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11. É Assim Que Acaba - FINAL

POV Robert Pattinson



Acordei com uma leve dor de cabeça, que só piorou quando passei pelo espelho no banheiro e vi meu reflexo. Meu olho estava um pouco mais roxo do que na noite anterior, e a costela parecia ainda mais dolorida, embora nada estivesse quebrado. Soltei um suspiro pesado, tirando a camisa para observar o hematoma que se formava ali também.

Entrei no chuveiro, deixando a água quente aliviar parte da tensão nos músculos, mas minha mente estava em outro lugar. A noite anterior parecia desfilar pela minha cabeça, especialmente os momentos com Ana. A maneira como ela havia ficado desconcertada enquanto me ajudava a tirar a camisa... Aquele olhar nos olhos dela, um misto de confusão, medo e algo mais que eu não conseguia nomear.

Depois do banho, decidi que precisava de um dia mais tranquilo. Talvez pudesse usar o tempo para ficar com Ana, quem sabe ajudar a deixá-la mais à vontade.

Fui até a cozinha e encontrei Julia tirando a mesa do café.

— Bom dia, Julia. — Cumprimentei, olhando ao redor. — Cadê a Ana?

Julia nem levantou os olhos, ocupada com os pratos.

— Saiu cedo de casa.

Minha sobrancelha levantou na hora, e qualquer traço de apetite sumiu.

— Como assim saiu?

Julia deu de ombros, continuando o trabalho.

— Saindo, menino, com as pernas dela pela porta.

— E você deixou, Julia? — Perguntei, irritado.

Ela finalmente parou, colocando a mão na cintura com o pano de prato.

— E eu sabia que ela era sua prisioneira, por acaso?

Fechei os olhos, soltando um suspiro frustrado antes de sair da cozinha. Passei a manhã inteira inquieto, a mente criando cenários que variavam entre preocupantes e completamente irracionais. Eu tentava me convencer de que Ana estava bem, mas a ideia de Rafael ainda estar por aí me deixava tenso.

Quando ouvi a porta se abrir perto do meio-dia, fui direto até a sala. Lá estava ela, colocando uma bolsa sobre o sofá como se fosse um dia qualquer.

— Oi. — Ela disse, de forma casual, antes de se sentar no sofá.

Eu a observei por um momento, procurando algum sinal de que algo estava errado. Não havia novos hematomas, nada que indicasse um confronto físico, mas sua expressão parecia abatida.

— Ana... desculpa... mas onde você foi?

Ela suspirou, olhando para frente, como se buscasse coragem para falar.

— Eu fui na delegacia. — Disse finalmente, pegando-me de surpresa.

— Delegacia? Por quê? — Perguntei, sentando na poltrona à sua frente.

— Fui denunciar meu ex-marido. — Ela respondeu, sem rodeios, mas sua voz tinha um tom mais pesado.

Minha primeira reação foi de incredulidade.

— E por que você não me chamou? Por que não me disse que ia fazer isso? Eu podia ter falado com o meu advogado, ido com você...

Ela deu de ombros, seu olhar fixo nas mãos.

— Porque era algo que eu precisava fazer sozinha.

Só então percebi o quão abalada ela estava. Sua postura rígida, os ombros tensos, a maneira como ela mordia o lábio inferior... tudo indicava que aquilo a tinha afetado mais do que ela estava deixando transparecer.

Levantei-me e me sentei ao lado dela, passando um braço ao redor de seus ombros e puxando-a delicadamente para perto de mim. Ela resistiu por um momento, mas então sua cabeça encostou no meu peito, e o choro veio.

— Me sinto tão leve... — Ela começou entre soluços. — Mas, ao mesmo tempo, tão pesada...

— Eu sei. — Murmurei, acariciando seus cabelos.

— Foi humilhante... contar os detalhes, falar sobre tudo o que vivi... Mas eu precisava fazer isso, Robert. Eu nunca mais quero passar por aquilo de novo.

Seu choro se intensificou, e eu a segurei com mais firmeza, querendo absorver toda a dor que ela sentia.

— Você nunca vai passar por isso de novo. — Afirmei, minha voz baixa e firme. — Eu prometo.

Ana não respondeu, mas continuou chorando, e eu fiquei ali, segurando-a, tentando transmitir o máximo de segurança que podia.

Observei ela se recompor, seus olhos ainda um pouco vermelhos, mas ela se esforçava para manter a postura. Meu coração apertou ao vê-la tão vulnerável, tão frágil e ao mesmo tempo determinada. Sem pensar muito, toquei seu rosto, o polegar traçando suavemente sua bochecha.

— Vai ficar tudo bem, Ana. Eu prometo.

Ela assentiu levemente, mas não parecia completamente convencida. Enquanto ela respirava fundo, minha mente já trabalhava em um plano. Precisava falar com meu amigo juiz, encontrar uma maneira de garantir que Rafael não pudesse mais se aproximar dela. Esse desgraçado precisava pagar.

— Eu quero ir à produtora. — A voz dela quebrou o silêncio, me pegando de surpresa.

— O quê?

— Quero assinar o contrato. — Ela falou com mais firmeza, seus olhos encontrando os meus. — Quero começar essa nova página da minha vida.

Um sorriso brotou em meus lábios.

Ver essa determinação em Ana me enchia de orgulho, mas antes que eu pudesse dizer algo, ela continuou:

— Estou pensando em alugar um apartamento com o valor que recebi da minha saída como faxineira.

Meu sorriso se desfez instantaneamente.

— Alugar um apartamento? — Perguntei, minha voz mais grave do que pretendia.

— Sim. — Ela respondeu, cautelosa.

— Eu não acho seguro. — Falei de uma vez, tentando manter a calma. — Rafael pode querer se vingar. Você precisa ficar aqui, onde é seguro, pelo menos até garantirmos que ele não é mais uma ameaça.

Ela abriu a boca para responder, mas foi interrompida pela entrada de Julia, que trazia seus remédios e um copo d'água.

— Hora dos seus remédios, menina. — Julia disse, colocando o copo na mesa com sua típica autoridade.

Ana pegou os comprimidos sem reclamar, mas eu sabia que a conversa não estava encerrada. Passei a mão pelos cabelos, tentando disfarçar meu nervosismo enquanto ela tomava os remédios.

Depois de engolir os comprimidos, Ana me olhou de maneira inesperada, sua expressão mais suave, quase hesitante.

— Robert, você pode fazer um favor para mim?

— Claro. O que quiser.

Ela esboçou um pequeno sorriso antes de dizer:

— Enquanto eu andava pela casa nesses dias, vi um piano na biblioteca. Você pode tocar para mim?

Pisquei algumas vezes, surpreso com o pedido.

— O piano?

— Sim. — Ela parecia quase tímida. — Faz tanto tempo que não ouço música ao vivo... seria um presente ouvir você tocar.

Olhei para ela por um momento, minha tensão suavizando ao ver a sinceridade em seu olhar.

— É claro que posso tocar para você. — Respondi, me levantando e estendendo a mão para ela. — Vamos para a biblioteca.

Ela hesitou por um segundo antes de pegar minha mão.

Guiando Ana até a biblioteca, sentia a delicadeza da mão dela na minha.

Ao chegarmos ao piano, puxei o banco para que ela se sentasse ao meu lado.

— Vamos, sente-se aqui comigo. — Eu disse, batendo suavemente no espaço ao meu lado.

Ela hesitou por um momento, mas acabou se acomodando. Sua expressão era curiosa, quase infantil, enquanto olhava para o piano como se fosse algo mágico.

Virei para ela, sorrindo.

— E então? O que você quer que eu toque?

Ana mordeu o lábio, parecendo pensar.

— Eu... não sei. — Disse, um pouco sem jeito. — Qualquer coisa que você goste.

— Qualquer coisa que eu goste? — Perguntei, arqueando uma sobrancelha com um sorriso brincalhão. — Isso pode ser perigoso.

Ela soltou uma risada baixa, e aquele som aqueceu algo dentro de mim.

— Surpreenda-me. — Ela disse, sua voz suave, mas com um leve desafio.

Coloquei os dedos nas teclas, deixando-os descansar ali por um momento. Pensei em algo que fosse especial, algo que pudesse dizer mais do que palavras sem parecer óbvio demais. Comecei a tocar uma melodia tranquila, um clássico que sempre me acalmava: "Clair de Lune", de Debussy.

O som preencheu o ambiente, e enquanto tocava, sentia os olhos de Ana fixos em mim. Não olhei diretamente para ela, mas podia sentir sua presença, seu silêncio absorvendo cada nota.

Quando terminei, o último acorde ecoando suavemente pela sala, virei-me para ela.

— E então? — Perguntei, tentando parecer casual. — Foi uma boa escolha?

Ana estava olhando para o teclado, mas seu rosto tinha uma expressão de calma e melancolia.

— Foi perfeito. — Ela respondeu baixinho. — Não sabia que você tocava assim... com tanta...

— Emoção? — Completei.

Ela assentiu, um leve sorriso curvando seus lábios.

— É fácil tocar com emoção quando se tem inspiração. — Respondi, minha voz mais baixa, quase um sussurro.

Ana levantou os olhos para mim, sua expressão mais vulnerável do que eu esperava.

Por um momento, pensei que ela fosse dizer algo, mas em vez disso, ela desviou o olhar, as mãos repousando em seu colo.

— Obrigada, Robert. — Ela murmurou.

— Sempre que quiser. — Respondi, sem tirar os olhos dela.

Eu sabia que não era apenas a música que a tocava, mas também tudo o que não estávamos dizendo.

Algo estava mudando entre nós, e eu só podia esperar que ela estivesse pronta para isso tanto quanto eu.

POV ANA CARLA

Caminhar ao lado de Robert pelos corredores da produtora era uma experiência que eu nunca imaginaria viver.

Cada passo parecia ecoar mais alto que o anterior, e os olhares das minhas antigas colegas de trabalho pesavam sobre mim.

Elas me observavam com curiosidade, surpresa e, em alguns casos, confusão.

Eu sabia que os hematomas no meu rosto e o braço imobilizado alimentavam as especulações, mas, honestamente, não tinha energia para me importar.

Robert parecia tranquilo, uma mão repousando suavemente na base das minhas costas enquanto me guiava, oferecendo uma segurança que eu ainda não sabia como aceitar totalmente.

Quando saímos do elevador no andar da sala de Robert, Rebeca estava limpando ali.

Ela parou no meio do corredor, os olhos arregalados. Sem hesitar ela veio até mim e nos abraçamos com força, um silêncio cheio de significados passando entre nós.

Quando nos soltamos, os olhos dela estavam marejados, e eu sabia que os meus também.

— Você está bem? — Ela perguntou em um sussurro.

Assenti.

— Estou tentando.

Ela sorriu, um sorriso pequeno, e seus olhos foram para Robert que me esperava na porta da sala, quando olhou para mim de novo eu não consegui decifrar que sua expressão dizia.

Na sala de reunião, me senti deslocada à primeira vista.

As poltronas grandes, a mesa de vidro brilhando sob as luzes, os homens e mulheres em trajes impecáveis... tudo parecia tão distante da Ana de meses atrás, que varria corredores e limpava banheiros.

Mas então Robert me lançou um olhar de incentivo, e eu respirei fundo.

Assinar o contrato foi surreal.

Marcus, sempre direto, não poupou elogios:

— Você é a nossa grande aposta, Ana. Não estrague tudo. — Disse, com um meio sorriso.

Sorri de volta, tentando absorver o momento.

Nos dias seguintes, mergulhei no trabalho como dubladora.

Receber o roteiro do filme foi emocionante e intimidador ao mesmo tempo.

Trabalhar com os outros dubladores foi uma experiência enriquecedora, mas nada me preparou para o choque de conhecer Dwayne “The Rock” Johnson pessoalmente.

— Ei, você deve ser a nova estrela. — Ele disse, com aquele sorriso caloroso que parecia genuíno.

— E você deve ser... o semi-deus. — Respondi, fazendo referência ao personagem dele no filme, o que o fez rir.

Conforme os dias passavam, percebia mais e mais os olhares de Robert.

Sua confissão parecia ter aberto meus olhos para coisas que antes tinham me passado despercebido.

Ele sempre parecia estar por perto, observando-me de longe ou oferecendo ajuda, mesmo quando eu não pedia.

Voltávamos juntos para casa todos os dias, e a rotina com ele estava se tornando reconfortante.

Ele era gentil, prestativo, e cada vez mais carinhoso.

Certa noite, enquanto estávamos no carro, ele quebrou o silêncio:

— Está tudo bem? Você tem trabalhado muito.

Olhei para ele, vendo a preocupação genuína em seus olhos.

— Estou bem. Cansada, mas... bem.

Ele sorriu, mas não era apenas um sorriso. Era algo mais íntimo... Como se estivesse feliz apenas por me ouvir dizer que estava bem.

Algo estava mudando entre nós.

O clima leve e brincalhão estava se tornando algo mais intenso , mais... Eu não saberia dizer.

E, mesmo que eu ainda tivesse minhas dúvidas e medos, mesmo que cada vez que seu sorriso torto me esquecesse por dentro minha mente traumatizada me lembrasse de tudo o que eu tinha vivido, não conseguia evitar me sentir cada vez mais confortável ao lado dele.

POV Robert Pattinson




No estúdio, meus olhos estavam fixos na tela dividida. De um lado, Ana estava na cabine de gravação, com aqueles fones grandes cobrindo as orelhas e os olhos tão concentrados no texto que parecia que nada mais no mundo existia. Do outro, a animação da Moana seguia sincronizada com sua voz. A interpretação dela era tão autêntica que me peguei pensando que ninguém mais conseguiria fazer aquilo como ela.

Eu sorria sem perceber, o peito cheio de orgulho. Era incrível ver o quanto ela estava brilhando.

— Você tá feliz, hein? — A voz de Bobby me tirou do transe. Ele estava sorrindo daquele jeito provocador que só ele sabia fazer.

— Quem não estaria? Ela tá arrasando. — Respondi, tentando soar casual, mas sem conseguir tirar os olhos da tela.

— Não era disso que ele tava falando. — Marcus entrou na conversa, cruzando os braços e me olhando como se soubesse de algo que eu não queria admitir.

Eu virei para os dois, fingindo confusão.

— Então, do que vocês estão falando?

— De vocês dois. — Bobby disse direto, sem rodeios. — Como estão as coisas?

Suspirei e dei de ombros, tentando parecer indiferente.

— Estão... bem.

Os dois trocaram um olhar daqueles que me irritavam. Marcus arqueou uma sobrancelha.

— A gente tá falando de vocês dois, não dos hematomas dela.

Recostei na cadeira e passei a mão pelo rosto.

— Devagar. Ela passou por muita coisa. Não quero forçar a barra.

— Devagar é bom, mas não quer dizer que você não pode mostrar que tá afim. — Bobby rebateu, direto como sempre. — Ninguém tá falando pra pressionar ela ou algo assim, mas... invista um pouco.

Fiquei em silêncio, as palavras deles ecoando na minha cabeça enquanto voltávamos à revisão. Mas minha mente já não estava ali. O que Bobby disse fazia sentido. Eu não queria pressionar Ana, mas precisava mostrar a ela, de algum jeito, o quanto eu me importava.

Quando saí da produtora no fim do dia,ela já tinha ido embora a um tempo e eu  já tinha tomado minha decisão. Eu precisava fazer algo especial por ela. Algo útil, algo que mostrasse que eu estava atento às suas necessidades.

Entrei na loja da Apple com um objetivo claro. Não foi difícil escolher. Sai de lá com uma pequena caixa envolta em um laço. Um celular novo. O celular antigo dela tinha ficado na casa onde tudo aconteceu, e eu sabia que ela precisava de um.

Segurando a caixa, me peguei sorrindo sozinho. Não era só um presente. Era um gesto, um jeito de dizer: "Estou aqui. Sempre vou estar aqui."

Assim que abri a porta de casa, o aroma de algo caseiro me envolveu. Não era o cheiro de uma refeição qualquer, mas algo especial, algo que carregava cuidado. Segui até a cozinha, curioso, e quando a vi, tive que parar por um instante para processar a cena.

Ana estava de pé, ajustando a mesa, um vestido solto, rosa claro, adornando seu corpo. Seus cachos, agora perfeitamente definidos, caíam livres pelas costas, e, pela primeira vez desde que ela veio para minha casa, o braço estava livre da tipoia.

Mas não foi nada disso que me atingiu. Foi o sorriso no rosto dela. Não um sorriso tímido ou hesitante, mas um sorriso completo, iluminado, como se alguma parte dela, até então aprisionada, tivesse finalmente se libertado.

— Ele foi preso. — Ana anunciou, a voz embargada e os olhos brilhando.

Por um momento, fiquei sem palavras. Eu larguei a pequena caixa que carregava sobre a mesa e fui até ela, envolvendo-a em meus braços.

— Isso é incrível, Ana. — Minha voz saiu rouca, quase um sussurro, enquanto a segurava.

Ela era tão pequena em meus braços, mas tão forte. A sensação de tê-la ali, tão próxima, tão real, era algo que eu jamais conseguiria colocar em palavras.

Quando ela se afastou, nossos olhares se encontraram, e algo mudou no ar entre nós. Ela parecia hesitante, um pouco envergonhada, mas havia uma sinceridade nos olhos dela que me prendeu.

— Eu pensei em comemorar. — Ela começou, desviando o olhar por um breve instante antes de voltar a me encarar. — E quando pensei no que fazer, tudo o que veio à mente foi falar com você. Eu... não quero compartilhar essa sensação de liberdade com mais ninguém além de você.

Meu coração disparou. Cada palavra dela parecia atingir um lugar em mim que eu nem sabia que existia.

Sem pensar, levantei minha mão e toquei o rosto dela com cuidado, sentindo a suavidade de sua pele contra minha palma. Ela fechou os olhos ao meu toque, e eu me perdi naquele instante.

— Olha para mim... — Minha voz saiu quase em um sussurro, sem força para ser mais que isso.

Quando ela abriu os olhos, vi algo ali que me desarmou completamente. Havia medo, sim, mas também algo mais quente, mais profundo. Algo que parecia me convidar a entrar, a ficar.

Então ela deu um passo à frente, tão pequeno que quase não notei, mas o suficiente para fazer meu coração quase parar.

— Eu confio em você, Robert... — Ela disse, com a voz baixa e tão sincera que senti o peso de cada palavra.

Eu sorri, ou pelo menos acho que sorri, porque naquele momento, minha mente estava em um turbilhão. Lentamente, me inclinei, dando a ela tempo, espaço para recuar se quisesse.

Quando nossos lábios se tocaram, foi como se o mundo parasse. O beijo era leve, apenas um roçar de lábios no início, mas era mais do que suficiente para me deixar completamente entregue.

Ela não recuou. Pelo contrário, suas mãos subiram até meu peito, e quando senti que ela se colocava na ponta dos pés para aprofundar o beijo, algo dentro de mim explodiu.

Era como se todo o peso que eu carregava — por ela, por tudo o que aconteceu, por tudo o que eu sentia — tivesse desaparecido. Era só ela, só aquele momento.

Eu não queria que acabasse. Não queria que ela recuasse. Porque naquele instante, com seus lábios nos meus, com seu corpo tão próximo, eu soube que estava exatamente onde deveria estar.

Ela subiu as mãos, tocando minha nuca, os dedos acariciando minha pele, me puxando para mais perto.

O toque ousado, e isso me pegou desprevenido de uma forma boa.

Nossos lábios  quentes e urgentes, como se aquele momento estivesse esperando para acontecer há muito tempo.

E realmente estava.

Sua língua tocou a minha, hesitante no início, mas quando abri meus lábios para recebe-la foi como desbloquear algo dentro dela, seus dedos puxaram meu cabelo, seus lábios envolveram os meus e ela girou sua boca na minha.

Eu gemi alto, soltando fogos por dentro por finalmente estar sentindo seu gosto.

Instintivamente, coloquei as mãos na sua cintura, puxando-a para mais perto, mas no mesmo instante ouvi um pequeno gemido de dor.

— Ana... desculpa. — Afastei-me imediatamente, preocupado.

Ela balançou a cabeça, um pouco corada, e disse com um sorriso tímido:

— Está tudo bem. Só preciso lembrar que ainda estou me recuperando.

Eu sorri, aliviado, louco para puxar ela de volta, mas ela continuou:

— A gente devia comer antes que a comida esfrie. — Ela apontou para a mesa posta com um ar um pouco envergonhado.

— Claro... — Concordei, mas não me movi.

Ana olhou para mim, curiosa, mas com um pequeno sorriso brincando em seus lábios. Aquilo me fez lembrar do presente que estava na sala de jantar.

— Espera. — Falei, indo até a mesa e pegando a pequena caixa da Apple. Voltei para ela e a entreguei.

Ana franziu o cenho, parecendo surpresa.

— O que é isso?

— Um presente. — Respondi simplesmente.

Ela abriu a caixa devagar, revelando o iPhone novo, mas sua expressão mudou.

Ela ficou séria, balançando a cabeça.

— Robert, eu não posso aceitar isso.

— Pode sim. — Insisti, com a voz firme.

Ela começou a protestar, mas antes que pudesse terminar, cheguei mais perto.

Encostei suas costas na bancada da pia com cuidado, segurando-a pelas laterais do corpo, dessa vez atento para não machucá-la.

— Ana... você pode aceitar isso. — Minha voz saiu baixa, mas firme, enquanto meus olhos encontravam os dela. — Pode aceitar isso e tudo o que eu tenho para dar. Inclusive o meu coração.

O silêncio entre nós foi denso, mas não desconfortável.

Ana me olhava, claramente tentando processar o que eu acabara de dizer.

Eu só podia esperar que ela visse a verdade nos meus olhos.

Enquanto secávamos a louça juntos, notei que Ana parecia um pouco tensa. Seus movimentos eram mecânicos, quase como se estivesse perdida em pensamentos. Eu sabia que o que havia acontecido na cozinha tinha mexido com ela, mas não queria pressioná-la.

— Boa noite, Ana. — Falei, inclinando-me para lhe dar um beijo rápido nos lábios antes de sair da cozinha. Talvez dar espaço fosse o melhor para nós dois agora.

No meu quarto, tomei um banho longo, deixando a água quente escorrer pelas costas enquanto minha mente voltava repetidamente ao beijo que compartilhamos. Era surreal pensar que, depois de tudo, Ana estava ali comigo, não apenas em minha casa, mas tão próxima, tão real.

Depois do banho, vesti um short e me sentei na cama, ainda imerso naquele turbilhão de pensamentos. A batida suave na porta ne fez pular no lugar.

Ao abri-la, fiquei surpreso ao ver Ana parada ali. Ela usava uma camisola rose que lhe caía perfeitamente, mas o que chamou minha atenção foi sua respiração acelerada e os olhos brilhando, quase cheios de lágrimas.

— Está tudo bem? — Perguntei, a preocupação evidente na minha voz.

Ela puxou o ar com força, como se precisasse de coragem para falar, e então sua voz saiu, trêmula:

— Como você pode querer dar o seu coração para alguém que só tem um coração quebrado para te oferecer em troca?

Meu coração apertou.

Ela estava tão vulnerável, tão exposta naquele momento.

Senti meus ombros relaxarem enquanto um sorriso suave se formava em meus lábios.

— Porque eu sou capaz de amar cada pedacinho quebrado de você, Ana. — Respondi, minha voz carregada de sinceridade.

Ela soluçou, as lágrimas finalmente escorrendo pelo rosto.

— Eu... eu não sei se mereço...

— Deixa eu te mostrar como você merece. — Estendi minha mão para ela, sentindo meu peito se aquecer com a esperança de que ela aceitasse.

Por um instante, ela hesitou.

Seus olhos buscaram os meus, como se quisesse encontrar alguma garantia no que eu estava dizendo.

Então, devagar, ela colocou a mão na minha.

Quando ela entrou no quarto, eu a envolvi em um abraço apertado, puxando seu corpo para o meu.

Ana parecia tão pequena, mas naquele momento, ela era tudo.

Sem pensar, inclinei-me e capturei seus lábios em um beijo.

Não era apenas um beijo.

Era tudo o que eu queria dizer, mas não conseguia colocar em palavras.

Era cada promessa, cada pedaço de sentimento que eu carregava por ela.

Quando ela retribuiu, entregando-se a mim, senti algo dentro de mim se alinhar de uma forma que nunca havia sentido antes.

Minhas mãos desceram devagar para sua cintura, num carinho calmo. Meus lábios pegaram algumas de suas lágrimas enquanto beijava os seus, suaa mãos estavam trêmulas em meus ombros quando devagar a conduzi até o lado de minha cama.

— Robert...— ela ofegou ao sentir meus lábios em seu pescoço.

— Eu sou seu, Ana...— murmurei contra sua pele.— Faça comigo o que você quiser...

Puxei sua camisola um pouco para cima e ela se afastou como se tivesse levado um choque.

— Desculpa....— pedi me culpando por qualquer limite que eu tenha ultrapassado.

Seus olhos passaram por meu corpo, parando na evidente ereção que se alojava em meu short, dando um tom rosado em suas bochechas.

— Eu ainda estou com alguns hematomas.— ela disse me olhando, suas mãos torcendo o tecido de cetim da camisola.— Talvez seja melhor esperar...

Eu assenti.

— Você quer esperar?— perguntei ficando onde estava, eu faria o que ela quisesse.

Ana me olhou de novo, os olhos analíticos em cada parte de mim.

Ela puxou o ar de novo e disse:

— Não... Mas...eu... Eu quero você, mas tenho vergonha...medo... Eu...

Devagar, fui até o interruptor apagando a luz do teto, deixando só as luminárias ao lado da cama ligadas, o quarto a meia luz.

Ana olhou ao redor e relaxou os ombros, soltando o ar, me olhando com expectativa.

Sem pressa, parei a sua frente, e sem olhar em para o seu rosto baixei uma das alças da camisola que vestia, me inclinando para deixar um beijo num hematoma que ela tinha ali.

Foi prazeroso ver o arrepio percorrendo seu corpo quando fiz o mesmo com o outro ombro e o cetim deslizou até abaixo dos seus seios que marcavam o tecido fino.

Tirei seus cachos da frente do seu corpo, meu pau pulsando ao finalmente estar frente a frente do seu corpo praticamente nu.

— Você é linda...— eu disse tocando seus mamilos com a ponta dos meus dedos.— Não faz ideia de como eu imaginei ter você assim, Ana... é a realização de um sonho... ser seu...

Sua camisola caiu ao seus pés e eu me vi perdido quando suas mãos seguraram meu rosto e ela me beijou.

Eu a ergui do chão e me sentei na beirada da cama com ela em meu colo, minhas mãos subindo e descendo por seu corpo, sentindo sua pele arrepiada.

Eu mesmo enlouquecendo com o toque de suas mãos explorando cada parte de mim.

— Me toca...— ela disse, num pedido quase inaudível, a vergonha sendo derrubada aos poucos.

Eu sorri, girando com ela e a colocando deitada sobre meus lençóis.

Porra, a quanto tempo sonhei com aquilo?

Ana era linda, mesmo com tons de roxo e verde de seus hematomas pelo corpo.

Ela não era magra como todas atrizes e modelos, seu corpo era curvilíneo, seus seios cheios, seu quadril largo, a boceta gordinha e brilhante da excitação que estava sentindo.

Ela tinha seus olhos em mim, a boca meio aberta respirando rápido.

Me apoiei em meus braços sobre ela e ajeitei entre suas pernas depois de chutar o short que eu usava para longe.

Beijei sua clavícula, tentando me conter ao sentir suas mãos em minhas costas, descendo meus lábios pelo vale entre seus seios,seu gemido longo me deixando louco quando lambi seus mamilos rígidos.

Continue descendo, distribuindo beijos por seu abdômen, até chegar onde eu queria.

E quando coloquei minha língua sobre sua boceta carnuda foi como entrar no paraíso.

Ana soltou um gemido alto ao me sentir sugar seus lábios, minhas mãos subiram até seus seios e eu lambi seu clitóris, abalado por seus pregos e gemidos.

— Rob...

Puxei sua perna esquerda para meu ombro e apertei sua coxa, sorvendo tudo o que ela tinha para me dar.

Deixei que ela se perdesse em sensações, subindo meu corpo sobre o seu e beijando seus lábios, nossos gostos se misturando.

Suas pupilas estavam dilatadas e suas bochechas rosadas,a vergonha tinha evaporado com todo o resto.

Não havia espaço para sentimentos ruins ao nosso redor quando deslizei para dentro dela olhando em seus olhos.

— Eu sou sua.— ela disse tocando meu rosto.

Eu ri, meu corpo tremendo pelo prazer que nosso vai e vem me causava.

— E eu sou seu, meu amor.— eu disse segurando sua perna na altura do meu quadril. Metendo devagar, gostoso, sem pressa.— A muito tempo que eu sou seu...

.
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.
.

Fim....

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Hoje  eu finalizo esse capítulo desejando que todas as mulheres abusadas e violentadas tenham coragem para denunciar seu parceiro.
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JUNTAS NOS SOMOS MAIS FORTES!


O número nacional para denunciar violência contra a mulher é o 180, da Central de Atendimento à Mulher: 

O serviço é oferecido pela Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH). 

O atendimento é feito 24 horas por dia, todos os dias da semana, em qualquer local do Brasil e mais de 16 países. 

O serviço está disponível por chat e com acessibilidade para a Língua Brasileira de Sinais (Libras). 

Também é possível denunciar pelo WhatsApp, salvando o número (61) 996-100-180 na agenda do celular. A orientação é salvar o contato com o nome Pagu, ou o de outra pessoa, para garantir a discrição. 

Em caso de emergência, ligue 190 para a Polícia Militar. Se não for possível acionar a polícia, procure uma Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM) ou delegacia comum e registre boletim de ocorrência. 

Para denunciar abusos contra crianças e adolescentes, ligue 100 para o Disque Direitos Humanos.

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