31. Trote das Lideres - Eddie Munson
Repostando a pedido (demorei pra achar)
Eu estava tão empolgada com minha primeira reunião com a irmandade Delta Capa, depois de me esforçar tanto para entrar que não questionei o ponto de encontro, mesmo sendo do lado oposto do campus. Andei apressada pelo pátio externo enquanto arrumava o conjunto curto de cropped e saia de pregas no estilo preppy, apesar de não estar tão frio coloquei o traje completo, com o moletom universitário por cima.
Empurrei a porta de ferro com toda a força e entrei de uma vez, o local estava escuro e aparentemente vazio, pelo menos foi o que pensei até meus olhos se acostumarem com a pouca luz. A porta bateu atrás de mim me fazendo pular com o susto.
- Olá? - chamei enquanto corria os olhos pela sala - Candance?
- Lamento dizer, mas Candance não está aqui.
Meus olhos foram diretos para o cara parado no fundo da sala, quase totalmente nas sombras, me virei para a porta, mas antes que eu alcançasse a maçaneta, ouvi risinhos e barulho de metal, como correntes arrastando, quando puxei a porta não abriu, estava travada pelo lado de fora.
Me virei com as costas coladas no metal, ficando o mais longe possível dele.
- Elas precisam de mais criatividade, não acha? Todo ano a mesma coisa.
- Quem é você?
- Eu? - ele riu exagerado enquanto dava alguns passos à frente - sou o bicho papão das líderes de torcida.
Ele não precisava responder, eu já tinha ouvido falar dele, Eddie Munson era aluno repetente, mas passava mais tempo vendendo drogas para os alunos e jogando RPG que estudando.
- Elas me enganaram - abaixei a cabeça envergonhada com minha ingenuidade.
- Hei, calma. Você ainda está dentro, é só um trote com as novatas. Trancam vocês aqui na primeira reunião e só abrem a porta quando acabam.
- Sempre?
- É, se serve de consolo, elas não sabiam que eu estava aqui.
- Vão me soltar depois da reunião?
- Foi o que eu disse. Você é meio lerdinha, não é?! - ele abriu o maior sorriso, mas não de um jeito maldoso - como conseguiu chegar no ensino médio?
- Hoje é sexta, a reunião dura quatro horas.
- Então, é melhor sentar.
Ele se sentou em uma poltrona baixa e larga em frente a uma mesa quadrada, abriu um caderno e começou a fazer anotações.
- Você parece muito tranquilo para alguém que está preso em uma sala por quatro horas.
- Ficar com raiva não vai fazer a porta abrir, além disso eu vou ficar aqui mais tempo que isso.
Eddie começou a fazer anotações a partir de um outro livro sobre a mesa, concentrado por algum tempo, parecia até ter esquecido que eu estava ali. Ele pegou um dado com muitos lados e jogou pela mesa.
- Isso! - comemorou.
Me aproximei devagar, curiosa com o que ele estava fazendo. Na mesa havia um mapa com algumas coisas simulando montanhas, cavernas e rios, três dados e algumas notas.
- RPG?
- Você conhece? - Eddie levantou os olhos para mim, parecia surpreso.
- Tenho um primo que joga, nunca entendi muito bem.
- Não é tão fácil, mas se tiver tempo - levantou uma sobrancelha - posso te ensinar.
- Quatro horas é suficiente? - tentei continuar a piada.
- Não - Eddie respondeu com seriedade - mas pode me ajudar a criar a aventura.
- Do que precisa?
Ele levantou os olhos para mim, estavam enormes e brilhantes, visíveis mesmo a pouca luz e havia tanta paixão na sua voz que me fez sorrir.
- Precisamos de um vilão.
- Acho que gosta dessa parte.
- É minha preferida - ele fez sinal para me aproximar, dei a volta na mesa e me coloquei ao lado da poltrona - quer jogar o dado?
- Eu não sei, parece importante para você - respondi mesmo estando louca para fazer aquilo.
- Tome - disse colocando um dado vermelho com muitos lados na minha mão.
Joguei sobre a mesa e nós dois prendemos a respiração até que parasse no número 17. Eddie abriu o livro virando as páginas até o tópico de mesmo número.
- Certo, conquistador humanoide.
- Humanoide?
- É, pode ser um elfo, homem, anão.
- Bruxo?
- Bruxo? Boa - não sei se era realmente uma boa ideia, mas ele aceitou, pegou outro dado e jogou, antes de repetir o processo com o livro - motivação, motivação... aqui. Dominação.
Um trovão alto reverberou pela sala me fazendo gritar e com o susto, pulei sobre Eddie, me agarrando nele.
- Desculpa - disse sem soltá-lo.
- Tudo bem, é mesmo assustador, pode ficar aqui se quiser - ele me ajeitou em seu colo, me deixando sentada sobre uma de suas pernas, foi uma proximidade repentina, mas confortável e apesar do contato, não parecia maliciosa - falta algumas etapas, mas tudo bem se quiser parar.
- Não, eu quero - disse pegando o dado e o rolando, número 12. Peguei o livro e o abri.
- Página 205, o reino da criatura.
Localizei o número certo.
- Templo pantanoso.
- Nossa, vai ser uma campanha e tanto.
Eu sorri e olhei para ele, Eddie era bonito, ainda mais olhando tão de perto.
- Como ele se chama?
- Estamos criando agora, tem alguma ideia?
- O livro não diz?
- Esse é um guia, mas muito saí daqui - ele bateu com o dedo na minha testa - e daqui - disse encostando o indicador no meu peito.
Comecei a achar que o vilão era ele, me hipnotizando com seus olhos escuros.
- Maléfios?
- Por quê?
- Parece assustador - dei de ombros.
- Está com medo? Porque eu tenho uma coisa aqui - ele lutou contra a jaqueta até alcançar o bolso interno, ameacei levantar para facilitar e Eddie segurou minha cintura, me mantendo no lugar - achei.
- O que é isso? - peguei uma pedra achatada branca e polida da sua mão e ele sorriu.
- É uma pedra mágica, dá coragem infinita a quem a carrega - disse de forma dramática.
Virei ao contrário e li as letras CBGB 's.
- É só uma palheta.
- O que? - ele pareceu exageradamente ofendido, me fazendo rir - está menosprezando o poder da pedra do rock.
- Está falando sério? - eu já perdia o ar de tanto rir.
- Claro, mas tem que ativar.
- Como ativa?
- Tem que soprar ar quente.
Eddie colocou a palheta sobre os lábios, não era mais engraçado, era atraente, chamativo e hipnotizante. Me aproximei lentamente e coloquei minha boca junto a dele, apertei um pouco e me afastei alguns centímetros. Eddie colocou a mão em minha nuca e deixou a palheta cair, se aproximando novamente com um beijo leve.
Abri a boca para acomodar o lábio inferior dele, depois o superior e então a língua. Quente e doce, com um leve gosto de cigarro no fundo. Não me incomodou. Aprofundei o beijo soltando o ar e escorregando mais para o colo dele, o beijo se estendeu por vários minutos e toda vez que meu maxilar doía, Eddie virava a cabeça para o outro lado.
Aos poucos fui relaxando e passei meus dedos por dentro do seu cabelo cacheado, entrelaçando com suas mechas macias, tão confortáveis ao toque, sua franja fazia cócegas no alto do meu nariz, me causando risinhos esporádicos. Ele se afastou com um sorriso.
- Isso é totalmente improvável, Eddie.
- Você me beijar?
- Tudo, ficar trancada, gostar de D&D, beijar você, ficar no seu colo.
- Posso te soltar, se quiser.
Outro trovão ecoou e me agarrei ainda mais nele, escorregando mais em seu colo.
- Não. Prefiro ficar assim.
Ele riu e voltou a me beijar, eu estava quase deitada e ele, praticamente, em cima de mim enquanto apoiava minha cabeça em sua palma e segurava minha cintura com a outra mão. Seu beijo era tão bom que nem me importei com a saia levantada, apesar de já parecer o céu, ficar sozinha com um cara gostoso como o Eddie não podia parar por aí.
Puxei seu cabelo de leve, ele apertou minha cintura mais forte e gemi baixinho. O combo que faria qualquer garoto se descontrolar. Mas não ele. Eddie se manteve centrado, apenas levantando mais o moletom para alcançar minhas costelas, fazendo semicírculos com o polegar.
Levou uma eternidade até tocar a costura do meu sutiã e quando o fez, separou o beijo e me olhou nos olhos, em silêncio, devolvi o olhar, Eddie subiu a mão devagar até a parte mais funda de sua palma se acomodar sobre o mamilo tenso, separados apenas pelo tecido fino rendado. Soltei o ar aos poucos e inflei o peito de novo, dando movimento ao toque. Eddie se abaixou beijando o meu pescoço, os fios de seu cabelo misturando com minha pele e sua saliva, enquanto ele apalpava meu seio.
Meus dedos percorriam todo seu couro cabeludo, podia sentir seus fios arrepiarem, seu toque passou de suave para firme e muito mais confiante.
Desci o zíper do moletom e o fiz passar pelos braços, Eddie mordeu o lábio inferior de um jeito delicioso, observando meus movimentos. Ameacei tirar a blusa também, mas ele deteve.
- Se alguém entrar, não quero que te veja.
Apesar disso, permitiu que eu abrisse o zíper, deixando sua mão trabalhar com mais folga em meus seios. Eu estava tão excitada que não podia esperar mais.
- Eddie? - chamei quando ele atacava meu pescoço mais uma vez e ele respondeu com um "hu" sem afastar os lábios - me toca, por favor.
Ele não parou o que estava fazendo, mas deslizou a mão pelo meu corpo até o joelho e depois subiu pela minha coxa, apalpou minha bunda algumas vezes, mas cedeu ao meu pedido quando afastei as pernas. Senti as pontas dos dedos passarem pela calcinha e meu corpo estremeceu.
Ele sorriu, segurei seu rosto próximo a mim, mas longe o suficiente para ver o tesão crescendo em seus olhos à medida que arrastava o tecido sobre meu clitóris, me tirando gemidos baixos.
Eu estava tão molhada, segurei sua mão contra meu corpo para que apertasse, Eddie passou um dedo por baixo da costura e afastou para o lado devagar. Suspirei e voltei a beijá-lo, me viciando em sua boca sem nenhuma defesa, permitindo que ele me penetrasse com um dedo e depois de algumas estocadas lentas, um segundo.
Eddie foi carinhoso, calmo e deixou que eu aproveitasse toda aquela atenção, mesmo que eu sentisse o volume duro sob minha lombar. Ele passou o polegar pelo clitóris enquanto afundava seus dedos em mim, mais um pouco e eu me desmancharia nele.
- Espera, Eddie - segurei seu punho.
- Não está bom? - ele afastou a mão e me deu um selinho longo.
- Claro que está, por isso pedi para parar.
Ele fez uma expressão de dúvida que me fez rir, me levantei ainda em seu colo e coloquei uma perna de cada lado do seu corpo, escorreguei para mais perto do seu joelho me dando visão perfeita da sua pélvis. Eddie pareceu um pouco tímido, o que foi bem fofo. Coloquei a palma sobre seu volume massageando devagar.
Ele respirou fundo, abri seu jeans, Eddie levantou o corpo para puxar a calça para baixo, quase me fazendo cair, precisei abraçá-lo para não ir ao chão. Por algum motivo, nós dois achamos aquilo engraçado e eu ainda ria quando ele voltou a me beijar, segurando em minha bunda para me puxar contra seu corpo, senti sua ereção em minha virilha, dura e macia ao mesmo tempo, foi a vez dele gemer.
- Dói?
- Não, mas se demorar mais, provavelmente vai doer.
- Tudo bem, eu não vou deixar.
Passei a mão entre nossos corpos e desci até seu membro, estava tão quente, cheio de sangue correndo por ele, deixando-o ereto ao extremo, segurei e movi para cima e para baixo, Eddie soltou o ar aliviado, beijou minha boca devagar e leve, arrastando a língua pelos meus lábios.
Rebolei um pouco, encostando meu clitóris na base sem parar de masturba-lo. Suas mãos ainda estavam em minha bunda, me puxavam para frente, quase implorando para que eu sentasse nele. Um alívio que nós dois buscávamos.
Fiquei de joelhos e encostei minha barriga em seu peito, Eddie me olhando de baixo parecia tão vulnerável que me fez sorrir, afastei sua franja da testa para olhar em seus olhos enquanto descia, rebolando no seu pau para encontrar a entrada, alguns segundos depois e ele estava todo dentro.
Eddie segurou minha cintura com força me ajudando a subir e descer. Nossas bocas juntas, gemendo enquanto eu o abraçava pelo pescoço, tão próximos quanto conseguimos.
Alguns minutos em um ritmo constante e minhas coxas começaram a arder, diminui a velocidade e rebolei para frente e para trás, o coração acelerado, precisava de um descanso.
Eddie me abraçou forte e se levantou comigo me colocando sobre a mesa e se colocando sobre mim.
- Espera, o seu jogo - me apoiei nos cotovelos o olhando espantada.
- É só o mapa, relaxa.
Ele entrou em mim outra vez, mais rápido e forte, sua pélvis batia em minhas coxas superando o som dos trovões do lado de fora, abracei seu corpo puxando a camisa para cima, deixando suas costas livres para minhas unhas, as passei devagar, não o suficiente para machucar, mas o fez delirar. Eddie bateu com tudo no fundo e seu corpo estremeceu. O segurei contra mim, uma onda de choque passou pela minha espinha e um formigamento se concentrou no ponto onde seu membro estimulava, um orgasmo intenso e delicioso.
Eddie se manteve dentro, segurou meu rosto e me beijou, a mesa dura não era confortável para manter o carinho por muito tempo.
- Precisa de ajuda? - Eddie perguntou enquanto fechava sua calça.
- Eu sou líder de torcida, precisa de mais que isso para me abalar.
- Ah, é assim - Eddie me agarrou, eu gritei e ele caiu de volta na poltrona comigo no colo, do mesmo jeito em que começamos.
- Ainda vamos terminar a campanha?
- Daqui a pouco, preciso de um minuto - ele riu, deitei em seu peito recebendo carinho em meu rosto.
Ouvi risos e gritinhos que se afastaram assim que a corrente na porta caiu pelo lado de fora. Eddie levantou os braços se alongando. Eu não queria ir embora, mas imaginei que fosse me dizer para sair, ele não fez isso.
Eddie abriu um sorriso enorme e seus olhos se arregalaram, brilhando de excitação.
- Hora de complicar para nossos heróis.
- Outro vilão?
Ele balançou a cabeça lentamente.
- A arena.
Eddie e eu passamos mais algumas horas montando a aventura perfeita, eu via a paixão dele pelo jogo, era inteligente e intenso, mas sem esquecer de parar para me beijar. Prometi a ele que estaria presente no jogo, mas o que eu queria era outra desculpa para passar mais tempo com ele.
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