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15. Ousada - FINAL

POV Robert Pattinson


O corpo de Ana tremeu contra o meu, os movimentos desacelerando enquanto ela ainda me envolvia, respirando pesado.

Meus braços subiram automaticamente para envolvê-la, puxando-a para mais perto.

Sua testa encostou na minha, o calor dos nossos corpos ainda entrelaçados e pulsando em sintonia.

Por um momento, nenhum de nós disse nada.

Apenas nossas respirações preenchiam o espaço, misturando-se com o cheiro de sexo e desejo que pairava no quarto.

Eu afastei alguns fios de cabelo grudados na testa dela e, mesmo exausto, não consegui conter um sorriso satisfeito.

— Isso foi... — comecei, mas nem consegui encontrar as palavras certas.

Ana ergueu a cabeça, ainda tentando recuperar o fôlego, um sorriso torto se formando em seus lábios.

— ...inacreditável? — sugeriu, os olhos brilhando com uma mistura de provocação e carinho.

— Absolutamente inacreditável — concordei, passando as mãos pelas costas dela, sentindo os músculos relaxados sob meus dedos.

Ela riu baixinho e se deitou sobre mim, a cabeça encostando no meu peito enquanto traçava círculos preguiçosos com os dedos.

Ficamos assim por alguns minutos, nossas peles ainda quentes, o silêncio confortável preenchido apenas pelo som dos nossos corações desacelerando.

— Sabe... — Ana começou, a voz suave e carregada de cansaço. — Eu não fazia ideia de que acabaria nos seus braços.

Eu ri, passando a mão pelo cabelo dela, ainda bagunçado pela intensidade de tudo que tínhamos acabado de viver.

— E eu não fazia ideia de que acabaria completamente rendido por uma mulher que me chamou de “cabelo seboso”. — Minha provocação arrancou uma gargalhada genuína dela, que soou como música aos meus ouvidos.

— Desculpa, tá? Eu já me arrependi daquela fala umas mil vezes.

— Não precisa se desculpar. Se isso é o que preciso ouvir pra você puxar meu cabelo daquele jeito... posso aceitar.

Ela se apoiou nos cotovelos, olhando para mim com um brilho travesso nos olhos.

— Você gosta, né?

— Muito mais do que deveria — admiti, puxando-a para um beijo lento e suave.

Apesar dela estar com as bochechas coradas não pude deixar de notar o sorriso triste que me deu.

— O que foi?— perguntei.

Ana tocou meu rosto com carinho, passando os olhos como se quisesse memorizar cada detalhe.

— Eu Preciso ir.— disse começando a se levantar.

Meu estômago deu um nó.

Estendi a mão e a puxei de volta, prendendo-a sob mim na cama, meu corpo cobrindo o dela.

— Fica, Ana — pedi, minha voz rouca, quase um sussurro.

Ela começou a balbuciar algo sobre Rebeca e a necessidade de estar cedo na fila da conferência , mas eu não estava disposto a ouvir.

Em vez disso, comecei a trilhar beijos suaves pelo seu pescoço, sentindo sua pele se arrepiar sob meus lábios.

— Robert... — ela começou, mas a voz dela fraquejou quando meus lábios alcançaram seu colo.

— Você não precisa ir embora — murmurei contra sua pele, descendo até um de seus seios.

Minha língua circulou o mamilo dela antes de mordê-lo suavemente, e o gemido que escapou de sua boca foi suficiente para me encorajar a continuar.

Enquanto minha mão deslizava por sua cintura, meus olhos se fixaram nos dela.

— Eu consigo duas credenciais para você e a Rebeca — sussurrei entre beijos. — Vocês não precisam de fila. Vão estar comigo, ao lado da minha equipe.

— Você não precisa... — ela tentou dizer, mas sua voz foi cortada quando minha mão deslizou mais para baixo, chegando entre suas pernas.

Ana arfou quando meus dedos encontraram sua boceta, molhadinha ...

— Eu preciso de você aqui comigo, Ana — continuei, penetrando-a com dois dedos, devagar, mas firme.

Ela arqueou as costas contra o colchão, as mãos agarrando os lençóis enquanto um gemido escapava de seus lábios.

— Fica — pedi novamente, enquanto meus dedos se moviam dentro dela, meu polegar pressionando seu clitóris. — Dorme comigo, aqui.

— Rob... eu... — Sua voz era entrecortada, carregada de desejo e hesitação.

Me inclinei, beijando sua barriga, subindo novamente até capturar seus lábios em um beijo profundo enquanto meus dedos continuavam explorando-a.

— Por favor, Ana.

Ela finalmente cedeu, sua respiração pesada enquanto as mãos subiam para o meu rosto.

— Tudo bem... eu fico... Me fode logo vai...

O sorriso que se formou nos meus lábios foi genuíno.

Eu a beijei  e fodi mais uma vez, sabendo que tê-la ali ao meu lado naquela noite era tudo o que eu precisava.

.

A porta do quarto se abriu abruptamente, a luz do corredor invadindo o ambiente escuro.

Acordei com o som de passos e a voz estridente  de Bobby ecoando pelo quarto.

— Levanta, campeão, já tá na hora — ele anunciou com a usual falta de tato.

— Cala a boca — murmurei, ainda meio grogue.

Olhei para o lado, ela estava deitada de bruços, com o lençol cobrindo apenas sua bunda, deixando as costas nuas e seus cachos bagunçados à mostra.

Ela parecia tão tranquila que meu peito apertou com a ideia de alguém interromper aquele momento.

Bobby percebeu e, mesmo abaixando o tom, não perdeu a chance de me provocar.

— Por isso você veio embora da balada, seu filho da puta — sussurrou, um sorriso debochado no rosto. — Arrumou uma gringa pra você, né?

Revirei os olhos e me levantei devagar, tentando não fazer barulho.

Apanhei minha cueca do chão e a vesti rapidamente, antes de agarrar Bobby pelo braço e empurrá-lo em direção à sala.

— Cala a boca — murmurei entre os dentes enquanto o guiava para fora do quarto.

Já na sala, cruzei os braços e encarei ele, que parecia se divertir com tudo.

— Preciso de duas credenciais e um motorista — disse diretamente.

Bobby soltou uma gargalhada baixa, sacudindo a cabeça.

— A sentada foi boa mesmo, hein? Já te dominou ao ponto de conseguir exclusividade?

— Pelo amor de Deus, Bobby...

— Quem é ela? — ele perguntou, ainda rindo.

Eu hesitei por um momento, mas sabia que ele descobriria eventualmente.

— A fã do aeroporto — confessei, meio irritado comigo mesmo por ter falado.

Bobby parou, claramente chocado.

— Peraí... você comeu uma fã? — Sua expressão era um misto de incredulidade e diversão. — Você não tira foto com elas, mas agora transa com uma?

— É diferente... — comecei, mas ele levantou a mão para me interromper.

— Não, não... eu preciso de contexto. Como diabos você foi de "não quero contato" para "minha cama está disponível"?

Eu passei a mão pelo rosto, já cansado daquele interrogatório.

— Ela... é diferente, Bobby. Não é como as outras.

— Ah, claro. Sempre começa assim.

— Não começa nada. Ela nem sabia que eu estava ali. Foi só... aconteceu.

Ele levantou as mãos em rendição, mas o sorriso ainda estava lá, zombeteiro.

— Tudo bem, senhor romântico. Vou providenciar as credenciais e o motorista. Mas a sua equipe chega em 30 minutos... me avise se Emilly vai ter que arrumar o cabelo de mais alguém além do seu.

Eu o encarei, irritado, mas Bobby apenas deu de ombros antes de sair da sala, deixando-me com meus próprios pensamentos.

Voltei para o quarto, deitando-me ao lado de Ana, que ainda dormia profundamente.

Seu cabelo estava espalhado pelo travesseiro, os cachos bagunçados, e sua respiração era tranquila, ritmada.

Eu nunca achei que pudesse me acostumar com algo tão simples, mas ali estava eu, hipnotizado.

Me inclinei devagar, meus lábios encontrando as costas dela.

Beijei cada centímetro de pele exposta, sentindo seu corpo reagir mesmo no sono.

Minhas mãos deslizaram pela curva das suas costas até a cintura, apertando de leve.

Ela soltou um gemido baixo, preguiçoso, e eu sorri contra sua pele.

Ana se mexeu um pouco e abriu os olhos, piscando lentamente.

De repente, sentou-se, puxando o lençol para cobrir o corpo.

Seus olhos correram pelo quarto, até me encontrar.

— Meu Deus... não foi um sonho... — ela resmungou, mais para si mesma do que para mim.

Eu não consegui evitar o sorriso torto que se formou nos meus lábios.

Aproximei-me novamente, afastando os cachos que escondiam seu ombro e beijando sua pele quente.

— Não... Eu sou real — sussurrei, mordendo de leve sua orelha.

Ela estava prestes a responder quando o som irritante do celular quebrou o momento.

Ana levantou-se rapidamente, segurando o lençol ao redor do corpo, e começou a procurar o aparelho.

Eu a observei enquanto ela atendia, ainda ofegante, como se tivesse sido arrancada de um sonho bom.

— Sim, Rebeca, eu já vou... em 30 minutos estou aí no hotel.

Quando ela desligou e se virou para mim, o olhar em seu rosto era uma mistura de confusão e desejo, como se ela ainda estivesse tentando entender o que tinha acontecido.

Levantei-me devagar, caminhando até ela.

Parei bem na sua frente, deixando que meu tamanho e proximidade preenchessem o espaço entre nós.

Segurei seu rosto com cuidado, fazendo-a olhar diretamente para mim.

— Não foi um sonho, Ana.

Antes que ela pudesse responder, eu inclinei a cabeça e capturei seus lábios.

Lento, profundo, e ela cedeu completamente.

Sua resistência desapareceu como se nunca tivesse existido, suas mãos subindo pelos meus braços.

Quando ela tentou se afastar, dizendo algo sobre Rebeca, minha conferência e o hotel, eu não deixei.

Segurei o lençol que ela usava para se cobrir, puxando-o para o lado, e a ergui do chão com facilidade.

Ana soltou um pequeno grito de surpresa que logo se transformou em um gemido quando a deitei novamente na cama.

— Você não vai a lugar nenhum.— falei chutando a cueca que tinha vestido.

Posicionei-me entre suas pernas, meus olhos cravados nos dela enquanto segurava seus quadris.

Meu pau estava duro, pulsandoe quando finalmente me posicionei e a penetrei devagar, um gemido rouco escapou dos meus lábios.

— Porra, Ana...

Ela gemeu no meu ouvido, suas unhas arranhando meus ombros enquanto eu apertava seus seios, movendo-me dentro dela com estocadas lentas e firmes.

— Meu Deus, Robert... — ela sussurrou, a voz entrecortada pelo prazer.

Eu sabia que ela tinha que ir, mas naquele momento, não conseguia me importar.

Tudo o que importava era ela, o som dos seus gemidos e a sensação de tê-la completamente para mim.

O calor do corpo dela me cercava, e os gemidos roucos que escapavam dos lábios de Ana me faziam perder qualquer resquício de controle.

Eu a olhava, seus olhos fechados e a boca entreaberta, completamente entregue.

Ela era linda assim, crua, vulnerável, mas ao mesmo tempo tão poderosa.

Inclinei-me, diminuindo o ritmo propositalmente, arrancando um gemido de frustração dela.

Meus lábios encontraram seu ouvido.

— Você gosta, não gosta? — murmurei, minha voz baixa e rouca. — Gosta de me sentir assim... dentro de você, te preenchendo.

— Oh...Robert... — ela gemeu, tentando mover os quadris para buscar mais de mim, mas eu segurei sua cintura, imobilizando-a.

— Responde, Ana — exigi, movendo-me lentamente, profundo, torturando-a com o ritmo. — Gosta de como eu te faço minha?

— Sim... — ela arquejou, a voz quebrada. — Eu amo...

Isso era tudo o que eu precisava ouvir.

Retirei-me de dentro dela, ignorando o olhar surpreso em seus olhos enquanto a virava com firmeza.

— Fica de quatro pra mim.

Ela hesitou por um segundo, mas a expressão em seu rosto dizia que a excitação havia engolido qualquer dúvida.

Lentamente, ela se colocou de joelhos, apoiando-se com as mãos no colchão, a visão de seu corpo curvado quase me fazendo perder a cabeça.

— Porra, Ana... — sussurrei para mim mesmo, minhas mãos segurando sua cintura enquanto me posicionava atrás dela.

Deslizei minhas mãos por suas costas, sentindo a suavidade da sua pele enquanto ela se arrepiava sob o meu toque.

Inclinei-me para beijar a curva de sua coluna, subindo até o pescoço, antes de me erguer novamente.

Quando entrei nela de novo, foi com força, uma estocada firme que arrancou um gemido alto dela.

— Isso... assim... — ela gemia, a voz entrecortada, seu corpo empurrando de volta contra o meu.

Minhas mãos apertavam sua cintura com força enquanto eu a penetrava com estocadas profundas, o som de nossos corpos se chocando preenchendo o quarto.

— Você é tão gostosa... tão apertada... — eu gemia, meu olhar fixo em como ela se movia debaixo de mim.

Ana enterrou o rosto no travesseiro, os gemidos dela aumentando, descontrolados, quase gritados.

— Não para... por favor, não para...
Agarrei seus cabelos, puxando-a suavemente para que seu corpo arqueasse ainda mais.

— Olha pra mim, Ana — exigi, minha voz grave.

Ela virou a cabeça, os olhos turvos de prazer encontrando os meus.

Seu rosto estava vermelho, os lábios inchados de tanto me beijar, e porra, ela era a coisa mais linda que eu já tinha visto.

— Eu não vou parar, baby... — prometi, movendo-me ainda mais rápido, mais fundo. — Vou te fazer lembrar disso toda vez que fechar os olhos.

Ela gritou meu nome, o som me incendiando por completo, enquanto seu corpo estremecia e ela perdia o controle, gozando com força em torno de mim.

E mesmo assim, eu continuei, determinado a levá-la ao limite mais uma vez.

.

POV ANA CARLA


Mandei uma mensagem para Rebeca avisando que já estava no meu quarto no nosso hotel e logo em seguida fui tirando minha roupa, indo direto pro chuveiro.

Eu não queria tomar banho, não queria tirar o cheiro dele de mim, mas não tinha como ir a conferência cheirando a sexo.

Enquanto ensaboava meu corpo de olhos fechados lembrei de todos os beijos que Robert espalhou por cada centímetro da minha pele.

Sorri, meio boba, meio sem acreditar...

Sequei meu corpo e nem me enrolei na toalha.

E também não me assustei ao ver Rebeca sentada em minha cama roendo as unhas de ansiedade.

— Piranha! Tá até sorrindo a toa... OLHA SO VOCÊ! ME CONTA TUDO!— ela exigiu.

Eu deitei na cama, a sensação de ainda estar envolta no cheiro de Robert fazendo meu corpo vibrar de excitação, mesmo depois de um banho.

Eu estava tentando processar tudo, mas era impossível.

Como é que eu podia ter compartilhado aquele momento com ele?

Ele.

Robert.

Meu ídolo.

O homem que eu tanto admirava e nunca imaginei que teria alguma chance de, sequer, encontrar.

Rebeca estava me observando como se esperasse que eu falasse alguma coisa.

Eu ainda não sabia por onde começar, porque, sinceramente, o que acontecera parecia surreal demais.

Então, dei um longo suspiro e olhei para ela, ainda com um sorriso bobo nos lábios.

— Piranha? — perguntei, rindo de nervoso. — Eu não sei nem como eu vou te contar, Rebeca. Foi... foi uma loucura. Tipo, de verdade. Não acredito que aconteceu. Eu não acreditava que ele ia realmente... — parei, tentando encontrar as palavras certas.

Era como se o sonho ainda estivesse ali, vivo, dentro de mim.

Rebeca me encarava com os olhos arregalados, sua boca aberta de incredulidade.

Ela não tinha paciência para eu me enrolar, então, sem mais palavras, se inclinou, quase gritando:

— NÃO ME FAZ ESPERAR, ANAAA! ME CONTA, CARAMBA!

Eu ri, cobrindo o rosto com os braços, me sentindo um pouco envergonhada.

Não sabia como falar sobre o que aconteceu, mas era impossível esconder o sorriso nos meus lábios.

— Ele... ele me beijou. Tipo... não foi só um beijo, Rebeca. Ele me tocou, me beijou, e... — dei uma pausa, meu peito apertando com a lembrança das carícias dele.

Era como se tudo tivesse sido intenso, como se eu fosse a única pessoa no mundo para ele naquele momento.

Rebeca não aguentou e se jogou na cama, praticamente pulando em cima de mim, como se quisesse ouvir cada detalhe, cada segundo daquela noite.

— EU TO MORRENDO! E aí? O QUE MAIS? O QUE MAIS? — ela perguntou, a voz alta e cheia de expectativa.

Eu sorri e dei de ombros, tentando fazer com que ela se acalmasse.

— Foi... muito intenso. Ele... ele foi tão... tão... carinhoso, Rebeca...

— O pau dele é grande?

— Rebeca!— eu ri dela.

Minha amiga se apoiou no ombro e me olhou, rindo.

— Qual é? É como a gente sempre imaginou? Ele mete bem? Tem pegada? Ou soca fofo como você sempre disse que ele socava.

Mordi meus lábios, lembrando dos toques, dos gemidos, da forma como ele se entregou...

— Ele é muito melhor do que imaginamos...

— E o...

— Grande. Grosso. Rosadinho...

— Aí meu Jesus Cristinho.— ela suspirou se deitando ao meu lado de novo.— Amiga... a sorte sorriu pra você... Vão se ver de novo antes da gente ir embora?

Deitei de lado, olhando para ela.

Pela primeira vez me dando conta de que o sonho ia acabar mais rápido do que pensei.

— Ana? Amiga... você não gamou,ne?

Dei de ombros.

— Eu sempre fui gamada nele...— eu ri, uma pouco sem graça.— Mas não falamos sobre isso, ele nem sabe quando eu vou embora... nem sabe pra onde eu vou... não falamos sobre isso, sabe...

Rebeca assentiu.

— Eu entendo...

Resolvi mudar de assunto.

Levantei e fui até minha bolsa, pegando as credenciais e entrega para ela.

— O que é isso?— perguntou os olhos brilhando porque ela já sabia o que era.

— Ele nos deu passe livre na conferência.

Quando vi o olhar da Rebeca pousar nas credenciais, ela ficou em silêncio por um instante, os olhos arregalados como se tivesse dificuldade em processar. Era raro vê-la assim, sem palavras. Mas não demorou muito para ela reagir do jeito que eu esperava.

— ANA! VOCÊ TÁ DE BRINCADEIRA COMIGO! — Rebeca gritou, se levantando de um salto.

Eu ri, um pouco nervosa com toda a situação. Ela pegou as credenciais como se fossem um troféu.

— Ele... ELE NOS DEU PASSE LIVRE?! — ela segurava os papéis nas mãos como se fossem feitos de ouro, examinando cada detalhe como se tentasse confirmar que aquilo não era uma piada.

— Sim, Rebeca. Ele me entregou antes de eu sair do quarto dele. Disse que queria que a gente visse tudo de perto. — Sorri, tentando não parecer tão afetada, mas a lembrança dele entregando aquilo para mim ainda fazia meu coração bater mais rápido.— Um motorista vem buscar a gente.

Rebeca começou a pular no quarto, segurando as credenciais no ar.

— Eu não acredito! Não acredito! Eu não acredito que isso tá acontecendo! — Ela parou de repente, me olhando com uma expressão séria, como se uma ideia tivesse acabado de surgir na cabeça dela. — Ana... VOCÊ TEM NOÇÃO DO QUE ISSO SIGNIFICA?!

— Que vamos estar na conferência sem precisar dormir na fila? — respondi, tentando aliviar a tensão que eu sentia no peito.

— Não, sua tapada! — Ela veio até mim, me segurando pelos ombros e me balançando levemente. — Isso significa que o Robert realmente tá... interessado. Tipo, interessadíssimo. Ele não daria isso pra qualquer pessoa!

Eu revirei os olhos, me sentando na cama.

— Não é nada disso, Rebeca. Ele foi só... gentil. Ele viu que a gente é fã, e... — parei, tentando encontrar as palavras certas, mas a verdade era que eu também não sabia como processar tudo aquilo.

— Ah, Ana, por favor! — Rebeca bufou, jogando as credenciais na cama e cruzando os braços. — Gentil, meu traseiro. Ele deu isso pra você porque ele quer te ver de novo. E sabe o que mais? Você quer ver ele também.

— Claro que quero ver ele, Rebeca. — suspirei, sentindo um peso no peito. — Mas não vamos fingir que isso é mais do que é. Ele é... o Robert. E eu sou só...

— Você é a mulher que ele passou a noite inteira tocando e beijando. — Rebeca me interrompeu, apontando para mim como se estivesse reforçando um ponto óbvio.

Fiquei em silêncio, porque ela tinha razão. Eu queria acreditar que aquilo era algo maior, mas tinha medo de me iludir.

— Ana... — Rebeca se aproximou, sentando ao meu lado e colocando a mão no meu ombro. — Só aproveita. Tá bom? Não pensa demais. Não cria barreiras. Só... vive isso.

Eu assenti, sorrindo de leve.

— Tá bom. — murmurei.

Rebeca deu um grito de vitória, pegando as credenciais de novo e as apertando contra o peito.

— Isso é um sonho, Ana. Um sonho! E a gente vai viver ele até o fim!

Eu sorri, tentando absorver aquele momento. Rebeca estava certa. Eu precisava parar de pensar demais e apenas aproveitar o presente que a vida estava me dando.

Enquanto esperávamos na entrada do hotel, Rebeca se despediu de Eduardo. Ele parecia meio desconfiado de toda a situação, mas tentou disfarçar com um sorriso.

Eu me apoiei na parede, olhando para o celular, mas não conseguia evitar ouvir a conversa deles. Eduardo era carinhoso, mas um pouco ciumento.

— Não esquece de me mandar mensagem, tá? Quero saber se tá tudo bem. — Ele deu um beijo rápido na testa de Rebeca.

— Tá bom, amor. Para de ser chato. Eu volto logo. — Rebeca riu, puxando as credenciais da bolsa como se fossem uma carta de alforria. — A gente tá vivendo um sonho aqui!

Ele revirou os olhos, mas sorriu. Quando se virou para mim, fez um comentário que me pegou de surpresa:

— Adorei sua camiseta, Ana. — Ele apontou para a estampa. — Bela Santa Ceia.

Olhei para baixo e ri, porque tinha me esquecido que estava vestindo minha camiseta favorita. Era uma estampa preta com todos os personagens que Robert interpretou sentados em uma mesa, como se fossem a Santa Ceia.


— Obrigada, Eduardo. — respondi, segurando o riso.

Rebeca deu um tapinha no braço dele, claramente ansiosa para ir embora.

— Tchau, amor. A gente já tá atrasada. — Ela deu mais um beijo rápido e me puxou pelo braço até o carro que estava nos esperando.

Assim que entramos, o motorista, um homem muito educado e de aparência profissional, abriu a porta e confirmou o destino. O veículo era confortável e as ruas de Seul passavam como um borrão enquanto minha mente ainda tentava entender tudo que estava acontecendo.

No meio do caminho, meu celular começou a tocar. Rebeca, que estava olhando pela janela, virou imediatamente para mim, arregalando os olhos quando viu o nome "Robert" na tela.

— ATENDE! — ela sussurrou, sacudindo meu braço.

Respirei fundo antes de deslizar o dedo na tela e atender.

— Alô? — minha voz saiu um pouco hesitante, mas assim que ouvi a voz dele do outro lado, meu coração disparou.

— Oi, Ana. — A voz de Robert soou tão tranquila e carinhosa que eu senti meu rosto esquentar. — Vocês já estão chegando?

— Sim, estamos no carro agora. — Respondi, tentando manter a voz firme, mas a presença dele, mesmo pelo telefone, parecia me desarmar.

— Ótimo. — Ele fez uma pausa antes de continuar, sua voz mais baixa e íntima. — Eu vou estar esperando vocês no camarim.

Rebeca se inclinou mais perto, colando a orelha no outro lado do celular, e me lançou um olhar cheio de expectativas.

Antes de desligar, Robert adicionou em um tom ainda mais baixo:

— Não consigo parar de pensar em você.

Minhas bochechas ficaram instantaneamente vermelhas. Senti um calor percorrer meu corpo e tentei conter um sorriso.

— Eu também não consigo parar de pensar em você. — respondi, a voz quase um sussurro.

Assim que desliguei, Rebeca deixou escapar um gritinho abafado e começou a me cutucar freneticamente.

— ELE DISSE QUE NÃO CONSEGUE PARAR DE PENSAR EM VOCÊ! — Ela quase gritou, mas se conteve, olhando para o motorista como se quisesse ter certeza de que ele não estava ouvindo.

Eu ri, ainda tentando processar o que acabara de acontecer.

— Cala a boca, Rebeca. — falei, empurrando-a de leve.

Ela se recostou no banco, abanando o rosto como se precisasse se acalmar.

— Amiga, isso tá parecendo filme. — Ela me olhou com um brilho no olhar. — Você tem noção do que tá acontecendo?

Eu suspirei, olhando pela janela enquanto o carro continuava pelas ruas de Seul.

— Tenho... mas, ao mesmo tempo, não tenho. — respondi.

A verdade era que tudo aquilo parecia mais um sonho do que realidade. E, por mais assustador que fosse, eu estava pronta para vivê-lo.

O carro estacionou na entrada do local da conferência, e, mesmo antes de a porta ser aberta, dava para ouvir o burburinho vindo do lado de fora. Por mais que as fãs coreanas fossem conhecidas por serem contidas, a empolgação delas ainda transparecia. Havia gritos abafados e risadinhas enquanto tentavam manter a compostura. Rebeca me olhou, mordendo o lábio, claramente tentando não surtar.

Quando a porta do carro se abriu, um homem de terno se inclinou para nos cumprimentar. Ele parecia confiante e animado, mas, assim que seus olhos pousaram em mim, senti que seu olhar se demorou um pouco mais do que o necessário.

— Bom dia, meninas — ele disse, sorrindo de forma calorosa. — Eu sou o Bobby, relações públicas do Robert, e vou levar vocês até ele.

Rebeca segurou firme no meu braço enquanto saíamos do carro, talvez para me dar apoio ou para se manter firme no momento surreal que estávamos vivendo. O estacionamento era amplo, cheio de vans e carros de luxo, mas parecia estranhamente silencioso comparado ao lado de fora.

Enquanto caminhávamos atrás de Bobby, percebi que ele continuava me lançando olhares furtivos, mas decidi ignorar. Havia coisas mais importantes na minha mente — ou melhor, uma pessoa específica.

— É por aqui. — Bobby disse, parando em frente a uma porta discreta no corredor. Antes de abrir, ele nos lançou um olhar engraçado, quase como se estivesse ciente do que estava prestes a acontecer e estivesse se divertindo com isso.

Assim que a porta se abriu, meu coração parou.

Robert estava ali, de pé, encostado casualmente na penteadeira. Ele usava uma camisa branca simples e jeans, mas, mesmo assim, parecia mais deslumbrante do que qualquer um tinha o direito de ser.

— Gostei da camiseta. — ele disse, a voz carregada de um tom brincalhão enquanto seus olhos pousavam na estampa que eu usava.

Minhas palavras sumiram. Eu fiquei paralisada, incapaz de reagir, enquanto uma onda de emoções conflitantes tomava conta de mim. Só conseguia pensar na noite anterior e em como tudo aquilo parecia tão distante e, ao mesmo tempo, tão presente.

Rebeca estava ao meu lado, igualmente atônita. A diferença era que, enquanto eu estava em um transe pessoal, ela estava claramente em choque por estar diante do homem que tanto admirávamos.

Robert se afastou da penteadeira, caminhando até mim com aquele sorriso que fazia meu coração bater descompassado. Quando parou na minha frente, seus olhos encontraram os meus, e o carinho que eu vi ali me desarmou completamente.

— Oi — ele disse suavemente, como se só existíssemos nós dois naquele momento.

Antes que eu pudesse responder, ele levantou a mão, tocando meu rosto com delicadeza. Sua palma era quente, e meu corpo inteiro pareceu reagir ao toque. Ele se inclinou, e, antes que eu percebesse, seus lábios estavam nos meus.

O beijo foi suave no início, mas rapidamente se tornou mais intenso. As mãos dele deslizaram pelos meus cachos, segurando minha nuca enquanto ele me puxava para mais perto. Meu coração disparou, e minha mente parecia incapaz de processar qualquer coisa além do momento que estávamos compartilhando.

Rebeca, ao nosso lado, parecia ter esquecido completamente de respirar. Ela não disse uma palavra, mas, pelo canto do olho, eu podia ver o choque estampado em seu rosto.

Quando finalmente nos separamos, ele continuava próximo, seus olhos presos nos meus como se quisesse garantir que eu estava bem.

— Eu não conseguia esperar para te ver de novo. — ele confessou, a voz baixa, mas cheia de sinceridade.

Eu sorri, finalmente encontrando a força para falar, embora minha voz saísse um pouco trêmula.

— Eu também não conseguia parar de pensar em você.

Olhei para Rebeca. Ela estava congelada, os olhos arregalados e a boca entreaberta, incapaz de dizer ou fazer qualquer coisa. Era engraçado, porque, conhecendo minha amiga, ela era normalmente cheia de energia e opiniões, mas agora estava completamente paralisada.

Robert, percebendo o estado dela, abriu um sorriso daquele jeito que só ele tinha — caloroso, genuíno e com um toque de charme que fazia qualquer pessoa se sentir especial. Ele deu um passo para o lado, os braços se abrindo num gesto acolhedor.

— Vem, Rebeca, pode me abraçar. — ele disse com um tom brincalhão, mas ainda assim gentil.

Rebeca arregalou ainda mais os olhos, claramente lutando para acreditar que ele estava falando sério. Ela me olhou rapidamente, como se pedisse permissão ou confirmação de que aquilo realmente estava acontecendo.

Eu ri, balançando as sobrancelhas de forma incentivadora.

— Vai logo, Rebeca. Ele tá esperando!

Foi tudo o que ela precisou. Soltando um grito alto e completamente descontrolado, Rebeca praticamente se jogou nos braços dele.

— MEU DEUS, ROBERT! EU NÃO ACREDITO! EU SOU TÃO SUA FÃ! — ela gritou, agarrando-o como se sua vida dependesse disso.

Robert riu enquanto a abraçava, um som caloroso e tranquilo que enchia a sala. Ele parecia estar acostumado com esse tipo de reação, mas ainda assim tratava tudo com uma paciência admirável.

Eu observei a cena, mal conseguindo conter o riso. Rebeca começou a soluçar, as palavras saindo atropeladas enquanto ela dizia o quanto o admirava, o quanto ele significava para ela, e como ela não acreditava que estava ali, na frente dele.

— Calma, respira. — Robert disse, rindo e segurando os ombros dela com cuidado para tentar acalmá-la. — Eu fico muito feliz em saber disso. De verdade.

Rebeca fungou, finalmente dando um passo para trás, mas com os olhos ainda brilhando de lágrimas.

— Eu... eu tô sonhando, né? Isso não é real. Ana, me belisca! — ela disse, se virando para mim com o rosto completamente vermelho.

Eu gargalhei, cruzando os braços.

— É real, Rebeca. Aproveita, porque eu não vou te acordar, não.

A sensação de estar na primeira fileira era surreal. As luzes, o burburinho, o frenesi dos fãs ao nosso redor... Tudo parecia um sonho. Eu e Rebeca mal conseguíamos acreditar que estávamos ali, tão perto do palco, em uma posição privilegiada.

Quando as luzes diminuíram, a expectativa na sala explodiu em sussurros ansiosos. Então, o apresentador anunciou Robert, e a sala foi tomada por uma chuva de flashes e gritos. Meu coração disparou ao vê-lo entrar, tão confiante e carismático, usando um casaco xadrez que parecia moldado ao seu corpo e tênis cinza clássicos. Ele era tudo o que eu imaginava — e mais.

— OLHA ELE! — Rebeca gritou ao meu lado, pulando de emoção enquanto eu apenas aplaudia e sorria, tentando processar tudo.

Robert sorriu de forma calorosa e saudou o público em coreano, arrancando mais gritos e aplausos ensurdecedores. Ele riu, brincando com o público, o charme natural dele dominando o ambiente.

Logo depois, o diretor de Mickey 17 também foi anunciado, e a recepção foi igualmente vibrante. Quando ele e Robert se uniram no palco e fizeram um coração com as mãos juntas, eu e Rebeca perdemos completamente a compostura, gritando e aplaudindo como duas adolescentes em um show.



— Eles são perfeitos! — Rebeca gritou para mim, enquanto eu assentia, ainda extasiada com tudo o que estava acontecendo.

A conferência seguiu com perguntas e respostas, momentos engraçados e muitas trocas de carinho com os fãs. Robert estava incrível, respondendo as perguntas com inteligência e um toque de humor que fazia todos rirem. Eu mal conseguia desviar os olhos dele.

Quando tudo começou a terminar, um misto de alegria e melancolia me tomou. Eu e Rebeca começamos a conversar sobre o que faríamos em seguida.

— Vamos para aquele mercadinho, né? — Rebeca sugeriu. — Quero provar alguma coisa bem típica.

Eu concordei, mas meu peito apertava. Estava tentando ignorar o fato de que provavelmente não veria mais Robert. Ele teria uma agenda cheia de compromissos, e a noite passada parecia um sonho distante.

Enquanto nos levantávamos, Bobby surgiu na nossa frente, com aquele jeito descontraído e profissional ao mesmo tempo.

— Alguém quer ver você. — ele disse, piscando um olho na minha direção.

Meu coração parou por um momento.

— Mas... a Rebeca... — comecei, mas minha amiga me interrompeu, segurando meu braço e sorrindo.

— Eu vou almoçar com o Edu, amiga. — ela disse com um sorriso tranquilo. — Já tive meu momento com o Robert, tirei várias fotos, gritei tudo que podia. Agora é a sua vez. Seja feliz.

Fiquei paralisada por um segundo, sem acreditar que aquilo estava realmente acontecendo. Rebeca me empurrou levemente para Bobby, e ele indicou o caminho com a cabeça.

— Vamos? — ele perguntou.

Assenti, ainda sem palavras. Bobby me levou para um carro maior, com vidros escuros que bloqueavam qualquer visão de fora. Eu estava tão nervosa que mal senti o caminho até lá. Quando a porta foi aberta, meu coração deu um salto ao ver Robert sentado lá dentro, sorrindo para mim.

— Oi, Ana. — ele disse, a voz baixa e calma, mas cheia de calor.

Sorri, incapaz de conter a felicidade que explodia dentro de mim.

— Oi... — respondi, subindo no carro e sentindo como se estivesse entrando em outro sonho.

Ele me puxou para um beijo calmo, enquanto o motorista saia do estacionamento.

— Vamos comer?— ele perguntou migrando seus lábios para o meu pescoço.— Estou com dois seguranças, mas queria parar em algum lugar, comprar algo e ficar com você, pode ser?

Claro que podia.

— Eu acho ótimo...

— Onde você sugere que podemos ir?

Hummm,perdi a linha de pensamento quando ele beijou minha jugular.

— Podemos ir comer no CU. — falei sem pensar direito.

Robert se endireitou e me olhou arregalado.

— O que?

Dei de ombros. Achando estranho a sua reação.

— O CU... a loja de conveniência coreana...

— Ah... Tá... a loja...

Estreitei meu olhos censo suas bochechas ganharem um lindo tom de rosado.

— Do que você achou que eu estava falando?

Ele fez que não.

— Nada, Não... Eu só...

Então minha mente clareou e eu me virei para ele.

— Olha ele...— cruzei meus braços achando graça.— Nem me pagou uma cerveja e já tá achando que eu tô oferecendo meu...

– NÃO!— ele gritou me arrancando uma gargalhada.

Robert tentou disfarçar o embaraço enquanto mexia no colarinho do casaco, claramente desconfortável com o rumo que a conversa havia tomado. Eu não consegui segurar o riso, minhas mãos cobrindo a boca enquanto o via gaguejar, algo tão raro para ele que era quase cômico.

— Você realmente achou que eu estava... oferecendo isso? — perguntei, arqueando uma sobrancelha e cruzando os braços, tentando parecer séria, mas falhando miseravelmente.

— Não! Claro que não! — Ele ergueu as mãos em rendição, um sorriso tímido se formando nos lábios. — Só que foi... o jeito que você falou...

Balancei a cabeça, rindo ainda mais.

— Eu quis dizer o CU, a loja de conveniência coreana. É um lugar ótimo pra comer algo rápido e típico.

Robert relaxou, soltando uma risada que parecia aliviar a tensão no ar.

— Tá bom, tá bom. Minha culpa. Eu só... interpretei errado.

— Interpretou MUITO errado, diga-se de passagem. — provoquei, cutucando o braço dele. — Mal me conheceu e já achou que eu estava... enfim.

— Ei, não vira o jogo contra mim! — Ele riu, inclinando-se mais perto de mim, a mão dele deslizando pela minha cintura de maneira natural, como se já estivéssemos juntos há anos.

Senti o toque dele me arrepiar, e a brincadeira no ar se transformou em algo mais íntimo. Ele aproximou os lábios do meu ouvido, beijando levemente meu pescoço, a voz dele baixa e rouca.

— Então, o CU, né? Vamos comer lá?

— Vamos. — respondi, a respiração um pouco irregular com a proximidade dele. — É perfeito pra você experimentar algo diferente e... casual.

Ele sorriu, os olhos brilhando de diversão e vergonha.

— Dois seguranças estão com a gente, como eu disse. Dá pra aproveitar a cidade sem muita preocupação. Quero que seja um momento só nosso, Ana.

As palavras dele me pegaram de surpresa. Havia algo na forma como ele falou que fez meu coração bater mais forte. Ele não precisava fazer isso, sair pela cidade comigo, planejar algo tão simples. Mas ele estava ali, presente, querendo criar memórias comigo.

— Então, o CU. — ele repetiu, sorrindo enquanto chamava o motorista para sair. — Só... promete não fazer mais piadas com isso, porque eu ainda tô tentando me recuperar.

— Não prometo nada. — brinquei, rindo enquanto o carro começava a se mover pelas ruas de Seul.

.

Sentados no tapete macio do quarto de hotel, Robert e eu estávamos cercados por embalagens de comida coreana e garrafas de bebida. O ambiente era descontraído, e a luz suave do abajur dava um clima íntimo e acolhedor ao espaço.

Eu ri alto quando Robert fez uma careta exagerada, com a boca cheia do nato misturado com ovo que eu tinha preparado. Ele engoliu com dificuldade, os olhos apertados como se estivesse sofrendo.

— Isso é nojento! — Ele exclamou, se levantando rapidamente. — Vou lavar a boca antes que fique traumatizado!

Ele saiu rindo para o banheiro, e eu não consegui segurar o riso também. Era divertido vê-lo fora de sua zona de conforto, tão humano e acessível.

Quando ele voltou, enxugando a boca com a toalha, nossos olhares se encontraram. Por um momento, o riso cessou, e o quarto ficou silencioso. Ele largou a toalha em uma cadeira próxima e se aproximou de mim, os olhos fixos nos meus.

— Em que lugar do mundo eu vou ter que ir pra te ver? — ele perguntou, a voz baixa, carregada de sinceridade.

Eu sorri, desviando o olhar para o chão, sentindo o calor subir para meu rosto. Era uma pergunta que eu não esperava, mas ao mesmo tempo, algo em seu tom fazia parecer tão natural, como se ele realmente quisesse saber.

— Não me faça promessas vazias, Robert... — murmurei, com receio de criar expectativas onde talvez não houvesse futuro.

Ele balançou a cabeça e deu um passo mais perto, ajoelhando-se na minha frente para que nossos olhos ficassem na mesma altura.

— Não são promessas vazias... Me diz... onde eu tenho que ir...

Eu o encarei, hesitando, mas havia algo nos olhos dele que me fez acreditar, nem que fosse por um instante.

— Sul de Santa Catarina... Brasil... — respondi baixinho, quase como um segredo.

Sem dizer mais nada, Robert se inclinou e me puxou para um beijo. Seus lábios eram firmes e quentes contra os meus, as mãos segurando meu rosto com delicadeza, mas com uma intensidade que fez meu coração acelerar.

Quando Robert me puxou para o colo dele, senti meu corpo inteiro reagir.

Meu coração estava disparado, meu sangue corria quente, cada célula minha pulsava com a expectativa do que estava por vir.

Quando nossos lábios se encontraram, foi como se uma onda de eletricidade percorresse minha pele, arrancando de mim um suspiro que se transformou em um gemido baixo.

As mãos dele apertavam minha cintura com firmeza, os dedos dele tocando minha pele como se quisessem me marcar, me gravar nele.

Meu corpo respondeu sem pensar, um calor crescente tomando conta de mim.

Subi as mãos pelos ombros dele até alcançar seu cabelo, enfiando os dedos ali e puxando levemente.

Ele gemeu contra minha boca, e o som me fez arfar, uma faísca de prazer me atravessando.

Sem me conter, comecei a rebolar no colo dele, sentindo a rigidez de seu pau sob mim.

Cada movimento meu arrancava um novo som dele, e aquilo me deixava ainda mais excitada.

Minha respiração estava pesada, o peito subindo e descendo rapidamente enquanto eu me movia contra ele, buscando mais, querendo mais.

Ele puxou minha camiseta para cima, e quando o ar frio encontrou minha pele quente, meu corpo inteiro se arrepiou.

O contraste só fez meu desejo aumentar.

Ele desceu os lábios pela curva do meu pescoço, deixando mordidas e beijos que pareciam incendiar minha pele.

Quando chegou à curva dos meus seios, ele mordeu levemente, e eu gemi alto, sentindo uma onda de prazer subir direto para minha cabeça.

— Robert... — minha voz saiu trêmula, quase inaudível, enquanto eu continuava a rebolar sobre ele, os movimentos ficando mais intensos, mais desesperados.

Quando ele abriu meu sutiã e liberou meus seios, o olhar dele queimou em mim, me deixando ainda mais vulnerável e excitada.

Ele abocanhou um dos meus seios,sua língua  trabalhando de forma lenta e provocante, enquanto sugava com força suficiente para me fazer arquear as costas e gemer novamente.

Eu o puxei pelos cabelos, inclinando a cabeça dele para que ele olhasse para mim, os olhos dele cheios de desejo, tão famintos quanto eu me sentia.

Rebolei novamente, mais forte, mais rápido, e o som dos nossos corpos se movendo juntos me deixou tonta.

Os olhos de Robert estavam em mim como se eu fosse a única coisa que ele enxergava no mundo.

A intensidade do olhar dele me fazia tremer, mas também me deixava cada vez mais entregue.

Eu podia sentir a força das mãos dele na minha cintura, me guiando enquanto eu rebolava no colo dele, buscando um alívio para o calor que consumia meu corpo.

A boca dele voltou para o meu pescoço, e quando ele mordeu levemente ali, um arrepio percorreu minha espinha, arrancando de mim um gemido que soou mais alto do que eu pretendia.

Ele riu contra minha pele, o som grave e rouco, o que só fez meu corpo responder ainda mais.

— Você é inacreditável... — ele murmurou contra minha orelha, a voz tão carregada de desejo que quase me fez perder o controle.

— E você... — tentei responder, mas minha voz falhou quando senti as mãos dele deslizarem para baixo, apertando a curva dos meus quadris e me puxando para mais perto.

Eu segurei os cabelos dele com força, puxando levemente enquanto rebolava mais rápido, os movimentos ficando cada vez mais intensos.

O atrito entre nós era perfeito, quase torturante, e cada gemido dele só alimentava o fogo que crescia dentro de mim.

— Ana... — ele gemeu meu nome, como se fosse uma prece, e meu coração disparou ainda mais rápido.

Num movimento rápido Robert me colocou deitada no tapete, suas mãos descendo, puxando minha calça de jeans para baixo, os dedos dele roçando minha pele exposta.

Cada toque parecia incendiar uma parte nova de mim, como se ele soubesse exatamente onde me tocar para me deixar à beira do colapso.

Quando senti o pau dele deslizando para dentro de mim, minha cabeça caiu para trás, e um gemido rouco escapou dos meus lábios.

O preenchimento era tão intenso, tão profundo, que por um momento parecia impossível respirar.

Meus dedos cravaram nos ombros dele, buscando algum tipo de apoio enquanto meu corpo tremia com a sensação avassaladora.

Robert se inclinou para frente, roçando o nariz no meu, a respiração dele pesada e quente contra a minha pele.

— Olha pra mim, baby... — ele pediu, a voz baixa e carregada de desejo. — Me deixa ver o que eu faço com você.

Abri os olhos devagar, encarando os dele.

A intensidade do azul parecia me consumir, me puxando para dentro de um universo onde só existíamos nós dois.

Ele segurou minha cintura com mais força, os dedos dele afundando na minha pele enquanto começava a se movimentar, lento e firme, como se quisesse aproveitar cada segundo.

— Robert... — ofeguei, o nome dele saindo como um sussurro, um pedido, enquanto meu corpo se moldava ao dele.

Ele sorriu, os lábios se curvando de forma quase possessiva antes de inclinar a cabeça e capturar minha boca em um beijo.

O som dos nossos corpos se encontrando preenchia o quarto, misturado aos nossos gemidos.

Cada estocada dele parecia alcançar um lugar dentro de mim que eu nem sabia que existia, arrancando reações que eu não podia controlar.

Eu me movia junto com ele, rebolando contra o corpo dele, os dedos ainda enterrados nos cabelos macios enquanto ele deslizava mais fundo, mais forte.

O calor em meu ventre se intensificava, subindo como uma onda, e cada vez que nossos olhos se encontravam, era como se ele estivesse me conduzindo para aquele momento, como se só ele pudesse me levar até lá.

— Você é tão... perfeita... — ele murmurou, a voz falhando enquanto ele apertava minha cintura e acelerava o ritmo.

Meus gemidos se tornaram mais altos, quase incontroláveis, e eu sabia que ele também estava perto.

Os músculos dele estavam tensos sob minhas mãos, o rosto marcado pela mesma intensidade que eu sentia.

Quando a onda finalmente me atingiu, foi como se o mundo inteiro desaparecesse.

Gemi o nome dele, o corpo tremendo enquanto a gozava forte.

Robert segurou minha cintura com força, os movimentos dele tornando-se erráticos antes que ele também chegasse ao ápice, gemendo meu nome em um tom rouco que me fez estremecer.

Nós nos seguramos ali, os corpos colados, suados, as respirações descompassadas se misturando enquanto o silêncio tomava conta do quarto.

Ele manteve as mãos em mim os dedos acariciando minha pele de forma quase reverente, e quando olhei para ele, um sorriso cansado, mas satisfeito, curvava seus lábios.

— Você... — ele começou, a voz baixa, com um tom que parecia uma mistura de admiração e desejo. — Você acabou comigo, Ana.

Eu ri, ainda tentando recuperar o fôlego, antes de me inclinar e beijá-lo de leve.

— Acho que estamos empatados, Robert.

Ele riu junto comigo.

— Acho que preciso de um banho... vem comigo?

A água quente do chuveiro escorria pelo meu corpo, misturando-se ao calor que Robert sempre conseguia despertar em mim.

Eu estava de costas para a parede do box, e ele estava tão perto que mal conseguia respirar.

Seus lábios deslizaram pelo meu pescoço, pelo meu ombro, antes de capturar minha boca em um beijo que fez cada parte de mim vibrar.

Minha cabeça caiu para trás, permitindo que ele explorasse mais, e sua língua encontrava a minha com uma urgência que parecia consumir ambos.

Era como se ele quisesse gravar aquele momento, como se precisasse de cada segundo para nos manter conectados.

Quando ele encostou sua testa na minha, nossas respirações se misturaram, e o vapor ao nosso redor parecia criar uma bolha onde só existíamos nós dois.

— Eu nunca vou te esquecer — sussurrei, a voz quase falhando.

Ele abriu os olhos, aqueles olhos azuis que pareciam tão profundos e intensos, e segurou meu rosto com as mãos, os dedos molhados escorregando levemente pela minha pele.

— Não vai mesmo — ele respondeu, a voz baixa, mas cheia de convicção. — Porque assim que eu terminar a semana de moda em Paris, eu vou atrás de você.

Meu peito apertou, e por um momento não consegui dizer nada.

Ele olhava para mim como se aquilo fosse uma promessa, como se ele realmente estivesse disposto a cruzar o mundo por mim.

— Robert... não tem como isso dar certo. — Minha voz saiu mais baixa do que eu esperava, quase um sussurro.

Ele balançou a cabeça, os olhos nunca deixando os meus.

— Tem, sim. Eu vou viver de ponte aérea, eu vou encontrar uma forma. — Ele respirou fundo, a intensidade das palavras quase me desmontando. — Mas eu não quero que isso seja algo casual, Ana. Você é muito mais do que isso.

Eu queria acreditar nele, queria acreditar que algo assim podia funcionar.

Mas a realidade parecia tão mais complicada.

Senti um nó se formando na minha garganta, e desviei o olhar.

— Eu tenho que ir... — murmurei, tentando me afastar dele.

Mas ele me prendeu, seus braços fortes envolvendo minha cintura enquanto me puxava de volta.

Seus lábios encontraram os meus novamente, e o beijo foi mais intenso, mais desesperado, como se ele quisesse me impedir de ir embora com cada toque.

— Vem comigo — ele sussurrou contra meus lábios, a voz carregada de emoção.— Pra Paris...

— Não posso... tenho meu trabalho... minha vida... — respondi, sentindo as lágrimas ameaçarem transbordar.— Tenho minha irmã que depende de mim...

— Por favor... — ele implorou, a voz dele quebrada, quase suplicante.— Eu mando um jatinho buscar sua irmã...

Eu toquei seu rosto com carinho,  focando nos detalhes do seu rosto, guardando na memória aquele olhar intenso que ele tinha.

— Eu vou esperar você...— falei, uma ponta de dúvida... porque era surreal demais que ele iria mesmo atrás de mim.—  Vou continuar te... amando de longe como a boa fã que sempre fui... Você é incrível, Rob... tudo o que vivemos só confirmou tudo o que eu sempre soube de você.

— Isso tá parecendo uma despedida de quem nunca mais vai me ver.— ele disse encostando a testa na minha de novo.

Segurei seu rosto, passando meu polegar em seus lábios finos...

— Me surpreenda...


















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