50. A Princesa e o Bobo da Corte
Oie, esse capítulo é inspirado em Triket, um romance dark de época que estou escrevendo com uma amiga, o nome do perfil é Escritoras_Ps
Seu chapéu com pontas terminando em guizos como um chocalho combina perfeitamente com a jaqueta e a calça, tudo em preto e vermelho, há guizos também em sua roupa, o que o transforma em um estardalhaço de sons fininhos enquanto se move. O sapato pontudo levantado na ponta termina a fantasia.
Ele é o palhaço, o arlequim, o bobo da corte, aquele que se joga do parapeito interno segurando uma barra presa ao lustre, apenas para encantar e divertir os nobres que não pensariam duas vezes antes de decapitá-lo caso se sentissem minimamente entediados.
Por que é isso o que vêem nele, uma distração.
Mas não eu. Eu vejo seu sorriso sumindo quando ele se curva para reverenciar o rei, vejo as dores que o espartilho apertado causa em suas costas largas, sua postura esguia camufla, mas não é capaz de esconder totalmente a angustia.
E acima de tudo, eu vejo sua raiva, queimando nos olhos azuis profundos como safiras, hipnotizantes.
Chester pousa no salão. Há tantas pessoas aqui que mal consigo vê-lo, pela primeira vez em anos, eu invejo a família real, são eles que podem ver o bobo da corte mais nitidamente e sem nenhuma cabeça para atrapalhar.
Eu fico nas pontas dos pés quando Chester se abaixa, passando a haste pelo vão que sua perna cria, ele a joga para cima e a acende em chamas, em volta, uma sequência de "ô" ecoa, a multidão está espantada.
- Engula - alguém grita de longe.
- Passa na pele - outro diz.
Eu não consigo ver seu rosto, mas o rei assente.
Isso é algo que eu não posso ver, não é diversão. As pessoas querem que ele se machuque, cada vez mais profundo, cada vez mais incurável.
- Com licença - peço ao passar pelos outros nobres, sou empurrada e pisada por todo o longo trajeto até a porta lateral do salão.
Uma salva de comemoração leva o volume á níveis gigantescos. Eu paro com uma tontura repentina, me apoiando na parede quando percebo o que aconteceu. Ele atendeu aos pedidos da plateia.
O odeio por um momento, por não ter esperado até que eu me afastasse o suficiente para não saber de nada.
Nem em mil anos eu retornaria para o salão, tudo o que eu queria era que a festa terminasse e eu pudesse ir para meus aposentos na ala das damas de companhia.
Corro para a fonte no jardim, me sento na borda e jogo a água fria no rosto até que baixe a temperatura nas minhas bochechas.
— Não ficou para o Grand Finalle?
A voz dele me causa inúmeros sentimentos conflitantes nos poucos segundos que Chester se aproxima.
— Não posso ver você se machucando.
— Eu estou bem — seu corpo cria uma sombra na pedra, mais longa que realmente é.
— Eu não acredito em você.
— É o meu trabalho. Não é como se eu pudesse dizer ao rei que não vou mais entreter seus convidados — Chester se senta ao meu lado e apoia sua mão na minha — e aqui, eu tenho você, doce e gentil, Sn.
Ele sabe como me tirar sorrisos de mim, me viro para ele e entrelaço nossos dedos.
— Está me cortejando, tolo?
— Não, isso seria tão imprudente. Um palhaço cortejando uma dama da princesa?
— Não serei uma dama para sempre, eventualmente, algum nobre verá valor em mim.
— Você me deixaria por um engomadinho?
Dou de ombros, ainda estou brava com ele.
— Eu entendo, você quer o mesmo que as outras, um casamento com um homem que vai cuidar de você. Mas o que diriam se estivesse casada com o bobo da corte? Eu sou uma piada, Sn. Não quero que você seja também.
— Você não sabe o que eu quero.
— Então me diz.
Eu cruzo os poucos centímetros entre nós dois e junto nossos lábios. No início só aperto minha boca na dele, mas logo ele move a língua de encontro a minha, eu aprendo logo o que fazer.
Infelizmente, somos interrompidos por risos chegando mais perto.
— Dorme comigo essa noite, querida.
— Eu não posso, se alguém descobrir...
— Estão todos cheios de hidromel, nem se a vissem nua sobre mim iriam se lembrar no dia seguinte — Chester se levanta e me oferece a mão, teatralmente, eu sei que não devia, mas prefiro viver isso uma vez com ele do que passar a vida toda me arrependendo.
Eu a pego e ele corre segurando minha mão, quando percebo, estou no estábulo e Chester me joga sobre uma pilha de feno.
Chester está sobre mim, ele me beija mais profundamente e agora eu sei como devolver. Sua mão segura minha cabeça na parte de trás enquanto a outra está na minha cintura, apertando levemente.
Os livros de anatomia na biblioteca, contam essa parte, mas não parece tão pessoal quanto agora, eu arrisco tocarem sua nuca, o chapéu caí sobre meu rosto me fazendo rir e chacoalhar o corpo.
— Shhh silêncio, não quer atiçar os cavalos, quer?
Ele se senta e desabotoa a camisa devagar, a tira com cuidado para não agitar os guizos. A visão é chocante, tanto pelas marcas roxas e cicatrizes, quanto pelo desenho do seu corpo.
Toco levemente cintura desenhada pelo espartilho preto de couro que termina abaixo dos tórax, tão bonito que eu poderia emoldurar.
Mas Chester está interessado em algo mais invasivo, enquanto eu me distraio com seu peito e ombros, ele sobe as minhas saias, todas elas, até só existir entre nós dois, os beijos e o fino tecido de seda que forma as anáguas.
— Se isso continuar — eu me apresso.
— Não se preocupe, não vou tirar de você a chance de se decidir com calma.
Mas Chester abre sua calça, soltando a tira de couro que amarra, em um segundo ele leva minha mão para o seu corpo, eu seguro algo, roliço e macio, apesar de ter algo por dentro, um nervo grande e grosso.
— Toque assim — Chester segura a minha mão e move para cima e ara baixo, então faz um som tão gostoso no meu ouvido que me sinto obrigada a beijá-lo novamente.
Não paro de mover minha mão, nem quando ele começa a abrir os fechos da minha anágua, mesmo paralisada de medo. Chester escorrega os dedos para dentro do tecido e alcança a parte sensível logo abaixo.
Sem me esforçar, faço o mesmo som que ele, pouco antes.
— Vamos chegar lá juntos e você vai continuar pura.
— Ah, Chester. Eu não sou pura desde a primeira vez que o vi.
Ele sorri com minha indiscrição. Mas não responde porque está indo mais fundo no meu corpo, penetrando um dedo devagar, sua palma pressiona o botão sensível em mim. Eu arqueio com a sensação e o aperto mais, movendo para cima e para baixo.
Chester me beija, esfregando meu ponto de prazer, mais rápido e depois devagar, torturando meu prazer com sua mãos áspera. Ele empurra na minha mão enquanto eu imploro, seu membro crescendo mais pouco a pouco.
Só então percebo que posso fazer o mesmo com ele.
Solto de leve seu membro e movo devagar, Chester geme em meus lábios, em reprovação, isso me faz rir.
— Não me faz ir longe demais, Sn.
— O que é longe demais?
Ele encosta sua testa na minha e rosna como um animal selvagem, então estou tento minha roupa de baixo rasgada, prendo a respiração quando sinto seu membro deslizando por mim.
Chester junta minhas pernas bem fechadas, se prendendo no meio, ele me abraça e então, começa a empurrar seu quadril em mim.
A ponta lisa passa pelo meu clitóris, indo e voltando e chega a entrar um pouquinho embaixo, não o suficiente para causar nenhum dano, embora eu esteja enfiando minhas unhas em seu pescoço, meu corpo todo responde com arrepios espasmos.
Ele geme em mim, beijando meu pescoço e seios, apenas as partes expostas, puxo seu espartilho para mim, o mantendo bem perto.
Então, não consigo controlar meu corpo, uma pressão que não sei explicar toma conta de mim, descendo até o ponto onde seu membro está esfregando e depois explodindo e espalhando.
— Chester — suspiro ao dizer seu nome, uma sensação nova e deliciosa.
Ele ri e beija meu rosto, seu corpo tem espasmos como os meus, mas ele controla melhor, então sinto algo sendo despejado do seu membro.
Chester me beija novamente e se mantém sobre mim por muito tempo, eu amo como suas mãos me tocam e trazem de novo o prazer e a luxúria, ainda que nossos corpos não estejam prontos.
— Você será tão boa nisso, Sn.
— Espero que você não seja idiota ao ponto de deixar ser de outro homem.
Chester aperta os lábios e assente lentamente, ele não quer aceitar que estamos destinados um ao outro ou que o fato de não querer que eu seja vista entre os nobres como a esposa do bobo da corte, mostre o quanto ele me ama.
Chester se deita comigo no feno e me puxa para seus braços. Ouço seu coração batendo.
— Você é minha, eu sei disso. E será minha esposa, nem que eu tenha que colocá-la em uma carruagem e fugir para onde ninguém sabe o que eu sou
Eu me viro e o beijo, longo e demorado, esperando que ele entenda que eu me orgulho de quem ele é.
Oiee, o link do livro tá nos avisos.
Ontem foi o primeiro dia que não chegou em 100 votos a tempo, por isso só estou postando hoje.
Volto assim que esse alcançar 100 votos.
Estão com saudades dos gemeos? e do Lupin? Konig? Pensando se posto com eles a seguir
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