A Bailarina Vermelha (Marvel)
Capitulo Único.
Leitora/Natasha Romanoff (Viúva-Negra)
***
Eu estava sozinha na sala de treinamento, socando uma dezena de vezes um grande saco cheio de areia. A energia que eu dispensava em cada soco, não diminuía em nada meu estresse ou frustração.
Continuei diferindo golpes contra o saco, cada vez mais fortes, cada vez mais rápidos, conforme as lembranças invadiam minha mente, trazendo de volta ao meu consciente os piores momentos de minha vida. Cada golpe me fazia remeter a uma experiência do passado, cada momento de dor.
Quando dei por mim estava gritando! Xingando em russo com toda a força que conseguia puxar o ar de meus pulmões.
— S/n?
Parei imediatamente. Arfando e suando, meu peito subindo e descendo. Encarei a ruiva na porta, me encarando com os braços cruzados.
— Desculpe o barulho – Falei, desviando o olhar dela.
— Não tem problema – Ela falou. Natasha descruzou os braços e entrou no cômodo. Ela estava usando seu traje de missão.– Está tudo bem?
Eu parei de analisa-la e lhe dei as costas. Ajustei as faixas nos punhos.
— Tudo ótimo.
Voltei a socar o saco de areia, tentando eliminar a tensão, mas isso nunca dá certo. Eu apenas fico ainda mais abalada, como se trouxesse memórias ruins a tona.
— Não é o que parece.
— Eu estou bem, Natasha, eu... estou bem – Falei, buscando convencer mais a mim do que ela.
A ruiva suspirou e se encostou na parede.
— Eu era exatamente como você quando cheguei aqui – Ela falou.– Sempre a flor da pele. Qualquer coisa era um estampido.
— Já disse que...
— Está bem – Ela completou. Seus olhos me olharam de cima a baixo e ela balançou a cabeça.– Crescemos juntas, S/n, eu sei como se sente porquê vivi as mesmas coisas.
— Então sabe que é impossível esquecer.
— É, eu sei – Falou, dando um passo em minha direção. – E também sei o quão difícil foi deixar àquele lugar, e você deixou, está aqui agora.
— É como se eu nunca conseguisse me libertar, Natasha. Eles detém minha alma.
— Não – Ela negou. Natasha aproximou-se de mim, seu corpo quase se colou ao meu, até que ela se afastou. Ela estava apanhando dois rolos de faixa na estante atrás de mim. – A sua alma voltou pra você no momento em que decidiu que queria viver por si mesma.
Eu tirei o cabelo do rosto e respirei fundo.
— Eles me quebraram em mil pedaços, me transformaram em uma arma – Falei ao me lembrar de quando recebi o codinome "Bailarina Vermelha", tão irônico. Meus professores, ou carrascos como prefiro chamar, gostavam de dizer que me enfrentar era como dançar com a morte.– Mesmo longe, mesmo sem seguir mais suas ordens. Eu sempre pertencerei aquele lugar.
Natasha terminou de amarrar as faixas e me encarou.
— Tente me derrubar.
— O que?
Pergunto, não entendendo a mudança radical de assunto.
— Você está pensando demais, S/n, não pensar é a primeira regra.
Ela desferiu um soco em minha direção e eu desviei.
— É impossível não pensar...
— Então você vai apanhar feio.
Desviei de um chute em direção ao meu estômago. Eu agarrei sua perna e a puxei para mim.
— Aonde quer chegar com isso?
Natasha jogou sua outra perna por cima de minha cabeça e com um mortal me derrubou.
— Você ainda está pensando, S/n – Falou, ficando de pé. Eu me levantei.– Isso tira seu foco. Não só em uma luta, mas em todo o resto. Se nunca conseguir parar de pensar neles, seu foco nunca vai estar no agora.
Ela tem razão. Me concentrei em suas palavras e avancei contra ela. Eu não pensei mais neles, na Sala Vermelha, ou nos momentos torturantes que vivi lá. Meu foco era ela.
Seus olhos que nunca desviavam de mim, captando cada movimento meu. A forma como de movia, rápida e ágil. Sua beleza, a qual sempre admirei, a qual sempre desejei. Nós duas rodopiavamos, como em uma dança. Girei nas pontas dos pés e desviei de um soco, segurando seu pulso eu a puxei e com um dos pés, dei-lhe uma rasteira. Natasha caiu no tatame e eu me posicionei encima dela.
Nossas respirações estavam ofegantes. Os olho dela me fitaram e Natasha sorriu.
— Bom trabalho, Bailarina.
Eu a encarei e antes que desistisse, tomei uma atitude de momento, beijando-a.
As mãos dela foram parar em meu rosto, Natasha girou o corpo até que eu estivesse deitada no chão e ela encima de meu quadril.
Os lábios macios da ruiva tomaram o controle dos meus. Seus dedos adentraram meu cabelo, causando formigamentos em meu couro cabeludo. Ela afastou-se.
— Você tinha razão sobre mudar o foco – Eu disse, usando uma das mãos para acariciar seu rosto, enquanto com a outra eu envolvia sua cintura.– Isso da certo mesmo.
A ruiva sorriu e mordeu seu lábio inferior.
— Eu sempre tenho razão – Murmurou antes de voltar a me beijar.
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Primeiro imagine!!! Esse saiu rápido porque a ideia já tava na minha cabeça kkk juntando o útil ao agradável.
Lauren_Prince
Ta aqui meu amor!! Espero que goste ❤
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