004
001 - Bem-vindos(as) a mais um capítulo. Aliás, postei uma short fic com o Fred, se chama Seven e já está disponpivel no meu perfil, espero vocês lá.
002 - Não esqueçam de votar e comentar muuuito.
ERA NATAL E UMA FINA CAMADA de neve cobria o santuário, os dragões estavam reclusos em suas cavernas na montanha e Polaris Yaxley estava tendo o natal mais feliz que já havia tido em anos.
Algumas das pessoas que trabalhavam ali haviam se reunido ao redor de uma fogueira, outras haviam ido para casa, mas Polaris e Charlie estavam no sofá da pequena sala do chalé do ruivo, um filme bruxo passava em um projetor enquanto eles comiam pipoca.
— Eu adoro filmes — Polaris confessou, um sorrisinho brincando em seus lábios — mas ainda prefiro livros.
Charlie lançou um rápido olhar para ela.
— Você via muitos filmes quando era criança? — perguntou, curioso.
Ele sempre tentava imaginar como havia sido a infância da mulher, considerando como era a sua família, a única coisa que Charlie conseguia pensar, era que deveria ter sido completamente diferente da dele.
— Meus pais nunca deixaram nada que fosse trouxa entrar na nossa casa — admitiu, os olhos focados no filme — E eles prezavam por uma educação rigorosa, então eu e a minhas irmãs não tínhamos muito tempo livre para nos divertir.
— Como vocês se divertiam?
Polaris o encarou, ela enrolou um dos cachos ruivos dele ao redor do dedo e deu um pequeno sorriso.
— A sociedade de bruxos puro sangue sempre adorou aqueles bailes exagerados, sabe? Eu odiava, mas era o momento em que meus pais paravam de prestar tanta atenção na gente, então sempre aprontamos alguma coisa, seja fugir para beber escondido ou amaldiçoar alguns velhos chatos — ela contou, rindo baixinho ao lembrar dos momentos em que viveu — havia alguns momentos divertidos.
O ruivo lhe observava com atenção agora, ele não conseguia entender o que havia feito a mulher ser diferente das irmãs, o que havia feito ela estar ali, com ele, o olhando com paixão.
— Você é linda.
Polaris congelou por um momento, o elogio havia lhe pegado de surpresa.
— Oh... Obrigada.
Ele se aproximou dela, selando seus lábios rapidamente.
— Posso te perguntar algo? — Charlie questionou, sabendo que estava prestes a falar sobre algo que ambos estavam ignorando desde o primeiro momento.
A mulher o encarou, confusa com a forma repentina que ele havia ficado tenso.
— Sim.
— Quando você vai terminar com o Yaxley? Você claramente não é feliz nesse casamento — ele murmurou, nervoso — você merece ser livre e poder viver sua vida da forma que quiser.
Ela desviou o olhar.
— É mais difícil do que parece — retrucou, áspera — eu poderia ser deserdada.
Charlie franziu a testa.
— Ser deserdada mesmo já sendo adulta? Você ainda tem medo disso? — ele perguntou, confuso. Charlie conhecia Andrômeda, que havia sido deserdava por se apaixonar por um nascido trouxa e atualmente, ela estava muito bem e feliz.
Polaris lhe enviou um breve olhar, havia uma expressão estranha em seu rosto, que ele não conseguia identificar.
— Se eu for deserdada, nunca mais poderei ter contato com Narcisa ou com Draco — ela respondeu — vou perder toda a minha família e minha vida.
O ruivo desviou o olhar.
— Então prefere ficar presa em um casamento onde não é feliz?
Ela olhou ao redor, para a cabana simples, a lareira, as fotos da família dele que estavam espalhadas pelo local, como o lugar era realmente aconchegante e como ela se sentia feliz, ali, nos braços dele.
— As coisas são mais complicadas do que parecem.
Deixa o perfume na prateleira
Que você escolheu só para ele
QUANDO FINALMENTE VOLTOU para casa, após passar o final de ano com Charlie Weasley e depois viajar pelos países e locais pelos quais era apaixonada, Polaris Yaxley não esperou encontrar sua casa um verdadeiro caos.
Ela olhou ao redor, confusa ao ver toda aquela bagunça.
— O que aconteceu aqui?
Sua pergunta não foi respondida, mas Nathaniel surgiu das sombras, havia olheiras grandes embaixo dos seus olhos, ele parecia mais magro e pálido, um aspecto doente que ela nunca havia visto nele. Polaris arregalou os olhos, para ele estar daquele jeito, algo grave deveria ter acontecido.
— Nathaniel...? — murmurou, hesitante.
Ele se escorou na parede, suas vestes estavam amarrotadas e os cabelos bagunçados, como se não tivesse parado para considerar se arrumar ou colocar uma roupa decente.
— Ele voltou.
Polaris o encarou confusa, sem entender o que ele havia dito.
— Do que está falando? — perguntou, preocupada — Quem voltou?
Nathaniel soltou uma pequena maldição e começou a andar em círculos na sala, algo que fazia quando estava realmente nervoso.
— Você-sabe-quem, nosso lorde — respondeu, aflito — Ele voltou durante a última tarefa do Torneio Tribruxo, invocou todos os antigos seguidores... Ele está de volta, consegue entender isso?
Demorou alguns momentos para Polaris absorver o que ele estava falando, ela caiu sentada no sofá, em choque. Ela havia pensado que Voldemort nunca mais seria algo com o qual teria que se preocupar, que ele era apenas uma mancha escura pairando sobre o passado da sua família.
— Oh.
— Eu te mandei milhões de cartas, Polaris — ele disse, furioso. Em nenhum momento Nathaniel havia parado de andar — Nós estamos no meio de uma crise aqui e você estava sabe-se lá onde, fazendo algo que não tenho a mínima ideia. Agora nós precisamos ser um exemplo, não podemos atrair atenção indesejada e muito menos cometer erros, qualquer coisa pode acabar custando nossas cabeças.
Ela passou as mãos pelo rosto, tentando se concentrar naquele caos.
— O que vamos fazer?
Se você-sabe-quem descobrisse sobre o seu caso com Charlie, Polaris seria eliminada rapidamente, como um inseto irritante. A percepção daquilo a apavorou de uma forma que ela não sentia a muito tempo.
— Eu não sei! — Nathaniel gritou, nervoso — Ele está ficando na casa de Lúcio agora, sua volta foi estragada por causa daquele pirralho do Potter e agora Dumbledore já deve ter voltado a acionar aquele grupo dele, felizmente o Ministério não está acreditando em tudo isso.
Polaris arregalou os olhos.
— Ele está ficando onde? — perguntou, desejando que tivesse ouvido errado.
— Na casa dos Malfoy.
Ela se levantou do sofá em um pulo, caminhou em direção a lareira para aparatar para a casa da irmã, enquanto Nathaniel lhe encarava como se ela tivesse ficado louca.
— O que você está fazendo? Eu acabei de dizer que ele está lá e você vai correndo?
— Não vou deixar o meu sobrinho naquela casa, com ele lá e com comensais entrando e saindo o tempo todo — Polaris retrucou — Draco é uma criança, ele não precisa ver gente sendo torturada e toda essa merda.
Nathaniel respirou fundo.
— Por um momento, será que você pode esquecer esse garoto? Temos que focar em nós.
Polaris o ignorou completamente e entrou nas chamas da lareira, murmurando a localização da casa da irmã. Agora ela era uma mulher em uma missão, nada iria a parar, nem mesmo o Lorde das Trevas.
Quando chegou na lareira da mansão e pisou na sala, ela imediatamente percebeu que o lugar parecia mais gélido e sombrio, como se a própria casa soubesse que algo estava errado. Polaris olhou ao redor e seguiu o som das vozes, ela acabou parando na frente da porta de uma das salas de reunião que havia na casa, após respirar fundo, ela bateu na porta.
— Pode entrar.
A voz não era de Narcisa e muito menos de Lúcio, Polaris sabia exatamente o que iria encontrar atrás daquelas portas, mas não tinha escolha. Então ela abriu a porta e entrou no local, havia meia dúzia de rostos que ela conhecia muito bem dos jantares que seus pais faziam quando era jovem, no meio de todos, estava Voldemort.
— Lorde das Trevas, é uma honra estar em sua presença.
Polaris havia visto Bellatrix fazer aquilo um milhão de vezes, então conseguiu imitar com perfeição a devoção e respeito da irmã pelo homem.
— Você deve ser a irmã de Narcisa e Bellatrix — ele disse, lentamente, a analisando — me lembro de quando era apenas uma jovem assistindo nossas reuniões, agora está casada com Nathaniel Yaxley, correto?
Era assustador a forma como ele sabia tantas coisas, mas Polaris não demonstrou o que sentia.
— Sim, meu Lorde.
— Interessante — Voldemort murmurou — O que está fazendo aqui?
Ela se aproximou devagar, elegância em seus passos e posturas, a expressão fria, tudo o que a sua mãe havia lhe ensinando e servia para mostrar que não eram simples bruxos e sim puro-sangues.
— Vim ver meu sobrinho, Draco. Eu havia prometido que ele iria passar as férias de verão comigo — Polaris sorriu — mas seria uma falta de educação ir direto até ele quando sei que o senhor está aqui. Quando meu marido me contou sobre a sua volta, voltei da minha viagem o mais rápido possível.
Sua resposta pareceu agradar o homem.
— Consigo ver um pouco de Bellatrix de você... Pode ir, estamos no meio de uma reunião e eu odiaria desperdiçar o meu tempo, em outro momento iremos conversar mais.
Polaris concordou e saiu da sala de reunião, fazendo o caminho até o quarto do sobrinho. A porta do quarto de Draco Malfoy estava trancada com um feitiço, que a mulher rapidamente destrancou e entrou, fechando a porta ao passar, o garoto imediatamente lhe encarou e arregalou os olhos, parecendo aliviado.
— Tia!
Draco levantou da cama e correu até ela, a abraçando apertado.
— Eu estou aqui — sussurrou, passando as mãos pelas costas do garoto — arrume suas coisas, você está indo passar o resto das férias comigo.
Ele lhe encarou, surpreso.
— Sério?
— Sim.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro