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Capítulo 7

Os dias passavam tão rapidamente que Louis nem percebia, a vida naquela ilha era cansativa, por mais que não fizessem quase nada além de manter a fogueira acesa e dormir, Louis sentia os sintomas da fome cada vez mais em cada fibra de seu corpo. Após levantar-se, o rapaz viu que alguns feixes de luz batiam contra a caverna, iluminando o local. A fogueira ainda estava acesa, o que mantinha tudo aquecido e parcialmente confortável, mesmo dormindo no bote vazio, Louis sentia seu corpo descansado.

Bocejou ao se levantar e fazer um breve alongamento, precisava procurar comida ou logo perderia as forças que restavam, Harry ainda adormecia ao lado, o cabelo estava numa total bagunça em frente a seu rosto escondia as feições tranquilas do outro, Louis parou para examinar o encaracolado, será que estava sonhando? Com o que?

Tomlinson foi até o lado de Harry e cutucou levemente seu ombro para acordá-lo, diferente das outras vezes ele acordou rapidamente, fitando Louis com suas grandes esmeraldas.

— Bom dia. — Sussurrou Louis.

— Bom dia. — A voz de Harry soava grossa e suave, ele esfregou os dedos contra suas têmporas e bocejou em seguida.

— Precisamos procurar comida, desculpa por te acordar mas eu estou com fome e tenho medo de sair no meio dessa mata sozinho. — Não sabia o que esperar quando saísse da caverna ou o que iria encontrar do lado de fora, já que havia se perdido com Harry algumas vezes até achar o novo abrigo, então óbvio que não iria arriscar.

Harry assentiu e se debruçou até a bolsa de plástico, retirando o canivete e as garrafinhas de lá, entregou essas a Louis.

— Pra quê isso? — Louis perguntou, certamente confuso.

— Vamos procurar algum lago e tentar pescar. — Harry sorriu após se levantar e passar ao lado de Louis.

— Com o canivete?  — Arqueou as sobrancelhas de forma cômica, se já era impossível pescar sem uma rede de pesca, imagine com um canivete.

— Não, Lou. Vou tentar fazer uma lança improvisada. — Harry mordeu o lábio ao se dar conta do apelido que havia usado com Louis, era algo tão íntimo que parecia ser tão certo no momento, porém ele não conhecia muito bem o outro, logo se repreendeu por usá-lo tão cedo. Mesmo com seu constrangimento evidente, Louis não pareceu se incomodar com o apelido, somente assentiu e passou a frente de Harry, caminhando para fora da caverna.

— Vamos lá então. — Respondeu Louis com certa determinação em sua voz.

Passaram a caminhar lado a lado, apesar do ar seco do dia, ambos procuravam esconder a sede e a fome. Louis se segurava entre os troncos enquanto caminhava ao lado de Harry, seu corpo estava fraco e suas pernas fraquejavam durante as descidas.

Nem sempre determinação é o suficiente, após 10 minutos caminhando entre aquela mata imensa e desconhecida, Louis havia perdido totalmente a esperança de achar algum resquício de água no local. Somente continuava a vagar, tão cansado que mal conseguia se manter de olhos abertos.

— Louis! —  A voz de Harry o chamou a sua frente.

— Que foi?

— Olha isso. — Harry estava alguns passos a sua frente, alguns galhos impediam que Louis visse totalmente a imensa cachoeira que se escondia ali.

Boquiaberto e totalmente pasmo com a visão, Louis correu até o local com um sorriso imenso em seus lábios.

— Eu não estou acreditando! — Era inacreditável, a água cristalina batia contra as pedras e caía no rio, parou na beira do local e fechou os olhos. Podia ouvir a água somente a água e a natureza ao redor de si em completa paz.

Logo abriu as garrafas e encheu cada uma até o fim, deixou todas na grama verde e começou a beber em grandes goles a água. Sabia o quão cuidadoso deveria ser com aquela água, mas não tinha outra solução, não podia ferver a água e nem filtrar, sua única chance era beber e evitar uma desidratação. Longos goles eram dados, sentia certo alívio tomar conta de seu corpo, virou em direção a Harry e viu o encaracolado raspando um galho grosso com o canivete que tinha o formato de uma lança.

Louis se passou a se entreter sobre o quão habilidoso Harry era. Balançou a cabeça para se livrar de todo aquele transe e caminhou até o outro com as garrafas em mãos.

— Trouxe água. — Louis esticou uma das garrafas a Harry com certa dificuldade, tentava segurar as três em suas mãos sem derrubar. Tarefa árdua para um desastrado.

Entregou a garrafa para Harry, que deixou a lança já pronta de lado e passou a beber a água.

— A água daqui é tão limpa. — Louis voltou a admirar a cachoeira e toda sua beleza, era incrível um lugar daquele estar desconhecido pelas pessoas.

— Sim, e deve ter bons peixes lá. — Harry sorriu determinado, as covinhas pintavam novamente seu rosto.

— Você se importaria se eu me limpasse? Faz um tempo que não vejo algo tão próximo de um chuveiro. — Louis riu baixinho, a falta que sentia de tomar banho era grande.

— Tudo bem, pode ir lá, vou terminar aqui e procurar alguns peixes. — Harry havia voltado sua atenção para a água, tentava manter longe os pensamentos sobre Louis seminu.

Enquanto isso Louis se despia aos poucos, retirando todas suas roupas e deixando essas acima de uma rocha. Fazia alguns dias que não tomava algum banho, então a única coisa que queria no momento era sentir a água fria banhando seu corpo. Após deixar sua camisa ao lado de sua calça jeans preta, Tomlinson ficou somente com sua boxer preta e assim caminhou até a beira do rio. O som da água tranquilizava seu corpo, que no momento encontrava-se tenso e cansado pela fome. O rapaz esperava que Harry encontrasse algum peixe, nem se lembrava da última vez que havia feito uma refeição, só com esse pensamento seu estômago roncou e Louis somente ignorou enquanto mergulhava na água fria.

Alívio instantâneo tomou conta de seu corpo, agradecia imensamente por estar se banhando. Louis juntou suas duas mãos em formato de concha e jogou em seu cabelo, seus fios gritavam por água e shampoo, mas no momento o shampoo era algo impossível de ter.

Fora da água, Harry observava Louis passar suas mãos por seus fios emanharados, tentava ao máximo não descer seu olhar ao peito nu de Louis ou a curva de suas costas que levava a sua bunda volumosa. 

Sua atração por Tomlinson havia começado a assustá-lo, desde o dia que havia o visto no bar do cruzeiro Harry havia se interessado por ele. Ficou atraído pelo azul dos seus olhos e até por seu miúdo nariz de botão, que deixava Louis com uma aparência adorável. E aquele rosto; sem nenhuma mancha ou falha evidente, como Harry desejava acariciar aquele rosto angelical.

Se sentia culpado por estar atraído por um hétero, sabia o quão errado era se aprofundar daquilo, mas agora, observando as gotas de água escorregarem sobre a pele lisa e levemente bronzeada de Louis, Harry se martirizada por ter pulado naquela água sozinho.

Louis dava alguns mergulhos na água límpida e cristalina, podia ouvir todos seus poros agradecerem por aquele "banho". Louis se virou em direção a Harry e o viu encarando em sua direção, fez o máximo para ignorar o olhar e até disfarçar que havia percebido em como Styles o examinava. Um leve rubor subiu por suas bochechas, ele estava gostando de toda atenção direcionada a si.

Louis fechou os olhos e respirou fundo, as gotas escorriam por seu rosto e ele estava arrependido de ter gostado de receber todos aqueles olhares, nunca havia acontecido em sua vida. Quando dizem que ficar confinado a um local pode te enloquecer não é eufemismo.

Louis sentia que ia enloquecer.

Harry o faria enloquecer.

Ou era aquela ilha? Ele não sabia, mas com certeza não ficaria remoendo todos aqueles pensamentos ou começaria a ter sentimentos por Harry.

Abriu os olhos depois de um tempo e Harry já não o encarava, ele estava do lado oposto do rio, segurando a lança improvisada em mãos enquanto virava a água. Saiu da água aos poucos, o sol já havia abaixado mas ainda era quente o suficiente para aquecê-lo e secá-lo. Tentava evitar todos aqueles pensamentos ou em como Harry parecia o Tarzan ali pescando.

Tarzan.

Louis riu de seus devaneios e assim voltou sua atenção ao céu, agora sentado contra a rocha ele tinha total visão ao céu aberto, completamente livre de nuvens.

Seus pensamentos foram levados a sua vida; como Eleanor estaria? Ela estaria preocupada com seu desaparecimento ou teria seguido a seguido em frente? Como estaria seu gato? Sabia o quão cuidadosa Clarice podia ser mas um dia Louis teria que voltar.

Ele iria voltar?

Pensar em viver confinado com um desconhecido era algo que Louis rejeitaria de primeiro, mas no momento sentia que Harry era muito mais que um desconhecido, eles haviam se tornado companheiros.

Tentou evitar que todos aqueles sentimentos voltassem, mas logo lágrimas escorriam por seus olhos, odiava o fato de de sua vulnerabilidade estar a tona no momento. Ouviu gritos animados e rapidamente esfregou as palmas de suas mãos em seu rosto. Harry comemorava do outro lado, havia algo na lança improvisada.

Um peixe, Louis sentiu um ânimo tomar conta de seu corpo, depois de tantos dias ele iria finalmente comer. Ele correu em direção a Harry que o chamava animadamente, Louis parecia estar vivendo uma experiência fora do corpo, nem se deu conta de como ou quando havia se arremessado em direção a Harry e agora estava em seu colo. Abraçava tão fortemente o outro que podia sentir o calor de seu corpo contra seu, tentou evitar os arrepios que eram enviados a sua nuca enquanto o abraço era retribuído.

Nunca havia feito algo igual antes, mas com Harry parecia que as coisas fluíam naturalmente, que era algo que estava destinado a acontecer.

— Me desculpa por isso. — Ele disse, ainda com seus braços ao redor dos ombros largos de Harry.

— Não se preocupa, é muito bom comemorar com um abraço. — Harry o apertou contra si e Louis teve medo de aquilo acabar se tornando estranho. Logo ele se desvincilhou dos braços de Harry, voltando ao chão.

— Não é todo dia que um cara corre em sua direção pelado. — Louis deu um tapa em si mesmo após a frase, sentia-se completamente constrangido com isso.

— Não caras como você. — Harry respondeu, aquilo soava literalmente como um flerte. Seus olhos ainda grudados a Louis, que fazia de tudo para encarar em todas as direções exceto a de Harry.

— Obrigado por pescar o peixe, você é muito bom nisso. — Louis pigarreou baixo ao mudar de assunto, queria acabar com aquela conversa o mais rápido possível.

— Não precisa agradecer, agora você não poderia colocar suas roupas pra gente voltar? — Harry mordeu a parte interna de sua bochecha, estava tentando ser o menos ríspido possível.

— Ah, claro. Desculpe. — Louis sentiu envergonhado por estar tão exposto para alguém, era raro as vezes que ficava só de cueca em frente a Eleanor porque se sentia inseguro com o próprio corpo, sabia o quão difícil era ter a visão de si mesmo.

— Desculpe se soou rude, é que não consigo me concentrar com você assim. — Um rubor agora se espalhava pelo rosto de Harry, que coçava sua nuca em certa apreensão.

— O que você quer dizer com isso?

— Nada, Louis. Eu só preciso que coloque suas roupas, por favor.  — Styles pediu, seu tom calmo estressava até a si mesmo.

Louis apenas assentiu e caminhou até a rocha, pegando suas peças e se vestindo novamente, durante esse tempo Harry fazia o possível para não encarar o corpo de Louis, sabia o quão invasivo podia ser, ele até estava começando a achar que era um tarado.

Devidamente vestido para a sanidade de Harry, ambos os rapazes caminhavam de volta para a caverna. Louis segurando todas as garrafas cheias e Harry o peixe que havia pescado após muito fracasso.

— Eu mataria por uma escova agora.  — Louis tentava arrumar seus fios com seus dedos.

Harry somente assentiu e deu uma leve risada, caminhando em direção a caverna. Ele odiava ser uma pessoa de poucas palavras, queria poder tagarelar de tudo com Louis, sabia o quão horrível era se sentir sozinho.

Harry preparava o jantar improvisado para ambos, havia limpado todo o peixe e agora estava assando esse na fogueira acesa. Louis observava tudo do outro lado, ficou fascinado sobre o quão habilidoso podia ser.

— Sua namorada tem sorte de ter um homem que sabe se virar no meio do nada. — Louis brincou, tinha certa curiosidade em saber se o outro era comprometido.

— Talvez se essa pessoa existisse. — Harry havia encaixado os filés de peixe em alguns gravetos que agora rodeava pelo fogo.

— Não tem ninguém para voltar? — Louis franziu o cenho, tinha certo receio por estar soando invasivo.

— Ninguém, nenhum namorado ou algo do tipo. — Apesar de admirar o amor, Harry se sentia solitário as  vezes por não ter ninguém. Havia tentado diversas vezes conhecer pessoas novas mas nunca teve êxito com nenhuma delas, ou era por falta de comprometimento sentimental ou não aguentavam a ausência de Harry por trabalhar num cruzeiro. O amor nem sempre bate em sua porta, afinal.

— Namorado? — Questionou Louis, que agora desenhava linhas invisíveis em seu jeans.

— Exatamente.

Louis não se sentia confuso ou intimidado pela sexualidade de Harry, somente tentou deixar o assunto de lado e voltou sua atenção para os seus dedos.

— Está pronto. — Após um tempo cozinhando, Harry havia terminado de assar os peixes que agora estavam dourados e com uma aparência suculenta. Tomlinson não tardou a pegar o graveto com o peixe e levar a sua boca, provando pela primeira vez em alguns dias uma refeição.

— Está maravilhoso, nunca pensei que comeria algo no espeto que fosse tão bom. — Louis disse de boca cheia, agora que tentava não engolir espinhos durante suas mordidas.

Harry por outro lado comia calmamente enquanto observava Louis se deliciando com a refeição improvisada, sentia certa felicidade em poder cuidar do outro.
Depois de terminarem o peixe, ajeitaram-se lado a lado para dormir.

Ambos estavam com insônia naquela noite, tudo parecia incomodar, do sons que vinham do meio do mato e a ventania que deixava Louis cheio de calafrios. Estava tão cansado que nem percebeu que tinha se virado para o lado de Harry, que estava agora de frente para Louis, encarando o rapaz com os olhos semiabertos. Louis resmungou baixo e assim aproximou seu corpo ao de Harry podendo segurar em sua camisa, Styles sorriu ao tê-lo tão próximo, somente abraçou o pequeno corpo deixando Louis repousar sua cabeça contra seu peito.

Louis não sabia se era a solidão do local, a carência de estar enfrentando um término ou o frio daquela noite, mas ele adorou ter os braços quentes e aconchegantes de Harry ao seu redor, e esse foi o último pensamento que teve antes de pegar no sono.

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