Ocean
Segurando minha arma firmemente na mãos, vou caminhando pelo local escuro a procura do vampiro que estávamos caçando. Sam, Dean e eu decidimos nos separar pela casa, já que pensamos que poderia ser mais fácil de encontrar a criatura.
Escuto um barulho atrás de mim e quando vou ver o que era, sou arremessada contra a parede, sinto a forte colisão da minha cabeça com a parede fria, e apago depois de ouvir Sam gritando meu nome.
Minha cabeça latejava de dor, me sento em um lugar confortável que parecia ser a cama, já que o local estava completamente escuro. Coloco as mãos pela cabeça e é logo escuto uma voz doce falar comigo.
- Que bom que acordou - Era Sam.
- Ei Sam.
- Eu também estou aqui sabia - Dean diz.
- Desculpa, Dean não tem vi. Por que que as luzes estão apagadas - Ouve um momento se silêncio e eu fiquei confusa - Pessoal?!
- As luzes não estão apagadas, S/n. Esta tudo claro.
- Mas eu não to... Ai meu Deus! Eu não enchergando.
- Meu Deus - Dean sussura. Meu olhos começam a se encher de lágrimas e sinto minhas mãos tremerem. Estava entrando em pânico.
- Eiii se acalma - Sinto a cama afundar, Sam sentar ao meu lado e segurar minhas mãos - Vamos dar um jeito.
- Sam eu to cega! Como podemos dar um jeito nisso? Não é como se pudéssemos chamar a Rowena para fazer um feitiço e trazer minha visão de volta. Sam tudo que eu amo fazer eu preciso da minha visão. Como eu vou poder pintar? Ou caçar? - Deito em seu colo e ele envolve seus braços ao meu redor - Como eu vou poder ver você? Olhar em seus olhos?
Para S/n ta falando demais. Ele não sabe que você gosta dele.
- Eu vou estar aqui do seu lado, ok? Nós poderemos arrumar alguma forma.
Seis meses depois
Tinha uma forma de recuperar minha visão. Assim que descobri que estava cega, fomos direto procura opnião médica. Depois de muitos exames, ele disse que uma simples cirurgia resolveria a situação, mas essa "simples cirurgia" Era o valor de todos os meus órgãos juntos. Claro que com um pouco de exagero, mas era um valor que nunca poderíamos pagar.
Chorando muito depois de sair do consultório, os meninos me apoiaram e cuidaram de mim. Agora, seis meses depois, estou aqui tentando me adaptar com a falta da minha visão.
Mesmo conseguindo fazer bastante coisa que eu fazia antes, eu ainda sentia muita falta dela. Falta de poder ver como minhas pinturas ficavam no final do processo. De rir das expressões faciais de Castiel e, principalmente do olhar de oceano de Sam.
Se antes eu achava que ele não me amava, agora eu tenho certeza, já que só estou dando trabalho e despesa para eles.
Sam tinha me levado para tomar sorvete, a todo momento com seus braços a minha volta. Ele se tornou ainda mais protetor desde que tudo aconteceu. Descemos as escadas e pude sentir pessoas nos observando, isso se concretizou quando eu ouvi vozes.
- Surpresa - Várias vozes gritam animadamente. Mesmo misturadas podia conhecer todas.
- Oii pessoal! O que vocês estão fazendo aqui?
- Uma festa de aniversário.
- Meu Deus! Não precisava disso tudo gente, uma ligação tava ótimo.
- Não dá para comer bolo por chamada.
- Tem bolo?!!
Eles cantaram parabéns para mim e depois comemos tudo o que tinha direito, a tempos não me divertia assim.
- Agora vai os presentes - Charlie diz me entregando uma caixa. Abri a caixa e senti que era uma pulseira. Pelo barulho de seu balanço era cheia de pingentes.
- Queria poder ve-la - Charlie se senta ao meu lado.
- Ela é de metal - Com suas palavras eu ia imaginando a pulseira - Tem um pingente de uma arma, uma partitura de música, um livro, um pincel que eu sei que você ama pintar e uma onda, por que também sei que você ama o oceano, mesmo nunca tendo o visto.
- Você me conhece tão bem - Lhe dou um abraço.
- Minha vez - Sam me entrega outra caixa e senta do meu outro lado. Assim que abri senti ao felpudo, e ao passar as mãos deduzi que era um alce de pelúcia. Ri ao descobrir e pude ouvir ele sorrindo também.
- Vou ter um mini alce para abraçar agora.
- Bom agora temos duas surpresas bombásticas.
- Diz que o Dean finalmente se declarou para o Castiel.
- Engraçadinha! Não é isso. A primeira é que o Sam vai te levar para viajar. Desde que tudo aconteceu você quase não sai do bunker, então ele vai te levar para um lugar especial.
- Especial? Onde?
- Vamos a praia!
Meu coração se alegrou tanto ao ouvir aquela frase. Ir a praia sozinha com o cara que eu ama é realmente um sonho para mim.
- Não acredito! Vai me levar para conhecer o mar?
- Vou sim! E a outra...
- Para de suspense, fala logo.
- Conseguimos o dinheiro para sua cirurgia.
O que? Só pode ser pegadinha!!
- Que? - Sussura incrédula - Estão brincando comigo? Mataram quem para conseguir o dinheiro?
- Juntamos dinheiro nesses seis meses, todos nós.
- Não acredito... - Coloco as mãos entre o rosto e começo a chorar - Vocês são incríveis - Eles se aproximam e me abraçam juntos.
Lembro que antigamente quando ia em caçadas com os meninos gostava de ficar analisando a paisagem para ter algum tipo de inspiração. Agora, nessas horas, a minha forma favorita de tentar tirar um pouco de criatividade da minha cabeça tão pesada de problemas, é abrir o vidro do carro e deixar o vendo vir em direção ao meu rosto, o que me dava a sensação de liberdade.
- Chegamos - Sam diz sendo seguido pelo barulho do motor sendo desligado.
Ele me ajuda a sair do carro e vamos para o hotel onde passariamos esses dois dias. Fiquei irritada com a voz de pena que a recepcionista fez ao me ver naquelas condições, mas já estou acostumada. As pessoas tratam isso como se fosse algo de outro mundo.
Vestimos nossas roupas de praia. Como queria poder ver Sam assim.
- Estamos chegando? - Pergunto ansiosa enquanto ele estava com o braço entrelaçado ao meu.
- Calma, apresadinha.
A medida que vamos caminhando, sinto a textura do solo mudar, de um piso de concreto passa para grãos de areia e logo o barulho das ondas quebrando invadem meus ouvidos. Sinto Sam olhar para mim e sorrir. Ele segura minha mão.
- Acho que sabe onde estamos - Assenti com lágrimas de alegria nos olhos.
- Obrigada - Sussurro o puxando para um abraço - Me leva até lá? - Pedi na intenção de Sam me guiar até o mar, mas ele me pega no colo e vai me levando. A medida que vamos caminhando o calmante barulho do mar vai ficando mais alto. Eu não posso ve-lo, mas posso senti-lo e tenho certeza de que a sensação seria totalmente diferente se estivesse usando os meus olhos para enxergar.
A beleza não é vista com os olhos, mas sim com o coração.
- Ta Fria - Digo rindo assim que sinto a água bater em meu corpo. Com delicadeza Sam me coloca em pé na água e ela na estava na altura de minha cintura.
A sensação era tão incrível que sorrio para alto de tão contente que estava. A sensação de um sonho realizado é indescritível.
- Nunca te vi tão feliz - Ele diz rindo também.
Agora estávamos sentados na areia, bem pertinho do mar, toda vez que a onde quebrava ela molhava nossos corpos.
-Por que o pessoal também não veio? Dean iria estar mais feliz do que eu em estar aqui.
- Primeiro por que não tínhamos dinheiro suficiente - Ele ri - E também por que eu pedi - Fico curiosa e espero ele continuar a dizer - Eu tenho sentimentos fortes por você a muito tempo e queria estar aqui, sozinho com você, e ter assim feliz e sorrido, coisa que eu não vejo a muito tempo. Quando vi você desse jeito, naquela noite em que você acordou, meu coração se partiu, não por que você tinha perdido a visão, mas pela dor tão forte que isso te causou e doeu muito em mim também.
- E com isso você que dizer que...
- Que te amo e quero te ver feliz!
- E você não se incomoda em estar com uma pessoa que não pode te ver?
- Você me vê. Vê quem eu realmente sou, vê me sentimentos, isso é o mais importante - Vou subindo minhas mãos até elas estarem em suas bochechas, então aproximo nossos rostos até ficarmos extremamente perto um do outro.
- Eu queria poder olhar em seus olhos agora. Também amo você - E assim juntamos nossos lábios em um beijo apaixonado. Depois ficamos abraçados sentindo o mar em nossos corpos e aproveitando a companhia um do outro.
Aquela viagem foi incrível. O mar era perfeito, mas Sam era muito mais. E agora não estávamos mais juntos apenas como amigos, era algo bem mais forte.
Se fiquei animada no dia da viagem, imagina hoje. Provavelmente o dia mais importante da minha vida. Meu coração está saltitando cada vez mais rápido.
Ontem a noite recebi várias ligações do pessoal dizendo que estavam comigo e que daria tudo certo, o que me deixou ainda mais feliz em saber que todos que eu amava estavam torcendo por mim nesse momento.
O meu médico fez uma sequência de exames novamente antes de me levar para a sala de cirurgia. A cirurgia é arriscada, mas ele disse que não preciso ter medo pois estou nas mãos de um equipe muito capacitada.
- Estaremos aqui quando tudo acabar - Dean fala me abraçando - Amamos muito você.
- Também amo vocês.
- Vai dar tudo certo - Sam beija minha cabeça.
Já havia se passado vários dias após a cirugia e hoje era finalmente o momento de saber se ela havia dado certo ou não. Os meninos estavam confiantes, então chamaram todos para ficarmos reunidos assim como do dia de meu aniversário.
A emoção era grande, tive sensações que nunca tinha experimentado enquanto eu enxergava e agora eu tenho certeza que se essa cirurgia tiver dado certo, eu vou dar muito mais valor a minha visão e tentar ver muito além dela.
- Pronta? - Sam pergunta segurando minha mão.
- Acho que sim - Digo apreensiva. Ele coloca as mãos nas gases que estavam cobrindo meus olhos.
- 3, 2 - Os nossos amigos gritam e eu respiro fundo - 1! - Delicadamente Sam retira as gases dos meus olhos e eu espero um pouco para abri-los. Quando o fiz, pisquei rapidamente ao sentir a luz invadir minha visão, mas quando tudo se acerta olho bem ao redor e vejo todos que eu amava sorrindo animados para mim. O bunker era o mesmo, mas não deixava de ser meu lar e agora estava extremamente feliz em poder enxergar novamente.
- Deu certo?
- Deu!!! - Digo comemorando e todos pulam de alegria vindo me dar um abraço apertado.
Depois de receber abraços de todos e poder ve-los novamente, só faltava uma pessoa que era a que eu mais estava ansiosa.
Me aproximo dele que estava sorrindo para mim. Senti tanta falta de poder olhar para seu lindo rosto, aquele sorriso que me derretia toda e aqueles olhos que me fazia ficar ainda mais apaixonada. Aproximo nossos rostos e finalmente olho em seus olhos.
- Foi disso que eu senti tanta falta.
- Pode olhar para eles sempre que quiser agora - Sorrindo vou em direção ao seus lábios e o beijo.
A música Ocean tem uma história muito bonita, o alok tinha uma fã de 12 anos que infelizmente acabou falecendo, ela estava em estado terminal e era cega. Seus maiores sonhos era conhecer o ídolo e conhecer o mar, foi dai que veio a Inspiração para esse imagine.
Espero que tenham gostado desse imagine e dos outros. Sempre comentem muito e votem aqui, para me deixar mais feliz e me motivar a escrever mais ainda para vocês.
Agora procurem seus caminhos para o oceano e não tenham medo.
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