Veloz Cidade ( DC )
Capítulo Único.
Leitora/ Barry Allen - Flash.
*Universo DC Renascimento.
***
Central City, 05:37 P.M.
Estava saindo do trabalho. Tudo estáva aparentemente com, exceto pela tempestade repentina que já podia ver se formar no céu claro da cidade. Caminhei mais rapidamente, apertando o casaco envolta do corpo para bloquear o vento frio que soprava cada vez mais forte.
Os estrondos dos trovões e as luzes dos relâmpagos enchiam meus sentido quando tentava alcançar meu carro dentre a ventania.
De repente, algo me atingiu. De início acreditei que fosse alguem ou alguma coisa muito dura pois fui arremessada para trás, batendo contra um carro estacionado com tal força que o veículo se amassou em volta de mim. Não acreditei que havia sobrevivido aquilo, quando procurei o que me atingira, notei com espanto que fôra um raio. E eu não tinha sido a única.
Olhando em volta, notei que diversas outras pessoas estavam sendo atingidas por raios. A ventania aumentou ainda mais e senti meu corpo tremer como se estivesse recebendo uma descarga elétrica. Me levantei dos destroços do carro e tentei andar, mas algo aconteceu, avancei em uma velocidade assustadora que quase me choquei contra outro carro.
Cai de joelhos, apoiando minhas mãos na calçada, tão chocada que me sentia incapaz de me mover. A tempestade não durou, logo ela já havia passado e deixado para trás pessoas confusas e muito, muito velozes.
***
Entrei em casa e literalmente alcancei meu computador como um raio. Não podia ser real, ou pelo menos permanente. Eu estava rápida como o Flash, e muitas outras pessoas também. De algum jeito essa tempestade atingiu à varios outros cidadãos de Central City nos dando poderes de velocidade, nos tornando velocistas.
Cheguei ao meu notebook e tentei encontrar alguma coisa que me ajudasse a lidar com isso. Não precisei de mais do que alguns segundos para me tocar do quão ridícula é essa ideia. Não é como se o Flash tivesse um telefone para contato e eu pudesse telefonar e pedir conselhos.
Fechei o notebook e suspirei alto. O que eu faria agora? Seria uma heroína como Flash? Uma vilã como Professor Zoom? Não, isto está fora se cogitação. Eu nunca poderia ser uma vilã, não consigo fazer mal nem à uma mosca.
Fui para meu sofá, que deslizou um pouco no carpete quando me deitei sobre ele em uma velocidade levemente excessiva, eu preciso aprender a controlar essa coisa. Lógico que primeiro preciso entender se isso sera permanente ou temporário.
Liguei a TV e tudo o que dominavam os noticiários é a tempestade e os novos velocistas. As ruas estão em uma verdadeiro caos.
— Maravilha... – Resmungo, desligando o aparelho e encarando o teto de minha sala.
Sei que não é em qualquer lugar que posso conseguir informações de como isso aconteceu ou do porquê. Na verdade, tenho u. leve palpite de onde posso conseguir essas explicações. Mas precisarei esperar até amanha de amanhã.
***
Laboratórios S.T.A.R
Encaro a fachada do prédio, sentindo meus membros queimaram de ansiedade e adrenalina. Corri até aqui e agora mais calma a sensação pode ser maravilhosa. Agora estou em dúvida, talvez eu deva entrar, eles podem me ajudar, não podem? Ainda assim não me sinto confortável com a ideia.
Talvez a mísera possibilidade que quiseram me usar para estudos seja o que esta me impedindo, não quero ser uma cobaia.
Dou meia volta e antes que de um passo com a intenção de me distanciar, algo me fez parar. Ele estava saindo dos laboratórios.
— Flash!
Chamo, fazendo com que o Velocista Escarlate para no lugar e se volte para mim. Flash, acompanhado por seu novo parceiro ainda sem um nome, se aproximaram de mim.
— Algum problema? – Flash pergunta.
— Preciso de ajuda – Falo, torcendo as mãos, mais nervosa do que achei que ficaria. – Fui uma dos atingidos pelo raio na tempestade de ontem.
Flash trocou olhares com seu parceiro.
— Você estava indo para o prédio? – Questionou apontando para o edifício às minhas costas.
— Não. Quer dizer... sim. Ah, mais ou menos – Falo, me confundindo totalmente. – Não tenho certeza se eles podem me ajudar.
Flash moveu a cabeça lentamente, parecendo pensar.
— Eles tem uma boa estrutura de treinamento para velocistas. Não precisa se preocupar quanto a isso, eu lhe asseguro.
— Não é com isso que me preocupo – Digo.– Olha... não acho que seja uma boa ideia falar sobre isso em público.
— Não podemos ajudar você agora. Mas eles podem – O novo parceiro de Flash falou, indicando o prédio.
Lancei um olhar irritado em sua direção, notei que Flash também o censurou com o olhar.
— É tão sério?
Olho de volta para Flash e balanço a cabeça, afirmando.
— Tudo bem. Não deve levar muito tempo.
— E a Buraco Negro? – O outro perguntou, soando inconformado.
— Vai continuar aonde está agora – Flash respondeu-lhe.– Não podemos fazer muita coisa, você sabe.
Passei pelos dois.
— Podemos ir até minha casa – Falo antes de começar a correr. Fui seguida de perto pelos outros dois, mas apenas Flash estava ao meu lado quando parei em frente a minha porta.
— Para onde foi seu amigo? Ele se perdeu?
— Ele tem suas prioridades... que claramente estão bem equivocadas – Flash respondeu, dando de ombros. Entramos em casa e eu fechei a porta.
— Vocês parecem discordar em muitos graus – Murmuro.
— Não é sempre assim – Flash falou, mesmo que o que eu tenha dito não tenha sido uma pergunta. Estávamos parados no hall de entrada da minha casa, Flash moveu o peso de uma perna para a outra, desconfortável. – O que tem para me dizer?
Respirei fundo, pensando se não seria estupidez o que eu estava prestes a contar para ele. Mas se o próprio Flash não é confiável, quem seria?
— Eu trabalho para Bruce Wayne – Falo, diminuindo meu tom de voz.– Vim de Gotham para Central City à alguns meses, quando uma onda de crimes causados por meta-humanos começou.
— Eu me lembro disso – Flash balbuciou.
— Sou do departamento de segurança secreta nas empresas Wayne. Quando coisas anormais ocorrem, somos chamados – Falo.– Descobri que quando os meta-humanos eram levados pela equipe da Star... eles eram testados e estudados pelos cientistas que trabalham lá.
— Eles fazem testes em meta-humanos? Eu... eu não estava sabendo disso.
— É. Descobri à algum tempo, pensei em voltar para Gotham, mas havia muito mais o que descobrir aqui. Tudo nas investigações ia bem até... até a tempestade de ontem.
Flash ficou em silencio, ele parecia estar pensando na mesma velocidade que corria, eu era quase capaz de ver a fumaça saindo de sua cabeça.
— Por que Bruce mandaria alguem espionar a S.T.A.R?
Seu tom era profundo, mas havia algo diferente alí. Não apenas como se estivesse curioso e sim... ofendido?
— Estava desconfiado. Não sei. Bruce não costuma dar detalhes e eu não vou coloca-lo contra a parede – Falo.– Flash, agora que metade da cidade se transformou em velocistas, o que mais vai ter são cobaias para que a S.T.A.R possa fazer testes. Preciso impedir e preciso da sua ajuda.
Por baixo de sua mascara pude ver sua expressão se alterar. Ele parecia nervoso.
— Droga! – Exclamou.
— O que aconteceu?
— Estamos atrasados! – Ele falou.– Tem dezenas de velocistas nos laboratórios agora mesmo. Eles estão sendo treinados.
— Você sabe para que?
— A líder do projeto falou que eles estão lá por vontade própria. Aparentemente não existe nenhuma intenção por trás disso além de ajuda-los.
Eu sempre fico inquieta quando algo me incomoda, como agora. Passo as mãos nervosamente pelos cabelos, enquanto meu cérebro funcionava em sua potencia máxima, procurando qualquer falha que pudesse ser vista através.
— Quero ser como você – Falo, pegando-o de surpresa.– Digo... sei que esses poderes podem não durar, coisas que chegam dessa forma podem ir tão rápido quanto. Mas enquanto ainda estão aqui...
— Prefere que eu te treine?
— Não tem ninguém melhor que você, Flash. Você foi o primeiro velocista a aparecer na cidade.
— Pensei que não fosse daqui.
— Não sou, só fiz meu dever se casa bem feito – Digo em tom levemente prepotente.
Vi um rastro de sorriso em seu rosto.
— Tudo bem. Se quer que eu te treine vamos começar logo, você tem muito o que aprender.
— Pode começar me explicando como consegui essa velocidade – Sugiro.
— Já ouviu falar na força de aceleração? – Perguntou.
— Não – Respondo, me perdendo.
— Certo, eu explico no caminho – Ele sorriu, fazendo sinal para que eu o seguisse.
***
Flash e eu fomos até os limites da cidade. Lá era vazio, parecia um grande campo estéril e poderíamos correr sem ser incomodados. Flash me contou e explicou em detalhes o significado de "força de aceleração". É como algo vivo, com vontade própria que controla a velocidade dada a um velocista. Flash acha que alguem pode tê-la manipulado, de forma que tenha criado novos velocistas durante a tempestade.
— Tudo bem, S/n – Flash me chamou quando acabei caindo.– Vá com calma, não precisa exigir tanto de sí mesma.
— Não estou acostumada a cobrar menos – Digo, levantando e percebendo com alívio que não tinha quebrado nada. Flash notou minha rápida inspeção e me tranquilizou:
— A força de Aceleração cria uma proteção enquanto você corre, isso impede que você acabe fraturando alguma coisa.
— É muito bom saber – Murmuro. – O que mais posso fazer?
— Vai descobrir – Ele piscou. Sorri para ele, achando engraçado a forma como em tao pouco tempo me senti tao a vontade perto dele.
— Gosta de um mistério, não é? – Falei.
— Alguns são necessários – Deu de ombros.
— Como a máscara – Falo, não foi uma pergunta, mas ele concordou:
— É uma proteção. Não para mim... mas para aqueles que eu amo.
— Eu entendo – Sorri.– Deve ser horrível viver assim... não é? Sempre na mira de algum maluco. Sem poder ser você mesmo, sem que as pessoas possam saber que é você fazendo tudo aquilo.
— Você entende muito sobre tudo isso – Flash murmura.
— Claro, Barry. Grande parte do meu trabalho é entender a mente das pessoas.
Os olhos azuis dele se arregalaram ao ouvir seu verdadeiro nome, dei um sorriso de canto.
— Trabalho para o Bruce Wayne... diretamente. Não se espante.
— Ele te contou? – Perguntou.
— Não, eu descobri sozinha. Mas consegui que ele confirmasse.
— É... isso muda algumas coisas – Resmungou.
— Acho que pode tirar isso agora, então conversaremos de igual para igual – Sugiro, me sentando no chão. Estava cansada.
Barry sentou-se ao meu lado e tirou a mascara. Seus cabelos loiros brilharam no sol poente.
— Vamos trabalhar juntos? – Pergunto, alguns minutos mais tarde.
— Considerando o aumento de velocistas... acho que vou precisar de algum reforço, e já que Bruce confia em você.
— Acho que seu parceiro atual não vai gostar muito.
— Eu resolvo essa parte.
Balancei a cabeça concordando.
— Estou faminta – Troco de assunto. Me levanto e me viro para Barry.– Sério, sinto que poderia comer uma vaca inteira sozinha.
— Queimamos energia com maior rapidez que pessoas normais – Barry ri. Tenho certeza que ele acha toda essa minha ignorância referente a velocistas muito engraçado.
— Não ria, não estou acostumada à isso – Digo, cruzando os braços. Ele para de rir.
— Desculpe, é que você faz uma cara muito engraçada sempre que descobre alguma coisa.
— Uau, agora sou uma palhaça. Obrigada, Allen – Digo, lhe dando as costas. Eu não estava realmente ofendida, mas queria ver até onde esse Barry relaxado ia.
No segundo seguinte ele estava parado na minha frente, as sobrancelhas claras franzidas.
— Eu não ofendi você, ofendi? Desculpe, eu só...
— Calma, Barry. Você não me ofendeu – Eu o tranquilizo. – Vamos, quem chegar por ultimo paga o jantar.
Não dei nenhuma vantagem a ele, no instante seguinte estava correndo.
***
Chegamos empatados na minha casa. Entramos rindo, pois no caminho, quase me choquei contra Barry, e teríamos os dois ido parar no chão.
— Eu disse que ganhava – Falo.
— Você não ganhou. Chegamos ao mesmo tempo, apesar de você ser iniciante, foi incrível.
— Obrigada, Barry – Agradeço aindo até meu telefone.– Pizza?
— Seria ótimo – Concordou sorrindo.
Passamos algum tempo conversando e comendo, eramos apenas nós e já estava claro algo estava acontecendo alí. Foi uma reação mutua quando ambos nos inclinamos na direção um do outro e nossos lábios se tocaram. Barry segurou meu rosto, e se aproximou mais de mim no sofá. Pousei minhas mãos em seus ombros, seguindo seu ritmo e também me aproximando mais dele. O beijo começou bem calmo, podíamos correr velozmente, mas não havia motivo para acelerar as coisas naquele momento.
Eu me encostei no sofá e Barry deslizou sua mão direita do meu pescoço para minha cintura, acelerando o beijo. Acompanhei seus movimentos.
De repente um telefone tocou em algum lugar, quebrando o silencio. Barry se desculpou com o olhar e tirou o aparelho que insistia em tocar sem parar.
— Heart? – Atendeu. Ficou um tempo ouvindo e balançando a cabeça.– Certo... você os encontrou?! Estou indo agora mesmo!
Ele desligou e eu percebi que o perderia.
— Barry, o que foi?
Pergunto.
— A Buraco Negro. August à encontrou, preciso ajuda-lo, ou ele pode acabar passando dos limites.
— Tudo bem, vou com você.
— Não, S/n, você ainda não esta pronta. É perigoso.
— Por acaso alguem o impediu quando comecou? – Pergunto, cruzando os braços.
— Gostaria que tivesse impedido. Eu teria cometido bem menos erros.
— Estamos perdendo tempo, Barry. A Buraco Negro pode escapar a qualquer momento.
Ele estava entre a cruz e a espada. Ou me deixava ir com ele e chegaríamos à tempo de impedir que a Buraco Negro fizesse mais vitimas, ou ficaríamos discutindo a noite toda. Ele soltou um suspiro.
— Precisa de um traje...
— Sem problemas – Falo. Essa foi a coisa mais legal que já fiz. Em menos de dez segundos eu estava novamente parada em frente ao Barry, usando um traje cor vinho.– É só um protótipo.
— Você me pegou com essa.
Barry resmungou.
— Vamos logo, Allen!
Falo, perdendo a paciência.
— Okay, estamos indo!
Começamos a correr lado à lado, apenas por alguns segundos, logo eu o ultrapasso.
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