Exiled Hearts: How to keep a secret? (1)
Ship: Sam Winchester x leitora.
Resumo: Você e Sam estão cansados de serem apenas amigos e decidem revelar os seus sentimentos um pelo o outro, mas você está disposta a aceitar as condições de namoro de Sam?
Bingo: Uma música do Folklore - Exile.
Gênero: Triste e fofo - 4782 palavras.
Parte: 1/2
Avisos: Término, relacionamento secreto e brigas.
N/A: Essa história se passa entre 12x09 e 12x22.
You are my homeland
O tédio estava matando o seu cérebro aos poucos, essa sala cinza que possuía apenas uma pia, uma privada e uma cama deixava você louca a cada segundo que passava.
Hoje é o 47° café da manhã que trazem para você, então você supõe que faz 47 dias que Sam, Dean e você foram presos por tentarem matar o presidente, obviamente nenhum dos agentes acreditariam que, na verdade, era Lúcifer que estava no corpo do presidente, então não havia nada a se fazer.
Desde que vocês foram detidos, você não teve contato com os rapazes, o que a deixava extremamente apreensiva. Você não tinha medo dos agentes, mas tinha medo do que eles pudessem fazer com Sam e Dean para obterem informações.
Os meninos salvaram você, há 2 anos atrás, de um ataque de Wendigo na sua cidade natal. Você tinha uma vida instável, com um emprego horrível e estava completamente sozinha, então quando descobriu o que eles faziam, você quis ajudá-los mesmo sabendo o quanto esse trabalho é perigoso e mesmo os meninos sendo contra isso, principalmente Sam. Entretanto, depois de muita ligação e insistência, eles concordaram em deixar você ajudar em algumas, somente algumas, caçadas.
Bom, você teve o azar de estar presente quando eles foram atrás de Kelly Kline e Lúcifer, que estava no corpo do presidente.
Os agentes interrogaram você primeiro, pois pensaram que como você tinha a ficha limpa, diferente dos irmãos que estavam no radar do FBI há anos, você seria fácil de manipular e contar tudo. Eles esperavam que você dissesse que os três faziam parte de uma organização terrorista ou que os meninos a fizeram de refém (Sam certamente aprovaria essa ideia para você ficar longe dessa prisão o mais rápido possível) mas você ficou em silêncio o tempo inteiro.
Você não queria admitir, mas essa situação estava a deixando em pânico.
Nesta manhã, havia algo diferente acontecendo, os guardas pareciam mais agitados e estavam correndo e reclamando o tempo inteiro. Você pensou que aquilo não passava de uma tentativa tosca do seu cérebro buscar entretenimento, até a sua cela se abrir e você se deparar com Sam.
— O que? Como você... — Você tentou perguntar como ele conseguiu fugir, pois isso parecia impossível, mas você deveria ter imaginado que nada é impossível para um Winchester.
— Conversamos depois, agora precisamos sair daqui — Ele agarrou o seu braço e a arrastou rapidamente para fora da cela.
Dean estava esperando vocês do lado de fora. Enquanto Sam vasculhada o camburão, Dean conversava com Castiel no telefone e você analisava como desligar a cerca elétrica que cercava todo o local, depois de um tempo você finalmente encontrou a cabine que controlava o portão. Você agradeceu internamente por não ter que escalar a cerca na frente dos meninos usando esse macacão.
O portão se abriu e então vocês correram, correram muito.
— Então, deixa eu ver se entendi. Uma hora até o pôr do sol, e depois temos 6 horas até a meia noite? — Sam pergunta assim que vocês diminuem o ritmo da fuga.
— É, por aí — Dean responde analisando o território para saber se precisariam voltar a correr.
— O que vai acontecer à meia noite? — Você questiona, por que não entendeu a preocupação de Sam em relação a virada do dia.
— Dean, nós temos que falar sobre isso com ela.
— Tá, agora não. Depois, ok?
Aquela conversa a deixou ainda mais preocupada. O que eles estavam escondendo de você? Como eles conseguiram fugir de suas celas? Para onde vocês iriam agora? Você tinha tantas perguntas, mas elas não poderiam ser respondidas agora. Vocês tinham pelo menos 10 homens atrás de você, precisavam continuar correndo.
Vocês adentraram ainda mais na floresta, mas isso não estava adiantando, os agentes continuavam na sua cola. Foi então que você percebeu que um dos homens estava se afastando do grupo e avisou aos meninos. Afinal, mesmo que ele tivesse uma arma, ainda eram 3 contra 1 e você confiava na agilidade dos irmãos.
— Oi, aqui é o Norton. Eu... — Era hora de colocar o plano em ação. Antes que ele pudesse terminar a frase, Sam foi para cima dele e começou a sufocá-lo com o antebraço. Dean rapidamente pegou o Walkie-talkie do agente.
— O Norton tirou um cochilo.
— Winchester — Outro Agente respondeu pelo Walkie-talkie.
— É o encarregado — Norton estava completamente apagado no chão. Sam havia pegado a arma dele e estava de vigia.
— Sou sim.
— Beleza, o negócio é o seguinte — Dean continuou a conversa com Rick Sanchez — Chama aí o teu pessoal, dá a volta e ninguém se machuca. Tá certo?
— Não, não. Vai ser assim: eu chamo meus soldados bem treinados. Eles acham o seu carro e vocês se machucam — Sanchez faz uma pausa dramática, provavelmente na tentativa de amedrontá-los — Muito. Inclusive a garota — Quando Sam escuta isso, ele imediatamente a puxa para perto dele — Não podem fugir para sempre, estão encurralados.
Sam diariamente se sentia culpado por trazer você a essa vida, mesmo que você já tenha explicado para ele que está nesta vida porque quer. Isso o conforta algumas vezes, mas em momentos como esse ele só quer levá-la para um local seguro e nunca mais deixar você correr perigo.
Sam não consegue suportar a ideia de te perder ou que algo ruim aconteça com você. Dean, Mary, Cas e você são as coisas mais importantes que ele tem, mesmo ele não tendo admitido isso para você ainda. Ele te considera como o seu lar, o local onde ele sabe que pode contar para qualquer coisa e, se ele pudesse admitir a você, ele olharia nos seus olhos, seguraria o seu rosto e diria que ele deseja ficar ao seu lado para sempre.
— É, pelo jeito, tá rolando uma falha na comunicação — O instinto de negociação de Dean já havia se esgotado — Não estamos encurralados com vocês, vocês quem estão encurtados com a gente — Sam recarrega a arma para o barulho deixar claro que agora vocês estão armados também.
Finalmente vocês conseguiram deixar Sanchez e seus homens para trás, mesmo não sendo por muito tempo, mas vocês esperavam que fosse tempo o suficiente para colocar o novo plano em ação.
— Vai dar certo — Disse Dean enquanto vocês analisavam brevemente a casa velha que usariam como isca.
Vocês entraram na casa e começaram os preparativos. Dean rapidamente encontrou um lampião e um isqueiro, você encontrou um kit de primeiros socorros e uma armadilha para urso que entregou para Sam escondê-la do lado de fora, enquanto você e Dean preparavam a casa e repassavam o plano.
— E o que eu vou fazer? — Você questiona quando Dean só havia mencionado o nome dele e o de Sam na execução do plano — Eu sei que eu não sou muito boa em luta corporal, mas eu não quero ficar aqui olhando enquanto vocês fazem todo o trabalho.
— Você não vai ficar olhando. Pegue isso — Ele entrega a arma que roubaram de Norton a você — Sei que sua mira ótima.
Você ficou feliz por finalmente ter uma parte importante no plano. Às vezes é um pouco frustrante ter que ficar nas sombras dos dois, mas você não foi em muitas caçadas para ter experiência então entendia o motivo disso.
Finalmente, você e Dean terminaram as armadilhas de dentro da casa e você foi até o lado de fora para ver como Sam estava se saindo. Quando você finalmente o encontrou, ele estava terminando de instalar a última armadilha de urso.
— Ei, cuidado! Eu coloquei uma aí perto — Ele alertou você quando te viu. Você esperou parada no local onde estava esperando-o vir até você para guiá-la pelo caminho seguro — Como você está se sentindo?
— Horrorosa com essa roupa — Você aponta para o macacão cinza. Sam ri enquanto te guia para ambos se sentarem em uma pedra — E muito cansada.
— Eu te entendo, eu também estou — Era raro Sam admitir que estava cansado e você sentia que ele confiava em você quando ele contava isso.
— Então, o que vai acontecer à meia noite? — Você perguntou, mas estava com medo da resposta.
— S/n... Dean e eu fizemos um pacto com Billie. Nós morremos e voltamos a vida por causa dela, foi assim que conseguimos sair — Ele suspirou antes de continuar — A meia noite temos que cumprir o pacto, ela vai levar um Winchester.
— O que? — Você levantou e não se importou com o quão alto foi a sua pergunta.
— Shh... Você pode chamar atenção, acalme-se — Ele falou puxando você de volta para se sentar ao lado dele.
— Como vocês puderam fazer isso? — Você podia sentir o seu coração pulsando cada vez mais rápido — Ela não pode levar nenhum dos dois!
— S/n, foi um acordo justo. Dean e eu concordamos com todos os termos.
— Mas não deveriam! Eu pensei que você era o sensato do grupo, o que fazia escolhas inteligentes — Você não segurou as lágrimas então elas estavam encharcando suas bochechas.
Você estava pensando que logo perderia alguém muito importante para você. Se fosse Dean, você perderia um grande amigo, quase irmão. Se fosse Sam, você perderia o homem por quem está apaixonada há 2 anos e nunca teve coragem de contar para ele.
— Por favor, não chore — Sam estende a mão para tocar na sua bochecha e enxugar as lágrimas.
— Você não pode esperar que eu fique bem após receber uma notícia dessas.
— Eu sei — Sam puxa você para mais perto e a abraça. O abraço foi demorado e o tempo todo ele acariciou suavemente seus cabelos para tentar acalmá-la.
Você queria implorar para ele ficar com você, porque você queria amá-lo e ser amada por ele. Ele não poderia ir sem que vocês vivessem sua grande história de amor e Dean também precisava estar aqui para ver isso acontecer.
— Já decidiram quem vai ser? — Você perguntou enquanto se afastavam.
— Ainda não, vamos decidir quando chegar a hora — Quando Sam segurou o seu queixo e levantou seu rosto para você olhar para ele, você pode sentir o frio na sua barriga — Eu não gosto de vê-la chorar, prefiro quando você sorri — Os seus olhos estavam fixos nos dele e os dele nos seus. E, finalmente, sob aquela noite tão linda, mas tão incerta, Sam aproximou o rosto dele do seu e arrastou seus lábios nos seus algumas vezes, fazendo o desejo crescer ainda mais em ambos — Eu posso fazer isso?
— Por favor, faça isso.
Ele afastou o seu cabelo e segurou a sua bochecha. Os lábios dele rapidamente encontraram os seus, envolvendo vocês em um beijo lento e apaixonante. Você levou a ponta de seus dedos até o pescoço dele, arrastando-os levemente. Você sorriu quando sentiu ele ficar arrepiado. Isso pareceu despertar ainda mais os sentimentos de Sam, então ele agarrou seu cabelo e deslizou a língua dele para encontrar a sua.
Vocês não queriam se afastar, aquele beijo está incrível, mas para a infelicidade de ambos, vocês ouviram barulhos de passos e se afastaram rapidamente. Quando olharam para o leste, viram algumas lanternas afastadas, mas que estavam vindo na direção de vocês.
— Eles estão vindo — Dean correu de dentro de para casa para avisá-los.
So many signs
Após você e Sam trocarem um beijo tão apaixonado enquanto estavam sozinhos naquela floresta, os homens que prenderam vocês finalmente apareceram e vocês colocaram o plano, não tão elaborado, mas que os três acreditaram que daria certo, em ação. Vocês estavam certos, o plano deu certo.
Todos os "Soldados bem treinados" de Sanchez estavam machucados, mas você e os Winchester entraram em um acordo de não matar nenhum deles. Por mais que eles tivessem deixado vocês presos por 1 mês e meio, eles apenas estavam fazendo o trabalho deles, mas vocês deixaram bem claro que se eles tentassem vir atrás de vocês, haveria grandes consequências.
E então vocês encontraram Castiel e Mary, era nítido o quanto eles estavam preocupados com os meninos, você tem certeza de que eles passaram o tempo inteiro procurando por Sam e Dean. Você ficou em um canto perto de uma árvore, quase escondida, pois não queria atrapalhar reencontro de família.
— S/n, venha aqui — Dean a chamou e você finalmente se aproximou.
Você nunca foi muito boa com apresentações, mas em algum momento você conheceria Mary Winchester, já que ela havia voltado dos mortos. Você tinha medo de ela não gostar de você, principalmente agora que Sam te beijou e você esperava isso que significasse que estava disposto a tentar algo mais.
— Mãe, essa é S/n — Dean lhe apresentou — Salvamos ela há dois anos atrás de um Wendigo, ela nos ajuda em algumas caçadas. S/n, essa é a nossa mãe.
Você se aproximou dela e estendeu sua mão para cumprimentá-la.
— É um prazer conhecê-la, Senhora Winchester.
— Prazer em conhecê-la também. E me chame apenas de Mary — Ela estendeu a mão para cumprimentá-la também — Você estava esse tempo todo presa lá com os meus filhos?
— Sim, infelizmente eu tive o azar de estar junto com eles quando mandaram Lúcifer de volta para jaula.
Durante todo o caminho você veio conversando com Mary, tentando fazer alguma amizade, o que a fez esquecer que logo a meia noite chegaria. Quando o carro começou a tremer e parar de funcionar, você sentiu seu coração ficar apreensivo.
Billie explicou todo o acordo que Sam explicou para você anteriormente para Mary e Castiel, que certamente não gostaram nada do que ouviram. Então, quando Billie disse que era hora de um Winchester morrer e Mary se ofereceu para ir no lugar de um dos filhos, os meninos tentaram impedi-la, mas a ceifeira utilizou de suas habilidades para afastá-los. Ela então apontou a arma para a própria cabeça e se despediu dos meninos, mas Castiel surpreendeu a todos quando, simplesmente, matou Billie.
Dean correu para verificar se a mãe estava bem e você foi para o lado de Sam para confortá-lo, mesmo que Castiel tenha sido impulsivo, ele salvou Mary. Você aproximou sua mão da dele para segurá-la, isso não era problema para você. Dean sempre brincava que vocês deveriam ficar juntos e você sabia que ele ficaria feliz quando contasse a ele o que aconteceu entre você e Sam naquela pedra, você veio pensando o caminho inteiro como contaria isso. Entretanto, para sua surpresa, Sam ignorou o seu gesto, ele deu dois passos para o lado, para ficar longe de você e não disse nada.
Você não gostou daquilo e não entendeu o motivo de Sam ter ficado tão desconfortável quando você ficou perto, mas não insistiu naquilo, pois ele havia acabado de passar por um momento difícil. Porém, durante o caminho para casa, ambos os meninos perceberam que você ficou inquieta. Todos vocês estavam cansados, então decidiram ir para casa e não tocar no assunto.
Vocês finalmente estavam no bunker.
Você já estava na sua cama, pronta para ir dormir, quando alguém bateu em sua porta. Era Sam.
— Oi, vim aqui para saber se você está bem — Ele disse enquanto entrava e fechava a porta.
— Eu estou e, na verdade, eu estava me fazendo a mesma pergunta sobre você — Ele afastou os lençóis e se sentou ao seu lado na cama — Você não ficou nada desconfortável quando me beijou, mas quando tentei segurar sua mão...
— Eu sei foi estranho, mas...— Ele suspirou, não sabendo como começar essa conversa — O que aquele beijou significou para você? — Aquele beijou foi tão intensou, em pouco tempo vocês conseguiram expressar mais sentimentos do que em 2 anos de convivência, ele sabia exatamente o que aquele beijo tinha significado para você, mas precisava ouvir.
— Absolutamente tudo que eu venho desejado desde que conheci você. Eu nunca tive coragem de dizer o que eu sentia a você por medo da sua reação, mas nenhum de nós dois precisou dizer uma palavra para saber que há muito mais do que apenas amizade rolando aqui — Ele segurou a sua mão, como deveria ter feito antes — Então, o que o deixou assim?
— S/n, o que eu sinto por você é tão... inexplicável, que eu fico feliz de ter conseguido expressar um pouco dos meus sentimentos com aquele beijo — Ele fechou os olhos e suspirou antes de continuar falando — Mas eu ainda estou confuso. Eu sei que nós podemos tentar levar isso adiante, se você quiser.
— Eu quero, Sam. Você sabe disso.
— Eu sei e eu também quero, mas preciso que você tenha paciência — Você não estava entendendo aonde ele queria chegar — Se nós estrarmos em um relacionamento agora, eu ainda não quero contar para a minha família.
— Por quê? — Você não esperava ouvir aquilo.
— Conversei com o Dean sobre você fazer parte oficialmente da equipe — Você esperou tanto para ouvir isso — Então, se vamos trabalhar juntos, eu não quero misturar as coisas. Principalmente com a minha mãe aqui, eles ficarão apreensivos se saíssemos para caçar e deixássemos nossos sentimentos interferirem no trabalho.
Você não gostou da ideia, mas pensou que talvez Sam estivesse certo. Não dá para misturar caça com relacionamento e talvez mantendo isso escondido, vocês conseguissem separar as coisas. Isso não era o que você esperava, mas tinha a esperança de que conseguiria guardar esse segredo se isso significasse ter Sam ao seu lado.
Você poderia ter contado a ele que não gostou da ideia, mas com medo de essa ser a única chance de tê-lo, você não disse.
— Tudo bem, eu acho que você está certo.
— Sério? Então você está de acordo com isso? — Você olhou para ele e assentiu. Sam sorriu para você e aproximou-se para beijá-la. Dessa vez o beijo foi menos lento que o primeiro, mas tinha o mesmo desejo e paixão. Você sentiu o seu corpo ansiar por mais e teve a certeza de que o de Sam também quando ele deitou você na cama e começou a desabotoar a própria camisa — O seu quarto é quente.
— Tenho certeza de que não é por isso que você está tirando a camisa — Você deslizou os dedos sobre o peito nu dele e o admirou por alguns segundos antes de agarrar o cabelo dele e beijá-lo novamente.
Se os beijos de Sam eram incríveis, passar a noite com ele foi melhor ainda. Você acordou com os pássaros cantando e rolou para o lado para encontrar Sam e abraçá-lo, você esperava sentir as mãos dele no seu cabelo e ouvir a voz dele, recém desperta, bem perto do seu ouvido enquanto lhe desejava um bom dia, mas Sam não estava mais ao seu lado na cama.
Você ficou um pouco mais na cama, tentando entender o motivo de ele a ter deixado lá sozinha depois da noite ótima que vocês tiveram, então decidiu mandar uma mensagem esperando que ele dissesse que estava no banheiro e que logo voltaria para ficar com você.
Bom dia, Sam. Onde você está?
Bom dia, amor. Estou no meu quarto.
Você não pode deixar de sorrir quando viu que ele ter chamou de amor. Parecia que você estava vivendo um sonho.
No seu quarto? Por que você foi para aí?
Dean ficaria desconfiado se me visse saindo do seu quarto essa manhã, principalmente com a mesma roupa que ele me viu entrando.
Então eu me vesti e voltei para o meu quarto na madrugada.
Você ficou tão decepcionada que apenas jogou o celular na cama e levantou para vestir suas roupas, sem nem responder nada a Sam.
Você e Sam estavam no carro esperando Dean voltar do mercado para vocês seguirem viagem. Jody ligou há algumas horas dizendo que precisava de ajuda com um ninho de vampiros e vocês rapidamente pegaram suas coisas e seguiram viagem. Depois que os britânicos começaram a ajudar vocês com as caçadas, elas parecem ter triplicado então você arrumou suas coisas e foi morar no bunker a pedido dos meninos.
Você aceitou rapidamente, pois pensou que poderia passar mais tempo com seu namorado secreto. Isso não mudou muito.
— Sam, eu estava pensando que poderíamos sair, você e eu. Eu pesquisei e encontrei um café com um cardápio tentador — Você virou a tela do seu celular para mostrar o local para ele.
— Eu ouvi Jody e as meninas falarem desse lugar, elas parecem frequentar lá. Se aparecermos lá, nos dois sozinhos e elas estiverem lá? — Você revirou os olhos descaradamente, não se importando se Sam veria isso.
Você pegou o seu celular e voltou para o seu lugar no banco de trás, ficando completamente calada. Sam percebeu que você não havia gostado da resposta, pegou o notebook dele e saiu do banco da frente para se sentar ao seu lado.
— Desde que começamos a namorar, há 4 meses atrás, você nenhuma vez me levou para sair.
— Eu sei, vem cá — Ele passou os braços sobre seus ombros e encostou sua cabeça no peito dele — Tivemos muitos casos para resolver ultimamente e eu não consegui pensar em nenhuma forma de sair sem levantar suspeitas. Nós ainda vamos sair, eu prometo.
Você não conseguia explicar o quanto isso estava mexendo com você. Era sempre as mesmas desculpas: "Não podemos fazer isso porque eles podem descobrir", "Não posso ficar muito tempo sozinho com você, pois eles podem suspeitar" ou "Temos que ser cautelosos, com qualquer deslize eles podem descobrir." Tudo o que você desejava ter com ele, mesmo as coisas mais simples, tinham algum risco e vocês sempre precisavam fazer tudo o mais escondido possível. Quando ele sugeriu em não contar sobre o relacionamento de vocês para a família dele, você não pensou que ele seria tão radical.
E agora você estava começando a sentir que não tinha importância para ele, pois em nenhum momento você era a prioridade.
— Ok, nós podemos fazer algo quando você achar que é seguro — Você disse mesmo ainda não estando convencida da desculpa de Sam.
Vocês estavam na casa de Jody conversando sobre a melhor estratégia para atacar o ninho de vampiros na noite do próximo dia, mesmo estando extremamente cansada de tanto pesquisar, você continuou lá tentando ajudar. Jody preparou um quarto para os meninos e uma cama para você no quarto de Alex e Claire, já que as duas estavam em um acampamento da escola.
Você estava com muita dor de cabeça por ficar tanto tempo lendo no notebook, então foi até a cozinha pegar um pouco de água para tomar o remédio, quando se deparou com a luz do quarto de Sam e Dean acessa e eles conversando.
— Então você está me dizendo que não tem nada rolando entre você e S/n?
— Não, Dean. Não tem.
— Eu não acredito nisso! Eu sempre soube que vocês sentiam algo um pelo outro, mas para que esconder? Eu vi vocês dois no carro hoje, estavam bem próximos, não acha?
— Droga, Dean. Eu não sinto nada por ela. Nós somos amigos.
Aquilo doeu e muito. Sam estava negando até a morte que vocês dois estavam juntos e Dean não parecia se opor a essa ideia como Sam disse que ele faria. Então por que ele continuava mentindo? Você começou a pensar que talvez Sam não sentisse nada por você, por isso não queria te assumir, mas a ideia de ter sempre alguém disponível para lhe oferecer afeto fosse boa para ele. Ou talvez fosse vergonhoso para ele ter uma namorada como você enquanto havia mulheres muito melhores por aí.
O motivo exato você não sabia, mas, naquela noite, você foi dormir chorando pensando nas possibilidades. Nenhuma era positiva.
No dia seguinte, vocês estavam se preparando para ir até o local onde supostamente estava o ninho de vampiros. Depois do café da manhã, você contou a Sam que ouviu a conversa entre ele e Dean, esperando que ele lhe contasse o motivo de tanto sigilo sobre o namoro de vocês, seus olhos claramente estavam inchados por ter passado a noite inteira chorando, mas ele disse que vocês tinham trabalho a fazer e não poderiam envolver-se em sentimentos agora.
Vocês estavam na sala de Jody arrumando os suplementos que precisariam levar. Sam havia ido ao banheiro, mas voltou alguns minutos antes do horário marcado para a saída.
— Alguém viu meu telefone? — Ele disse — Já procurei no quarto e não encontrei. Todos na sala negaram e vocês começaram uma grande busca pelo celular de Sam, já que era nele que estava a localização dos vampiros, vocês não poderiam sair sem ele.
— Está aqui, amor — O celular dele estava entre as almofadas do sofá, quando você se virou para devolver o telefone para ele, percebeu que todos da sala estavam te olhando surpresos. Foi então que você percebeu o grande deslize que havia cometido.
— Amor, hein — Dean disse sorrindo para ambos. Ele estava claramente feliz, novamente invalidando a teoria de Sam.
— Do que você está falando? — Você tentou mudar o rumo da conversa, mesmo sabendo que nem Dean nem Jody eram idiotas, mas você deveria tentar.
— Você o chamou de amor.
— Não chamei não.
— Eu ouvi também — Jody comentou. Obviamente, nenhum dos dois acreditariam nessa mentira. Você até poderia achar graça da situação, mas quando olhou para Sam ele tinha uma expressão claramente enfurecida, Jody e Dean também perceberam a tensão no olhar de vocês — Acho melhor colocarmos as coisas no carro, não acha, Dean? — O Winchester mais velho seguiu a xerife para fora da casa.
— Como você pode cometer um erro tão grande assim — Sam gritou logo após eles saírem. Você nunca tinha visto ele com tanta raiva, mas essa situação estava saindo do controle, você não aguentava mais ser mantida nas sombras quando claramente todos ao seu redor aprovavam esse relacionamento.
— Quer saber, Sam? Eu estou cansada disso! — Você gritou também — Você disse para mim que não queria misturar as coisas por causa do trabalho e que sua família, principalmente Dean, não aprovariam nosso relacionamento, mas isso é mentira!
— Como você pode afirmar isso?
— Eu posso fazer uma lista com "as vezes que Dean Winchester quase soltou fogos com a possibilidade do irmão e da amiga dele estarem namorando" — Seu coração doía e você não fez nenhum esforço para conter as lágrimas — Eu não quero mais fazer isso. Eu odeio ter que esconder sobre o nosso namoro desde o dia que começamos a fazer isso — Você olhou para ele, chorando ainda mais por ter que fazer isso — Esconder nosso namoro foi a sua única condição e eu deveria ter negado, então eu estou fazendo isso agora, Sam. Não tem como eles saberem de algo que não existe mais.
— O que? — As mãos de Sam estavam tremendo e você viu as lágrimas descerem pela bochecha dele. Você não respondeu, apenas foi até o quarto que passou a noite e começou a arrumar as suas coisas — Eu nunca aprendi a ler a sua mente, S/n...
— É, você nunca aprendeu a ler minha mente — Você zombou da frase dele enquanto revirava os olhos.
— Eu não conseguiria mudar as coisas, porque você nunca deu um sinal de aviso. Você nunca me disse que não gostava disso.
— Eu dei tantos sinais, Sam! — Você gritou enquanto chorava e jogava as suas coisas dentro da mala — Você não conseguiria mudar porque não prestou atenção em nenhum deles, eu me pergunto se em algum momento você prestou atenção em mim — Você respirou fundo — Não era isso que eu esperava quando você me beijou naquela noite, mas eu pensei que com a sua condição ou não eu estaria feliz, pois estaria com você. Eu estava errada.
— Eu imaginei que em algum momento nós nos acostumaríamos com isso — Ele sussurrou.
— Então você queria que isso fosse para sempre? — Isso era pior do que você pensava — E eu imaginei que em algum momento você mudaria de ideia. Isso já estava fadado ao fracasso, Sam. Nós que ignoramos.
Você levou cinco minutos para fazer suas malas e deixar Sam sozinho no corredor, com todo o amor dele machucado e com o coração dele gritando para ele ir atrás de você, ser totalmente franco e se desculpar. Ele não podia perder alguém que tanto amava, foi isso que ele evitou nesses últimos 4 meses, mas ele esqueceu que não era apenas a morte que doía, mas vê-la ir embora com o intuito de nunca mais voltar para a vida dele também.
O maior medo dele sempre foi perdê-la, e ele não tinha percebido o quanto suas ações o estavam afastando de você. Agora, esse medo se tornou real. Entretanto, a parte da sua mente que ele achava ser racional, o fez continuar lá parado enquanto via você partir.
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