The day you saved me [Marvel]
Capitulo Único.
Leitora/Peter Parker.
***
Nova York. 10 de outubro, 2016.
Ouvi algo explodir, quando olhei para trás vi com pavor que a balsa havia se rompido. Recuei vários passos e tentei correr para o mais longe possível da enorme rachadura que se estendia ainda mais e afastava as duas metades da balsa, mas acabei sendo atingida por alguma coisa que deslizaca em alta velocidade devido a inclinação. Tentei me segurar, mas não havia nada onde buscar apoior. Meus pais haviam sumido e eu estava perdida.
- Socorro! Socorro!
Gritei desesperada por ajuda. Eu iria cair no mar e morrer. Ótimo fim para mim. Eu nem queria ter vindo nessa viagem idiota!
De repente alguem me segurou pela cintura e senti como se estivesse voando. O homem usando roupa vermelha me levou até um local seguro e me colocou no chão.
- Você esta bem?
Eu o encarai estática, sem nenhum ar nos pulmões para me ajudar a falar. Permaneci encarando-o como uma boba. Quando percebi que deveria responder a pergunta, eu concordei com a cabeça. Ele olhou para trás e viu que a balsa estava prestes a afundar. Homem-Aranha colocou as mãos na cabeça.
- Ah, droga, isso não!
Ele disparou suas teias e saltou para longe.
×××
Bairro do Queens, NY. Junho de 2023.
A balsa foi salva, não necessariamente por ele, mas isso não fazia diferença para mim, pois ele havia salvo a minha vida aquele dia. Hoje fazem quase seis anos que isso aconteceu e eu nunca me esqueci de um único detalhe. Na época eu era apenas uma criança, por volta dos dez e próximo aos onze anos, agora tenho dezesseis. Muitos dizem não existir amor a primeira vista, e com certeza debochavam de mim devido as coleções de matérias de jornal sobre o Aranha que eu mantinha, mas a verdade é que o salvar minha vida aquele dia, ele tornou-se meu maior herói e minha primeira paixão platônica. Mesmo que eu nunca soubesse quem ele era.
Era...
No passado.
Em cinco anos tanta coisa mudou. As mudanças começaram alguns dias depois, quando acordei em meu quarto suando frio e com o coração batendo rápido demais. Começou aos poucos, eu não sabia como explicar aos meus pais o que vinha sentindo e nem eu mesma conseguia entender. Com o passar das semanas novos sinais surgiram e então houve um dia em que eu estava voltando da escola e aconteceu: Um caminhão sem freio descendo desgovernado pela avenida estava prestes a me atingir, talvez eu devesse parar de andar sem fones no meio da rua. Varios outros carros pareciam ter perdido o controle e estavam colidindo uns com os outros. O caminhão estava prestes a me atingir, eu não tinha muito o que fazer nessa situação então apenas fechei os olhos e aguardei... por algo que não aconteceu.
A colisão não veio e ao abrir os olhos me vi dentro de um domo que me protegia das ferragens. O caminhão havia se tornado uma bola amassada de metal esmagada contra o domo, a impressão era de que ele havia batido contra uma parede. O domo sumiu de repente, eu já estava fora de perigo, e no entanto o que aconteceu em seguida eu nunca entendi muito bem, de repente as pessoas começaram a transformar-se em poeira e desaparecer. Eu corri para casa e tudo o que encontrei foi uma televisão ligada, a pia da cozinha transbordando e as panelas queimando no fogão. Meus pais, meus amigos, professores... todos que eu conhecia e amava sumiram.
Naquele dia descobri que tinha poderes, poderes que nunca deram sinais de vida antes e agora estavam despertando. Naquele dia também perdi quase tudo o que eu tinha e me viu praticamente só.
Precisei me mudar para o Queens e viver com minha avó... é, ela não virou pó. Por um longo tempo continuei vidrada no Aranha, tendo esperanças de que ele reaparecesse, afinal ele é um herói e na minha mente infantil existiam chances de que ele estivesse vivo. Por isso, usei meus poderes do jeito certo. Eu o usei como um modelo de como eu deveria ser agora que sou uma heroína de verdade.
Mesmo assim, eu ainda não havia superado a perda. Nem dele e nem de nenhum outro. Seguir em frente não é tão fácil de se fazer quanto de se dizer. Sendo assim, descobri um grupo de apoio que prometia ajudar-nos a passar pela fazer interminável que o luto parece ser nesse momento. E hoje eu estava determinada a ir até esse grupo, ouvir outros relatos e tentar acreditar que em algum momento essa dor iria passar ou pelo menos diminuir.
Entrei no local e havia uma roda de conversa acontecendo. Toda minha coragem se esvaiu naquele momento e pensei em fugir. Virei-me novamente para sair, mas senti algo tocar meu ombro.
— Você não precisa falar se não quiser.
Volto-me para o homem com a mão em meu ombro e imediatamente o reconheço de matérias e também do museu.
— Sr.Rogers – Falo, um pouco sem ar. Estou de frente para o Capitão America.
— Me chame de Steve – Ele balançou a cabeça.– Como se chama?
— S/n.
Respondo.
— Olhe, se você veio até aqui é porque precisa de ajuda. Tudo bem se não quiser falar, mas escutar também faz bem.
Olhei para a porta e depois olhei para ele. No fim eu concordei com a cabeça. Ele com certeza pode ter razão. O acompanhei até a roda e me sentir na cadeira ao seu lado. Durante os próximos 40 minutos ouvi vários relatos, diversas historias de como eles estão tentando superar.
No final, eu me levantei para ir embora, não sabia ao certo como estava me sentindo.
— Esta melhor, S/n?
Capitão me pergunta.
— Eu não sei – Respondo.– Acho que... a verdade é que eu preciso falar com alguém, mas não acho que conseguiria com essas pessoas me olhando.
— Eu ainda tenho um tempo, se quiser – Ele sorriu gentil para mim.
Parece surreal sentar-me com o Capitão America e conversar sobre os meus sentimentos. Mesmo assim eu concordo.
Nós nos sentamos novamente e eu respirei fundo.
— Eu não sei se consigo fazer como essas pessoas... se consigo superar. Todos os dias eu só penso em descobrir como tudo aconteceu e em como posso mudar e fazer com que tudo volte ao normal.
— Fazer com que volte ao normal?
— É. Se é que existe um jeito. Eu me tornei paranóica. Tudo o que eu quero é saber o que aconteceu, talvez isso até preencha um pouco do vazio.
Ele baixou o olhar, parecia culpado ou sei lá.
— Para a sua idade... eu acredito que esteja sendo muito difícil – Ele voltou a me encarar.– E se o que você precisa para amenizar sua dor é saber a verdade então... eu posso contar como aconteceu.
— Pode mesmo me contar o que aconteceu?
Ele concordou com a cabeça. Eu quase não consigo acreditar que depois desses anos eu finalmente vou descobrir o que aconteceu.
×××
A história toda é de enlouquecer. Steve me contou tudo, sobre o titã Thanos e as tais Jóias do Infinito. Eu nem sabia o que pensar, nem como reagir. Perguntei a ele o porque de ter contado tudo para mim e ele disse que foi por que ver uma "criança" como eu tão sozinha e perdida o fez se sentir mal. Ele achou que me dando as respostas que eu tanto procurava, isso me ajudaria. Ajudou, mas agora eu só quero saber mais.
— Sabe... isso é tudo tão irreal – Falei.– Mas acredito em tudo. Você esta sendo sincero.
— Lamento por você ter perdido seus pais. Por mais que eu saiba que muitas crianças ficaram sem famílias, me encontrar com uma delas...
— Não se sinta mal. Por mais horrível que seja, isso me ajudou na amadurecer. Agora sou eu quem protege as pessoas.
Ele me olhou com um ponto de interrogação.
— Eu sou a Tornado Vermelho – Falo.
Agora ele estava surpreso.– descobri que tinha poderes no dia do estalo. Um caminhão sem motorista veio em minha direção e meu campo de força me protegeu. Corri para casa e vi varias pessoas sumindo no caminho, e quando cheguei para contar o que aconteceu aos meus pais eles já não estavam mais lá.
— Então você se tornou alguém que traz esperança para as outras pessoas. Alguém que salva vidas.
— Faço isso porque foi o que me restou – Falo.– E porque espero algum dia ser como você, ou com Homem-Aranha.
— Homem-Aranha?
— É... você sabe, o cara vestido de vermelho que pulava prédios – Digo, dando de ombros.– Ele salvou minha vida, era uma das pessoas que eu mais admirava na vida. Como todas as outras ele também se foi.
Steve segurou minha mão e a apertou levemente.
— Eu sinto muito.
— Sei que sente.
Houve uma pausa, então ele perguntou:
— Tem alguem que eu acho que seria bom se você conhecesse. Pode vir comigo?
Imediatamente eu concordei, ainda era cedo e eu não quero ter que voltar para casa agora.
×××
Steve me levou até um lugar que ele disse ser o Complexo dos Vingadores. Com certeza não deveria estar como em seus dias de gloria, mas ainda era um lugar fantástico. Quando chegamos ele me guiou até um laboratório.
— Temos visita?
Uma mulher ruiva com as pontas do cabelo descoloridas, falou ao me ver entrando ao lado do homem loiro.
— S/n, está é Natasha Romanoff – Ele nos apresentou.– E Nat, essa é S/n.
— É um prazer conhecer você – Falo, apertando a mão dela.
S
teve contou a ela como nos conhecemos. Também disse que eu era a super-heroína que vinha ajudando as pessoas nos últimos tempos. Natasha era uma agente secreta e também membro dos Vingadores. O dia de hoje tem sido impressionante, estou conhecendo pessoas que jamais sonhei em conhecer pessoalmente.
Em um determinado momento Natasha e Steve começaram a ter uma conversa mais particular. Eu comecei a explorar o laboratório. Cheguei em um painel onde havia uma lista de nomes e algumas imagens. Um deles chamou minha atenção: Peter Parker.
Esse é o nome que estava na capa de vários livros que estavam no meu armário do colégio. Era o nome do antigo dono.
Procurei pelas imagens de Peter e passei alguns minutos observando a foto do garoto que deveria ter a minha idade. Olhos castanhos e gentis, cabelos escuros... é o tipo de garoto pelo qual eu me apaixonaria facilmente.
Assim como Peter, vários outros jovens também perderam suas vidas. De repente minha decisão já esta tomada. Steve me disse que Natasha continua em uma busca para trazer todos de volta, dessa forma eu decido que vou me juntar a ela. Posso não ser a maior das ajudas, mas com certeza posso tentar algo, fora que vou me sentir melhor fazendo algo do que me senti todos esses anos.
×××
Com o passar dos dias eu senti que finalmente havia encontrado o meu lugar. Finalmente eu me senti útil. Claro que eu me sentia bem ajudando as pessoas como a Tornado Vermelho, mas estar aqui junto com heróis de verdade e fazendo algo para trazer nossos familiares e amigos de volta... é perfeito.
Quando um cara chamado Scott apareceu aqui com a ideia de viagem no tempo, eu achei que ele fosse louco. Mas, assim que ouvimos seus planos, tudo pareceu fazer sentido. Se existe uma chance em um milhão de trazer todos de volta, então o que nos impede de tentar?
Todos estávamos cheios de boas intenções, mas a real é que nenhum de nós sabe exatamente como fazer para construir uma maquina do tempo. Isso acabou me proporcionando um encontro com Bruce Banner, atualmente conhecido como Professor Hulk, ele virou praticamente uma celebridade. O maior momento foi quando fomos atrás de Tony Stark.
Voltando ao dia do acidente da balsa, eu me lembro que não foi o Aranha que evitou que afundassemos. É claro que ele tentou, mas no fim que terminou o trabalho foi o Homem de Ferro. Mas... o que esta em minha cabeça agora é o fato de que Tony deveria conhecer quem estava por traz da máscara vermelha.
Enquanto observo os outros tentando convercer Tony a nos ajudar, meus olhos passam a analisar todo o ambiente em volta. Vejo uma janela aberta e ao lado da janela tem um porta-retrato. Na foto eu consigo ver Tony Stark ao lado de um garoto, vendo melhor... esse garoto é o Peter Parker, o mesmo do armario e o mesmo que vi no laboratório.
Senti que alguem me chamava e então retornei ao meu corpo. Estava totalmente alheia ao que eles discutiam.
— Vamos, S/n, hora de ir – Natasha me chamou.
— Só um minuto...– Falo. Vou até Tony que já se afastava e o chamo: – Sr.Stark?
Ele se voltou para mim.
— Sabe, o tom que você usou... isso me lembrou alguém.
— Escute... eu estava na balsa que você evitou que afundasse cinco anos atrás – Conto.– Você e o Homem-Aranha salvaram minha vida e a da minha família aquele dia.
Ele me encarou e soltou um suspiro.
— Esta me agradecendo?
— Estou te lembrando – Falo.– Metade daquelas pessoas não estão mais aqui. Isso incluindo meus pais, o Homem-Aranha e ele...
Eu indiquei a foto.– Eu sei que doi, e lamento muito. Eu lembro daquele dia como se tivesse sido ontem, eu sei que você se importava e sei que ainda se importa.
Depois eu apenas recuei até estar com o restante do grupo. Ele precisava de um tempo para pensar.
×××
— Você não vai com a gente!
— É brincadeira? Eu ajudei a construir aquela coisa. Eu tenho direitos!
Exclamei, completamente contrariada. Steve não queria permitir que eu fosse na missão junto com ele e os outros para recuperar as jóias do infinito. E isso é um grande absurdo.
Depois da nossa visita, Tony decidiu que nos ajudaria. Ele apareceu aqui e não quis explicar o que o levou a tomar essa decisão. Mas acho que eu ajudei. E agora depois de pronta a maquina e todos os trajes legais para entrar no reino quântico também, descubro que não vou poder ir?!
— S/n, você tem dezesseis anos. Eu estaria sendo totalmente irresponsável se permitisse que você fosse a uma missão como essa.
— Eu posso ajudar.
— S/n – Natasha falou. Ela se tornou alguem extremamente importante para mim. É como se me entendesse totalmente e sempre soubesse a coisa certa para ser dita.– Sabemos que quer ajudar, e sabemos que pode ajudar, mas nos preocupamos com a sua segurança. Você fez tudo o que pode, fique orgulhosa, esta bem? Eu estou orgulhosa de você.
Percebi que se continuasse falando estaria agindo como uma criança birrenta. Então concordei com a cabeça e caminhei até os controles da maquina.
— Espero que estejam todos prontos – Anunciei.– Nos vemos em um minuto.
×××
Eu nem se quer havia me recuperar da morte dela. Natasha não voltou com os outros, ela se sacrificou. Mas não importa se eu estava ou não recuperada, e nem se eu estava pronta também, eu deveria enfrentar o que estava por vir.
Nunca enfrentei um grande luta antes, nunca imaginei que estaria em algo dessas proporções. Quando todo o complexo foi atacado e eu só não fui soterrada porque meu campo de força foi ativado, me dei conta de que estava prestes a enfrentar a maior batalha da minha vida.
Engatinhei por baixo dos escombros até conseguir chegar a superficie. Alguns arranhões superficiais no rosto e muita fuligem, mas eu estava viva. Até o momento os outros não haviam visto o real motivo para eu me chamar Tornado Vermelho, e agora me parece uma ótima hora para mostrar.
Meus corpo explodiu exalando uma forte luz vermelha onde metade das criaturas que corriam a minha volta foram dizimadas. Só estava começando, eu não iria cantar vitoria antes da hora, no entanto eu sinto que vamos vencer!
Certo... agora eu entendi o motivo de me tratarem como uma criança hiperativa em alguns momentos.
Como um tornado eu atravessei o campo de batalha que aquele lugar havia se transformado, atingindo todos que estavam na frente. No caminho acabei por ser atingida e rolei pelo chão. Uma coisa que não tenho ideia do que era caiu por cima de mim e ela brandia uma lança que estava mirada no meu pescoço.
— Ultimas palavras?
Ela perguntou, olhando-me friamente. Antes que ela enfiasse a lâmina em mim, um circulo de fogo surgiu encima de sua cabeça. No começo eu entrei em panico, o que poderia ser aquilo?
Porém, uma onda de alivio me invadiu quando de dentro do circulo surgiu ninguém menos que o Homem-Aranha.
Ele caiu encima da mulher e cobriu seu rosto com teias, em seguida a empurrou para trás e prendeu seus pés. Aranha pousou na minha frente, arrancou a máscara e estendeu uma mão para me ajudar a ficar de pé, eu aceitei e me levantei.
Peter Parker é o Homem-Aranha?!
— Você... salvou minha vida – Falo, minha voz saindo fraca. – Obrigada.
— Foi um prazer, eu sou Peter.
— S/n – Respondo, ainda sem saber como reagir.
— Eu... já não conheço você? – Ele pergunta me encarando com atenção.
— A balsa que quase afundou, em 2016 – Respondi.
— Uau... é mesmo! Você está... diferente.
— Ei, eu estou atrapalhando o romance juvenil? – Tony Stark apareceu ao nosso lado.– Porque posso pedir para todos darem uma pausa enquanto vocês comem uma pizza.
Fiquei imediatamente vermelha e Peter também pareceu tímido.
— Mais tarde, então? – Pergunto.
— Mais tarde.
Concorda ele.
×××
Queria não me sentir mal pelo que aconteceu em seguida. Queria não pensar que o fato de ter ido com os outros até a casa do Sr.Stark e convencê-lo para que se juntasse a nós pode ter sido causa de sua morte. Seria muito egocentrismo dizer que sou culpada, mas seria covardia dizer que não tenho nenhuma responsabilidade. Depois de seu funeral eu me sentei em um deque levemente afastado dos outros, e Peter se juntou a mim. Ambos não sabiamos como começar uma conversa, e Peter parecia muito mal com o que aconteceu, sendo assim decidi fazer um esforço.
— Você era como um filho para ele – Começo, com a esperança de que ao saber da afeição que o Sr.Stark tinha por ele o faça se sentir melhor.
— Você acha?
— Tenho certeza – Afirmo.– Você é especial, e não só para ele.
— Como assim?
— Você salvou minha vida uma vez, e agora salvou de novo. Finalmente eu posso te agradecer por isso – Suspirei.– Não é o melhor dia para você, mas comparando com todos os outros que eu tive nos últimos cinco anos... é o mais tranquilo.
— Eu ainda estou tentando absorver tudo, sabe? Foram cinco anos, mas para mim...
Ele parou e balançou a cabeça.
— Ei, não precisa falar se não está pronto, tudo bem?
Ele concordou com a cabeça. Peter esta realmente abalado, pode parecer estranho, mas eu não me sinto bem ao vê-lo assim. Não quero precipitar nada, mas espero ter alguma amizade com ele, e espero que todas essas coincidências que nos envolve acabe criando um laço entre nós.
Coloquei minha mão por cima da dele e Peter retribuiu o gesto apertando minha mão de volta.
— Vai melhorar – Falo, tentando fazê-lo ficar melhor.– Confie em mim.
— Talvez, não tem como saber.
E
u não tinha muito o que dizer, então eu decidi abraça-lo. Peter reagiu bem a isso e retribuiu o abraço, provavelmente por estar muito frágil.
— Obrigado por estar aqui.
Ele agradece.
— Você pode contar comigo sempre. Quero que saiba o que aquele gesto significou para mim, você fez de mim quem sou hoje – Confesso.
Ele sorriu tímido.
— Acho que fiz um bom trabalho então.
Nós voltamos ao silêncio, e eu me sinto confortável nele. A forma como nós conseguimos ficar juntos como se nos conhecêssemos há anos é maravilhosa... bem, se pensar bem, nós nos conhecemos.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro