Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Conto: O Jogo (Tema - Romance)

Laura era um garota calma demais, quando se tratava de discutir.
Nunca chegava a dizer tudo o que ia em sua mente, apenas pelo simples fato de não querer colocar mais achas na fogueira.
Contudo se costuma dizer  que a panela de pressão vai enchendo até um dia rebentar. E aquele era o seu dia!

A chuva caia forte sobre a cabeça dos dois, quetragavam o ar com vontade como se tivessem corrido a maratona.
E era exatamente isso que tinha acontecido. Eles tinham corrido. Ela fugindo dele e ele atrás dela.

Essa é uma história que remota a vários meses atrás. Laura frequentava um curso onde 70% dos seus estudantes eram do sexo masculino. Na sua classe de 20 alunos, apenas 4 eram garotas, sendo ela uma delas.
No entanto vejamos bem, o que a diferenciava das outras era apenas isto: ela era a única solteira.

Porém não era só isso.
Por um lado ela era toda "masculina",  estudando para um emprego regido por homens, numa escola 80% masculina, se vestindo como se não se importasse e falando sem tabus de todos os temas com os garotos da sua classe.
Por outro, ela era secretamente romântica, desejando uma paixão arrebatadora e dedicando seus tempos livres a dança contemporânea. 

Por censo comum, ninguém do seu cursinho a considerava uma garota de verdade, diferente das outras, que eram todas bonitinhas e arranjadas. E isso se via pela forma como a cumprimentavam, como "manos",  ou pelas conversas escrotas que não se envergonhavam de ter na frente dela. 

No fundo ela se incomodava seriamente com esse à vontade, pois sabia que nenhum deles iria pensar nela como uma conquista ou como uma futura namorada.
O que era chato, visto ela ter tido alguns crushes e ser fortemente rejeitada com a frase: 

 -Mano, você é uma garota, mas ...sério! 

 Quando a frase começa com "Mano", seguida da afirmação "Você é uma garota", tenha plena certeza que isso foi um fora.

Primeiro porque ele te adjetivou com um apelido masculino, segundo, porque ele afirmou, PARA ELE MESMO, que você é uma garota. Ou seja, ele não te vê como uma garota, ainda que você tenha aparência de tal.

Mas voltando à situação presente. 
A panela de pressão explodira e agora Laura não estava com a mínima vontade de se preocupar com o incêndio que causaria naquele momento.
E tudo começou quando ela resolveu se vestir mais femeninamente, porque suas colegas de classe a instigaram a tal.

-Eles te olham como igual, Laura! Como você quer arrumar um namorado vestida desse jeito? - Carla anuiu, puxando a blusa largona e masculina que a garota usava.

-É confortável e adequada ao ambiente estudantil em que estudamos. - Se justificou, como se o que dissesse bastasse para que as colegas atingissem a compreensão.

-Minha blusa é confortável, bem como minhas jeans. Não precisa ser folgado para ser confortável. Isso são apenas desculpas. Você é tão bonita. - Diana afirmava, destruindo por terra todas as desculpas esfarrapadas de Laura.

A verdade é que Laura não tinha senso algum de moda. Ela não se importava, realmente, se não usasse maquiagem ou se tivesse de viver sua vida toda à base de tênis, calça jeans e blusas estampadas com alguma nerdisse. 

-O que um belo de um salto e um vestido não fazem. - Carla comentou após várias horas de produção.

E foi ali, pela primeira vez na sua vida, que Laura percebeu o conceito de se sentir feminina. Ela não cansava de se olhar no espelho. Era como se estivesse vendo pela primeira vez sua imagem com olhos minusciosos!

E suas colegas tinham razão. Ela era muito bonita.
E o que ela mais gostava era que não precisou carregar na maquiagem para destacar sua beleza. Um pouco de base e corretivo, pó, delineador preto, batom vermelho e rímel e Laura se sentia como uma modelo de cosméticos! E o pior é que ela estava achando tudo aquilo lindo.

O primeiro passo havia sido concluído. Ela se sentia bem naquela pele mais feminina e sentia que não queria outra coisa. A simplicidade e conforto continuavam de mãos dadas com ela, mas de um jeito mais menina-mulher.

O problema de tudo isso foi que os "manos" embasbacaram quando a viram toda mudada e uma revolução começou naquela escola.
De repente todos a viam como mulher que ela era e todos a desejavam. Aqueles que a repudiaram antes, corriam atrás dela agora e Laura se sentia bem com isso. Se sentia no poder.
Mas cedo esse poder soube a amargo quando percebeu que era só sua aparência que eles queriam.

Logo ela não estava mais tão entusiasmada com seu novo visual, pois não conseguia mais ter conversas banais com seus colegas. Agora eles se continham em falar coisas escrotas na frente dela, como se ela fosse de vidro. Se se aproximavam não era para conversar e sim pra paquerar.

Ela sentia falta do camaradismo masculino, sentia falta das brincadeiras inocentes, das conversas estúpidas, das piadas porcas. Ela sentia falta de que a vissem pelo que ela era e não pelo que ela vestia.

Não demorou muito para ela voltar ao que era antes. Sem maquiagens, sem roupas pomposas e chamativas, sem sapatos ou sapatilhas. Apenas ela. A velha e companheira Laura.
Mas nada era mais o que era antes. Uma vez desejável, pra sempre visível.

Vocês devem estar se perguntando o que raios então aconteceu para Laura correr debaixo da chuva, feito louca, com um cara - que ainda ninguém sabe quem é - atrás dela.
Então deixem eu lhes explicar.
O grande motivo para Laura se aventurar no estilismo feminino foi por causa de Fábio. De todas as crushes que Laura teve durante os dois anos em que ela frequentou aquele curso, aquela crush era a maior de todas. E o mais irônico é que Fábio esteve sempre debaixo do seu nariz. 
Ele era parte da mesma classe que ela. Eles costumavam se falar e ela costumava escutar muita escrotice da boca dele. Eles riam de tudo e brincavam sem segundas intenções, mas um dia ela o olhou com olhos de ver e se apaixonou. E quando Carla e Diana descobriram, o grande plano foi colocado em prática.

Mas ao contrário de todos os outros, Fábio se afastou quando ela apareceu toda arranjada. Ele parecia evitá-la, como se aos olhos dele, ela tivesse virado como qualquer outra garota.
Todos os esforços de Laura para fazê-lo notá-la foram escusos e fizeram exatamente o efeito oposto.
Até um dia ela escutar uma conversa entre Fábio e dois colegas de classe dos dois. Colegas esses que correram feitos cachorrinhos atrás de Laura, fazendo tudo para conquistar ela.

-A aposta ainda não acabou, Fábio. Eu ainda vou ficar com ela. - António falou de boca cheia.

-Aha, vai sonhando.  - Felipe esnobou de seguida. - Ela é minha.

-Vocês os dois não tomam jeito. Apenas tenho que vos desejar sorte... - Ela escutou Fábio dizer.

Isso magoou nela muito mais que as palavras nojentas de António e Felipe. Ele não se importava com Laura. Ele que um dia foi amigo e tirou tantos sorriso dela. 

Fábio mal havia terminado a frase quando avistou Laura parada na entrada da sala, para logo em seguida sair correndo de lágrimas nos olhos.

Fazia horas que chovia sem parar do lado de fora, mas nem isso deteve Laura de correr para bem longe daquele lugar. Fábio não desistiu de correr atrás dela, até finalmente pará-la para poder se explicar.

-Me solta, Fábio!

A chuva caia forte sobre a cabeça dos dois, quetragavam o ar com vontade como se tivessem corrido a maratona. 

E era exatamente isso que tinha acontecido. Eles tinham corrido. Ela fugindo dele e ele atrás dela.

-Laura, deixa eu explicar. - Fábio tentava falar, mas ela abanava a cabeça em negativa, tampando os ouvidos com as mãos.

-Não quero ouvir nada de você! Quem trata mulher como lixo, não merece o respeito de ninguém. Estou cansada de estar no meio de jogos masculinos de posse, testosterona e desrespeito. Sou uma mulher, não um prémio de consolação!

-Você não é um prémio de consolação. - Ele dizia com tristeza por ela realmente achar isso de si.

-Para de falar, Fábio! Você, de todos os outros, foi o que mais me desiludiu. Eu não queria que nada disso tivesse acontecido. Eu não queria ter mudado. Eu só queria que me notassem, que percebessem que eu sou uma garota como outra qualquer, que tem sentimentos e que ama.
Eu só quero alguém que cuide de mim, que me compreenda, me complete, me aceite e me respeite.
Quero alguém que aguente os meus defeitos - e eles são muitos - e que veja as minhas qualidades.
Quero que respeite o meu espaço, que goste do que eu gosto e que me faça gostar das coisas que não conheço ou superestimo.
Que me fascine, me deslumbre, me excite e me faça sentir a única para ele.
Quero que seja meu amigo e meu amante, que seja um orgulho para mim e que sinta orgulho de mim.
Que seja Homem, que seja meu e que eu o deseje infinita e ardentemente.
Que haja discordância e discussão, mas nunca raiva ou segundos pensamentos sobre nós.
Que seja marcante. Que seja verdadeiro. Que seja meu e que dure o que tiver que durar, porque eu sei que nada na vida é eterno!
- A panela de pressão explodira e agora Laura não estava com a mínima vontade de se preocupar com o incêndio que causaria naquele momento. Porém foi surpreendida com a reação calma e sorridente de Fábio.

-Apenas tenho que vos desejar sorte porque ela não é como qualquer outra garota no mundo. Ela é única, verdadeira e sincera. E uma garota assim não é conquistada. Ela te conquista. É ela quem tem o jogo todo na mão, resta saber se ela deita tudo a perder ou se joga limpo. - Ele fala, como se ainda estivesse em conversa com António e Felipe, dizendo tudo o que realmente iria dizer antes de ter de correr desenfreadamente atrás dela para se explicar.

-E como ela jogou? - Laura questionou com o coração na boca, se sentindo tão idiota por ter descontado sua raiva erroneamente na pessoa errada.

-Ela não jogou.

-E o que acontece ao jogo? - Ela questiona curiosa e confusa.

-Não há mais jogo. Ela percebeu que jogar não é o mais justo e aconselhado. Percebeu com o seu erro. Percebeu que não precisa fazer bluff pra ganhar uma cartada. - A cada frase dita, os passo entre os dois eram encurtados consideravelmente e ao momento em que ele terminada de falar, eles já estão frente a frente, com meros milímetros separando os dois. - Desculpe por ter me afastado de você. - Ele diz olhando nos fundo dos olhos dela.

-Eu pensei que ia chamar a sua atenção. - Seus olhos desceram para os seus pés, em vergonha, mas ao mão de Fábio ergueu o seu rosto para que tornasse a olhá-lo nos olhos.

-Se desiludiu e me desiludiu. Achei que ia ser como as outras garotas. Eu gostava na verdadeira Laura. Eu gosto da verdadeira Laura. - Reafirmou com um sorriso tímido e carinhoso, encostando sua testa na dela e se preparando para beijá-la.

-E a Laura gosta de você. 




Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro