Seven Days (1/2)
Esse imagine teria apenas uma parte, mas acabou ficando imenso, então dividi em dois.
Tem um conteúdo um pouco sensível!
Tinha a sensação de que havia dormido por anos então decido abrir meus olhos, assim que o faço uma luz forte invade-os me fazendo piscar várias vezes até conseguir mante-los abertos.
Eu não sabia onde estava. Era uma sala obscura, com uma luz verde de fundo, nada que continha lá dava algum ar de clareza, era tudo tão sombrio. O barulho do relógio era alto, seu tik tak me dava arrepios e eu não sei explicar exatamente o porquê. Estava deitada em uma maca com lençóis cobertos de sangue e com um cheiro horrível. Aquele lugar cheirava mal.
A porta de abriu, o barulho de seu ranger me causou uma leve tensão a espera do que surgiria da porta. Saindo das sombras, um alto rapaz dá um olhar intimidador para mim, ele vai caminhando em direção a maca onde me encontrava, agora sentada. O barulho dos seus sapatos era o único som que poderia ouvir, mas não ficou assim por muito tempo, o som da minha respiração pesada logo se manifestou também.
Me levantei e recuei um pouco. Analisei bem o homem. Havia cabelos curtos e bem penteados, suas roupas eram completamente pretas, apenas pelos mínimos detalhes dourados ao redor delas e, em sua mãos cobertas por luvas, estava uma espécie de bengala, mas ao dizer pela sua idade, acho que dever ser mais parecido com um cajado.
Ele bate o objeto no chão, o que me faz recuar ainda mais com o susto. Vendo minha expressão assustada, ele solta uma risada.
- Adoro ver a cara de assustados de vocês.
- Quem é você ? e onde estou?
- Você morreu e está na minha sala particular.
- Estou morta? Então essa é a entrada para o inferno? - Ele me guia até uma cadeira e eu me sento.
- Quer chá? - Ele pergunta e eu neguei. Ele vai até um canto da sala, pegando uma chaleira e colocando um pouco na xícara - Por que acha que é a entrada para o inferno? - Ele se vira para mim, enquanto mexia seu chá.
- Se fosse para o céu, vocês têm uma recepção muito... Inapropriada. Então? Estou indo para o inferno? Você é o diabo?
- Meu nome é Hannibal e estou curioso com o fato de você ter tanta de que vai para o inferno. Me diga garota, qual seu nome? - Ainda com a xícara na mão, ele se senta do outro lado da mesa de madeira, na minha frente.
- Eu... Eu não me lembro. Não lembro de nada.
- Não me impressiona. Todos que já passaram por aqui ou ficam desesperados ou me perguntam se o lugar deles no céu está reservado, mas você não, está calma e me perguntando se está prestes a ir para o inferno. Não é a primeira com esse comportamento hoje e posso dizer que estou chocado.
- Só sinto que não fui uma pessoa boa - Ele toma um gole de seu chá.
- O rapaz me disse a mesma coisa - Fico confusa, de que homem ele estava falando? Olho para ele com dúvida e ele entende - Estou me referindo a outro participante.
- Participante? Então estou em um jogo?
- Mais ou menos. Não diria um jogo, e sim um teste. Você morreu, mas sua morte não estava programada, sua hora de ir para o inferno ou paraíso ainda não tinha chegado, então você veio para cá. Você tem uma chance de voltar a vida, se passar no teste claro.
- E por que estou sem memória, isso faz diferença?
- Claro que faz. Todos que estão aqui, estão lutando pela vida, sem nem mesmo saber o que os espera. Ninguém se lembra de mágoas ou alegrias, o único motivo aqui é viver, mas a decisão é sua se vai lutar por algo que nem sabe como será, você está tendo um oportunidade, mas você escolhe se vai aproveitar ou deixar passar.
- E como passo nesse teste?
- Cada participante tem um objetivo, complete o seu e poderá sair daqui - Ele abre uma gaveta e retira uma coisa - Esse aqui é o seu - Ele me entrega uma bússola dourada.
- Uma bússola? - Pergunta analisando o objeto.
- É a bússola da morte. Ela vai te mostrar a direção para onde você terá que ir, mas, como diz o nome, ela só funcionará se alguém morrer.
- Então eu tenho que matar pessoas?
- Não necessariamente, você precisa que pessoas morram, a forma não importa.
- E se eu não conseguir? - A ideia de matar pessoas para meu bem próprio me assustava.
- Você tem sete dias, S/n S/s. A propósito esse é seu nome. Se não passar você se tornará um morto vivo, uma espécie de zumbi daqui, você será infeliz é só isso que posso garantir. Se tornando um morto vivo, você só desejará a morte definitiva.
- E aqui eu jogo junto ou contra os outros jogadores?
- Isso é escolha isso. Seu objetivo é cumprir seu desafio, seja sozinha ou com ajuda. Vai querer lutar pela vida, S/n?
- Ao menos vou tentar - Ele pega um papel e uma caneta de pena, me apontando a linha onde eu deveria assinar.
- O dia chegou ao fim. Agora você tem 6 dias. Boa sorte - Ele estala os dedos e eu simplesmente apago.
"Ainda me lembro como era feliz as noites que meu pai chegava em casa depois de uma longa caçada, tão longa que pensávamos que ele não voltaria mais. Ele ligava horas antes dizendo que já havia terminado o serviço mal recompensado.
As pessoas são tão mal agradecidas e ignorantes por que nós caçadores salvamos a vida delas diariamente e em troca, depois de darmos nosso sangue, para sermos dados como loucos.
Minha mãe preparava uma maravilhosa torta de maçã que meu pai amava, e eu também, fazia um belo jantar e eu sempre preparava alguma surpresa. Um desenho de nossa família bem mal desenhado, colorido com giz de cera, as cores atravessavam as linhas pela minha falta de coordenação motora que seria adquirida conforme meu crescimento. Uma caixinha com chocolate escrito "papai eu te amo" E totalmente decorada com purpurina da minha cor favorita.
Meu abraço em ti era tão forte que mostrava bem o quão feliz eu estava em ve-lo a salvo, mesmo que seja com alguns ossos quebrados, o importante é que ele estava ali para cuidar de mim. Depois de fazermos curativos cheios de amor, para curar mais rápido, nós jantavamos para em seguida meu pai me colocar na cama para dormir já que tive um dia agitado por conta do jardim de infância.
- Papai, quando eu crescer eu quero ser tão forte quanto você - Digo em seu colo depois dele me contar a sua incrível história de como foi sua jornada.
- Você já é, minha filha. E será a melhor de todas as caçadoras, todas as criaturas terão medo de pisar no seu caminho - Sorrio sonolenta para ele - Você sempre me deu orgulho, e sei que me dará muito mais.
- Boa noite, papai - Fecho meus olhos e sinto meu corpo ser colocado lentamente no colchão quentinho da minha cama.
- Boa noite, durma bem - Ele me dá um beijo na testa e depois apaga o abajur que ficava ao lado da minha pequena cama.
Mas aquele noite foi diferente. Estava fazendo uns 15° graus e, por não ter luz do sol, usavamos a lareira como fonte de calor acompanhado de um coberto quentinho e um chocolate quente. A chuva caia lá fora e, na companhia de minha mãe, assistiamos ao meu desenho favorito.
O celular tocou. Minha mãe foi até a mesa do cozinha onde o celular estava e eu pulei dos lençois, escorregando e quase caindo por conta das meias nos pés, mas meu equilíbrio sempre foi bom, fiquei atrás de minha mãe pulando com um sorriso no rosto achando que era meu pai por trás da linha telefônica avisando que logo estaria em casa, mas, depois que ela se virou para mim, com lágrimas nos olhos, pude perceber que não receberia a notícia esperada.
Não era meu pai que telefonou, mas sim um amigo de caça dele, dizendo que ele foi gravemente ferido e não deu tempo de salva-lo. Eu era apenas uma criança cheia de sonhos e queria que meu pai estivesse presente para me ajudar em todas as missões da vida, principalmente na minha que seria difícil por seguir o negócio da família"
🕝
Acordo com uma forte dor de cabeça. O sonho que tive foi completamente confuso para mim.
Talvez não fosse um sonho, mas sim algum tipo de memória da minha vida. Agora eu sei que perdi uma pessoa importante na minha vida quando era bem pequena, como isso afetará minha vida no futuro?
Me sento e vejo que estava em um lugar diferente, não estava mais na sala de Hannibal, estava em uma espécie de porão. Ele era sujo e desorganizado, havia coisas demais em um espaço tão pequeno.
Abri o porta e dei de cara com uma grande floresta começando a ser iluminada pelo sol que estava nascendo, colocando as mãos nos bolsos, encontro a bússola. Meu objetivo. Sem nem mesmo saber por onde começar, eu decido caminhar pela floresta, enquanto pensava em que iniciativa tomava.
Mãos nos bolsos da minha jaqueta, segurando firme minha bússola, para ter certeza de que não iria ser descuidada e a perderia na primeira distração. Um barulho de arma sendo engatilhada me faz congelar.
- Mãos para cima e vire devagar - Levantei minhas mãos e fui virando na direção de quem estava me obrigando. Meus sonhos se encontraram com um rapaz bem alto e de cabelos compridos - Agora me diga, qual seu objetivo?
- Uma garota não pode ter privacidade? - Ora essa S/n, ele está apontando uma arma para você, não é hora de e gracinhas.
- Muito engraçado. Começa a falar - Ele era completamente frio em suas palavras, mas algo me fazia não sentir medo dele. Medo eu tenho do objeto que está em suas mãos e no que pode acontecer se ele puxar o gatilho. Abro a boca para falar, mas vejo uma sombra estranha atrás do rapaz.
- Cuidado! - Grito e ele se vira para trás logo disparando a arma. Ele atingue bem no peito um outro rapaz que, aparentemente, também estava querendo mata-lo. Pensei que seria algo mais... Pacífico.
Era minha hora de fugir. Poderia simplesmente correr dali, mas já percebi que o homem é bem ágil.
- Ainda está aqui? Se fosse mais esperta teria corrido - Ele diz recarregando a arma.
- Se tivesse corrido estaria tão morta quando ele.
- Resposta certa! - Ele sorri de canto - Agora me diga.
- Eu... Tenho que ir a um lugar.
- Se tem que ir a um lugar, precisa seguir algo - Droga! Ele é esperto demais!
A blusa que estava em meu bolso começa brilhar um pouco, sua agulha apontava para o norte. Ela estava funcionando e eu precisava segui-la.
- Uma bússola? Então está seguindo isso?
- Vou ter que começar agora, ela não funcionava antes.
- E o que faz ela funcionar?
- Bom... - Olho para trás dele onde estava o corpo do rapaz agora morto.
- Precisa de mortes!!? - Assenti.
- Pode me deixar ir agora? - Pergunto enquanto ele finalmente começou a abaixar a arma e guardou ela no bolso.
- Só se me deixar ir com você - O que?
- Para que? Para me matar na primeira oportunidade? Se quiser faça isso logo!
- Não vou matar você, pelo contrário, para passar em meu teste eu tenho que ajudar alguma pessoa e, como você precisa que alguém morra para isso funcionar, acho que a pessoa é você.
- Tem certeza que não vai me matar? - Ele ri finalmente podia ver empatia em seus olhos. Olhos que inclusive são uma perdição. Ele era uma perdição.
Mas esse não é o foco!
- Sou Sam Winchester - Ele estende a mão.
- Aparentemente meu nome é S/n S/s - O cumprimentei.
- Também não me conformei com o fato de estarmos sem memória.
- Acho que precisamos seguir esse treco. Vai que para de funcionar.
Seguimos durante todo o dia a bússola, sempre falando pouco, já que não lembravamos de nada que pudesse se tornar um assunto interessante.
"Nada foi igual depois que papai morreu. Minha mãe era uma pessoa alegre e de bem com a vida, sempre me tratou com todo amor e carinho. Ela e meu. Pai eram o combo perfeito. As coisas só ficaram piores desde a noite que ele morreu até hoje, quem diria que uma morte pudesse definir o futuro de outras pessoas.
Minha mãe começou a ficar deprimida e, para tentar "curar" isso, ela se envolveu com álcool, seguido de cigarro e depois tráfico de drogas. Nunca pensei que aquela mulher tão doce e forte se tornaria no que ela se tornou. "
🕝
Não me lembro de ter dormido e nem como cheguei a esse lugar. Olhei ao redor e vi que Sam também estava acordando.
- Bom dia - Ele diz com a voz roca recém acordada. Algo nessa rapaz me despertava uma coisa boa. Ele sabia o momento certo de ser doce e de ser bruto. Será que em algum momento ele poderia ser a mistura dos dois?
Por algum motivo eu sentia que tínhamos algo em comum, mesmo não sabendo muito sobre sua vida, mas estava começando a conhecer sua personalidade.
- Bom dia! Que horas dormirmos? - Pergunto me levantando e sentindo uma forte dor no corpo por ter dormido no chão.
- Acho que aqui tem algum tipo de horário que nos faz dormir, ou algo assim.
Novamente começamos a caminhar, mas com um pouco mais de sucesso dessa vez, encontramos uma velha cidade abandonada. Talvez a bússola estivesse apontando para cá.
- Por que quer sair daqui?
- Não sei, talvez tenha algo que valha a pena na vida.
- Eu também sinto o mesmo - Ele para e olha para frente.
- O que f....
- Shiii - Ele sussurra baixinho. Vimos uma pessoa caminhando - Esse é o Draco. Conheci ele mais cedo, mas ele conseguiu fugir. Não gostei dele - Ele diz se virando para mim.
- Deixa ele para lá, vamos continuar procurando - Ele se virou para trás, procurando pela última vez o tal do Draco, mas ele havia sumido. Ele, por algum motivo que nem o mesmo deve saber, realmente odeia esse cara, ele tinha sangue nos olhos quando procurava o moço - Vem - Segurei em sua mão e o puxei para o caminho oposto.
A bússola nos levou até uma sala. Ela era bem menor do que a sala de Hannibal, e bem mais suja também. Como se nunca tivesse sido limpada. Seguindo a bússola, vou até uma gaveta e a abro. Nela continua uma arma. Assim que peguei, a bússola voltou a rodar.
- Uma arma? - Sam pergunta se aproximando.
- Ótimo, está sem balas.
- E as minhas não servem para esse modelo - Ele diz frustado.
- Completamente inútil vir até aqui.
- Vamos passar a noite aqui então, amanhã veremos o que vamos fazer.
"Assim como uma morte mudou tudo na minha família, uma vida também poderia muda-la, seja para melhor ou pior.
Minha mãe conheceu um rapaz, seu nome era Bruce, um homem simpático e de bem com a vida. Ele tinha um astral tão bom que deixava qualquer um para cima, principalmente minha mãe.
Ele a fazia feliz de uma forma que não a via a assim a muito tempo. Depois de alguns anos de namoro deles, Bruce pediu a mão de minha mãe em casamento, ela aceitou. Não gostava da ideia do meu pai ser substituído, mas sabia que ninguém poderia roubar o seu lugar e entendia que Bruce fazia minha mãe feliz, e isso era tudo o que queria.
O casamento dos dois foi mágico. Fiquei encarregada de levar as alianças e, naquele dia me senti como uma princesa. Bruce prometeu a mim e a minha mãe que nos faria felizes e que cuidaria de nós. Ele disse que nunca poderia tomar o lugar do meu pai, mas que me amaria como um, essas palavras me confortaram e foi ai que meu apego a ele começou a surgir.
Não duraria muito tempo. "
🕝
Dessa vez acordei antes de Sam, fiquei deitada naquele sofá de couro analisando seu rosto angelical enquanto dormia. Agora ele não parecia nada com aquele cara frio que poderia ter me matado naquela floresta.
Eu estava me rendendo, rendendo a algo que no meu subconsciente eu disse que não poderia. Meus sentimentos por ele estava ficando mais forte e eu sabia que era verdadeiro pois não sabia nada de sua vida, estava me apaixonando por quem ele realmente era. O jeito que ele me tratada, tirando aquela cena da floresta, é tão encantador.
Mas eu não posso. Estou no meio de um teste que vai decidir se vou viver ou morrer, não posso me apaixonar por alguém que nunca mais verei caso nós consigamos sair daqui.
Ouvi um barulho vindo do andar de baixo e fui dar uma olhada na janela. Vi várias pessoas, pessoas não, uma espécie de zumbi. Deve ser os mortos vivos que Hannibal disse.
- Sam - Disse o cutucando e ele logo acordou - Olha na janela.
- Temos que sair daqui! - Ele me puxa para a porta dos fundos.
Rapidamente começamos a correr para fugir dos mortos vivos. Estávamos em um beco escuro, Sam caminhava ao meu lado. Era um breu completo, só ouviamos o barulho de nossos passos no chão.
Finalmente conseguimos ver uma luz e, com ela, uma loja de comida abandona.
- Vou ver se tem algo de importante lá dentro, não saia daqui.
Fiquei parada ali por um tempo, até ouvir um engatilhar de arma atrás de mim. Isso de novo.
- Sabia que a qualquer momento você iria me Ma... - Me virando vi que não se tratava de Sam, mas sim do tal de Draco.
- Eu não sou quem estava pensando.
- O que que? Se quer saber qual é meu objetivo, saiba que já passei por isso antes e não tenho medo agora.
- Eu não liga para seu objetivo, estou preocupado com o meu. Eu tenho que matar algo importante daquele grandão - Ele aponta para Sam que estava entrando na loja do outro lado da rua - Tenho a sensação de que é você. Então feche os olhos, garotinha. Isso vai doer um pouco.
Esperei um segundo para tomar qualquer reação, e a única que tive foi correr. Nada bom. Assim que cheguei no meio da rua, Draco disparou a arma e me atingiu na lateral da barriga. Imediatamente cai no chão, gemendo de dor.
- S/N!!! - Ouvi Sam gritar, saindo rapidamente da loja e disparando tiros contra Draco, mas ele conseguiu fugir - Eii, aguenta firme. Vai ficar tudo bem - Ele diz se aproximando de mim.
- Espero que consiga sair daqui, Sam - Foi as últimas coisas que disse antes de me render ao sono e fechar meus olhos.
Sam pov
Via seus olhos se fechando aos poucos e meu desespero só aumentava. Não sabia o que fazer, mas tinha que tomar uma decisão se quisesse salva-la.
Eu tinha a sensação de que já tinha passado por aquilo antes, várias vezes. Perder pessoas que eu realmente gosto e, mesmo que eu quisesse não pude evitar de gostar dela, era como se tivéssemos uma conexão espiritual.
Pegando ela no colo, a levo para dentro da loja e coloco-a em cima de uma mesa grande. Fui até a área de primeiro socorros da loja e, por sorte, consegui encontrar algumas coisas que me ajudassem a costura-la e remover a bala.
Depois de fazer isso, ficava verificando-a à cada cinco minutos, para ter certeza de que ainda havia esperanças dela voltar para mim.
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