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9 - Revelações silenciosas

— Aos oito anos tive meu primeiro animal de estimação... Escondido. — Ri sem humor, pois a frase poderia ser interpretada como um ato de rebeldia. Charlottie e eu estávamos sentados no chão do estúdio de dança, após mais um dia de ensaio. Eu passava mais tempo com ela do que com qualquer um, então era inevitável querer me abrir vez ou outra. — Um dos meus momentos mais felizes foi encontrar Luke, um filhote de Greyhound, branco e com algumas manchas marrons em partes das costas. Ele estava sujo de terra na plantação de alface da minha fazenda, lá no Texas. — Sorri fraco ao lembrar-me do filhotinho. — Cuidei dele por dois meses, até que minha querida mãe descobriu. — Bufei, tentando me desvencilhar de sensação ruim que a lembrança me trazia. Aliás, que a lembrança do rosto da minha mãe trazia. — Ela o descartou como se fosse um cão sarnento, mas ele era saudável, e eu o amava de todo coração. — Contive um bocejo, sentindo o peso das noites maldormidas. — Chorei muito quando ela o vendeu. — Esfreguei os olhos e me levantei, agitado.

— Por que está me dizendo isso?

— Não sei, só senti vontade de dizer.

Talvez estivesse ficando louco.

— Sinto muito por descontar toda minha insegurança em você. — Disse quase em um sussurro, como se também sentisse vontade de se abrir. Ela levantou, e olhou ao redor, me fazendo lembrar de todas as vezes que gritara quando erramos algo. — Eu já te perdoei pelas idiotices. E há muito tempo. É só que... — Suspirei, não conseguindo pensar em algo para dizer. Charlottie parecia afetada por alguma coisa, talvez por minha declaração inútil. Ou, talvez, não tão inútil. — Não espero que se torne um personagem de livro do dia pra noite, e eu na verdade gosto de você do jeitinho que é. — Respirei fundo, tentando organizar as centenas de palavras em minha cabeça. O que diabos ela estava dizendo? — Não sei o que deu em mim para ficar tão brava com você, mas acho que tem muito a ver com meu perfeccionismo.

— Eu faço muita burrada e, pra ser sincero, nunca me importei com isso. Sei que deveria ter mais sensibilidade nesses momentos, mas não consigo. — Voltei a encará-la, um tanto temeroso com as próximas palavras. — Eu cresci longe de qualquer boa influência que a família pode te dar. Não tive nenhum exemplo pra seguir. Apenas os errados. Não posso fazer nada em relação ao meu passado, mas sempre tento proteger meu futuro. — Engoli seco. Eu me sentia como alguém realmente lutando contras as próprias barreiras. Havia algo acontecendo comigo, algo inédito, eu só não conseguia nomear. — Ninguém nunca se importou comigo, Charlottie. Nunca. E foi e sempre vai ser difícil digerir isso. Por isso que não aprendi a lidar com as minhas emoções. — Voltei a sentar no chão, observando Charlottie seguir meu exemplo. Então deitei no piso branco e gelado, que só serviu para esfriar meu corpo, quente devido ao esforço físico. Meu corpo pedia ajuda, mas meus sentimentos também. — Por isso que não consegui lidar com o término com a Taylor, por isso eu surto vez ou outra sem motivo aparente. Mas eu juro pela droga de qualquer ser divino que esteja nos olhando lá em cima, que estou sendo sincero. Todas as vezes.

Coloquei as mãos na nuca e apoiei minha cabeça olhando para o teto da sala. Aparentemente relaxado. Lottie se mexeu e para minha surpresa, deitou-se no meu peito. Isso descarregou uma onda de arrepios pelo meu corpo. Qual fora a última vez que sentira algo assim? Já sentira alguma vez? Sentindo seu corpo colado ao meu, não pude segurar a vontade e acabei abraçando-a. Charlottie aconchegou-se. Ela admitiu se importar comigo e parecia não ter nenhuma intenção de se afastar. Era a minha vez.

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