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ATO 39

Somos crianças da revolução!

  Muitas velas se apagaram com o choque de corpos que se sucederam a partir dali. Atacamos com força total. Golpeei o tórax de uma das criaturas com um chute, usando o resto de força que me sobrava.

Brok manuseava sua bengala em movimentos ágeis, descalço, ao mesmo tempo que se desviava dos mortos. Estava muito concentrado. Seus pés pareciam leves como pena, ele conseguia derrubar as criaturas atingindo-as nas pernas, rasgando o ar com rápidas rasteiras. O pouco treinamento que teve em nossas reuniões foi o suficiente para agir minuciosamente.

Petúnia aplicava golpes de punhos no peito e no rosto dos adversários, usava a força bruta que desenvolvera ao longo de suas experiências em batalha. Sua saia fora completamente arrancada por um ataque direto vindo de uma das crianças mortas, aquilo foi o suficiente para a garota segurar o rosto da criatura inquieta e a atingir com uma cabeçada.

Ao contrário da criatura que tombou para trás, Petúnia permanecia de pé, aplicando mais socos em outros que apareciam, enquanto Patrick atravessava um pedaço de madeira na garganta de um que se aproximava.

Os Freaks como eram mais altos, usaram bastões de basebol, arremessando dois ou três que os atacavam. Dayse se esquivava com leves rodopios e os atingia com grandes pedaços de vidros o máximo que podia. Os gêmeos Melany e Cristian atiravam pedras e Gabriel se defendia com o assento de uma cadeira velha. Os demais irrecuperáveis desmontaram a penteadeira de Petúnia para usar como objetos de ataque, mas os mortos também revidaram.

Usavam as garras para perfurarem as crianças mais indefesas, sendo nocauteadas na cabeça por mordidas profundas. Jatos de sangue espirraram e mais golpes ocorriam de ambas as partes.

Vivos contra os mortos.

Pompoo e Rumpel permaneciam no mesmo local. Ambos com o mesmo modelo de arma. Eles manuseavam o bastão quase em perfeita sincronia, com golpes precisos, que emitiam sons de estalos a cada impacto. Eram habilidosos e nenhum conseguia atingir o corpo do adversário, ambas as defesas funcionavam.

Uma mecha grande cobria metade do rosto de Pompoo conforme ela movimentava o braço para atacar o irmão, como uma luta de espadachins. Seu vestido dançava no ar, para lá e para cá. O zelador se quer piscava. Mantinha a face limpa, sem expressões, enquanto Pompoo, deixava seus dentes amostras, cerrados com as sobrancelhas franzidas.

Os mortos não se aproximavam deles, era uma luta muito particular. Ao redor dos dois, uma batalha maior acontecia, com crianças ensanguentadas pelo corpo inteiro, fraturas expostas e inúmeros hematomas. Algumas mancavam ao correr, outras, apertavam os ferimentos do braço conforme fugiam. Passavam por cima dos cadáveres de outros irrecuperáveis.

Próximo dali, avistei Dayse no chão, sendo mordida no pescoço por uma das criaturas. A bailarina não piscava mais os olhos. Sua boca estava entreaberta e sua pupila dilatada. A pele de seu pescoço ia sendo puxada à medida que a criatura a dilacerava. Uma morte horrível para uma criança tão adorável.

A orquestra vinda da vitrola continuava serena.

Havia muita coisa acontecendo ao mesmo tempo. Ataques em todas as direções. Fiquei ao lado de Brok, atingindo com chutes e socos o máximo de criaturas que se aproximavam, mas eram rápidas e resistentes. Levavam os golpes, porem se levantavam e voltavam a nos atacar.

Levei um arranhão no rosto e Brok fora empurrado, deixando sua bengala cair, perdendo-a em meio ao caos. Uma delas deu um salto alto disparando para cima do garoto, então, tudo o que fiz, foi o que qualquer amigo fiel faria: Peguei em sua mão, puxando-a para perto de mim e o abracei, usando meu corpo como escudo. Seria atingida ao invés dele, ao menos, era mais justo. Fechei os olhos e pressionei sua cabeça em meus ombros, preparada para o ataque mortal.

A questão, é que não senti o golpe. Tudo o que presenciei naquela hora foi um vulto passando por nós e partindo para cima da criatura que ainda estava no ar. Um rugido alto denunciou a presença de um velho amigo. O grande lobo, de pelos negros, dilacerava com sua bocarra a cabeça da criança morta. Depois passara por cima de seu corpo e atacava mais meia dúzia que encontravam-se ali perto. O animal dava patadas e mordias que as imobilizavam em imediato. Sua força bruta era incomparável.

Enquanto isso Petúnia e Patrick juntaram as armas que tinham e golpeavam os mortos em sincronia. Ao fundo do pátio avistei Lara, uma das Freaks perfurando uma pessoa com uma faca.

Não era nenhuma das criaturas, mas sim Joshua, que fora jogado contra a parede mais próxima, recebendo inúmeros golpes pelo corpo, sua expressão assustada denunciava que ele havia sido pego de surpresa. Mal teve tempo de se defender. A fúria da garota impediu qualquer tipo de ataque vindo do rapaz. No golpe final, Lara retirou a faca cravada no ombro de Joshua e a fincou em sua jugular.

O bibliotecário caiu lentamente, arrastando para baixo suas costas na parede, deixando ali um rastro de sangue. A Freak que sofria em silencio agora bradava corajosamente sua vingança. Senti o medo desaparecendo de todo mundo. As crianças, mesmo em pânico, pareciam mais destemidas, libertas, acordadas. Pela primeira vez, as senti vivas de verdade.

Pompoo notara a presença do lobo, tirando um pouco de seu foco. Seus golpes começaram a ficar mais devagar, enquanto Rumpel mantinha a agilidade. No entanto, quando a luta parecia estar ganha, uma grande desvantagem ocorreu. Os gêmeos Mellany e Christian atingiram a perna de Rumpel com um pedaço de algo afiado, deixando ali, uma ferida profunda. O zelador gritou de dor e soltou sua arma, cambaleando para trás sem ao menos ver quem o atingira. Pompoo olhou para os gêmeos e sorriu.

Ao encarar novamente Rumpel, que colocara sua mão para estampar o ferimento, Pompoo segurou forte seu bastão e o cravou no estomago do rapaz. Rumpel arregalou os olhos, abrindo sua boca e soltando um leve gemido. Um pequeno rastro de sangue começou a escorrer de seu nariz.

— RUMPEL!!!! — gritei alto correndo em direção ao zelador. Mas logo fui bloqueada por quatro das criaturas de Pompoo — SEUS DESGRAÇADOS! TRAIDORES! — Bradei, ao desvencilhar-me dos mortos.

— A casa dos sonhos não pode acabar, diretora — dizia Mellany ignorando minhas ofensas, olhando para Rumpel, que fechava os olhos lentamente.

— Ela nunca acabará, meus queridos! — respondeu Pompoo, retirando o bastão com força do estomago de seu irmão. Rumpel caiu de braços abertos, batendo suas costas no gélido piso de concreto. Seus olhos não se abriram mais.

O lobo parara de atacar as criaturas e começara a farejar a tragédia que estava acontecendo. Não enxergava seu dono, mas podia sentir que algo estava errado. Ele parou no meio do pátio e uivou. O som ecoou por todo o lugar, invadindo nossos ouvidos de uma forma dolorosa. Após isso, localizou Pompoo com seus dentes amostra.

— MATE ESSA DESGRAÇADA! MATE TODOS ELES! — gritei para o animal que já estava preparando o bote contra os gêmeos e a diretora — OLHA O QUE FIZERAM COM SEU DONO! — continuei em prantos. Pompoo ficou imóvel, encarando o lobo de cabeça erguida.

— NÃO VAI SER PRECISO MATAR NINGUEM! TODOS NÓS MORREREMOS AQUI! — uma voz surgiu no fim do local, vinda das escadas do segundo andar. Olhei para trás rapidamente. Dante estava parado, segurando meia dúzia de explosivos envolto de uma fita branca. Ele a erguia para cima, deixando amostra o que estava planejando para aquela fúnebre tarde — O LOBO QUE RASTEJA SEMPRE PROSPERARÁ! — e com a outra mão, segurava um isqueiro prateado. Ao acende-lo, ateou fogo nas linhas que conectavam os explosivos.

— DANTE! NÃO FAÇA ISSO! — gritou Petúnia correndo em direção a ele.

— SE EU NÃO POSSO TE-LA COMIGO, MEU AMOR, ENTÃO NINGUÉM MAIS VAI TER! — Dante repousou os explosivos na escada e partiu para cima de Petúnia, impedindo-a que chegasse até as dinamites.

— SAÍA DA MINHA FRENTE — bradou ela quando o garoto a segurava pelos braços.

A atenção foi voltada para aquela cena.

Os irrecuperáveis restantes notaram o ocorrido.

— PETÚNIA! — gritei a ela. Brok e Patrick estavam próximos do local, os Freaks ainda lutavam contra os mortos sem perceber o problema maior. O lobo também desviara a atenção devido ao cheiro da pólvora que queimava.

E então, a linha havia sido devorada pelas chamas chegando até as dinamites que explodiram na mesma hora. Um clarão vermelho se propagou no fim do pátio. Um vento quente e forte varreu tudo e todos que estavam nas proximidades. As tabuas das janelas acima de nós se soltaram, fazendo os vidros se despedaçarem. As velas se desprenderam dos pilares e os pedestais, arremessados longe.

Me distanciei do impacto.

Ao meu redor, pedaços de concretos e madeiras voavam em todas as direções. O piano se moveu do lugar cambaleando para frente, esmagando meia dúzia de crianças mortas. As vivas corriam para a direção da porta de mogno. A vitrola voava um pouco acima, apenas pela metade. O pedaço de um dos pilares que sustentavam o local se desmanchara e algumas crianças rolavam, junto com os moveis e entulhos.

Não avistei Brok, nem Petúnia, nem Patrick, e nem ninguém. Pisquei os olhos e tudo ficou em câmera lenta. O clarão invadira tudo. Corpos de diversos irrecuperáveis eram arremessados e sangues pairavam no ar como gotas de chuva.

Os cacos de vidros pareciam estrelas que se locomoviam. As velas se desintegravam antes mesmo de tocar o chão.

Olhando para frente, vi algo grande se aproximando, um pedaço de pedra me atingira na cabeça. Caí no chão com brutalidade. Antes de fechar os olhos vi em borrões uma sombra cobrindo-me, de olhos brancos e pelagem negra como a noite. O lobo de Rumpel se jogara em cima de meu corpo.

Depois disso, tudo se apagou definitivamente.

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