Honor (Marvel)
Capitulo Unico.
Leitora/Bucky Barnes.
N/a; A história se passa no periodo da morte de Steve Rogers, após Sharon Carter tê-lo baleado estando sob influência do Caveira Vermelha.
Mais detalhes, procurem "Os Novos Vingadores: Invasão Secreta", numero 63, 2009.
***
"Eu disse para você ficar longe!"
A voz de Bucky soou aborrecida vindo do comunicador. Eu revirei os olhos e acelerei meu passo, atravessando os corredores vazios do prédio da Shield.
— Claro, como de eu fosse seguir ordens suas – Respondi, usando meu conhecido tom sarcástico. Ouvi Bucky arfar e meu peito se apertou.– Ei, Capitão, estou chegando, aguente firme.
"— Posso prometer tentar... ARG!"
Merda! Se eu soubesse onde Barnes estava se enfiando, eu teria ido atrás dele muito antes.
Corro até o estacionamento subterrâneo do prédio, dando de frente com o conversível vermelho, um carro aparentemente comum, mas que escondia truques magníficos. Entrei no veículo e precisei destravar o sistema de segurança por meios nada legais. Não que eu quisesse roubar o carro, mas estou sem tempo para burocracias. Bucky precisa de mim.
Barnes foi atrás de uma pista, num casarão não muito distante. Aparentemente era o covil onde Pecado, a filha do Caveira Vermelha, e seus capangas do Esquadrão Serpente.
Dei partida no carro e sai do estacionamento, passando pelo bloqueio na saída com grande facilidade.
Chamei Bucky novamente pelo comunicador, mas não obtive qualquer resposta vinda dele, senti um pressentimento ruim e acelerei o conversível ainda mais, logo acionando o mecanismo que liberava turbinas na traseira do carro, fazendo-o alçar vôo.
O localizador apitava em vermelho, eu podia ver o pontinho dentro do prédio que sinalizava Barnes. Ao longe avistei a construção, o que me fez pisar fundo no acelerador.
— James, onde está você? Estou quase em cima do seu sinal.
De repente a janela lateral do prédio explodiu.
Um borrão azul, branco e vermelho irrompeu pelo vidro e com uma acrobacia ele pousou dentro do carro.
— Caramba, S/n, você demorou um tempão!
Eu revirei os olhos.
— Tive que sequestrar um carro antes. Mas sabem o que dizem, certo? Antes tarde do que nunca.
Dei partida no carro e lentamente desci até o chão com o veículo, subindo a capota em seguida para que não ficassemos tão expostos.
— Tenho que chegar no centro, aquela manifestação não vai dar coisa boa – Bucky falou em tom preocupado enquanto ajeitava o escudo no braço.
— Ficou maluco? Você tem duas costelas quebradas, James. Temos que ir até uma enfermaria e...
— Eu estou bem – Ele me cortou. Seu rosto não estava ríspido, só parecia nervoso... Ansioso, para ser mais específica. Eu entendo perfeitamente, afinal tudo é tão novo para ele.
Desde que Bucky Barnes, o ex Soldado Invernal e atual Capitão América aceitou o manto de seu amigo Steve Rogers, morto á pouco tempo, Bucky vem tentando dar o melhor de si mesmo.
Eu estacionei o carro em um beco e me voltei para moreno com olhos azuis preocupados.
— Sabe que confio em você, né? - Perguntei, um sorriso pequeno surgiu nos labios dele.– Essa é a primeira vez que eles vão vê-lo como Capitão América, e... pode ser um baque, não sabemos qual vai ser de fato a reação do povo. Fora que eles ja estão exaltados. Bucky, quero que saiba
... o que quer que aconteça lá, não é culpa sua.
James me encarou, o sorriso permaneceu, ele se aproximou de mim, seus lábios tocaram os meus levemente no início, transformando-se rapidamente em um beijo feroz e intenso.
— Vai dar tudo certo - Ele murmurou depois que encerrou o beijo. Ele tentava passar confiança e certeza, mas eu percebi que ele tentava convencer mais a sí mesmo do que a mim.– Eu sei.
Eu concordei com a cabeça e o observei enquanto ele saia do carro e caminhava em direção ao centro da praça que ficava ao lado de fora do beco.
Bucky subiu no chafariz, onde chamou atenção dos muitos manifestantes que gritavam e protestavam. Vi enquanto ele pedia calma, dizia que nada seria resolvido daquela forma. Sorri orgulhosa. Mas não durou muito.
Logo os protestantes estavam gritando contra ele. Acusando-o de não ser o Capitão América, dizendo que ele era um impostor.
Merda.
***
Entrei no comodo e encontrei Fury sentado em sua mesa, como sempre o diretor da Shield se encontrava sentado com uma profunda expressão compenetrada.
— Queria falar comigo?
Indaguei, me aproximando devagar da mesa. Fury desviou seu olhar do vazio e fitou meu rosto com seu único olho. Isso sempre me deixou desconfortável, é como se ele pudesse ler meus pensamentos.
— Agente S/s – Começou, sua voz rouca trazia tensão.– Soube que a missão de Barnes não deu muito certo.
— Isso não significa que tenha dado errado – Comentei.– Ele capturou dois capangas, mais o Ossos Cruzados.
— Ossos Cruzados está em coma – Rebateu.– E os outros dois são idiotas. Não sabem de nada.
— Ou fingem que não sabem – Argumentei. Respirei fundo, afinal não poderia discutir com meu chefe.– Olhe, ele está se esforçando.
— Eu sei disso – Fury concordou.– É por esse motivo que eu recomendo que você se afaste dele.
Meu olhos se arregalaram. Como assim?
— O-o que? Por que?
— Por que a imagem da agência está maculada. Estamos passando por momentos difíceis disto do governo, principalmente devido a Agente 13, que ainda está desaparecida. Você é uma espiã, S/n, seu trabalho e se misturar com a multidão. Agora que um novo Capitão América surgiu, a imprensa vai cair encima. Se por um acaso vocês forem vistos juntos e a sua imagem acabar caindo em algum registro... Podem associa-la conosco e todo no seu trabalho ira ruir.
Escutei tudo com atenção, e mesmo sem querer admitir, Fury tinha razão. Respirei fundo.
— É... Você deve estar certo. Vou me afastar, pelo menos por enquanto. James precisa se adaptar ao novo papel e com uma agente de má fama ao lado não vai ser fácil.
Fury, curto e objetivo como sempre apenas assentiu com a cabeça e eu soube que era o momento de me retirar.
***
Na academia do prédio, lá estava Bucky treinando, como sempre. Ele estava ansioso, portanto se o conheço bem deveria estar tentando gastar a energia acumulada.
— Você deveria estar em repouso.
Comentei ao me recostar em uma pilastra. Ele depositou a barra de ferro que estava levantando no lugar e se levantou. Com uma toalha ele secou o suor do rosto. Havia várias faixas amarradas envolta de seu abdômen.
— Eu me curo rapido – Respondeu.– Mas e então... O que conseguiram nos interrogatórios?
— Ossos cruzados ainda não acordou da cirurgia. Os outros, aparentemente, não sabem de nada. Eles dizem que só Pecado se comunicava com o pai, então só ela e talvez o namorado saibam do plano.
Bucky suspirou.
— Merda!
— Relaxa – Peço, sorrindo levemente.– Você fez um ótimo trabalho.
Ele me deu as costas.
— Não. Não foi o bastante. Ele teria feito melhor.
— Steve teria feito do jeito dele – Rebati, incisiva.– Você fez do seu. Isso não significa o seu jeito esteja errado, é só diferente.
Eu não o havia convencido. Ainda de costas para mim, ele se calou e de sentou.
— Não sei se vou conseguir, S/n. Não sei se sou... digno, entende? Tudo o que já fiz no passado... é por isso que aceitei isso, quero me redimir. Mas se nunca for o bastante?
Me aproximei dele e sentei ao seu lado, tocando seu ombro de carne e osso.
— Você ja se redimiu, Bucky – Digo.– Você tem feito seu melhor apesar de toda a dor da perda.
— Não é o bastante! Eu sinto que não é.
— Então pare de se cobrar! – Falo, puxando seu rosto para minha direção, de forma que ele ficasse e frente para o meu rosto.– Pare de exigir tanto de sí próprio, Bucky. Você não imagina o quão orgulhosa estou de você, então... Por favor, não exija tanto de sí mesmo e deixe de enxergar tudo o que já fez.
Sua expressão que estava dura e fechada, lentamente se suavizou. Ele envolveu minha mão com a dele e apertou levemente.
— Você é minha força, S/n.
Mordi meu lábio.
— Tenho algo para lhe contar – Comecei, nervosa.
— O que?
— Preciso me afastar por um tempo.
Sua expressão se fechou imediatamente.
— Por que?
— Agora que o mundo sabe que tem um novo Capitão América, não podemos correr o risco de sermos vistos juntos. Mas... Eu prometo não abandonar você totalmente.
Percebi que seus ombros caíram.
— Certo, tudo bem – Concordou. Ele se levantou de súbito e se afastou. Solto um suspiro baixo e me levanto rápido, puxando-o de volta para mim pelo cós da calça de moleton que ele usava.
— Não vai se despedir de mim apropriadamente? – Pergunto, e não dando tempo para que ele responda eu o beijo. Bucky retribui imediatamente, abraçando minha cintura e puxando para sí mesmo.
Meus braços envolveram o pescoço do moreno, e minhas pernas logo se prenderam em sua cintura. Bucky me puxou para cima.
— Eu odeio despedidas – Ele murmurou quando mudou seus lábios da minha boca para o meu pescoço.– Essa situação é ridícula. Não quero ficar longe de você.
É quase uma surpresa quando arranco qualquer informação sobre como ele está se sentindo. Bucky volta a beijar minha boca, sugando profundamente os meus lábios e envolvendo minha língua com a dele.
— Eu prometo que será por pouco tempo – Sussurrei por baixo de um gemido.
Ele não disse mais nada, apenas prensou meu corpo entre o dele e a parede, e passou a deslizar suas mãos por todo o meu corpo, não perdendo mais tempo com diálogo.
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