Alívio de Uma Escritora
Não é fácil escrever
Sobre o que eu sinto
Ou o que eu penso,
Quando veêm
Que vão ser libertados
Eles ficam tudo agitado,
Disputando para saber
Quem virará poesia primeiro
E me deixam confusa,
Sem saber por onde começar
E como terminar.
Alem disso,
Há coisas
Em que não queremos pensar,
Mas nessas horas pensamos,
Há coisas
Que nunca devem ser ditas,
Muito menos escritas
E há coisas
Que nunca poderão ser transcritas
De forma legível,
Se eu tentasse
Escreveria algo tão incoerente
Que me perguntariam
Em que língua escrevi
Ou se sou analfabeta.
Mas quando consigo me expressar
Com caneta e papel
Ou a tela de um eletrônico
Sinto - me uma poesia ambulante
Que ali descansou,
Uma bomba que ali explodiu,
Sinto que estou olhando
Para o lado avesso de mim,
Sinto - me despida,
Sugada até a última gota,
Tão leve como o ar;
Sinto até um vazio por dentro,
Mas um vazio bom,
Que me deixa alíviada,
Que me deixa em paz.
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