O encontro tinha sido incrível, Sam me levou para um restaurante lindo e a comida era divina.

- Quer entrar?

- Tudo bem. É bom que vejo a Angel - Sorrio enquanto abria a porta.

Sam se senta no sofá ansiosa para reencontrar minha coelhinha, eu vou até a casinha dela pega-la. Assim que apareço na sala novamente com ela no colo, ele sorri.

- Ela cresceu!

- Até de mais - Coloco ela nos braços dele, que agora não era mais do tamanho da palma de sua mão.

- Quer assistir alguma coisa?

- Claro.

Ficamos um tempo escolhendo um filme. Nos aconchegamos no sofá, ele ainda com Angel no colo fazendo carinho, cheguei mais perto e coloquei minha cabeça em seu ombro, ele olha para mim assustado e eu penso em voltar com minha cabeça, mas desisto quando escuto ele sorrir e beijar o topo da minha cabeça.

Mais um tempo de filme se passa e sinto seu olhar sobre mim.

- O que foi? - Pergunto olhando para ele.

- Nada - Ele sorri, o mesmo sorriso que me deu no escritório, já sabia o que ele queria. Então dessa vez eu que tomo iniciativa, esperando que nada nos atrapalhe.

Coloco a mão em sua bochecha e ele me olha, me aproximo de seu rosto e dou um selinho em seus lábios. Ele sorri, mas fica confuso quando eu me levanto. Pego Angel nos braços, com cuidado para não acorda-la e levo ela dali.

Me sento novamente ao lado dele, ele fica em dúvida do que fazer, se continua vendo o filme ou finalmente me dá um beijo de verdade, mas ele escolhe a melhor alternativa. Sorrindo, ele se aproxima do meu rosto e me beija, ele beijava calmamente - E muito bem - Nossas línguas iam em sincronia e minhas mãos estavam em seus ombros.

Nossa sessão de beijos continuou por muito tempo no sofá.

Depois que fomos ficando mais a vontade com todos aqueles amassos, ele começa a intensificar o beijo e descer as mãos pelo meu corpo, elas passam pelos meus seios e sinto-as entrar pelo meu vestido e aperta-los, minhas mãos ficam mais firmes em seus cabelos. Ele para de beijar meus lábios e vai para meu pescoço.

Estava gostando de tudo aquilo, mas não me sentia confortável, eu gosto de Sam, mas não sei quais são seus sentimentos por mim. Talvez seja amor, carinho, ternura ou apenas uma sensação para uma noite.

- Sam - "Humm" Ele resmunga na curva do meu pescoço onde dá um beijo ainda mais tentador, o que me faz arfar - Eu acho que não to pronta para isso. Eu nunca fiz isso... - Ele me olha espantado.

- Você é virgem? - Assenti envergonhada olhando para baixo - Já namorou com alguém antes?

- Não, já passei por várias situações como essa, mas acabei desistindo. Acho que por isso nunca namorei, mas eu quero algo mais concreto sabe, com mais confiança.

- Eu te entendo e concordo com você.

- Não vai sair pela aquela porta e transar com outra?

- Claro que não, se eu quisesse outra não tinha te chamado para sair. Posso esperar o quanto você quiser, até se sentir confortável.

- Obrigada.

- Ainda posso te beijar, não posso? - Assenti sorrindo e ele cola seus lábios nos meus novamente.

Seus beijos eram quentes e mesmo com meus lábios dormentes, eu não queria parar. O único momento que paramos de nos beijar foi quando Sam recebeu umas mil mensagens, mas antes dele responder o celular teve que apitar por muito tempo. Ele disse que era uma amigo, mas nada muito importante.

- Agora eu preciso ir.

- Volta mais vezes, para ver a Angel.

- Não vai ser só a Angel que vou vir ver.

Naquela noite eu fui dormir sorridente e passei o domingo inteiro esperando uma mensagem sua, mas não recebi. Ele deveria estar ocupado com assuntos da empresa.

Era segunda feira, dia de reunião no nosso setor. Estava feliz que ia ver o Sam, já que ele quase não vinha aqui no Desing, só vinha quando queria me ver. Entro na sala de reunião acompanhada com alguns amigos meus.

- Será que ele vai demitir alguém?

- Ebie a empresa ta indo super bem no mercado, não tem motivo de ele demitir ninguém.

- Odeio aquele povo do setor gerencial, vai vir um monte deles na reunião.

- Pensei que a reunião fosse só para nosso setor.

- E é, só que eles estão ajudando o chefe a decidir algumas coisas.

- A melhor parte é o fim das reuniões, onde fica todo mundo conversando sobre assuntos aleatórios, já que depois estamos liberados.

- Depois eu quero te mostrar algumas ideias - Digo colocando a minha pasta com as ideias no canto.

Sam entrou na sala acompanhado de algumas outras pessoas, assim que olha para o lugar seu olhar vai sobre mim, mas não fez nenhuma expressão para não deixar suspeitas para os outros funcionários.

A reunião foi muito boa, e decidimos várias coisas relevantes para a athletic. Continuamos na sala, Sam continuou conversando com alguns funcionários, os mais influentes e alguns empresários de uma outra empresa que se tornaria filiada da athletic.

Chamei Ebie para o canto e comecei a lhe mostrar minhas ideias para o desing dos novos produtos.

- Vamos repetir aquela noite, Sam? - Um dos empresários pergunta - Você exagerou um pouco na bebida, não sei como está de pé hoje.

- Quem se deu bem foi a Cris, levou ele para cama e ainda acordou com ele hoje, tomaram banho juntos antes de vir para cá?

- Cala boca, Thompson - A mulher que provavelmente era a tal Cris disse envergonhada, mas depois olhou para Sam e sorriu.

Era verdade! Filho da puta!

O que mais eu deveria esperar dele? Maldita hora que fui me envolver com meu chefe, respirei fundo antes de me virar.

- Agora eu tenho que ir, Ebie. Depois conversamos mais sobre os desings. Com licença - Disse aos empresários, sem fazer contato com Sam.

Bufei ao entrar na minha sala para guardar a pasta. Estava totalmente irritada. Nós não tínhamos nada sério, mas pensei que estavamos no caminho. Coloquei a pasta na gaveta e vou em direção a porta, mas paro quando vejo Sam nela.

- Precisa de alguma coisa, Senhor Winchester?

- S/n o que você ouviu...

- Eu não ligo para o que eu ouvi. Sua vida pessoal não é do meu interesse, nossa relação é só de trabalho. Tenha um bom dia - Passo por ele e viu embora.

Estava na minha cama ouvindo música, triste por sinal, para afogar ainda mais minhas lágrimas enquanto fazia carinho em Angel que parecia não estar muito alegre hoje. Fecho meus olhos, com a cabeça perto dela e adormeço.

Acordo com um barulho estranho, abro meus olhos devagar fitando o teto e com os ouvidos atentos para tentar identificar o causador do barulho. Logo meu olfato e ativado e sinto um extremo cheiro de queimado, olho para a porta do quarto e vejo fumaça. A primeira coisa que eu faço é tomar Angel nos braços, saio do quarto e me deparo com minha casa toda em chamas.

Consigo umidecer um lençol no banheiro e cubro eu e Angel, principalmente ela. A fumaça já dominava meu pulmão, mas meu objetivo era chegar até a porta. Não consegui. Tudo ficou preto e não me lembro do que aconteceu daí para frente.

Sinto uma luz clara e forte em meus olhos, o que causa um grande incomodo, mas forço a abri-los. Estava em um local com paredes azuis e deitada em uma cama. Hospital. Olho para o sofá que tinha ali e vejo Liz, Clar e Théo.

- Hey pessoal - Falo chamando a atenção deles.

- S/n!!! - Eles vêm me abraçar.

- Ta se sentindo bem? Quer alguma coisa?

- Ei calma, eu to bem. Você estava chorando?

- Todo mundo aqui tava, principalmente a Liz.

- Se acontecesse alguma coisa com você eu ia chorar para sempre.

- Você disse a mesma coisa quando éramos adolescentes. Eu to bem. Cadê a Angel? - Eles se entre olham - Onde está meu Coelho?

- Tem outra pessoa querendo ver você, S/n - O médico diz e vejo Sam entrar, reviro os olhos quando o vejo.

- Não ousem sair daqui.

- Voltamos depois, S/n.

- Liz...

- Vocês precisam conversar, ok? - Eles saem dali.

- Oi.... Como você está?

- Agora estou desejando estar morta.

- S/n... Me deixa explicar - Olhei para ele - No domingo o pessoal da empresa que vai ser filial a athletic me convidou para ir a um bar com eles. Eu fui, já preciso conhecer o pessoal de lá. Cris é a filha do dono, e disse que só faria negócio conosco se eu passase uma noite com ela, eu disse que não, por que... Eu só penso em você. Só que eu acabei exagerando na bebida e, eu não sei como aconteceu, eu acordei hoje de manhã na cama de Cris.

- Essa não é a primeira vez que a bebida estraga alguma coisa na minha vida. O vídeo que vazou teve dedo do álcool, tive que conviver por anos com meu pai bebendo todos os dias maltratando minha mãe... Me maltratando. E agora você. Eu finalmente estava me sentindo feliz, você estava me deixando feliz, mesmo eu achando errado ficar com meu chefe, eu estava disposta a arriscar.

- S/n eu sinto muito por tudo o que você passou e tudo o que eu te fiz, mas não precisa ser assim, você não me perdeu. Eu acordei sim na cama da Cris, mas não transamos, ela tentou de novo, mas eu estava tão bêbado que capotei. E hoje de manhã, antes do trabalho quando ela deu em cima de mim de novo, eu não dei a mínima por que queria te ver. Ficar com você, é você que eu quero.

- Sam, eu não sei, ainda estou confusa e assustada com tudo o que aconteceu.

- Tudo bem - Ele segura na minha mão - Quero que você fique bem, depois resolvemos isso.

- Me fala a verdade... Cadê a Angel? - Ele suspira antes de responder.

- Eu não sei, não falaram nada dela.

- Ai Meu Deus! - Começo a chorar - Minha Angel, Sam. Eu quero ela.

- Calma, ela ta bem. Ela vai voltar para você, fica calma.