X-25 (Marvel)
Leitora/Logan (Wolverine)
***
Dakota do Sul; segunda-feira, 02:34 A.M;
Estacionei a picape no posto de gasolina e desci do veiculo, encaixei bomba de gasolina no tanque e me encostei na lataria corroída e desgastada. O carro era velho, sua aparência era deprimente, mas o motor ainda funcionava bem o suficiente, era tudo o que eu precisava.
Assim que o tanque estava cheio, fui até a loja do posto, com a intenção de pagar e comprar algumas coisas. Encostei no balcão e sorri para a moça que mascava um chiclete despreocupadamente. Havia uma televisão ligada encima do balcão, enquanto a garota passava os itens, observei a programação. Parecia ser um jornal local ou algo assim, mas eu não estava tão atenta, o que realmente chamou minha atenção foi quando um retrato falado, que parecia muito comigo foi apresentado.
Meu corpo todo se tencionou, como sabiam que eu estava nessa cidade? Como? Estão fazendo parecer que sou uma fugitiva perigosa, e não apenas alguém tentando sobreviver. Por sorte a garota não prestava atenção o suficiente, assim que paguei as compras voltei direto para meu carro.
Dirigi a noite inteira, o mais rápido que podia, deixando o estado o mais rápido possível.
***
Entrei com a picape no estacionamento de um motel qualquer de estrada. Por mais que odiasse dormir, meu corpo estava no limite da exaustão e se ficasse mais uma noite em claro acabaria mal.
Estacionei o carro ao lado de uma limusine preta. Não entendi o que um carro como aquele fazia em um lugar como este, mas isso não é da minha conta.
Sai da recepção e caminhei até o quarto cujo numero estava marcado em minha chave. No caminho, esbarrei em um cara de terno e deduzi que fosse o dono da limusine.
- Desculpe - Digo sem olhá-lo diretamente.
- Sem problemas - Respondeu.
Sem mais incidentes continuei até meu quarto.
Eu estava inquieta. Por mais que estivesse cansada, eu não conseguia dormir. Traçava em minha mente à todo instante meu plano já esboçado. Eu tinha que chegar no México, encontrar aquele lugar horrível e resgatar minha filha. Sozinha eu provavelmente não consiga, eu sou capaz de ver isso, mas se antes pudesse encontrá-lo... faria tanta diferença.
Deito na cama, sentindo todos os meus músculos reclamarem. Depois de rolar pela cama por algumas horas, finalmente peguei no sono.
O som da porta sendo destrancada me despertou, levantei da cama, meu coração acelerado já bombeando a adrenalina pelo meu corpo. Haviam três homens armados com armas de grande porta bloqueando a saída, pela janela eu podia ver um carro blindado com pelo menos mais cinco atiradores.
Com um mecanismo automático de defesa, três longas e afiadas garras foram expelidas para fora de meus punhos. Saltei na direção dos três primeiros atiradores, um deles tentou me acertar uma coronhada na nuca, mas com um golpe de meu cotovelo quebrei seu nariz, fazendo-o se desequilibrar.
Com minhas garras, cortei a arma do segundo a mirar em minha cabeça. Com um chute em suas costelas fiz com que fosse para o chão.
- Parada! - Ordenou o terceiro ainda em pé. Ouvi o som da arma sendo engatilhada próxima a minha cabeça. Abaixei, com um movimento rápido seguido de um giro e cravei minhas garras em sua garganta.
Eu odiava matar, mas o faria se fosse necessário. Atravesso a porta, seguindo para o segundo grupo que já me aguardava em suas posições. Um deles atirou, o tiro pegou em meu ombro, aquilo apenas me irritou. Continuei andando e mais um tiro, dessa vez na minha barri. Corri até o atirador e atravessei minhas garras em seu peito, usando o corpo dele acertei outros dois. Lutei com os restantes, sem conseguir evitar as mortes.
Quando termimou, estava suja de sangue da cabeça aos pés e as cápsulas das balas expelidas pelos buracos feitos em meus corpo agora caiam no chão.
Sai da cena, torcendo para que não houvesse nenhuma testemunha, eu precisava fugir dali o mais rápido possível. Entrei na picape e tentei liga-la, mas a porcaria não funcionou. Definitivamente eles deveriam tê-la estragado para evitar qualquer fuga.
Corri atrás de um novo carro, mas o único no estacionamento era a limusine, eu iria ter que rouba-la. Fui até a mesma e forcei o trinco, não queria ter que arrombar, mas parece ser a única opção no momento.
- O que é que você esta fazendo?
De onde conheço essa voz?
Olho para trás e encontro uma porta aberta, diante dela tem um cara parado. Era o homem que esbarrei mais cedo, ele não estava mais usando o terno e parecia estar bêbado.
- Eu preciso do seu carro - Falo, tentando esconder as marcas de tiros.
- De quê?
- Seu carro. Preciso dele - Repeti.
Ele focou o olhar nas manchas de sangue e para minha preocupação seus olhos seguiram até a trilha de corpos ensanguentados e mutilados.
- Eu não quero problemas - O homem falou.- Vá embora e digo que não vi nada.
Eu poderia tentar conseguir algum carro na rodovia, mas não sei se seria rápida o suficiente, dou um passo a frente e consigo ver perfeitamente o rosto do homem. Ele estava mais envelhecido, os cabelos estão maiores assim como a barba grisalha. Mas eu era capaz de reconhecê-lo.
- Logan...- Murmurei. Eu tinha certeza de que minha expressão era no minimo assombrada, mas eu mal podia crer que o havia encontrado.- James Logan.
- Eu não conheço você. Já disse para ir embora.
- É, você não me conhece - Digo.- Mas eu o conheço, e muito bem.
Ouço o barulho dos carros se aproximando, olhei para trás e avistei a fileira de furgões blindados aproximando-se. Os dois atiradores que deixei inconscientes no quarto estão saindo pela porta.
- Logan, por favor, eu sei que não me conhece e não estou pedindo que confie em mim ou coisa do tipo, mas eu preciso de ajuda.
- Onde ouviu falar de mim?
Ele falava desconfiado, seu olhar me assustava.
- Todo mundo já ouviu falar de você, mas se quiser mesmo saber eu vou contar, posso contar tudo o que sei. É do seu interesse, acredite em mim.
Eu não podia ler suas emoções através de seus olhos, ele hesitou por tanto tempo que comecei a temer que ele fosse bater a porta na minha cara, mas quando ouviu o barulhos dos vários motores ele suspirou.
- Vamos.
Corremos até o carro e eu entrei atrás, me escondendo o melhor que pude nos bancos. Quando o veículo entrou em movimento, me encolhi, fechando os olhos e torcendo para passar despercebida caso ocorresse uma revista.
Contando mentalmente já havia se passado quarenta minutos. Levantei do assoalho e me sentei no banco. Respirei fundo, agradecida.
- Obrigado - Falo.
Logan não me responde, ele da uma virada brusca no volante e o carro gira na estrada, indo parar no acostamento.
- Diga, por que tenho uma mulher perseguida suja de sangue no meu carro?
- Eu sou inocente. Eu juro!
- Inocente de ter matado aqueles caras ou inocente do que quer que estão lhe acusado?
- Eu matei eles... mas foi legítima defesa! Eles queriam me levar de volta para aquele inferno, eu não vou voltar! Pelo menos não antes de encontra-lá.
- Encontrar quem? Quem é você? - Ele estava ficando irritado. Paciência não é uma das virtudes do famoso Wolverine.
Ele se virou para mim e me encarou, os olhos inflamados, com certeza arrependido por ter me socorrido. Falei meu nome a ele, não pareceu fazer diferença, mas então continuei com voz trêmula:
— Ou como eles preferem... projeto X-25 - Digo puxando a manga da minha camisa e revelando a tatuagem feita para identificação de paciente. - Há anos fui enganada e dopada. Uma cadeia de laboratórios vinculadas ao governo mantem uma base no México onde fui submetida a exames, testes...
- Para - Falou.- Eu não sei onde esta metida, garota, mas você me ouviu. Eu não quero problemas.
- Por favor me ouve - Peço. - Eu sei que você vai me entender, você é provavelmente a unica pessoa que pode me entender.
Ele permanece em silêncio, entendi isso como um sinal para prosseguir.
- Tudo começou quando aceitei um emprego em um laboratório. Eu fui enganado pelo diretor, fui dopada e quando acordei tinha passado por uma inseminação artificial. Passei nove meses praticamente inconsciente, passando por testes, injeções que eu não tenho ideia do que, dentre outras coisas. Haviam outras mulheres, mas não foram todas que sobreviveram ao parto, na verdade eu fui a única que sobreviveu.
- Por quê?
Eu pensei muito nesse momento e agora é a hora.
- O esperma usado em nós tinham DNA mutante. Como todas as outras mulheres eu era apenas uma encubadora, gerando um novo mutante melhor e mais forte, feito para servir. Mas o tratamento intensivo refletiu em mim, acabei demonstrando inclinação a mutação, fator de cura... quando tive o bebê acabei me curando rápido demais e então quando me separaram da minha filha. Fui levada para outro centro de estudos na Califórnia, onde acabei sendo transformada em uma nova arma, a X-25.
- Fator de cura...- Ele repetiu. Seus olhos se estreitaram revelando pequenas rugas nos cantos. - Você tem fator de cura?
- O gênese mutante injetado em mim foi o seu, Logan - Expliquei. Levantei meu punho e liberei minhas garras, ele me encara surpreso. - Nossa filha... ainda esta com aqueles monstros. Estou indo salvá-la. Não estou falando para vir comigo, eu sei que é muita coisa para digerir em pouco tempo, eu só preciso que me leve até a próxima parada de ônibus.
Logan ficou em silencio por tanto tempo comecei que o nervosismo me dominou, respirei fundo, ele passou por muita coisa durante a vida, precisa de tempo.
- Está dizendo que nós temos uma filha? E que ela está sendo criada como uma arma em algum lugar do México? - Perguntou.
- Acho que foi isso que passei os últimos cinco minutos explicando.
É claro que seria ótimo se ele quisesse vir comigo, mas não exigiria isso dele. Logan não teve culpa do que fizeram comigo, ou com o que quer que estejam fazendo com Laura.
- Merda...- Resmungou.- Achei que estava livre, que estava e paz.
- Não quero causar problemas para você.
- Essa é a questão, garota. Você já causou - Falou ligando o carro novamente e voltando para a estrada.
Ele voltou ao seu silencio, não achei que fosse seguro incomodá-lo então também fechei a boca.
***
A parada de ônibus mais próxima ficava a quase quatro horas e meia de viagem, e esse tempo todo o silencio constrangedor, pelo menos para mim, reinou no veiculo. Acabei adormecendo, não tinha percebido que estava tão cansada até ser acordada por Logan e mal me aguentar em pé.
- Há quanto tempo não dorme direito?
Seu tom não sugeria preocupação, na verdade parecia mais uma pergunta retórica.
Desço do carro e olho em volta, já havia amanhecido e o dia estava frio e chuvoso. Virei-me para Logan.
- Mais uma vez, obrigada - Agradeço. Ele pode não querer saber de mim, ou até mesmo de nossa filha, mas ele tem esse direito, tenho certeza que não pediram permissão a ele para isso.- Você me salvou.
- Só fique longe do radar - Ele alerta.
Concordei com a cabeça e fiz algo que a muito tempo não fazia com alguém, eu o abracei.
Ele estava hesitante, ficou longos segundos sem saber o que fazer, mas retribuiu de forma desajeitada.
Me afastei e segui até a cabine para comprar a passagem, quando voltei para embarcar no ônibus, Logan ainda estava lá.
Sentei-me no fundo e observei através da janela enquanto ele entrava em seu carro e voltava para a estrada.
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GENTE Q FILME FOI ESSE? TO ABALADA AINDA
A QUESTÃO É: FIZ ESSE IMAGINE MAS QUERO TRANSFORMAR EM SHORT-FIC.
APROVAM?
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