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Capítulo 15

"Seus ramos eram fortes, próprios para o cetro de um governante. Ela cresceu e subiu muito, sobressaindo à folhagem espessa; chamava a atenção por sua altura e por seus muitos ramos.
Mas foi desarraigada com fúria e atirada ao chão. 

O vento oriental a fez murchar, seus frutos foram arrancados, seus fortes galhos secaram e o fogo os consumiu.

Agora está plantada no deserto, numa terra seca e sedenta. 

O fogo espalhou-se de um dos seus ramos principais e consumiu toda a ramagem. Nela não resta nenhum ramo forte que seja próprio para o cetro de um governante'. Esse é um lamento e como lamento deverá ser empregado".

— Ezequiel 19:11-14


De repente, Aurora se encontrava na casa de sua infância. De frente para a porta aberta, encarava a luz forte que vinha de fora e que iluminava o terreno de terra batida.

— Aurora, eu não quero ir — Tadashi se materializou entre ela e a porta, falando enquanto dava passos para trás, na direção da porta.

— Para onde? — ela esticou o braço para tentar segurá-lo, mas sua mão o atravessou. Conforme ele se afastava, ela continuava tentando o segurar, mas não conseguia. Era como tentar tocar um fantasma. — Para onde?!

— Eles querem me levar — foi tudo que ele respondeu.

Então um forte vento bateu, e toda a construção em torno deles foi levada. Agora eles estavam sozinhos em um lugar totalmente branco. Então uma força voltou a empurrá-lo para longe.

Conforme ela tentava mantê-lo perto e não conseguia, começou a se desesperar e a tentar segurá-lo pelas mãos, pelos braços, pelas roupas — nada funcionava, ele continuava sendo empurrado como se um forte vento que só ele sentia o levasse.

— Deus!!! — Aurora gritou. — Deus, não deixe eles levarem... — conforme clamava, seus dedos começavam a ficar sensíveis à textura de suas roupas. — Pai!!! — Apertou os olhos, finalmente conseguindo agarrar as bordas do quimono dele. Jogou todo o peso do corpo para trás, lutando contra a força que tentava o levar para longe. — Deus, me ajuda!!!

Aurora abriu os olhos de supetão. A respiração irregular e as gotículas de suor em sua testa indicavam que ela acabara de sair de um sonho ruim. Sentou-se na cama tentando controlar a respiração e caminhando os olhos pelo quarto escuro.

"Ore".

Imediatamente jogou o cobertor para o lado, descendo para o chão e rapidamente se pondo de joelhos ao lado da cama. Juntou as mãos trêmulas, engolindo em seco e começando mais uma das muitas orações desesperadas daqueles dias.

"Senhor, por favor, não deixe que o levem", pensou enquanto sentia os olhos se encherem de lágrimas. Conhecia muito bem um aviso de oração; conhecia também aquele sentimento após aquele tipo de sonho.

Não gostava do sentimento que os avisos lhe traziam. Era grata por eles, eis que atestavam o cuidado de Deus para com ela, mas eles sempre anunciavam que uma batalha viria. Em algumas ocasiões era difícil distinguir se o comando de Deus havia sido para erguer o escudo ou a espada.

Essa era uma daquelas ocasiões.

As orações que outrora poderiam ser resumidas a perguntar se Aurora deveria investir naquele sentimento e pedidos de proteção agora se resumiam apenas ao último. Uma agonia lhe tomou, uma falta de ar, um sentimento de claustrofobia.

Imediatamente foi até o armário e, tirando os pijamas, colocou o primeiro vestido que encontrou. Arrumou os cabelos e lavou o rosto na cozinha, descendo para o térreo da casa, onde a loja ficava.

Sentou-se na poltrona turquesa próxima à vitrine, sutilmente abraçando a si mesma e se curvando sobre as próprias pernas, tentando entender aquele sentimento. Deveria ser óbvio, é verdade: estavam em guerra, seus entes queridos estavam em batalha. Mas aquelas palpitações no coração eram novas e datavam de alguns minutos atrás.

"Onde está o fogo dessa fumaça?", pensou. "De que lado vem o perigo?". Era como estar em uma sala escura ouvindo passos de todos os lados. Não sabia o que iria a atingir e nem em que momento. Que sentimento horrível.

Não é necessário dizer que ela não dormiu mais naquela noite. Passou o resto da madrugada orando, esquadrinhando seus pensamentos e sentimentos, olhando os vestidos expostos ao seu redor ou vagando pela casa, esperando que o sol nascesse.

Sabia que quando o sol nascesse a angústia não iria diminuir, mas pelo menos haveria o barulho das conversas das pessoas, o som dos animais e das carruagens nas ruas — talvez, com barulho suficiente, seus pensamentos poderiam não ser ouvidos. Mas os segundos pareciam se repetir no relógio e os minutos pareciam horas. E aquela noite não parecia que iria terminar tão cedo.

Deitou a cabeça para trás, pensando em quantas pessoas se sentiam ou já se sentiram da mesma forma mundo afora. Pessoas que perderam membros da família, que tiveram de dizer adeus a pessoas que amavam ou pelas quais estavam apaixonadas, que perderam o que demoraram uma vida para construir — seja isso uma empresa ou a autoestima.

"Se você se perdeu por aí ou no meio das suas emoções, se você deixou que uma fagulha iniciasse um incêndio que lhe tomou por inteiro, se você está sentindo uma dor que parece mínima para todos, mas que em você queima insuportavelmente;

Se você não sabe onde está o fogo que está produzindo fumaça, qual a ferida que não para de sangrar; ou se você sabe, mas não tem coragem de olhar; ou se você já tentou de tudo por anos;

Talvez a sua oração não seja por cura, por superação ou por mudança nas coisas à sua volta. Talvez a oração necessária seja pedir para descansar. Pedir para aprender a descansar. Talvez seja ajuda para conseguir se esforçar para descansar em Deus.

Eu estou orando com você hoje, agora. Deus sabe de onde vem a dor, então peça para ele lhe mostrar, peça a ele coragem para enfrentar. Ele ainda fará você rir dar gritos de alegria. Gritos puros, altos e plenos. Já diria Jó 11:16: você esquecerá as suas desgraças, lembrando-as apenas como águas passadas. A vida será mais refulgente que o meio-dia, e as trevas serão como a manhã em seu fulgor. Você estará confiante, graças à esperança que haverá; olhará ao seu redor e repousará em segurança. Você se deitará, e ninguém lhe causará medo, e muitos procurarão o seu favor."

Terminou sua oração ao passo em que os primeiros raios de sol atingiram seu rosto na tal manhã em fulgor. Aurora respirou fundo, levantando-se da poltrona e subindo para a cozinha, começando a aprontar o café da manhã — ainda que mais cedo que o normal e ainda que não fosse comer nada. Quando terminou, o céu já estava azul e ela já podia ouvir algum ruído vindo das ruas. Deixou que as irmãs e a tia dormissem mais, saindo discretamente da casa.

Naquela manhã de 1º de setembro de 1870, acontecia desde o dia anterior um evento que entraria para a história com o nome de Batalha de Sedan, o ponto decisivo de toda a Guerra Franco-Prussiana. Em Metz, o exército francês lutava contra as forças germânicas unidas.

Em Paris, Aurora batia os sapatos contra o calçamento das ruas enquanto alcançava os subúrbios da cidade. Ao passar por uma venda de plantas e sementes, repousou seus olhos sobre alguns produtos.

Talvez aquele fosse o fim. Talvez aquela fosse a batalha final e sua volta para casa já estivesse próxima. Seria, então, uma boa ideia levar algumas sementes para reabastecer a horta que, naquela altura, deveria estar totalmente morta. Aproximou-se do vendedor, cumprimentando-o e perguntando os preços.

De um dos bolsos do vestido tirou algum dinheiro e comprou nabos, beterrabas, cenouras e batatas. Eram vegetais que nasciam rápido e que possibilitavam a retroalimentação da horta, eis que não precisaria comprar sementes ou mais deles para reabastecer.

Voltou para casa pelo caminho que tinha vindo, não deixando de reparar que a cidade estava mais quieta que o normal. De certa forma, era como se os prédios, as plantas e os animais também sentissem falta das pessoas que estavam fora. Havia um ar de cidade fantasma espreitando pelas ruas. A Paris, cidade que parecia feita de luz, que esbanjava cores, sons e cheiros por cada esquina, estava morbidamente quieta naquela manhã.

Assim que Aurora chegou em casa, Océane veio ao seu encontro:

— Menina, para onde você foi tão cedo?

— Fui passear por aí e acabei passando na feira — apontou para o pacote de vegetais em suas mãos.

— Você vai ressuscitar a horta do telhado? — Océane sorriu um tanto surpresa.

Perdão?

— A horta... — Océane apontou para cima. — Você não sabia do telhado?

Porque Aurora continuou com um olhar confuso no rosto, Océane pediu que ela a seguisse. Passaram pelo segundo andar, indo até a cozinha, onde Océane abriu uma discreta porta branca de madeira no canto. Aurora havia visto aquela porta, mas por estar ao lado de uma janela pela qual já havia olhado, imaginou que dava para uma varanda. Por estar, também, sempre trancada, nunca se interessou por perguntar sobre a mesma.

Océane destrancou a porta, dando passagem para uma pequena varanda (como Aurora havia imaginado). Contudo, à esquerda, havia algo que ela não havia conseguido ver pela janela: uma escada. Surpresa, seguiu a tia escada acima até chegarem a um terraço.

Aurora olhou em volta, estupefata. Duas filas de caixotes de madeira cheios de terra se estendiam de cada lado, totalizando dez caixotes em cada fila, até a outra beirada do telhado. Muitos estavam vazios, outros tinham folhas secas e resquícios do que outrora parecia ter sido uma horta cheia de vida.

— Não pensei que ainda haveria esperança para essas velharias — Océane sorriu, voltando o rosto para ela. — Não foram poucas as vezes que quis me livrar de tudo, parece que nada cresce aqui, parece que a terra, o lugar ou o ar são ruins.

Quer saber? — Aurora disse baixo, atraindo a atenção da tia. — Esse lugar vai ficar verde bem rápido — de que valeria guardar aquilo, afinal? Havia uma horta bem mais próxima precisando de vida. Talvez fosse melhor começar dando vida para o telhado acima de sua cabeça antes pensar em levar vida para outra cidade.

— O que vocês estão fazendo aqui? — A voz de Marie Louise soou atrás delas. Imediatamente Aurora se virou para a irmã que não havia terminado de subir as escadas, deixando apenas seu rosto aparecendo.

E ela havia aparecido na hora certa.

— Malu, você tem planos para hoje? — Aurora sorriu. Conforme Marie permaneceu calada a olhando com as sobrancelhas franzidas sobre um olhar de confusão, Aurora prosseguiu: — Agora tem. Hoje será um dia só das garotas! — Conforme Marie deixou um sorriso de expectativa nascer, continuou: — Vá na despensa e pegue uma enxada e uma pá pequena.

O sorriso de Marie Louise imediatamente caiu de seu rosto, conforme começou a andar devagar para sua esquerda, descendo os degraus da escada, tentando fugir de Aurora.

— E traga também água — o sorriso de Aurora cresceu. — Nós vamos precisar.

"Então ele me disse: "Filho do homem, esses ossos são toda a nação de Israel. Eles dizem: 'Nossos ossos se secaram e nossa esperança se foi; fomos exterminados'.

Por isso profetize e diga-lhes: 'Assim diz o Soberano Senhor: Ó meu povo, vou abrir os seus túmulos e fazê-los sair; trarei vocês de volta à terra de Israel.

E, quando eu abrir os seus túmulos e os fizer sair, vocês, meu povo, saberão que eu sou o Senhor."

— Ezequiel 37:11-13

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