Anjo da Morte
Como um anjo em minha morte, você veio me abraçar. Eu estava caído, basicamente sem vida, quando eu vi os seus cabelos ruivos, roçarem a minha face.
Você havia sido tudo o que eu havia mais procurado, em meu mochilão pelo mundo, em meus tráfegos perdidos, cansados.
Você havia sido, durante toda a minha vida, a inspirarão das minhas noites.
E você havia sido, a esperança dos meus dias. Eu nunca desisti de te ver, mesmo muitas vezes acreditando, que você era apenas um devaneio.
No entanto, o que me doeu mais na alma — ainda mais do que se nunca viesse a te ver —, foi que eu só te encontrei no minuto final dos batuques do meu coração.
Eu te encontrei quando a minha mão estava para ficar estranhamente gélida. E me doeu ainda mais, que foi você o meu anjo da guarda, que me amparou no meu leito de morte, que me escutou dar o último suspiro.
Por que não me guardou, anjo, se era essa sua missão?
Talvez você tivesse medo da minha obsessão pelo seu retrato, pela sua perfeição e pureza.
Talvez você tivesse receio de me deixar ver que eu me tornei um ser totalmente solitário, enquanto buscava por ti.
Mas mesmo assim, você veio velar a minha morte, o meu abandono e ainda sim, o aprisionamento da minha alma, que tanto quis te amar.
E mesmo não tendo certeza de muitas coisas sobre minha vida, eu sei, anjo, que é por isso que você vaga de luto, pelos caminhos que deviam ser cheios de luz.
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