Sam: Como é bom sonhar.
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Sam pov — Passado
Dean e eu estávamos atrás de um ninho de vampiros, foi um trabalho duro até os acharmos. Eles estavam se escondendo muito bem. Seguimos todos os seus passos e descobrimos que eles iriam atrás de um senhor para mata-lo, era um tipo de vingança, a única informação que tinhas sobre ele era que: Ele era caçador e que morava em uma casa pequena de cor marrom claro em Louisiana.
Ficamos de tocaia dentro do impala na frente da casa durante a noite, esperando qualquer movimentação estranha. Era exatamente 21h00min da noite.
Pulei do banco do passageiro, olhei para Dean que estava adormecido, foi aí que me dei conta que tínhamos pegado no sono. Olhei meu relógio de pulso e notei que já era madrugada, 2:00 Am. Olhando para dentro na casa vi uma movimentação estranhas, as luzes estavam acesas e sombras de pessoas estranham eram visíveis.
— Dean, acorda — Disse em um tom elevado e ele deu um pulo.
— O que foi?
— Temos que ir — Pegamos nossas armas e saímos do carro.
Corremos para a faixada da casa e batemos na porta, obviamente ninguém atendeu, mas um silêncio ainda maior pairou pelo lugar, nos entre olhamos e arrombamos a porta, ela se depositou no chão e logo vimos à figura de três vampiros mostrando seus dentes ensanguentados e o corpo do rapaz caído ao chão todo dilacerado. Tarde demais.
Pegando os facões fomos para cima dos três devoradores.
Com apenas alguns cortes e roupas sujas que sangue, que grande parte não era nosso, olhamos para o chão com três cabeças de vampiros longe de seus corpos e um corpo de alguém que não conseguimos salvar. Tudo porque dormimos enquanto deveríamos estar trabalhando.
— Acabou — Dean diz triste, do jeito dele.
— Não conseguimos salvar o senhor — Ele assenti cabisbaixo e começa a retirar os corpos do lugar, fui ajudá-lo. Não fizemos muita coisa, pois começamos a ouvir choramingos de uma pessoa aparentemente muito assustada.
Começamos a procurar em todo lugar atrás da pessoa, à medida que ia me aproximando o barulho ia ficando mais alto, até que parei em frente a um grande armário, abri delicadamente para me deparar com uma moça chorando com a cabeça em seus joelhos e seus braços tremendo.
— Ei, tudo bem, eles já foram — Me abaixo colocando a mão em seus ombros, ela levantou o olhar para mim e fizemos nosso primeiro contato visual, olhei bem no fundo de seus olhos e pude ver o pânico e pavor que ela estava sentindo — Viemos ajudar, tá tudo bem agora — Ajudei ela a levantar e observamos Dean na porta — Dean, acho que ela não deve ver aquilo.
—Ver o que? — Foram suas primeiras palavras para mim. Foram ditas em um sussurro, mas pude ouvir o doce som delas vindo de sua boca — Meu pai — Ela sussurra para si mesma. Saindo de perto de mim ela corre para o corredor e coloca as mãos em sua boca ao ver o cadáver de seu pai no chão — Pai — Ela grita e corre até o corpo do pai, ela se ajoelha perto dele — Pai, você é a única pessoa que eu tenho não me deixa, por favor.
Quando ela disse isso meu coração se desmoronou, deixamos uma moça sozinha, sem um pai, por causa de uma incompetência. Eu estava me sentindo horrível por tirar a única pessoa que ela tinha.
— Pai, a mamãe já foi ela me deixou, mas você não pode me deixar também. Eu amo você, pai. Fica aqui, comigo.
— Vamos te levar para outro lugar — Dean diz se aproximando da garota — Eu sinto muito.
— Não! Não posso o deixar morrer.
— Não se torture vendo ainda mais essa cena.
Com muito custo conseguimos tirar a garota de lá. Ela ainda estava em pânico por tudo o que viu principalmente seu pai com o corpo dilacerado e mordido por vampiros.
Trouxemos ela para o bunker e explicamos toda a situação. Monstros, anjos, demônios e todo esse blá, blá, blá das nossas vidas. Obviamente ela ficou ainda mais em pânico, mas não poderia negar nossas afirmações depois de ver claramente vampiros matar a única pessoa que ela tinha.
Por nossa culpa.
Descobrimos o nome da garota, S/n, um nome belo para uma figura mais ainda. Ficamos na sala principal tirando informações da garota, de uma forma cautelosa para não assusta-la.
— Por que eles estavam atrás do meu pai?
— Seu pai era caçador, assim como nós, parece que ele matou uma bela quantidade de vampiros e quando eles descobriram que ele tinha se aposentado, vieram se vingar.
— Você deu sorte que eles não sabiam de você.
— Não sei se foi sorte, preferia ter ido com ele.
— Mas e sua mãe ou irmãos, você não tem ninguém mesmo?
— Meus pais nunca tiveram mais filhos e minha mãe... — Ela suspira — Me abandonou quando eu era pequena, a única lembrança que eu tenho dela é uma canção que ela cantava para mim. Eu só tinha ele.
— Sentimos muito.
— Tudo bem, não foi culpa de vocês.
Foi sim! — Penso
— É S/n — Gaguejo e logo ela olha para mim, sabendo que algo estava errado — Isso tem um pouco de culpa nossa sim. Estávamos de vigia na porta da sua casa e acabamos dormindo — Ela olha para mim e posso ver em sua expressão que ela iria gritar conosco, mas ela se acalma e não faz isso.
— Tudo bem, vocês não tinham obrigação de nada e pelo que entendi dão muitos vampiros no mundo, uma hora eles iriam conseguir o que queriam. Mas obrigada, se não fosse por vocês eu estaria morta no chão frio da minha casa. E agora é o lugar onde eu tenho que volta — Ela se levanta.
— Não, espera — Dean protesta.
— Lá é perigoso, a polícia vai bater lá a qualquer momento e vão levar você.
— Então que dizer que vampiros invadem minha casa, matam meu pai, dois estranhos aparecem, cortam cabeças na minha casa, me trazem para um lugar mais escondido que a Área 51 e eu ainda posso ser presa por tudo isso. Depois de tudo que eu passei, eu vou virar uma fugitiva da polícia?
— Eles não acreditariam em você e você sabe disso.
S/n Pov — Atualmente
Estava no meu quarto no bunker lembrando do dia da morte de meu pai, hoje fazia exatamente 3 anos que ele havia virado almoço de vampiro.
Naquela noite os meninos me convenceram a vir morar aqui e eu comecei a ajudá-los nas caçadas.
Levantei da minha cama peguei as flores que estavam no criado mudo e fui indo até a porta principal.
— Vai até o cemitério — Sam pergunta.
— Vou sim, quer ir comigo? Como você faz todo ano?
— Claro — Peguei meu casaco e ele também.
Dirigimos um pouco por que, como disse há três anos, o bunker é mais afastado que a Área 51, caminhamos pelas lápides até chegarmos à que estava escrito o nome de meu amado pai.
Me abaixei e coloquei as coloridas flores.
— Sinto sua falta, pai. Eu queria voltar naquela noite, uns 5 minutos antes de tudo acontecer e te dizer o quanto eu te amo e o quanto sou grata por tudo o que fez por mim. Por não ter me abandonado como a mamãe, por ter cuidado de mim com tanto amor — Já estava aos prantos e Sam estava com a mão em meu ombro — Por ter sempre me apoiado em tudo e por nunca querer o meu mal. Eu realmente te amo muito e desde que você se foi, um vazio imenso ficou no meu coração. Espero que esteja me guiando sempre, seja onde estiver eu sei que foi caçador, mas você era um homem bom e espero muito que sua alma não esteja sofrendo no inferno, eu acredito que agora você esteja no tão famoso e sonhado paraíso, por que é isso que você merece — Fiquei um tempo ali, mas quando vi que já era tarde, eu me levantei.
— Se quiser ficar mais.
— Não, já é tarde e ainda temos que comprar torta para o Dean.
— S/n, o que sabe sobre sua mãe?
— Absolutamente nada, meu pai nunca quis falar sobre ela e nunca descobri o motivo dela nos abandonar, nunca vi nem mesmo fotos, mas amo muito a canção que ela cantava para mim, meu pai a gravou em fora cassete e tocava para mim toda noite antes de dormir.
— Você mora conosco a 3 anos e nunca me mostrou essa música.
— Eu tenho vergonha.
— Eu ouvi você cantarolando no chuveiro e mesmo não tendo ouvido muito, eu acho que você canta muito bem.
— Está me espionando enquanto tomo banho, Samuel?
— Não, apenas ouvi — Ele diz com as bochechas avermelhadas e eu sorrio.
— Tudo bem, mas se acontecer qualquer coisa para atrapalhar, nós nunca mais tocamos nesse assunto.
— Fechado — Respiro fundo e abro minha boca para começar a primeira nota, mas, por ironia do destino, sou interrompida pelo toque do celular de Sam. Depois que ele atende e conversa um pouco, pude deduzir que era o irmão, ele desliga o celular, o guarda de volta no bolso e me olha com olhos de cãozinho abandonado — Não pode dar outra chance?
— Trato é trato. Nunca mais tocamos nesse assunto.
— Vai me deixar curioso — Ele diz intensificando ainda mais o seu incrivelmente fofo olhar.
— Isso não vai dar certo, já está jogando sujo. E sim, vou te deixar curioso — Lhe dou um sorriso e volto a caminhar.
Como sempre, nesse dia do ano eu fico extremamente focada em me distrair e comi eu faço isso? Procurando por casos, fiquei enfurnada na biblioteca durante horas a procura de um e enfim achei alguma coisa. Alguma coisa que não vai agradar os meninos, principalmente o Dean.
— Encontrei um caso.
— Ótimo! O que é? Deixa-me adivinhar, fantasma usando objetos estranhos para se comunicar em Idaho ou Lobisomem matando prostituta em Ohio...
— Um caso sem muita informação em Luxemburgo.
— Luxemburgo? Você quer nós vamos para outro país.
— Mais ou menos isso.
— Nosso trabalho é nos Estados Unidos, não damos conta do mundo todo.
— Eu sei, mas...
— Sem mas, não vamos sair da América em direção a Europa para resolver uma coisa que não é da nossa conta.
— Te dou uma garrafa de tequila.
— Não vai me comprar com bebida.
— Tequila mais uma torta.
— Ainda não me convenceu.
— Tequila, torta e ainda lavo seu carro durante 6 meses.
— 1 ano.
— Tá bom, 1 ano.
— Europa, nos aguarde.
Foi tudo tão rápido, em um dia eu estava lamentando a morte de meu pai e algumas horas depois estava me preparando para ir para outro continente.
Informação sobre o caso: Pessoas morrendo misteriosamente com algumas marcas estranhas pelo corpo.
Achamos que poderia ser os cães de Crowley vindo buscar as almas vendidas e estamos indo lá para tentar impedir. O pior de tudo. Isso não estava acontecendo com o povo "comum", isso tudo estava acontecendo dentro do sistema monarca de Luxemburgo. O que significava que seria tudo mais difícil e cauteloso.
Pegamos o primeiro voo que havia de USA para Luxemburgo e por sorte fizemos apenas uma escala.
Durante todo o voo, Sam e eu riamos da cara de pavor do Dean ao estar naquele lugar.
Enfim, Europa.
(Ps: Fingiremos que o mundo tem uma linguagem universal, hehe)
Arrumamos um hotel. Tudo pago por James Willians. Não faço a menor ideia de quem seja, mas sei que o cartão dele é ilimitado então estou feliz.
Nos disfarçamos de investigadores e começamos a interrogar pessoas da família. Todos da realeza. E eu estava super empolgada. Eu sou simplesmente fascinada em monarquia. Observamos os corpos dos mortos e eles não tinham nada além de marcas profundas na pele e sangue real em comum.
Sabe qual é o melhor disso tudo? Conseguimos permissão para falar com o rei e a rainha. Eu estava pulando de alegria, mas não tentava demonstrar isso para manter o profissionalismo, mas os meninos sabiam da minha empolgação.
Rainha Arabela e Rei Luther, eram esses nomes que nos aguardavam.
Arrumamos-nos o mais apresentável possível. E fomos ao encontro das figuras reais. Chegamos ao palácio ele era simplesmente divino.
Fomos recebidos pelo General Stefhan Prifti, um cara bem marrento e arrogante. Ele foi nos guiando até a sala do trono onde estariam o rei e a rainha. Adentramos enorme sala e logo os vimos sentados em seus devidos tronos, nos aproximando, nós fizemos reverência a eles.
— É uma honra tê-los aqui em nosso castelo — O Rei Luther diz.
— A honra é toda nossa majestade — Sam diz com toda a formalidade possível.
— Belo vestido linda dama — A rainha diz direcionando um singelo olhar para mim, sua voz era doce e calma, e seus olhos, assim como sua voz, eram familiares para mim.
Seu rosto expressava simplicidade e doçura, e o que posso dizer sobre sua voz, era simplesmente calmante.
— Obrigada.
— Disponha — Dean iria se pronunciar sobre o caso, mas algo o interrompeu.
— Pai — Uma voz grave chamou a atenção de todos — Me desculpa não sabia que estava com visitas — Um rapaz aparece ao que tudo indica era o príncipe.
— Esse é Calvin, meu filho, fruto do meu primeiro casamento.
— Alteza — De novo fizemos o gesto formal.
— É algo importante, meu filho?
— Sim, acabaram de notificar outra morte, com as mesmas características das outras, parece que foi filho do soldado Etans.
— Viemos investigar justamente isso.
— Conte-me mais, bela dama.
— Observamos os crimes e os corpos, todos eles com apenas duas coisas em comum, profundos machucados na pele e alguma ligação com a realeza, nem vestígio de arma do crime ou de algo parecido, apenas mortes. Não sabemos ao certo o que pode ser, mas sabemos que é algo ligado com a realeza. Vossa majestade saberia me informar se tem alguém contra o sistema real ou contra alguém que faz parte dele?
— No momento não me passa ninguém a minha cabeça, todos aqui gostam muito de nós e nunca tratamos com desrespeito ninguém que trabalhe para nós.
— Entendo.
— Pai — O príncipe se pronuncia — Hoje a noite haverá o baile real, talvez eles pudessem estar presentes para obter informações.
— Excelente ideia. Vocês estão diacordo?
— Certamente, nos ajudará muito a descobrir o culpado.
— Muito obrigado, majestade.
Antes de sairmos, o rei disse que era para pegarmos nossas coisas e ficarmos no palácio, para tentar aumentar nossas chances de achar o suspeito. Ou a coisa. Tínhamos certeza de que eram os cães de Crowley que estavam pegando as almas vendidas ao inferno.
Para não levantar suspeitas Dean foi dado como o duque Remis, Sam como tenente Brown e eu fui dado como a princesa Morelli.
Eu recebi um título de nobreza, uma princesa, nem que seja por apenas um pouquinho, mas eu vou sentir o gostinho da realeza.
Sam já preparou os óculos especial e agora só era esperar até os malditos cães aparecerem.
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