Leitora/Gar Logan (Beast boy)

***

Parei em frente a torre enorme e suspirei cansada por antecipação. Tenho uma missão um pouco difícil e cansativa pela frente. Entrei no prédio e em seguida no elevador, Dick já sabia que eu estaria aqui e minha entrada na torre estava sendo liberada por ele. Quando as portas do elevador se abriu no centro da sala da Torre Titan, senti um leve formigamento no fundo do estômago. Por mais que eu saiba que acabarei passando raiva devido ao pedido feito por Batman, ainda estou empolgada por estar aqui.

— Dick! – Exclamei saindo do elevador e imediatamente o abraçando.
— Ei, S/n – Ele falou com um sorriso.
— Como vão as coisas com os Titans 2.0?
Pergunto. Eu me lembro da primeira vez que Dick e seus parceiros fundaram a equipe de heróis na torre em San Francisco. Eu era mais jovem, não pude participar, mas agora estou aqui enviada pelo próprio Batman. Dick passou a mão pelos cabelos.
— Digamos que agora eu sou capaz de entender um pouco o que Bruce passou comigo.
Disse com um pequeno suspiro. Eu ri.
— É por isso que ele me mandou aqui, sabe disso né? Ele sabia que precisaria de ajuda, e que eu sou a única ajuda que você não iria recusar.
Ele bagunçou meu cabelo.
— É uma droga como ele sempre sabe das coisas.
— Mas e ai? Onde estão os pupilos?
— Sala de treinamento, vamos lá – Disse enquanto saia andando pela grande sala. Eu estava seguindo-o e olhando ao redor um pouco deslumbrada. Esse lugar é realmente incrível, a marca de Bruce pode ser percebida a distância, sem dúvidas ele preparou esse lugar com muito cuidado. Quando chegamos na sala de treinamento vimos três jovens lutando entre si de olhos vendados utilizando bastões.
Cruzei os braços e os observei. Um deles eu conheço muito bem, o incontrolável e inflamável Jason Todd, o Robin. Os outros dois eu nunca vi antes. Uma garota de cabelos azuis e um garoto de cabelos verdes. Eu recebi uma pasta com informações de ambos. Rachel Roth e Garfild Logan.
— Pessoal, temos visita.
Dick falou interrompendo o treino.
— Visita? Sabe que não estou tão de passagem assim, Dick.
Falei.
— Eu conheço essa voz – Jason tirou a venda e me olhou com um sorriso malicioso nos lábios.– Ei... S/n, quer dizer que não conseguiu ficar em Gotham sem mim?
Eu revirei os olhos.
— Aquela cidade nunca foi tão tranquila, Todd – Afirmei.
— Deve estar uma chatice, isso sim.
— Rachel, Gar, está é S/n Gordon. Ela veio ajudar vocês no treinamento.
Eu acenei para os dois. O garoto de cabelos verdes me observou por alguns instantes e sorriu. Aproximou-se de mim com a mão estendida.
— Seja bem-vinda – Disse. Eu o cumprimentei.
— Obrigada.
Sorri para ele. A garota também veio até mim e apertamos as mãos.
— O que você faz em Gotham? – Perguntou.
— Sou da área forense no DP de lá – Depois coloquei a mão em concha no canto da boca e falei mais baixo.– E também sou a Batgirl.
Os olhos de Gar se arregalou.
— Espera... você é a Batgirl? Sério? Caramba!
Eu ri por sua empolgação.
— Será que eu encontrei um fã?
Falei sugestiva. Ele corou um pouquinho.
— Agora que ja se conhecem, podem voltar a treinar – Dick nos interrompeu.– S/n, vem, vou mostrar seu quarto.
Concordei com a cabeça e o segui pelo corredor.
— Eles parecem serem legais.
Comentei.
— Eles são, mas... eu...
— Não tem ideia de como lidar com eles.
Concluí, Dick concordou.
— É, isso mesmo – Suspirou. Paramos em frente a uma porta e ele abriu para mim.– Esse é seu quarto.
Entrei e soltei a bolsa encima da cama.
— Escuta, Dick – Falo, voltando-me para ele.– Eu estou aqui para fazer o que Jason deveria estar fazendo, que é ajudá-lo. Temos idades próximas, pensamentos parecidos, então não esquenta a cabeça.
Ele balançou a cabeça concordando.
— Vou deixar você se acomodar, tudo bem?
— Claro, obrigada.
Dick piscou para mim e deixou o quarto. 
Me voltei para a janela e fitei a vista que alí tinha. A torre é tão alta que estamos praticamente entre as nuvens, é muito bonito mesmo. Estou acostumada com a vista em Gotham, constantemente nublada.
Deixei a bolsa próximo a cômoda e saí do quarto, indo em direção da sala de treinamento novamente.

— Onde está Jason?
Perguntei. Na sala só estavam Rachel e Gar, e ela parecia meio abalada.
— Ele saiu – Gar disse.– Ele... ficou meio irritado.
— Ele está sempre irritado com algo – Revirei os olhos.– Mas e ai? Prontos para treinar com alguém que realmente sabe o que faz?
Perguntei, apanhando um bastão e girando-o entre os dedos.
— Eu estou cansada, vou para o quarto – Rachel falou passando por mim com a cabeça baixa. Eu a observei sair e então olhei para Gar.
— O que deu nela?
— Ela só está cansada – Disse, mas eu percebi que estava só concordando com a desculpa da amiga.
— Certo – Devolvi o bastão para seu lugar e me virei para sair.
— Ei, espera... aonde vai?
Eu me virei e olhei.
— Para o quarto. Com certeza você também não vai querer treinar.
— Eu quero, quero sim! – Disse. Eu sorri com seu jeito de falar.
— Então vamos treinar – Eu concordei.– Quer começar por onde?
— Eu não tenho idéia.
Eu segurei meu lábio inferior entre os dentes para não rir.
— Tá, vamos treinar alguns golpes.
Começamos com socos e chutes, desviando e esquivando dos golpes um do outro. Gar sabe lutar, mas eu consegui vencê-lo varias vezes, derrubando-o no chão ou imobilizando-o de alguma forma.
— Não é justo. Você treinou com o Batman.
Ele afirmou por fim quando eu o derrubei mais uma vez. Estendi minha mão para ele e o mesmo aceitou.
— Eu não treinei com o Batman – Falei.– Eu treinei sozinha.
Gar me olhou sem acreditar.
— Você luta melhor que o Jason e quase tão bem quanto o Dick.
— Batman não quis me treinar, Gar, na verdade no começo ele me proibiu se ser a Batgirl.
— Sério? Por que?
Nós nos sentamos para descansar e beber um pouco de água.
— Porquê sou filha do Comissário Gordon, bem... agora capitão. E o Batman não queria que eu acabasse morta enquanto lutava contra algum maluco em um beco qualquer. Eu desafiei as ordens dele e comecei meu próprio treinamento. Levei algumas surras... muitas na verdade, mas consegui o que queria e agora ele acredita que sou tão capaz quanto ele, ou Dick e até o doido do Jason.
— Dick confia em você – Disse.– Eu queria que confiasse assim em nós também... em mim.
—

Ele confia.
— Não é o que parece. Eu sei que não me comporto como vocês que são sérios e parecem ser super inteligentes, eu também não conheço o Batman, mas eu...
Eu pousei uma mão em seu ombro. O garoto começou a gaguejar, eu ri achando-o fofo.
— Eu vou ajudar você, está bem? Eu quero ajudar você.
Ele me olhou e riu.
— Acho melhor tomar um banho agora e comer alguma coisa – Digo, ficando de pé.– Foi um ótimo trabalho, Gar.
Ele também ficou de pé.
— Você é uma ótima professora. Muito melhor que o Jason. Não tem aquele toque de arrogância e superioridade.
Saimos caminhando lado a lado no corredor.
— Jason é um bom cara, mas é deslumbrado.
Gar concordou.
No fim do corredor nós nos separamos, ele indo para um lado e eu para o outro, em direção aos nossos quartos.

***

Dias depois...

Entrei na sala de treinamento, é madrugada e o lugar deveria estar vazio e silencioso. Quando não consigo dormir, procuro sempre gastar um pouco de energia dando alguns bons golpes.
A sala estava com a luz média e não estava vazia. Gar estava parado em frente a um saco de boxe, arrumando as faixas nas mãos e se preparando para socá-lo. Ele estava sem camisa, apenas com a calça moleton e os pés descalços, seus cabelos estavam molhados de suor e grudados na testa, assim como seu peito e abdômen que estavam com algumas gotas de suor escorrendo pela pele.
— Sem sono?
Pergunto, atenta.
Ele me olhou surpreso.
— Ei... oi! Eu achei que estavam todos dormindo.
— Eu também – Ri.– Tenho muita energia para queimar, decidi vir aqui e bater em alguma coisa. É até bom que esteja aqui.
Ele riu. Com o tempo que estou aqui nós nos aproximamos bastante, passamos horas conversando. Rachel quase não sai do quarto, Jason só sabe me encher o saco, felizmente Gar é gentil e conseguimos passar longos períodos agradáveis juntos.
— Então eu sou seu saco de pancadas?
Ele perguntou bem-humorado, eu ri e dei um soco leve em seu abdômen firme.
— Isso mesmo, garoto tigre.
Quando desferi um novo soco um pouco mais forte, ele aparou e puxou meu braço, me prendendo contra seu corpo e a parede. O movimento foi rápido e preciso. Ele evoluiu bastante, eu o olhava surpresa e... um pouco excitada também. Gar é quente, isso é impossível ignorar, eu venho tentando, mas hoje ele esta especialmente sexy.
— Te peguei.
Falou, próximo ao meu rosto.
— Pegou – Arfei.– O que vai fazer agora?
Perguntei olhando-o e me perdendo em seus traços e principalmente em seus lábios. Ele aproximou-se de mim, seus olhos estavam cheios de coragem, mesmo que ainda tivessem aquele toque inseguro.
Gar tocou meus lábios com os dele devagar, o beijo começou tranquilo, mas eu o aprofundei. Ele soltou meus pulsos e segurou minha cintura, puxando-me para si. O ritmo do beijo acelerou de repente, Gar me apertou com mais força e afundou sua lingua em minha boca, por alguns instantes eu abri os olhos e vi um brilho verde nos olhos dele. Afundei meus dedos em seus cabelos e os puxei, suspirando nos lábios dele.
Nos afastamos poucos centímetros e eu o olhei novamente, a sombra do brilho verde ainda estava ali.
— Desculpe por isso.
Ofegou. Eu balancei a cabeça e rapidamente tirei minha camiseta, me jogando novamente em seus braços.
— Não se desculpe.
Murmurei antes de beijá-lo novamente. Ele desceu as mãos pela lateral do meu corpo, passou por minha bunda deixando um forte aperto, depois desceu até a parte de trás das minhas coxas e me puxou para cima. Envolvi seus quadris com minhas pernas e abracei seu pescoço, tudo sem deixar seus lábios. Ele me pressionou contra a parede e desceu a boca por meu pescoço, beijou a parte de cima dos meus seios, chupou a pele devagar e me fez ronronar como uma gata.
Gar mudava gradativamente, parecia estar se tornando mais selvagem. Ele abriu pela frente... detalhe curioso: o fecho ficava atrás. E passou a beijá-los e chupa-los. Eu me contorci em seus braços, mordendo meu lábio inferior para não fazer barulho. Gar voltou a beijar meus lábios, estava rosnando... rosnando de verdade, baixo e profundo, como um tigre. Eu não estava com medo, a possibilidade de Gar perder o controle e se tornar um tigre alí mesmo nem passou pela minha cabeça. 

Eu estava me sentindo cada vez mais quente, como se estivesse perto de uma combustão. Gar adentrou a mão em meu shorts de pijama e deslizou os dedos entre os lábios úmidos e quentes. Ele circulou meu clitóris com o polegar e esfregou com força. Joguei a cabeça para trás e ofeguei, Gar beijou meu pescoço exposto e chupou a pele.
Gar se certificou de que eu estava pronta, segurou meu rosto e me olhou bem nos olhos, mesmo com a aura animalesca tomando conta dele, ele quis se certificar de que estava tudo bem. Eu pressionei meus lábios nos dele, então segurei firme em seus ombros e me preparei enquanto ele tirava meu shorts. Senti uma pressão em minha entrada e então a penetração. Abafei meu gemido e joguei a cabeça para trás, encostando na parede. Ele começou a mexer os quadris, entrando e saíndo, no início devagar e então mais rápido e fundo. Minhas unhas marcavam suas costas nuas com arranhões vermelhos. Ele colocou a cabeça entre meus peitos e acelerou as estocadas ainda mais. Sentia meu orgasmo muito próximo, apertei minhas pernas em torno dele e me mexi em sua direção, meu corpo começou a formigar e minha cabeça se tornou um turbilhão.
Meu orgasmo veio ao mesmo tempo que o dele. Eu tombei minha cabeça e afundei o rosto nos cabelos dele, respirando fundo alí e sendo tomada pelo cheiro dele. Quando afastei meu rosto e fitei o dele, Gar tinha os olhos verdes brilhantes e com fendas, como os de um felino e também presas, fora a pele que estava esverdeada. Aos poucos ele voltou ao normal e respirou fundo.
—

Queimou toda a energia?
Perguntou.
— Aguento mais alguns rounds, garoto tigre. E você? Já vai jogar a toalha? – Pergunto, passando a mão por seus cabelos e tirando-os de seu rosto.
— Nem pensar – Afirmou.

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bright_mist seu pedido!
Espero que tenha gostado ❤