005
001 - Demorou, mas consegui ter criatividade para escrever mais um capítulo! Quais as teorias de vocês para o desenrolar dessa história?
002 - Não esqueçam de votar e comentar muuuito.
POLARIS AJEITOU A BLUSA SOCIAL BRANCA que seu sobrinho usava, ignorando a forma como ele lhe encarava cansado.
— Tia, a gente só vai comprar meus materiais, não em uma festa.
Ela respirou fundo e finalmente se afastou, Nathaniel estava sentado no sofá observando os dois, com uma expressão estranha no rosto. Polaris sabia que o marido não estava bem desde a volta de Voldemort, mas sinceramente, Nathaniel não era uma maldita criança para ser problema dela.
— Nos tempos de hoje, sempre precisamos estar perfeitos, querido — ela disse, olhando nos olhos de Draco — agora nossas ações importam mais do que nunca, então nem pense em falar com sangues ruins ou mestiços, entendeu? Escolha suas amizades com sabedoria, nós precisamos nos proteger.
Draco havia passado todas as suas férias com a tia e estava extremamente aliviado com aquilo. Os dias que passou em casa após a volta de Voldemort ainda lhe davam pesadelos.
— Eu sei.
— Ótimo.
Polaris forçou um sorriso e beijou a testa dele.
— Agora vamos, temos uma longa lista de coisas para comprar — ela disse, pegando o pergaminho que a escola havia mandado — sua mãe vai nos encontrar lá.
— Sério?
— Sim.
Os dois logo partiram para o Beco Diagonal.
Polaris havia se afastado de Charlie Weasley desde que voltou para Londres, ela sabia que agora seus encontros poderiam colocar vidas em risco - a sua e a dele. Ele havia lhe mandado algumas cartas que Polaris se forçou a ignorar, ela estava morrendo de saudades de estar nos braços do ruivo, mas nunca admitiria aquilo em voz alta.
— Pode onde quer começar? — ela perguntou, encarando a lista — Novo uniforme para o Quadribol? Uma vassoura nova? Ouvi dizer que lançaram uma recentemente.
Os olhos de Draco brilharam.
— Com uma vassoura nova, tenho certeza que vou derrotar o Potter no próximo jogo.
Polaris deu um pequeno sorriso.
— Podemos comprar vassouras novas para todo o time da Sonserina se quiser, vou mandar entregar diretamente no castelo assim que as aulas começarem.
Draco correu na direção da loja de artigos esportivos, Polaris suspirou e correu atrás dele.
— Draco! Você vai acabar se machucando se ficar correndo por aí...
Ela entrou na loja de artigos esportivos atrás do sobrinho e acabou dando de cara justamente com quem queria evitar. Charlie olhou para ela surpresa e os dois ficaram um momento congelados, apenas se encarando.
— Hã...
— Ei.
Polaris deu um passo para o lado, Charlie fez a mesma coisa, ficando no caminho dela.
— Podemos conversar?
— Eu estou tentando passar — ela resmungou, evitando olhar nos olhos dele — Se eu deixar meu sobrinho aqui, ele vai comprar a loja inteira.
Charlie suspirou.
— Olha, eu meio que estou me mudando para cá — ele comentou, frustrado — então não é como se você pudesse continuar me evitando por muito tempo...
Ela olhou ao redor e então ao perceber que seu sobrinho estava distraído com as novas vassouras, Polaris agarrou o pulso de Charlie e o puxou para o pequeno banheiro que tinha nos fundos da loja. Ao entrar, ela trancou a porta e encarou o ruivo, o espaço em que estavam era minúsculo.
— Você-sabe-quem voltou — Polaris sussurrou, nervosa — Eu não posso ser vista andando com você ou...
Charlie fez uma careta.
— Eu sei, é por isso que tive de me mudar para cá — ele explicou, passando a mão nos cabelos ruivos — Sei que a situação é complicada, mas... Eu senti sua falta.
Polaris desviou o olhar.
— Charlie...
Ele colocou as mãos no rosto dela e a beijou, a mulher ofegou, surpresa com a ação.
— Vamos nos encontrar — Charlie implorou — No lugar de sempre.
— Ok.
A mulher lhe deu mais um beijo antes de sair do banheiro, ela ajeitou sua roupa e procurou o sobrinho pela loja. Polaris encontrou Draco junto com Narcisa, a fazendo sorrir.
— Çissa!
Narcisa olhou para a irmã com os olhos estreitos, então olhou para algo atrás da irmã e ficou pálida. Ela avançou na direção da irmã e agarrou o pulso dela, uma expressão furiosa surgindo em seu rosto.
— Você enlouqueceu?
Polaris a encarou confusa.
— O que foi, Çissa?
Ela bufou.
— Sabe, eu sabia que você estava vendo alguém, mas nunca imaginei que seria um Weasley! — Narcisa sussurrou, sem acreditar que a irmã havia se metido naquele enorme problema — Seja lá o que vocês tiverem, termine imediatamente pelo bem da nossa família.
Narcisa parecia prestes a surtar, fazendo com que Polaris se afastasse um pouco.
— Depois a gente conversa sobre isso.
— Polaris...
— Eu disse depois.
Assim não deixará traços para trás
Como se você nunca tivesse existido
POLARIS YAXLEY ESTAVA COMEÇANDO a ficar irritada com o jeito que Narcisa estava a tratando, como se ela fosse uma criança que não entendia a gravidade do problema que estava se metendo.
— Çissa, pelo amor de Merlin, chega.
Narcisa lhe lançou um olhar irritado enquanto Draco comprava os livros que iria precisar para aquele ano.
— Eu não acredito que você se meteu nessa bobagem — resmungou, incrédula — Eu sei que Nathaniel não é o melhor homem do mundo, mas um traidor de sangue pobretão? Sério? E eu nem vou falar nada sobre todas aquelas queimaduras estranhas...
Ela passou as mãos pelo rosto.
— Charlie trabalha na Romênia, em um santuário de dragões, por isso as queimaduras, Çissa.
Narcisa arregalou os olhos.
— Por isso você foi viajar para lá no ano passado? — perguntou, indignada — E eu achando que era apenas aquelas coisas de querer gastar dinheiro com coisas extravagantes, nunca imaginei que você estava se envolvendo com... Merlin. Isso é loucura.
Polaris observou Draco se aproximar com uma pilha de livros e uma expressão emburrada no rosto.
— O que foi, querido?
Draco suspirou de forma dramática.
— Eu vi o idiota do Potter.
Ela e Narcisa trocaram um olhar.
— Querido, não deixe alguém tão insignificante quanto Potter estragar seu dia, vem, agora vamos ir comprar alguns brinquedos novos para o seu gatinho, o que acha?
O garoto sorriu.
— Ótimo.
Narcisa e Polaris passaram o resto da tarde comprando os itens que faltavam para mais um ano escolar de Draco. Elas aproveitaram para fazer daquilo um momento em família, deixando de lado todas as preocupações e problemas de lado por um tempo. No final da tarde, Polaris puxou a irmã de lado, enquanto Draco terminava seu sorvete.
— Eu preciso encontrar alguém, então você se importa de levar Draco lá para casa e me esperar lá?
— Polaris!
— Eu estou indo terminar as coisas, juro.
As duas se encararam por um momento e Narcisa suspirou, cansada.
— Ok, mas é para realmente terminar, entendeu?
— Sim, claro.
Polaris forçou um sorriso e se afastou, indo se encontrar com Charlie no lugar de sempre deles.
Quando finalmente chegou lá, os olhos de Charlie e Polaris se encontraram, eles não precisavam dizer nada para se entenderem. No minuto seguinte, seus lábios estavam colados um no outro, suas mãos explorando seus corpos enquanto matavam a saudade e o desejo que os consumiam.
Aceite as palavras pelo que elas são
Um declínio inconstante
Uma droga que só funcionou
As primeiras centenas de vezes
POLARIS E CHARLIE NÃO TERMINARAM o que tinham naquele dia, mas Narcisa Malfoy não precisava saber daquilo. Quando ela voltou para casa, apenas Çissa e Draco estavam ali, a mulher tomava chá na sala de estar enquanto o garoto estava lendo algo em seu quarto.
— Onde está o inútil do meu marido?
Narcisa encarou a irmã mais nova, nas últimas horas ela havia pensado em como a mulher parecia mais feliz nos últimos meses e agora ela entendia o motivo daquilo.
— Você-sabe-quem o chamou para uma reunião.
Polaris fez uma careta.
— Ah.
— Polly, sente-se aqui.
Ela sentou-se no sofá ao lado da irmã, já sabendo a conversa que viria a seguir, junto com o drama.
— Sim?
Narcisa suspirou.
— Eu não estou tentando bancar a irmã mais velha controladora como Bella fazia com a gente — ela murmurou, pegando a mão de Polaris — Só quero proteger você, agora que você-sabe-quem voltou, qualquer pequeno erro pode custar nossas vidas e principalmente, nossas famílias.
Polaris desviou o olhar.
— Eu sei... Olha, eu nunca planejei ter algo fora do casamento, afinal, sempre senti nojo de como Nathaniel tinha diversas amantes por aí — Polaris sussurrou, cansada — Mas quando eu conheci ele, foi como se eu pudesse viver de novo, me senti desejada, sabe? Ele é intenso, me faz viver loucuras e me provoca coisas que nunca senti com meu marido.
— Eu entendo, você se casou jovem demais e Nathaniel sempre foi um péssimo marido, mas agora não é o momento para algo assim. Se quiser ter um amante, tudo bem, mas que seja alguém de sangue puro e respeitável.
O silêncio dominou a sala por um momento e Polaris forçou um sorriso.
— Você não tem mais o que se preocupar — ela disse, com um falso tom alegre — Eu terminei isso hoje.
Narcisa suspirou aliviada.
— Eu sabia que você iria fazer a coisa certa.
Por um momento, Polaris quase se sentiu culpada por estar mentindo para a irmã.
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