Bunny (Único).
𝐉isung se escondeu atrás da árvore de caule escuro. Sua respiração estava disparada enquanto suas mãos tremiam em frente a boca, tapando qualquer som que estivesse prestes a sair. Seu corpo tremia incontrolavelmente de uma forma que as pernas ficaram fracas. Han cedeu, caindo no chão.
Um estalo surgiu na mata. Han arregalou os olhos e os sentiu lacrimejar. Estava com medo e a esperança de continuar vivo estava se dissipando. Os gritos que anteriormente havia escutado estavam se repetindo por sua mente, mexendo com seus sentidos. Jisung queria acreditar que eram só os gritos o enganando de que tinha alguém a mais ali além de si.
ㅡ Cadê você, esquilinho? ㅡ Han deixou uma lágrima cair, prendendo a boca fortemente com a mão direita. A outra mão apertava a grama gelada sobre seu corpo, tentando a todo custo pensar que aquele homem estranho não o acharia ㅡ Jisung, eu vou te achar... Você sabe que eu sou bom no esconde-esconde, ainda mais quando meu prêmio é você.
Han negou a si mesmo com a cabeça. De forma medrosa ele virou o rosto, tentando olhar além da árvore que o protegia e escondia. A escuridão era extensa e impossibilitava Jisung de enxergar qualquer coisa, além da lua esbranquiçada no céu. Sua visão não era uma das melhores, ainda mais quando seus óculos haviam sido deixados para trás enquanto fugia daquele ser.
Um barulho veio do lado direito e Jisung virou-se abruptamente, vendo então aquele corpo alto segurando um taco. Han gritou e se arrastou pelo chão, desviando rapidamente de um ataque que o teria matado no mesmo instante.
O grito saiu estridente da goela do Han quando viu aquela máscara de coelho totalmente ensanguentada, iluminada pela fresta de luz direta da lua. O sangue ali... Todo aquele vermelho... Jisung começou a ter flashes do tal coelho enfiando agressivamente a faca no peito de seu melhor amigo Felix diversas vezes seguidas até abrir um buraco fundo no coração de Lix.
ㅡ N-Não! P-Por favor, não me mata! ㅡ Han levantou a mão em direção ao coelho enquanto se arrastava para trás. Aquele homem poderia o matar naquele mesmo instante, mas ele parecia estar se divertindo com todo o seu sofrimento e agonia.
ㅡ Ohh... Hannie... ㅡ A voz saiu suave e profunda. A máscara de coelho estava levemente quebrava em uma das orelhas, fruto de Hyunjin, que tentou atingi-lo com uma cadeira. E deu certo, por um instante Hyun derrubou o homem, mas ele se levantou tão rápido quando caiu e então furou o olho de Hwang com uma faquinha de serra.
Jisung se lembrava de ver Hwang esgoelar de dor. Han viu exatamente o momento em que Hyunjin puxou a faca para fora de seu olho, deixando com que o sangue naquele local espirrase na máscara do coelho. Hyunjin não durou mais um segundo porque o mascarado enfiou dois garfos de uma vez, um em cada lado de seu pescoço.
O peito de Han subiu e desceu com aquele apelido. Um apelido nostálgico que lembrava muito bem quem tanto falava. Minho. Um antigo melhor amigo.
ㅡ M-Minho? ㅡ Sentiu as costas trombarem em algo. Era uma outra árvore tão maior do que a última que havia usado como esconderijo. O coelho virou suavemente a cabeça para a direita e abaixou o taco que estava em posição de ataque ㅡ É-É você?
ㅡ Meu garoto sempre foi muito esperto... ㅡ Abaixou-se e apoiou os braços nas coxas ㅡ Do que está com medo, Hannie? De mim? ㅡ O taco prateado chegou vagarosamente perto do rosto de Jisung, o assustando, fazendo com que uma lamúria de dor saísse de sua garganta e seus olhos automaticamente se fechassem.
Ao fechar os olhos, a neblina da floresta escura. A máscara quebrada e ensanguentada do coelho. Tudo a sua volta sumiu e um preto se instalou.
O coelho passou o taco, como se fosse um carinho, pela bochecha gordinha de Han, descendo pelo pescoço, peitoral e até parar na barriga.
ㅡ Me responde, Han Jisung ㅡ O tom pesou e engrossou. Jisung não conseguia parar de tremer, sua respiração parou de funcionar e ele desejou que tivesse um desmaio rápido para que não precisasse continuar naquele terror que nunca imaginou viver ㅡ Hannie... Não tenha medo de mim...
A mão livre de Minho tocou a bochecha gorda de Han, manchando a pele do mesmo com o sangue quase seco de seus dedos. Jisung tentou se afastar daquelas mãos nojentas e medonhas, mas seu queixo foi segurado.
ㅡ Como você imagina que eu vou te matar, Han? Me diz... Você acha que vou acertar esse taco em você e te desmaiar? Hm? É isso? ㅡ O polegar passou pelos lábios de Han, deixando o gosto metálico do sangue de seus amigos impregnarem na sua boca.
Jisung não iria responder. Nem conseguia. Era um pânico enorme em seu coração. Não acreditava que o homem que estava à sua frente era Minho, quem era seu melhor amigo e quem havia matado Changbin eletrocutado em uma banheira de ácido. Não conseguia acreditar que atrás daquela máscara horrenda estava o seu coelhinho, o homem que sempre teve um bom coração, sempre foi bom com todos e carregava um sorriso lindo de dentinho levemente torto.
ㅡ Por quê...? Por quê você está fazendo isso? Pra que isso, Minho? Por quê matou seus amigos? Nossos amigos. Por quê está fazendo isso comigo, Min...? ㅡ Se derramou em lágrimas, não aguentando aquela ardência sobre o peito. Sua cabeça ficou tonta e seus olhos reviraram como se estivesse perto de desmaiar. E talvez fosse.
Suas pernas estavam machucadas. Haviam cortes em seus braços por ter corrido entre galhos secos. Boa parte de seu rosto estava ferido; um corte superficial no lábio e um maior na testa. Também havia corrido por muito tempo, havia gritado, havia chorado e havia sofrido. Estava apenas... Cansado de resistir.
O coelho não respondeu. Continuou na mesma posição, como se estivesse refletindo amargamente sobre tudo que tinha feito. Sobre o que tinha causado a Jisung.
Han franziu o cenho, notando que Minho estava abrindo uma brecha enorme de fraqueza. Aquilo foi como serotonina no sangue de Jisung, o instigando e o dando coragem para continuar, persistir e lutar por sua vida. Pela vida que seus amigos o ajudaram a deixar inteira. Porque se não fosse cada um dos falecidos, Jisung não estaria vivo.
Jisung chutou Minho, o derrubando para trás, nisso levantou. Tinha conseguido. Ou não. Mãos grudaram em sua canela, o derrubando de barriga no chão. Algo ardente atravessou sua pele acima do umbigo, era um galho afiado. Han gritou.
ㅡ Hannie... ㅡ Era um tom de tristeza e descrença, como se não quisesse acreditar no que tinha acontecido ㅡ Eu não imaginei que você faria isso comigo... Meu amor.
O menor tentou se soltar a todo custo, chutando Minho com a perna livre. Todos os seus esforços foram em vão quando viu Lee tirar do bolso um canivete. Han voltou a se debater, saindo da paralisia de choque.
ㅡ Se eu não lhe tenho, ninguém mais terá... Eu vou te proteger meu amor... Vou te tirar desse mundo e te fazer meu. Você é meu, Hannie! Só meu! ㅡ A faca atingiu a nuca de Han, acertando exatamente sobre a artéria fatal que havia ali na região ㅡ Foi tudo por nós, Hannie. Eu sou seu. Você é meu. Eu te amo, eu te amo... Eu te amo ㅡ Repetiu até a força de sua voz acabar.
Os remédios que tinha tomado a não muito tempo fizeram efeito. Minho morreu sobre o corpo morto de Jisung, com o canivete "LK" cravado na pele de Han.
🐇 Rapeize, o que foi isso? 🙀
Desculpem qualquer erro!!
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