Nem Tudo É Flores ( livre porque violência não escolhe idade)
Esta escrita foi pensado não para denegrir algum personagem, mas para mostrar que até os príncipes encantados podem virar algo pior que um simples sapo.
Baseado em fatos reais
Há alguns dias tenho achado Dean um tanto estranho. E quando digo estranho, quero dizer: frio, distante e até agressivo.
Ele cismou que eu não o amo, apenas porque não quero transar com ele. E mais uma vez este assunto é motivo de briga entre nós, como agora.
— Se você me amasse, iria querer transar comigo! — exclama furiosamente.
Eu, que estava diante dele, apenas o olhava tentando manter a calma e o controle da situação.
— Dean, isso não tem nada haver com o quanto eu te amo! — seguro seus pulsos — Apenas não me sinto pronta pra isso é muito difícil pra mim, você sabe o porquê!
Dean sabia muito bem das minhas inseguranças com meu corpo e do meu medo por ter sofrido assédio a infância inteira. Ele era meu primeiro namorado, e apesar de amor muito ele, não me sentia pronta para ter uma relação tão profunda assim.
— Eu sei por que não quer.. — solta seus pulsos das minhas mãos e aponta o dedo na minha cara — Já deu pra outro, não foi?
— Não acredito que tá me dizendo isso! — sussurro, pego minha bolsa e lhe dou as costas — Acabou, Dean..
Ele segura meu braço esquerdo, apertando entre seus dedos, tento me soltar dele. Mas a força que a raiva lhe dava era muito superior a minha.
— Me solta, Dean! — peço, com raiva.
— Você gosta quando ele faz isso?
Solto a bolsa da outra mão e lhe dou um tapa na cara, sem demora o homem devolve com a mesma intensidade. Com a força, tombo um pouco para trás, não chego a cair e ele novamente segura meu braço e os cabelos da minha nuca.
— Tá me machucando! — grito — Me solta, seu idiota!
Dean faz o que peço, ou quase, já que me jogou no chão e se pós em cima de mim.
— Foi assim que ele fez com você? — volta a perguntar furioso — Foi?
— Sai de cima de mim! — esmurro seu peito, mais o loiro segura meus braços.
— Se você se mexer, vai ser pior!
Dito isso, ele rasga minha blusa de alças finas, deixado meus seios amostra. Sua boca entra em contato com meu seio e ele o chupa com violência. Minhas pernas não paravam quietas a procura de uma brecha para fugir daquele tormento.
— Para! Por favor, para! — peço, entre lágrimas.
Sem dar atenção para mim, ele levantou minha saia um tanto curta e tentou tirar minha calcinha, desistiu da ação e a rasgou também. Foi aí que ele abaixou sua calça e tentou me penetrar.
— Quieta! — gruta, segurando minhas coxas.
Neste momento uma lembrança veio como uma luz, lembrei do dia em que estava tendo uma aula de auto defesa com meu tio — que é policial — sem demora dei uma joelhada na virilha do homem, que urrou de dor e caiu ao meu lado.
Com a folga dele, levantei com um pouco de dificuldade, mas não fui longe quando ele pegou no meu pé e me puxou para ele.
Me dediquei e cair sobre a mesa de centro, que tirando os pés, era inteira feita de um vidro fino que cortou meus braços, busto e rosto.
Em lágrimas, pela dor, levantei e me arrastei até o sofá.
— Tá vendo o que você me faz fazer? — murmura, chegando perto.
Com nojo cuspo no rosto dele, Dean volta a me dá um tapa forte. Dessa vez saiu sangue do meu nariz. Alcancei a garrafa da cerveja que ele tomara mais cedo e bati com ela na sua cabeça.
Desesperada corri para a cozinha, peguei o telefone que ficava na parede e disquei o número do irmão dele, que havia dito mais cedo que viria vê-lo.
— Sam! — exclamo, assim que ele atende — Sam, por favor vem correndo pra cá! Por favor, seu irmão vai me matar!
Ele me pede para ficar calma, e depois de assegurar que chegaria em menos de cinco minutos, desliga o celular.
Alcanço uma faca e empunho para me defender.
— Se chegar perto, moto ele! — ameaço, e espero por ele.
Quatro anos depois...
Depois de exatos cinco minutos Sam chegou, o irmão continuava desmaiado. Ele me levou a um hospital e lá disse que havia sido assaltada. Não podia imaginar a vergonha que seria se alguém soubesse que meu namorado tentou me estuprar.
Sammy conversou com o irmão que descidiu morar em outra cidade, nós dois ficamos próximos cada dia mais, até que a paixão foi surgindo e em seguida o amor.
Ele é completamente diferente do irmão: não me julga pela minha idade — que é bem abaixo da sua — não me proíbe de usar roupas curtas, me respeita e me dá o tempo que eu quiser.
Hoje ainda tenho cicatrizes externas, que podem ser observadas no meu braço direto, na minha bochecha e canto do olho e uma bem aparente no meu seio direto.
O fato é que aos poucos as feridas internas também irão se curar... E vou fazer isso se tornar realmente fazendo outras mulher se curarem também
Ajude a acabar com a violência contra mulher, porque o silêncio mata.
Se você e vítima, ou conhece alguém que é, ligue 180 e denuncie. Lembrando que a violência pode ser física (bater), psicóloga (humilhar), moral (xingar), patrimonial (restringir bens materiais) ou sexual ( manter relações sem consentimento) e elas podem ser práticas por qualquer homem da família ( pai, padrasto, namorado, marido etc..)
Juntas somos mais fortes!
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