Capitulo Único
Leitora/Bucky Barnes (Soldado Invernal)
***

Não deveria passar das três da manhã quando batidas frenéticas na porta dos fundos de minha casa fez com que eu acordasse com a mão na arma que sempre mantenho embaixo do travesseiro.
Me levantei e desci as escadas, sem ligar nenhuma luz fui até a porta e espiei pela brecha da cortina.
— Steve? – Murmurei comigo mesma. Me afastei e destranquei a porta, abrindo-a em seguida.
— Desculpe a hora, mas eu preciso de ajuda – Ele falou. Steve não estava sozinho, ao seu lado estava um homem de boné e casaco grande demais para ele.
— Entrem.
Me afastei e dei espaço para que ele entrasse. O homem ao lado de Steve parecia muito desconfortável, olhava em volta como se a qualquer momento algo fosse saltar das sombras e atacá-lo.
— Esse é Bucky Barnes – Disse, indicando o homem ao seu lado.
— O fugitivo do governo?
Perguntei, mesmo já tendo quase certeza da resposta. Estava em todos os canais.
— Então você já sabe...– Steve suspirou.– S/n, ele não fez aquilo.
— Acredito em você – Falei, parando de frente para ambos e cruzando os braços.
— Acredita?
Rogers parecia surpreso.
— Claro, Steve você foi o único que confiou em mim quando fui exonerada – Falei. Eu era agente da S.H.I.E.L.D, e quando a Hidra tomou conta, acabei sendo responsabilizada por entregar documentos confidenciais. Eu nunca faria isso, mas a diretoria e o governo não acreditaram em mim. Apenas Steve confiou.– Eu irei ajudá-lo no que você precisar.
Steve sorriu e concordou com a cabeça.
— Então... Bucky precisa de um lugar para se esconder até a poeira baixar. Ele pode ficar?
Analisei Barnes da cabeça aos pés. Parecia um animal acuado, o que de certa forma ele é.
— Sim, ele pode – Falei.– Ninguém me visita mesmo, já estava pensando em transformar o quarto de hóspedes em um quarto de jogos.
Steve se despediu do amigo, Bucky parecia relutante em ficar comigo, mas Steve o tranquilizou. Capitão prometeu que voltaria assim que pudesse e assim se foi.

Assim que estávamos sozinhos, eu me voltei para Bucky.
— Já é bem tarde, você parece cansado – Falei. Bucky me encarou enquanto falava, ele havia tirado o boné e pude ver seu rosto. Mesmo com os cabelos e a barba cumpridos, podia-se ver que Bucky é um homem muito bonito.– Vem comigo, eu mostro aonde você vai dormir.
Ele concordou com a cabeça e me acompanhou pela casa. Subi as escadas e parei em frente ao quarto de hóspedes.
— Tem cobertas e travesseiros lá dentro – Falei indicando a porta. Bucky concordou novamente e se aproximou da porta. Comecei a me afastar, já indo em direção ao meu quarto quando ouço uma voz grave:
— Boa noite.
Eu me virei para ele e respondi:
— Boa noite, Bucky.
Nós dois entramos nos quartos e pude ouvir sua porta bater.

***

Na manhã seguinte tudo o que se via na Tv era sobre a fuga e desaparecimento de Bucky Barnes, um fugitivo perigoso. Enquanto todos estavam em pleno desespero atrás do homem, o mesmo se encontrava na minha cozinha, tomando café.
— Você não é falar muito, não é?
Perguntei. Ele ergueu os olhos da caneca.
— Já fui mais comunicativo.
Eu concordei com a cabeça. Conheço a história do Soldado Invernal, mas é a mesma que contam a todo recruta. Sempre quis saber a verdade sobre ele. Até que conheci Steve e ele me contou toda a história.
— Sinto muito pelo que fizeram com você – Falei.– Steve... ele me contou.
— Não me lembro de grande parte – Ele deu de ombros.– Eles apagam minha memória.
Pousei a caneca encima da mesa.
— Sabe, eu não tenho ideia do que você passou – Falei.– Mas eu sei como é ser acusada de algo que não fez, ter sua honra jogada na lama. Eu não consegui provar minha inocência, tive que pagar uma pena que não era minha, mas você... você ainda pode.
Bucky balançou a cabeça em negativa.
— Não, eu não posso. Eu perdi o direito a um julgamento justo. Assim que me pegarem vão me trancar em uma cela da super segura em alguma prisão de segurança máxima e me deixarão apodrecer.
— Se eles te pegarem, o que não vai acontecer – Afirmei.– Você tem o Steve do seu lado e agora você tem a mim. Pode não ser muito, mas somos alguma coisa.
— Por que se arriscaria por mim? Você nem me conhece – Falou, levantando-se.
— Steve confia em você, então eu também confio.
— Steve pode estar enganado. Nem eu confio em mim mesmo. Eles mexeram com a minha cabeça, eu nunca tenho certeza de que sou eu mesmo aqui dentro ou eles dando ordens.
— Se esse é o problema, posso ajudar você.
— Como?
— Você está escondido aqui, então vamos conviver por pelo menos alguns dias. Eu posso te ajudar a se desvencilhar da influência da Hidra.
— Você pode fazer isso?
Perguntou, os olhos desconfiados. Concordei com a cabeça.
— Certo... eu aceito.
Eu fiquei de pé imediatamente.
— Ótimo, para começar, sente-se nessa cadeira. Vou aparar sua barba e seu cabelo.
— Como isso vai me ajudar?
— Não vai – Respondi, apanhando uma tesoura na gaveta.– Mas eu estava ficando agoniada, você parece o pé grande.
Pela primeira vez vi um esboço de sorriso em seu rosto.
— Tudo bem.

Enquanto cuidava para deixar a aparência de Bucky menos cavernosa, me lembrei das fotos antigas que certa vez vi no museu, na exposição do Capitão América. Bucky era lindo, tinha uma sorriso que derrubava qualquer garota.
Depois que ele estava de rosto lavado, vi aquele homem ressurgir. Toda a beleza dele só estava escondida, embaixo de anos de tortura.
Barnes ainda parecia hesitante quanto a minha proposta de ajudá-lo. Pode não ser fácil, mas eu acredito que conseguirei.
Segurei sua mão para trazê-lo até a sala, lá fiz com que ele deitasse no sofá.
— Bucky, agora eu preciso que feche os olhos e relaxe, tudo bem?
— S/n...
— Confie em mim – Falei.– Eu sei que sua mente parece um furacão, mas você precisa deixar esse instinto de fuga de lado. Você está seguro aqui, nada vai acontecer.
Ele concordou com a cabeça e fechou os olhos. Ele não havia dormido essa noite, eu pude perceber, nem essa e aparentemente nenhuma outra. Bucky parece estar tão cansado, e ao mesmo tempo ligado constantemente no modo alerta.
— Bucky, eu quero que você concentrei sua atenção na minha voz, tudo bem? – Eu perguntei ele concordou com a cabeça.– Você está livre agora, Bucky. A Hidra não pode alcançar você aqui...
Suas pálpebras começaram a tremer e ele abriu os olhos de súbito. Sentou-se no sofá de repente, balançando a cabeça.
— Isso não vai dar certo! Não vai funcionar, sempre que eu fecho os olhos... eu os vejo.
Levantei da poltrona e me sentei ao seu lado, coloquei uma das mãos em seu rosto.
— Então fique de olhos abertos e olhe para mim – Pedi. Passei a outra mão por seus cabelos.– Você está seguro aqui, ninguém sabe que você está aqui e ninguém vai pegar você.
— Eles sempre sabem – Falou, balançando a cabeça.– Sempre me encontram.
— Não dessa vez – Falei.– Não comigo aqui.
Bucky ergueu o olhar perdido e o concentrou em meu rosto, de repente seus lábios estavam contra os meus. Eu retribui o beijo, meio confusa pela reação dele. Bucky parece estar vulnerável, mas ao mesmo tempo tem certeza do que quer. Ele afastou-se um pouco.
— Desculpe – Falou.– Você está tentando me ajudar e eu...
— Sem problemas – Eu o interrompi. Não como se eu fosse alguma donzela. Bucky é um homem atraente e nós dois somos adultos. Não tem mal nenhum nisso.
Eu o beijei dessa vez, e Bucky me levantou pela cintura e me colocou sentada em seu colo. Só então me dei conta de o quão forte ele é. Eu arranhava sua nuca, puxando-o para mais perto, como se isso fosse possível.

Bucky tirou o casco e a camisa, minha mão quente entrou em contato com o metal frio de seu braço mecânico. Ao mesmo tempo, toquei suas costas com a outra mão, sentindo os músculos firmes embaixo de meus dedos.
Segurei minha língua para não soltar nenhuma bobagem. Bucky me deixou no sofá e ficou entrem minhas pernas, eu não queria prestar atenção em mais nada que não fosse a imensidão azul de seus olhos. Tirei a mão de seu braço e levei até os cabelos, segurando firme nos fios negros. Envolvi seu quadril com minhas pernas, puxando para de encontro ao meu quadril.
Ele parecia querer eliminar o estresse, estava afobado, suas mãos não paravam em um lugar só em meu corpo, estava explorando com vontade, tocando cada pedaço meu. Tirei minha camisa, e habilmente Bucky abriu meu sutiã, o que me surpreendeu. Nunca encontrei um homem que conseguisse abrir sozinho o fecho. Sem tirar os lábios da minha pele, deixando um rastro de fogo por onde passava, Bucky puxou minha calca jeans.
Ele forçou seu quadril contra o meu, extraído um gemido com o atrito de sua ereção contra a parte interna de minhas coxas. Abri os botões da calça dele e Bucky fez o favor de tirá-la.
Bucky segurou meu quadril com o braço de metal e com o outro apoiou minhas costas para me manter erguida. Eu envolvi seu pescoço com o braços, ele aproximou os lábios de meu ouvido e murmurou:
— Você conseguiu. Não existe mais nada na minha cabeça além de você...– Ele afundou o rosto na curva do meu pescoço e respirou fundo.– e do seu cheiro.
Ele me penetrou e eu arqueei o corpo, buscando abriga-lo. Bucky começou a se movimentar lentamente, entrando e saindo de mim. Ele acelerou os movimentos, aumentando a força com qual investia sem que eu precisasse pedir. Eu arranhava as costas dele, gemendo baixo em seu ouvido, enquanto Bucky mantinha seus lábios ocupados em meu pescoço. Ele faz jus a sua fama.
Eu não demorei muito para atingir meu orgasmo, nem Bucky. Ele respirou com força, e saiu de dentro de mim. Seu semblante estava calmo, diferente do que vi quando ele chegou aqui de madrugada.

— Eu sabia que ia conseguir ajudar você – Falei, me sentando no sofá e colocando minha camiseta. – De um jeito ou de outro.
Ele riu. Ele realmente riu. O que sexo não faz com um homem...
— Você é boa nisso.
Rapidamente eu me levantei do sofá e me sentei em seu colo.
— Sou boa muitas coisas – Tirei uma mecha de cabelo que caía no rosto.–  E eu ainda não acabei com o seu tratamento, senhor Barnes. Ainda tem muito o que fazer por você.
— Temos tempo, afinal eu não posso sair daqui mesmo – Ele me beijou.– E eu nem quero.
Estar com Bucky era como estar uma lenda viva. Um lenda extremamente real, gostoso e que me prometeu mostrar algumas habilidades que incluíam os dedos de metal.