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Winter Flower

O conteúdo que você está prestes a ler é sensível, então se sentir qualquer desconforto ou que posso ser um gatilho, leia os anteriores ou os próximos que estão por vir.

❄🌱

Somos bruxas do inverno. Bom, minha mãe é uma bruxa do inverno. A fraternidade das bruxas por muitos séculos dividiu as bruxas por categorias: Verão, outono, inverno e primavera, as quatros estações do ano. Onde cada bruxa participantes de determinada estação só poderia usar seus poderes em uma época do ano equivalente a estação que pertence. O nome dessa fraternidade é: Witches of the seasons.

Bruxas do inverno são as que fazem magia branca com propósito de manter o equilíbrio da Terra, seu poder nunca é usado para promover o mal. Diferente das bruxas do verão que são o extremo oposto.

Inverno é minha estação favorita, até agora. Amava ver minha mãe fazer suas magias e sempre queria aprender consigo já que ela era uma ótima mentora e mãe, mas mamãe nunca me ensinou nenhum feitiço. Ela disse que era melhor assim, mesmo eu querendo muito fazer bruxaria. Para minha sorte, ou azar, eu não nasci com o dom da bruxaria.

Meu pai era caçador e por ironia do destino acabou ficando perdidamente apaixonado por minha mãe, ela sempre me contava sobre ele e o amor dos dois, o mesmo amor que me gerou. Meu pai morreu sendo um herói e defendendo a família. Eu era apenas um bebê quando nossa casa foi invadida por outros caçadores e ele se atirou na nossa frente para nos defender. Mesmo nunca tendo o conhecido direito eu ainda lembrava de seus olhos e o via frequentemente em meus sonhos. Ele é meu herói. Assim como minha mãe é minha guerreira. Minha doce bruxinha.

Parece que a cena de muitos anos atrás esta se repetindo. É inverno, e estávamos no nosso chalé em frente a lareira, tomando chocolate quente. Ouvimos barulhos vindo do lado de fora e já ficamos em alerta.

— São eles, são caçadores — Minha mãe diz desesperada enquanto espiava pela pequena janela —Rápido, vamos sair pelos fundos.

Corríamos sobre a neve, que tirava nossa velocidade por afundar nossos pés. O caçadores haviam nos notado. Tentamos apressar os passos para tentar despista-los. O céu estava completamente coberto pela neblina, e era quase impossível sentir frio com tanta adrenalina correndo pelas veias, a neve caia sobre nossos cabelos os deixando com pontinhos brancos.

O barulho de nossos passos sobre a neve foram substituídos por um barulho ensurdecedor de um tiro.

— MÃE! — Grito vendo seu corpo indo para o chão, antes que isso aconteça consigo segurar seu corpo gelado. Com dificuldade a arrasto para um lugar um pouco escondido — Mãe fica comigo por favor, eu só tenho você — Coloco as mãos em seu rosto.

Tão gelada. Devido ao costume de trabalhar no inverno, ela já estava acostumada. Agora era diferente. Ela estava partindo, com uma bala disparada em suas costas pelos caçadores que logo me alcançariam.

— Você vai ficar bem — Ela disse baixinho, já sem forças — Você é uma mulher incrível, vai ser feliz, você merece ser feliz.

—  Eu preciso de você, mamãe — Digo em meio a suspiros de lágrimas.

— Não tema, não tema nada minha querida. O inverno vai passar, as flores vão vir para você. Pegue isso — Ela, com muito esforço, coloca a mão no bolso — Isso são sementes de flores de inverno — Ela entrega em minhas mãos.

— O que eu faço com isso?

— Plante em um solo fértil, flores de Inverno são flores mágicas e seu processo de crescimento é lento. Visite-a todos os dias de inverno, e, aos poucos, ela vai crescendo, mas essa só vai desabrochar quando você encontrar o amor verdadeiro. Foi assim que descobri que seu pai era o cara certo. Você é uma moça de ouro e garanto que o homem certo aparecerá em sua vida.

— Eu quero que esteja aqui quando isso acontecer.

— E eu vou estar, vou estar sempre ao seu lado. Cante aquela música para mim querida, quero que sua voz seja a última coisa que eu escute.

— Os suspiros são lágrimas congeladas. Os sonhos abandonados dão luz à outras feridas. Onde está o fim dessa estação? Se houver eternidade. Espere, espere, espere — Canto seguro as mãos de minha amada mãe e seus olhos vão se fechando, sinto que seu coração não estava mais pulsando e o meu mundo se desaba — Não!!! Mãe volta para mim — Não consegui conter minhas lágrimas nem meus gritos de desespero na tentava de que ela, de algum lugar, pudesse me ouvir e voltar para mim.

A adrenalina some e o frio se faz presente. Eu odeio o inverno. A neve fica cada vez mais forte e meu corpo tão gelado quanto o de minha mãe, meus dentes rangem de frio, enquanto ventos congelantes tocavam minha pele, mesmo sabendo que morreria de frio, era essa minha intensão, morrer junto com ela já que meu espírito foi levado consigo. Não faço nenhum esforça para levantar ou procurar uma fonte de calor, fico ali chorando com o corpo dela em meus braços. Era como se meu corpo tive congelado naquela posição, não conseguia mexer um músculo sequer.

Uma mísera onda de calor se deposita em meu ombro, quando sinto alguém encostar nele. Não me atrevi a olhar para cima, continuei na mesma posição.

— Dean, precisamos tira-la daqui ou ela vai ter uma hipotermia - Sua voz não era dirigida a mim, então ou ele era louco, ou havia outra pessoa ali. Sinto alguém puxar meu corpo com delicadeza e me pegar no colo.

— Não por favor, me deixa ir também, eu não quero perde-la, não quero ficar sozinha... — Faço uma pausa e suspiro antes de dizer bem baixinho - Eu não quero ter medo.

— Shii, está tudo bem, não tenha medo — Ele tenta me acalmar e me aperta ainda mais em seu colo para aquecer meu corpo gélido. Sem nem mesmo olhar suas feições, deito minha cabeça em seu ombro e fecho os olhos, tentando sentir seu calor aquecer meu corpo.

Anos depois

É inverno. Eu odeio o inverno.

Noto a neve caindo ao lado de fora e sinto o frio que é a casa em dias assim. As lembranças dessa estação me vêm a memória e a infelicidade junto. Hoje, muitos anos depois do ocorrido com mamãe, eu Moro com as pessoas que me salvaram. Me acolheram. Me aqueceram. Os Winchester. Naquela noite eu estava tão assustada e em pânico e, depois de todo meu desespero, foi impossível eles se livrarem de mim.

Diferente de como eu era antes. Uma pessoa doce e de bem com a vida. Agora eu era fria, meu sentimentos são gélidos, eu não me permito sentir nada para ninguém, por isso acho que minha flor nunca vai florescer. Eu quero florescer.

Mesmo sabendo que os rapazes me amam e nesses anos tomaram um carinho imenso por mim, eu me sinto só, eu sinto que falta uma parte de mim, uma parte que se foi naquela noite de inverno. Esse tempo frio parece nunca se aquecer em meu coração.

Depois de fazer tudo o que era necessário, me despedi da minha flor, que agora a única coisa que faltava era florescer. Eu espero que você floresça.

Entro no Impala onde os meninos se encontravam me esperando para mais um caso a ser resolvido. Não estava sabendo de nada do caso e a única coisa que queria era tirar meu foco do tempo frio, então só entrei no caso na hora de ir atrás da criatura.

—O que temos para hoje? Lobisomem, vampiro, fantasma, demônio...?

— Bruxa.

— Bruxa?! — Digo espantada - Por que não me falaram antes.

— Você não quis ouvir.

Olho para a janela vendo a neve cair sutilmente do céu, enquanto desenhava uma flor no vidro embaçado e gelado do carro.

— Se quiser pode ficar no carro — Sam diz olhando para mim.

— Eu vou, mas se for uma bruxa do inverno nós a deixaremos em paz.

— Combinado.

Uma hora depois estávamos na floresta. A floresta era bem parecida com a que eu morava com minha mãe, a mesma floresta que ela foi morta. Respirei fundo, mesmo sabendo que não era o mesmo lugar, mas fui incapaz de dar mais um passo.

— Tudo bem se não quiser ir — Sam diz me abraçando. Eu gostava dele. Talvez o amasse, mas a frieza em meu coração não me deixa aceitar isso. Ele, desde o dia que me salvou de uma hipotermia, parecia sempre querer me aquecer, tanto meu corpo, como minha alma. Meu frio ofuscante não deixava me sentir completamente aquecida. Uma parte de mim sempre fora gelada.

Eu não sei por que te conheci naquele dia, tão frio e tão sem cor. Um inverno que parece nunca ter fim, mas uma coisa eu sei, eu nunca esquecerei o seu calor.

— Esta com frio? — Ele pergunta enquanto beijava o tipo da minha cabeça. Nego com a cabeça e seguro sua mão.

— Isso me traz lembranças ruins, Sam. Mas... Eu preciso enfrentar isso. Eu preciso florescer. Eu espero que eu floresça.

- Dentro de mim você já floresceu e é a flor mais lindo, minha florzinha de inverno - Ele coloca sua mão que estava envolvida com uma luva em meu rosto - Estarei do seu lado.

- Obrigada.

Em pouco tempo, entramos na floresta, que de início parecia ser igual e sem fim. Encontramos um lago congelado e uma cabana logo ao lado dele, a poucos metros de distância. Tentando ao máximo não fazer barulho, que provavelmente seria abafado pela neve que caia, espiamos pela janela do chalé.

- Bruxa de verão. São as piores - Digo enquanto vejo-a fazer magia.

- Então precisamos agir.

- Ela está saindo, vamos pega-la de surpresa.

A bruxa foi caminhando para a porta e aguardamos sua saída. Assim que foi feito, Dean disparou a arma, mas parece que ela já esperava isso e se esquivou. Usando o poder das mãos ela jogou a arma do Winchester mais velho no chão e, como um reflexo, disparei minha arma, mas novamente ela se esquivo e me jogou para longe.

Meu corpo foi arremessado para o rio que, pela velocidade que o atingi, o fez se quebrar em pedacinhos, agora estava submersa em uma água congelante. A última coisa que ouvi antes de meus ouvidos ficarem totalmente tampados pela água glacial foi o barulho de um tiro sendo disparado. Tentei nadar para cima, mas o frio me puxava ainda mais para baixo. Não só o frio em meu corpo, mas o frio em meu coração, eu queria desistir e agora havia uma oportunidade.

Consegui ouvir o barulho de passos rápidos, mas cuidadosos para o gelo não se quebrar, em minha direção.

- Aguente firme, S/n. Aguente firme - Era a voz desesperada de Sam.

Sam chegou até mim, e me puxou para cima. Estava tremendo de frio e quase sem oxigênio, mas tentei respirar fundo.

- Ta tudo bem, você vai ficar bem. Já demos um jeito na bruxa - Sam me puxa para seu colo e vai me levando para longe dali. Assim como naquela noite, deito minha cabeça em seu ombro, a procura de seu doce calor.

Me colocando sentada, ele puxa uns cobertores para cima de mim e se senta ao meu lado, me abraçando forte.

- Não me assusta assim de novo. Não suportaria em te perder.

- Eu quero ir para casa, Sam. Me leva para casa por favor - Implorei baixinho em seu ouvido.

- Já estamos indo para casa - Ele se ajeita no banco e fica o caminho de volta ao bunker com os braços envolvidos em mim.

Estava sentada perto do broto da minha flor, conversando com ela. Pode parecer maluquice, mas quando desabafo com ela é como se estive pedindo conforto a minha mãe, é como se ela estivesse presente naquela flor, quase flor.

- Oi - Sam diz se sentando ao meu lado.

- Ei.

- Como você está? - Eu iria... Iria falar que estava bem, mas já cheguei a um ponto de não conseguiria mais mentir, cheguei a um ponto que estava mentindo para mim mesma. Balancei a cabeça negativamente, sendo seguida por diversas lágrimas em meu rosto - Eii, vem cá - Ele me puxa para si - Eu to aqui com você.

- Por que me tirou de lá, Sam? Por que não me deixou congelar? Por que me tirou do frio as duas vezes que eu queria virar gelo? Eu não aguento mais sobreviver.

- Eu não podia, S/n. Não podia simplesmente de ver virar gelo.

- Eu só quero que esse frio acaba, mas ele nunca vai embora. Eu preciso florescer. Ela precisa florescer - Digo apontando para o broto da flor de Inverno.

- E ela vai, você vai. E eu estarei com você, ao seu lado, até que você floresça. Aguente firme é só isso que te peço.

- Por que faz isso? Por que não me deixa congelar? Por que você sempre tem que me encontrar e me aquecer?

- Por que você é especial para mim. Eu te aqueço por que que te amo - Olho para ele - Te amo tanto que não posso simplesmente deixar você. E eu preciso saber como se sente, eu preciso saber se sente o mesmo, se você me quer como eu te quero. Por favor, me diga.

- Eu não posso, Sam. Eu não consigo. Eu... Tenho medo de te perder igual perdi meus pais, eu tenho medo de ficar sozinha.

- Eu nunca vou te abandonar, vou estar aqui bem ao seu lado, se depender de mim você nunca estará sozinha - Ele segura em meu rosto e olha em meus olhos - Por favor, me diz, me diz o que sente.

- Você me trás conforto, Sam. Carinho, segurança, você me aquece, aquece meu coração gélido. Durante muito tempo eu venho mentindo para mim mesma de que não sinto nada além de admiração por você, mas a verdade é que eu sinto isso e muito mais. Seu calor me trás tanta paz e confiança. Você é meu paraíso, você é minha primavera. você é minha estação mais quente. Eu quero florescer ao seu lado e quero que você floresça junto comigo. Por que... Por que eu amo você.

- Estaremos juntos para o que der e vir, você não precisa ter medo, por que eu sei que ainda sente muito. Eu vou mostrar a você que existe outro céu, não apenas esse nublado e frio - Ele se aproxima do meu ouvido - Estarei com você, até que você floresça - Sussura.

Olhando para mim ele abre um lindo sorriso e eu retribuo. Logo em seguida ele aproxima nossos rostos e toca seus lábios nos meus. Sua boca era quente e seus toques me deixavam quente por inteira. Meu coração estava se aquecendo, eu me sentia desabrochar. Depois de um tempo ele se afasta, precisando de ar em seus pulmões, mas minha vontade era ficar ali para sempre.

Uma luz azul nos chama a atenção. Nossos olhares que estavam entrelaçados nos olhos do outro, vão para meu broto de flor. Que agora era uma linda flor azul brilhante. Ela floresceu. Eu estava florescendo. Uma doce lágrima escorre pelo meu rosto e um sorriso se abre.

- Eu achei, achei o que tanto procurava. É você, você fez a flor desabrochar.

- Nós fizemos, nosso amor fez.

O inverno já não estava mais tão frio para mim e, novamente, se tornou minha estação favorita.

N: Aiiii meu coração!!!

Sério dêem uma chance para essa música e vejam como é linda.

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