– Você acha que pode sentir a escuridão?

As delicadas sobrancelhas de Minjeong se arquearam.

– Eu especificamente? Ou as pessoas de modo geral?

Os olhos castanhos de Jimin encararam os dela.

– Os dois.

– Sei lá. Sempre que senti a escuridão no passado, alguma coisa ruim já tinha acontecido.

A Princesa murmurou um palavrão e se moveu, de modo que ela ficasse sentada em seu colo.

– Jimin. – Ela ergueu uma das mãos até seu rosto. – Sei que a situação atual do principado está incomodando você. Desde a noite em que sofreu o atentado. Mas você não pode se render à escuridão. Precisa se rebelar contra ela.

Jimin lhe abriu um meio-sorriso.

– Tem algo mais me perturbando... – disse ela, mas interrompeu a frase no meio.

– Então deixe-me tranquilizá-la. Temos esta varanda só para nós, e uma cama linda e confortável.

Minjeong a beijou de modo sedutor, provocando-a com a língua.

– Vamos esquecer todos esses problemas por uma noite, Jimin – sussurrou ela.

A Princesa afastou uma mecha de cabelos do seu rosto. Então a mão dela se dirigiu para seu pescoço, lhe dobrando a cabeça para trás com o dedo polegar.

– Posso fazer isso por você.

Minjeong se preparou para algo forte, disposta a qualquer coisa que ela pudesse lhe dar, só que quando seus lábios pousaram sobre os dela o fizeram com uma extraordinária doçura. A musicista pôde sentir a paixão nas tensas linhas de seu corpo, mas claramente ela se negava a apressar-se.

– Esta noite permita-me amá-la lentamente – disse Jimin. Seus dedos traçaram os contornos de seu rosto, descendo suavemente para seu pescoço e sua clavícula, até abrir caminho entre seu seios.

Seu coração bateu rapidamente, seus pensamentos se fizeram confusos, e o mundo desapareceu a seu redor, restando unicamente elas duas ali.

Jimin se inclinou para frente, acariciando-lhe o pescoço com os lábios, e ela sentiu um suave arranhão. Seus dentes, pensou. Subiu por sua garganta. Desejou que a mordesse.

A Princesa respirou profundamente.

– Sua pele possui um aroma que me lembra de casa. Tudo o que tenho que fazer é cheirar.

Minjeong se arqueou nos braços dela, esfregando-se contra suas coxas, empurrando seu seios para cima. Sua cabeça se ergueu, e ela deixou escapar um pequeno gemido.

– Nossa, adoro esse som – disse Jimin, subindo a mão até a base da sua garganta. – Faça de novo para mim, Minjeong.

Ela lambeu delicadamente seu pescoço. A musicista a satisfez.

– Isso – gemeu ela.

Seus dedos começaram a se deslocar novamente, dessa vez até o laço do vestido que ela usava, que soltou com destreza.

– Olhe para você, seus olhos, seus seios, sua pele. – Ela passou uma mão ao redor de seu pescoço. – Você é magnífica.

A parte dianteira do seu vestido se abriu, e o ar frio percorreu sua pele enquanto a mão dela avançava para cima. Quando chegou ao sutiã, traçou um círculo ao redor das bordas de renda, avançando gradualmente para o interior até roçar seu mamilo.

O corpo de Minjeong estremeceu, e ela se agarrou aos ombros dela. Seus músculos estavam rígidos pelo esforço de sustentá-la. Ela olhou sua bela face, magnífica.

Os olhos de Jimin brilhavam, expelindo uma luz que moldava seu seios nas sombras. A promessa de sexo intenso e seu feroz desejo por ela eram evidentes pelo ranger de seu queixo, pelo calor que saía de seu corpo perfeito e pela tensão de suas pernas.

Mas ela tinha um absoluto controle de si mesma. E de Minjeong.

– Desejo-a com tanta paixão... – disse ela, afundando o rosto em seu pescoço, mordendo-a ligeiramente, sem perfurar muito a pele. Logo passou sua língua sobre a pequena ferida como uma úmida carícia, provando do sangue contido ali antes de se deslocar para baixo. – Na realidade, parece que nunca estou satisfeita.

– Acho que compartilho desse sentimento – conseguiu murmurar Minjeong.

A risada de Jimin soou profunda, sua respiração era cálida e úmida sobre a pele dela. Ela beijou a parte superior do seio, logo tomou o mamilo em sua boca, através da renda. Minjeong se arqueou de novo, sentindo a excitação a envolver por completo.

A Princesa levantou a cabeça, com um sorriso de desejo despontando em seus lábios. Deslizou suavemente para baixo o sutiã. Seu mamilo ficou ainda mais ereto para ela, à medida que via a cabeça dela descendendo até sua pálida pele. Sua língua saiu de sua boca e começou a lambê-lo.

Quando suas coxas se abriram sem que Jimin o tivesse pedido, riu de novo, com um profundo som de satisfação. Sua mão abriu caminho entre o tecido do vestido, roçando seu quadril, movendo-se lentamente sobre seu ventre.

Encontrou o elástico de sua calcinha e deslizou o dedo indicador sob ele. Só um pouco. Moveu a ponta do dedo adiante e atrás, lhe provocando sensuais cócegas perto de onde Minjeong desejava e necessitava.

– Mais – exigiu ela. – Quero mais.

– E você o terá. – Seu dedo inteiro desapareceu sob sua calcinha. Ela soltou um gemido quando este entrou em contato com seu centro quente e úmido. – Minjeong?

Ela quase tinha se perdido da realidade, embriagada por seu tato.

– Hum?

– Você tem um sabor fascinante – Disse Jimin contra seu peito. Um longo dedo entrou em seu corpo, como se ela quisesse que soubesse que não estava se referindo a sua boca.

A musicista se agarrou a suas costas através da camisa de seda, arranhando-a com as unhas.

– Realmente fascinante – disse ela, deslocando seu corpo, movendo-se para cima com sua boca, beijando a pele de seu pescoço. – É como mel em minha boca.

Minjeong gemeu quando ela mordiscou o lóbulo da sua orelha.

Com um suspiro, Jimin começou a mover-se para cima e para baixo, seus dedos curvando-se dentro dela. Talvez fosse a posição. Talvez fosse as coisas que lhe falava ou a escuridão. Minjeong estava tensa demais na necessidade para prolongar a sedução e o prazer.

– Eu quero me alimentar você... – Seus lábios tocaram a garganta dela e deslizaram pelo arco de seu pescoço.

– Tudo bem – Jimin disse lambendo um pedaço de pele sob sua orelha.

Ela inclinou o pescoço, apresentando a artéria em sua boca, envolvendo sua cintura com o braço enquanto se movia mais rápido, seus dedos entrando e saindo. O cabelo de Minjeong ondulava em torno de seus ombros enquanto seu aperto a envolvia.

– Olhe para você ansiando por mais – sussurrou Jimin, sua voz tingida de desejo. – Faça, Minjeong.

A musicista beijou seu pescoço enquanto vibrou ao redor dela, saboreando a pele antes de afundar os dentes na artéria.

O orgasmo dela cresceu quando começou a beber do seu sangue, e Jimin continuou a mover-se, empurrando os dedos para dentro dela repetidas vezes. Minjeong continuava a esperar que o orgasmo diminuísse, mas não, ele permaneceu como uma nota longa e sustentada tocada em concerto por uma orquestra.

Ela se afundou, sem pensar, com prazer. Só então se permitiu afastar, lambendo a impressão de seus dentes no pescoço de Jimin antes de beijar sua pele.

– Fazer isso sempre me deixa sem fôlego – murmurou, erguendo os olhos para ela. – Mas estou ansiosa para continuarmos.

– Estou com muita disposição para isso – A Princesa deu uma piscadela.

Minjeong moveu a mão até o seu maxilar.

– Em alguns principados, você seria idolatrada. Em vez disso, é minha companheira e está sempre disposta a me agradar.

Jimin ficou em silêncio e olhou de relance para a aliança em sua mão esquerda. Ergueu a mão e observou com silencioso fascínio a luz da lua se refletir no ouro polido.

– Estou louca para idolatrar você.

Minjeong pegou a mão dela e beijou a aliança.

– Estou louca para ser idolatrada por você.

Em um segundo, a Princesa se pôs de pé com Minjeong nos braços, e suas bocas se fundiram em uma só. Ela a beijou profundamente, pegou-a no colo e a carregou até a cama.

Ninguém disse mais nada enquanto ela a despia por completo do vestido e do tecido que fazia as vezes de roupa de baixo. Foi descendo aos beijos pela parte interna das coxas.

Então ela também ficou nua, e seus corpos se emaranharam no meio da cama branca e espaçosa.

Jimin segurou o quadril dela com força enquanto separava-lhe as pernas com a cabeça, pousando a boca entre suas coxas.

Minjeong deu um gemido sufocado, colocando as mãos no cabelo dela, emaranhado seus dedos nele.

– Fascinante – sussurrou Jimin contra sua pele – E eu definitivamente não me canso disso.

A claridade assustadora e formosa que irradiavam seus olhos inundou todo o corpo da musicista. E então ela baixou novamente a cabeça.

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