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14. Ousada - Parte III

POV ANA CARLA

Desci no lobby,colocando o carregador do celular na pequena bolsa  e antes que eu alcançasse a porta giratória o recepcionista veio até mim.

— Com licença, Srta. Ana?

Olhei para ele um pouco desconfiada.

— Sim...

Ele deu um pequeno sorriso, os olhos passando disfarçadamente por mim.

— O motorista do The Four Seasons Hotel Seoul está a sua espera.

Puxei o ar e soltei , tentando controlar o nervosismo.

Era simplesmente o hotel onde todos os famosos ficavam, liderando em segurança e privacidade.

Entrei no veículo sem falar um "ai" e o motorista tamvem ficou mudo.

Talvez não falasse minha língua.

Ele era coreano e todos os coreanos pareciam tão... sérios...

O carro avançava pelas ruas de Seul, iluminadas pelas luzes vibrantes dos letreiros e pelo movimento constante da cidade.

Apoiei a cabeça no encosto do banco, tentando controlar a mistura de nervosismo e ansiedade que me dominava.

Minha mente corria a mil.

O que eu estava fazendo?

Encontrar Robert Pattinson, no quarto dele, em um hotel luxuoso... Era como algo tirado de um sonho ou de uma daquelas fanfics que eu lia quando era adolescente.

Quando o carro parou em frente ao imponente prédio do Four Seasons, meu estômago deu um nó.

O porteiro abriu a porta para mim com um sorriso educado, e eu saí do carro agradecendo baixinho.

Olhei para a entrada do hotel.

O saguão era luxuoso, com um brilho discreto e elegante era intimidador, para dizer o mínimo.

Caminhei até a recepção, onde uma mulher impecavelmente vestida me cumprimentou e parou no lugar quando o motorisra balançou as sobrancelhas para ela.

Segui ele até o elevador, mas ele não entrou.

— 1503.— ele disse para o assenssorista.

A cada andar que o elevador passava meu coração aumentava o ritmo das batidas.

Olhei meu reflexo nas portas de aço polido, ajeitando o cabelo mais uma vez e olhando para meu look.

Obviamente,não coloquei o vestido que Rebeca tanto insistiu.

Coloquei algo que eu me sentia confortável, um jeans largo cintura alta e um cropped colado de mangas compridas e gola alta.

Meu inseparável Adidas nos pés.

Quando as portas se abriram no 15º andar, respirei fundo e caminhei pelo corredor.

Cada passo parecia ecoar, e meu coração batia tão alto que achei que qualquer um poderia ouvir.

Parei na frente da porta 1503, hesitando por um momento antes de bater levemente.

Mas não esperei muito ou minha coragem ia embora.

Alguns segundos depois a porta abriu e eu quase cai pra trás quando Robert apareceu diante de mim, com uma camiseta preta e calça jeans.

Ele sorriu, um sorriso pequeno e genuíno que parecia dizer que ele estava tão nervoso quanto eu.

— Oi, Ana.

Meu coração quase parou quando ele disse meu nome.

— Oi, Robert.

Ele deu um passo para o lado, segurando a porta aberta.

— Entra.

Dei um passo hesitante para dentro do quarto, sentindo as pernas mais trêmulas do que eu gostaria de admitir.

O ambiente era aconchegante, com uma decoração moderna, luzes quentes e uma vista deslumbrante de Seul através de uma janela de vidro que ia do chão ao teto.

Mas nada disso realmente importava.

Meu foco estava nele.

Ele estava parado a poucos passos de mim, segurando a porta aberta com a mesma expressão tranquila que eu tinha visto tantas vezes em entrevistas.

Só que agora era real.

Ele estava ali.

Eu podia ver cada detalhe — as linhas suaves do rosto, os olhos que pareciam enxergar mais do que eu gostaria que ele visse, o jeito como o cabelo bagunçado parecia cuidadosamente descuidado.

Era surreal.

Ele fechou a porta e virou-se para mim, cruzando os braços casualmente.

— Você está bem? — ele perguntou, com um tom genuinamente preocupado.

— Eu... sim. — A resposta saiu mais como um sussurro do que eu pretendia, e fiquei mortificada.

Afastei o olhar rapidamente, tentando me concentrar em qualquer outra coisa.

A poltrona ao lado da janela, a luminária moderna, o carpete... mas era impossível ignorá-lo.

Meu coração batia tão forte que eu tinha certeza de que ele podia ouvir.

— Quer sentar? — ele perguntou, apontando para o sofá.

Assenti, caminhando até lá com passos incertos.

Quando me sentei, percebi que minhas mãos estavam suando.

Ele se aproximou, mas não sentou.

Apenas parou na minha frente, mantendo uma distância educada.

— Você parece nervosa.

Eu soltei uma risada curta, sem graça.

— E quem não estaria?

Ele riu também, um som baixo e rouco que fez meu estômago revirar.

— Isso faz sentido.

Eu me forcei a respirar fundo, tentando me acalmar.

— Desculpa... Eu só... é muita coisa.

Ele inclinou a cabeça, parecendo curioso.

— Muita coisa?

— Você. Isso. — Eu fiz um gesto vago ao redor, tentando explicar. — É... você é Robert Pattinson.

Ele sorriu, mas dessa vez parecia mais tímido, quase envergonhado.

— Ainda sou uma pessoa normal, sabe?

Eu o encarei, piscando.

— Normal? — soltei, incrédula. — Você não tem ideia do quanto é impossível te ver como... normal.

Ele deu um passo para trás, rindo suavemente, e sentou na poltrona em frente a mim.

— Ok, talvez não seja tão normal assim. Mas aqui estamos. Dois humanos conversando.

A simplicidade com que ele disse aquilo fez algo em mim relaxar, mesmo que só um pouco.

— Eu sou sua fã, sabe? — confessei, olhando para as mãos no meu colo. — Há anos.

— Percebi pelo envelope com o número — ele disse, brincando, e eu ri, sentindo meu rosto corar.

— É que... — Eu hesitei, sem saber como explicar. — Você sempre foi mais do que só um ator para mim. Sempre me inspirei em como você parece... autêntico.

Ele pareceu surpreso com a confissão, mas sorriu de um jeito mais suave, mais pessoal.

— Obrigado por dizer isso.

O silêncio que se seguiu não era desconfortável, mas eu ainda sentia o peso da situação.

Estar ali, diante dele, era algo que eu nunca tinha imaginado que realmente aconteceria.

— Então... — ele começou, com um brilho divertido nos olhos. — Estou à altura das expectativas?

Eu ri de nervoso, balançando a cabeça.

— Você é ainda mais... real do que eu esperava.

Ele sorriu, e dessa vez parecia satisfeito.

— Bom saber.

Robert levantou-se lentamente, apontando para o frigobar ao lado da mesa.

— Quer beber alguma coisa?

Minha garganta estava seca, provavelmente de tanto nervosismo, então assenti, tentando parecer mais tranquila do que realmente estava.

— O que você tem?

Ele abriu a porta do frigobar e se abaixou para olhar as opções.

Por um segundo, o som das garrafas sendo movidas pareceu preencher o silêncio.

Então ele ergueu uma pequena garrafa verde e virou para mim com um sorriso meio divertido.

— Soju.

Eu ri, sem conseguir evitar.

— Sério? Meus 20 anos sendo sua fã me dizem que você não curte essas bebidas quentes.

Ele deu de ombros, fingindo uma expressão séria.

— Estou na Coreia, não é? Achei que era o que deveria fazer.

— Justo. — Sorri, relaxando um pouco. — Tudo bem, eu aceito.

Ele pegou dois copos e voltou para a poltrona, colocando tudo na mesa de centro entre nós.

Sua habilidade de abrir a garrafa e servir parecia prática, como se ele já tivesse feito isso algumas vezes.

— Aqui está. — Ele me entregou um dos copos, e eu o segurei, sentindo o vidro frio contra meus dedos.

Por um momento, ficamos em silêncio, apenas bebendo um gole.

O sabor do soju era forte , mas quente, e ajudou a acalmar um pouco os nervos.

Então, Robert quebrou o silêncio.

— Por que você saiu da balada sem falar comigo?

Sua pergunta foi direta, mas o tom era gentil, como se ele realmente quisesse entender.

Eu segurei o copo com as duas mãos, olhando para o líquido claro enquanto pensava na resposta.

— Eu... fiquei com receio de ter passado a impressão errada.

Ele arqueou uma sobrancelha, parecendo genuinamente curioso.

— Impressão errada?

Assenti, olhando para ele.

— Tipo... não sei, talvez eu tenha parecido... desesperada ou algo assim, entregando meu número daquele jeito.

Ele ficou em silêncio por alguns segundos, e meu coração disparou, temendo o que ele poderia dizer.

Mas então, ele inclinou-se ligeiramente para frente, apoiando os cotovelos nos joelhos, e me encarou com seriedade.

— Ana, se você tivesse passado uma impressão errada, eu não teria mandado mensagem.

Meu coração deu um salto, e senti minhas bochechas queimarem.

— Sério? — perguntei, a voz quase um sussurro.

Ele sorriu, um sorriso tranquilo e sincero que parecia iluminar o ambiente.

— Sério. Eu achei... — Ele hesitou, como se escolhesse as palavras com cuidado. — Achei você diferente.

Engoli em seco, sem saber o que dizer.

Era surreal ouvir aquilo de alguém que eu admirei por tanto tempo.

Ele ergueu o copo, como se brindasse ao que acabara de dizer.

— Então, sem mais receios, certo?

Eu sorri, levantando meu copo também.

— Certo.

Nossos copos se tocaram com um leve tilintar, e pela primeira vez na noite, senti que talvez, só talvez, eu conseguisse relaxar.

Robert tomou mais um gole do soju, apoiou o copo na mesa e me olhou, a cabeça inclinada de leve.

— Quantos anos você tem?

Fiz uma pausa dramática, fingindo indignação, e sorri enquanto colocava o copo na mesa.

— Ninguem te contou que é  indelicado perguntar a idade de uma mulher?

Ele arregalou os olhos por um instante, claramente sem esperar por essa resposta, e passou a mão pela nuca, visivelmente sem graça.

— Ah, desculpa... eu... não quis...

Eu não consegui segurar o riso.

— Relaxa, estou brincando!

Robert piscou algumas vezes, percebendo a provocação, e soltou um suspiro de alívio misturado com um sorriso.

— Meu Deus...— ele passou a mão no cabelo e meu riso ficou preso na garganta.

Caralho, quantas vezes eu tinha visto ele fazer isso nas entrevistas?

— Eu tenho 30.— falei, hipnotizada.

Ele pareceu se recuperar da minha brincadeira e retomou as rédeas da conversa.

— Se tornou minha fã aos 10 anos?

Eu assenti.

— Em Harry Potter e o calice de Fogo.

Seus olhos passaram por meu rosto com mais cuidado.

— Era só uma menina...

Eu sorri, encarando meu copo.

— Pois é...— concordei.— Aquela menina nunca imaginaria que um dia estaria bebendo So-ju com você na suíte mais cara do The Four Seasons Hotel Seoul.

Robert riu suavemente, mas havia algo no brilho dos olhos dele que mostrava que ele entendia exatamente o peso das minhas palavras.

Ele apoiou o cotovelo no braço da poltrona, o queixo na mão, e me observou com um interesse tranquilo.

— E como você imaginava esse momento? — ele perguntou, o tom curioso, mas leve.

Eu soltei uma risada curta, balançando a cabeça.

— Eu não sei se cheguei a imaginar algo tão específico... mas se imaginasse, provavelmente teria sido algo ridiculamente clichê.

— Tipo o quê? — Ele inclinou-se um pouco para frente, claramente interessado na resposta.

— Tipo... — Eu hesitei, mordendo o lábio, tentando evitar o embaraço. — Eu aparecendo com um vestido incrível, você me notando no meio de uma multidão, dizendo algo dramático e... bom, a música começaria a tocar no fundo.

Robert arqueou uma sobrancelha, tentando não rir.

— Então basicamente um filme.

Eu assenti, rindo de mim mesma.

— Exatamente. A vida real não funciona assim.

Ele deu um gole no soju, o sorriso brincando nos lábios.

— Não, mas às vezes a vida real é melhor.

— Melhor? — perguntei, cética, cruzando os braços. — Duvido que algum roteiro envolvesse eu usando jeans e um cropped enquanto bebemos soju.

Robert riu, um som genuíno que fez meu peito se aquecer.

— Talvez seja exatamente isso que faz essa história ser melhor.

Eu abaixei os olhos, sentindo o calor subir pelo meu rosto novamente. Como ele conseguia fazer algo tão simples parecer tão... profundo?

— Você é muito bom nisso, sabia?

— Nisso o quê? — Ele inclinou a cabeça, curioso.

— Em fazer as pessoas se sentirem especiais.

Ele ficou em silêncio por um momento, os olhos presos aos meus, antes de dar de ombros, como se não soubesse o que responder.

— Talvez porque você seja especial.

Meu coração pulou no peito, e por um instante, eu não consegui dizer nada.

Apenas fiquei ali, tentando processar o que ele tinha acabado de dizer.

— Isso foi... — comecei, mas minha voz falhou.

— Dramático? — Ele sorriu, claramente brincando, mas com um toque de timidez.

Eu ri, balançando a cabeça.

— Acho que só vou precisar de mais um pouco de soju para lidar com isso.— Eu ri, me sentando mais confortável, puxando meus pés para cima do sofá.

Ele riu junto e seus olhos caíram sobre meus tênis.

— Adidas?— questionou.

— Influência sua.— falei mexendo meus pés.

— Isso sim é algo bom.— Robert sorriu torto.

Igual como fazia nos filmes, igual Edward fazia... E eu fiquei paralisada olhando para ele.

Por um segundo aquilo tudo pareceu surreal demais, minha respiração acelerou e talvez o So-ju tenha feito minha mente girar.

Levantei, apertando meus cachos e puxando o ar.

— Ana...— ele ficou de pé,vindo até mim.— Está tudo bem?

— Esta... Eu...— me virei para ele. Robert estava ali, não era um sonho.— Eu só não sei o que fazer...

Ele colocou as mãos nos bolsos e franziu o cenho daquele jeito que Edward Cullen fazia muito.

Eu quis gritar.

— Não sabe o que fazer?

— É! Eu nunca pensei que chegaria nessa parte.— ri de nervosa e ele acabou rindo junto.— Aí meu Deus, olha só como você é perfeito rindo!

Robert riu baixo, mas o som parecia ecoar pelo quarto e ressoar dentro de mim.

Ele passou a mão pelos cabelos, claramente tentando disfarçar o embaraço, mas era impossível ignorar como cada movimento seu parecia naturalmente sedutor.

Ele deu um passo em minha direção, e eu senti o ar ao meu redor mudar, como se tudo no ambiente gravitasse em torno dele.

— Ana...— Ele começou, com a voz baixa, como se estivesse escolhendo as palavras com cuidado. Seus olhos encontraram os meus, intensos e cheios de algo que eu não conseguia decifrar de imediato. — Você é incrível, sabia?

Minha risada saiu nervosa, e eu olhei para o chão, tentando encontrar qualquer coisa que me ancorasse.

Ele deu mais um passo, e de repente, ele estava próximo o suficiente para que eu sentisse o calor de sua presença.

— Eu sou incrível? — questionei, tentando parecer mais confiante do que estava. — Robert, eu sou só uma fã que teve sorte.

Ele balançou a cabeça, um sorriso torto no rosto — aquele sorriso que me fez suspirar tantas vezes ao assistir seus filmes.

— Pode até ser que você tenha começado como minha fã, mas, aqui, agora, somos só duas pessoas. Dois adultos. — Ele inclinou a cabeça, os olhos presos aos meus, como se estivesse esperando que eu absorvesse suas palavras. — E você não tem ideia do quanto você me intrigou.

Meu coração batia tão forte que parecia ecoar na minha cabeça.

Tudo nele — o tom de voz, o jeito que ele me olhava, até mesmo a postura — era hipnotizante.

Meu corpo ficou tenso, dividido entre o desejo de correr e a vontade de mergulhar de vez naquela situação surreal.

Ele levantou a mão, mas hesitou antes de tocar meu braço, como se estivesse me dando a chance de recuar. Quando eu não me mexi, seus dedos roçaram levemente minha pele, enviando uma onda de calor que percorreu todo o meu corpo.

— Ana... — Ele sussurrou meu nome, e de alguma forma parecia mais íntimo do que qualquer outra coisa que ele pudesse dizer. — Me diz o que você quer.

Minhas palavras estavam presas na garganta, mas minha mente gritava a resposta.

Ele.

Eu queria ele.

Tudo nele parecia me puxar, me envolver, me deixar vulnerável e ao mesmo tempo completamente viva.

Mas antes que eu pudesse formular uma resposta, ele deu um passo mais perto, a distância entre nós agora inexistente.

— Posso te dizer o que eu quero? — ele perguntou, a voz rouca e baixa.

Eu assenti, incapaz de falar, enquanto seus olhos escureciam, fixos nos meus.

Em um movimento lento e calculado, ele deslizou a mão para minha cintura, seus dedos firmes, mas gentis, me segurando com uma segurança que fez meu coração vacilar.

Meu corpo se curvou instintivamente em direção ao dele, e eu podia sentir sua respiração quente contra minha pele.

— Isso. — Ele murmurou, antes de inclinar-se e capturar meus lábios nos dele.

O mundo pareceu desaparecer.

O toque era suave no início, como se ele estivesse explorando, testando.

Mas rapidamente a suavidade deu lugar a algo mais intenso, mais urgente.

Seus braços me puxaram mais para perto, e minha mente se esvaziou de qualquer dúvida ou medo.

Tudo que existia era ele.

Robert Pattinson.

O som do toque estridente do meu celular me fez pular e me afastar de Robert tão rápido que quase tropecei em meus próprios pés.

Meu coração estava disparado, mas agora por outro motivo.

Ele parecia tão surpreso quanto eu, com os lábios ainda entreabertos e um sorriso começando a se formar.

Fiquei estática, tentando processar tudo o que tinha acabado de acontecer.

Então, ele ergueu uma mão e tocou suavemente meu rosto, os dedos quentes contra minha pele queimada de vergonha.

— Seu telefone está tocando — ele disse, com a voz baixa, mas divertida.

Olhei para ele, ainda sem palavras, antes de pegar minha bolsa apressadamente e puxar o celular.

O nome de Rebeca piscava na tela, e por um momento, fiquei paralisada, sem saber se deveria atender ou ignorar.

Finalmente, deslizei o dedo e levei o aparelho ao ouvido.

— Oi, Rebeca... — murmurei, tentando soar normal, embora minha voz saísse quase inaudível.

— Tá tudo bem? — Rebeca perguntou, mas antes que eu pudesse responder, completou. — Só tô ligando porque você pediu.

Eu abri a boca, mas nenhum som saiu.

Isso porque, enquanto ela falava, Robert se aproximou novamente, depositando um beijo lento e suave no meu rosto, próximo à mandíbula.

Meu corpo inteiro ficou tenso, e meu celular quase escorregou da minha mão.

— Ana? — Rebeca chamou, mas eu estava muda, completamente tomada pela proximidade dele.

Antes que eu pudesse reagir, Robert pegou o celular da minha mão e colocou no viva-voz com uma facilidade casual.

Ele ainda tinha aquele sorriso travesso no rosto enquanto se aproximava do microfone.

— Oi, Rebeca, aqui é o Robert.

A linha ficou em silêncio por um segundo antes de Rebeca soltar, em um tom quase descrente:

— Não fode!

Robert riu, e eu queria me enfiar debaixo do sofá.

— É sério — ele respondeu, com um tom divertido, enquanto me olhava de lado. — A Ana está em choque porque eu beijei ela... Alguma dica para fazer sua amiga reagir?

Rebeca soltou uma risadinha baixa e respondeu sem hesitar:

— Continua beijando.

Robert riu ainda mais, e eu cobri o rosto com as mãos, mortificada.

— Parece um bom plano — ele disse, piscando para mim, antes de desligar o telefone e colocá-lo sobre a mesa.

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