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ATO 15

Só se é curioso na proporção de quanto se é instruído.

     — Desgraçada! É isso que essa mulher é. Subornou os dois. Deixou aquelas lembranças ali de propósito. Eu fui uma completa idiota e caí na armadilha certinho!

— Não, você não foi idiota. Brok é seu amigo! É claro que sua intuição falaria mais alto. No seu caso eu bisbilhotaria o drenador dele também. Não esquente mais a cabeça com isso, Pan, por favor — Concluiu Patrick, logo pela manhã ao terminarmos de abocanhar o pão seco que Dalva nos dera em conjunto com um café com leite morno, sem açúcar.

— Está tudo preparado para hoje? — Perguntei discreta ao olhar para os Freaks que estavam de frente para nós.

— Creio que sim. Como hoje é domingo, Joshua passa mais tempo que o normal na biblioteca. Geralmente é o dia em que arruma todo o lugar para o início da semana.

— Perfeito — Repassamos o plano inúmeras vezes até criarmos coragem de levantar dali e seguir adiante. Todos estavam apreensivos, e com razão. Se formos pegos desta vez, todos serão punidos por minha causa.

A responsabilidade aumentava a cada aliado que eu ganhava. Ao tomarmos o ultimo gole do café e morder o ultimo pedaço de pão em conjunto, saímos do refeitório e caminhamos para o segundo andar. Rumpel varria o enorme tapete do pátio principal, Petúnia penteava seus cabelos em sua penteadeira de vidros quebrados, e os demais andavam em grupo, tirando a garota nova, Mavis, que se isolava com seu vídeo game em um canto. Os comprimidos, agora em pó, jaziam em um pequeno pote em meu bolso esquerdo, prontos para entrarem em cena. Chegando em frente da biblioteca, dei duas batidas na porta, onde Joshua me recebeu.

— Olha só, crianças visitando os livros tão cedo?

— Amanhã terá uma atividade mais elaborada de cálculos do professor Oliver. Precisamos estudar desde já — Menti mascarando um sorriso de lado, sem desviar o olhar dele.

— Pois bem, entrem! — Disse reverenciando a passagem com a mão direita — Só não exagerem no barulho. Preciso me concentrar, assim como vocês — Afirmou ao virar as costas e seguir novamente para sua mesa, onde o alvo estava à vista: Uma jarra de suco de laranja, apenas pela metade.

O bibliotecário parecia empenhado em arrumar um bloco de papeladas em sua mesa, que mal notava a gente sentado na primeira mesinha, aos cochichos. Lara, Claire e Alisson pegaram livros de matemática da sessão de cálculos onde simulavam uma intensa leitura, enquanto eu e Patrick olhávamos discretamente a nossa volta. A biblioteca possuía quatro prateleiras grandes em cada canto. Em frente de cada uma, ficavam mesinhas para leituras.

— Onde raios fica a sessão reservada? Nunca notei este lugar aqui — Perguntei curiosa.

— É claro que não notou. A sessão fica em baixo de nós — Respondeu Patrick

— O que? Em baixo de nós está o pátio principal! Isso não faz o menor sentido — Retruquei aguardando uma resposta mais completa.

— Tem toda razão. Mas não em baixo de nós literalmente. Atrás da última estante de livros, a direita, existe um alçapão que nos leva até ela. A pequena sala se localiza em cima do refeitório. Quando estivermos lá, vai reparar em uma pequena janela que dá a vista para o pátio lá em baixo.

— Entendi — Joshua continuava de cabeça baixa, analisando os papeis, organizando-os. Foi quando sutilmente, Lara se levantou e caminhou em direção do rapaz. Ela sussurrou algo para ele, que o fez acenar com a cabeça e se levantar dali. Joshua a seguiu, e ambos passaram pela gente. Antes de Lara desaparecer de vista, ela piscou para mim. Estiquei o pescoço pelo corredor entre as prateleiras, e a vi apontando para um livro de difícil acesso, na prateleira mais alta, para que Joshua pudesse pegar para ela. Isso nos daria tempo suficiente.

— É agora, vai! — Disse Patrick ao ver Joshua desaparecer pelo corredor da prateleira. Levantei da cadeira e pelas pontas dos pés, corri até a mesa do rapaz e despejei o remédio na jarra do suco. O pó se dissolveu em meio ao liquido. Voltei às pressas, com o coração quase explodindo. Alisson e Claire mal se mexiam.

— ... obrigada Joshua, salvando meu dia como sempre — Lara apareceu novamente, desta vez com um livro em mãos, logo atrás do bibliotecário que voltara para sua mesa em silencio.

— Que loucura... — Sussurrou Patrick.

— Agora ficamos aqui, esperando a mágica acontecer — Disse ela, colocando o livro de equações sobre a mesa e iniciando uma leitura.

Entretanto, algo desagradável aconteceu ao notarmos a porta bater. Rumpel havia acabado de entrar.

— Bom dia crianças — Disse o zelador desviando o olhar para Joshua.

— Bom dia, Rumpel — Respondemos em coro. Olhamos um para o outro, preocupados. Aquilo poderia colocar tudo em risco. Rumpel parou em frente à mesa de Joshua e ambos começaram a conversar.

Pelo que notamos, nada mais do que um assunto banal sobre o tempo lá fora e a manhã monótona. O problema estava exatamente nisso.

Rumpel pegou um copo descartável ao lado da jarra e despejou um pouco de suco nele, virando-o num só gole. Lara não conseguiu esconder sua expressão assustada, assim como nenhum de nós conseguíamos.

O bibliotecário também despejou o suco em um copo e o tomou de uma só vez. Ambos retomaram o assunto.

— Tudo bem, estamos duplamente encrencados — Disse Patrick, de sorriso forçado, olhando na direção dos dois rapazes. Seu livro de cálculos já estava fechado.

Os Freaks também não conseguiram disfarçar o nervosismo. Mas era tarde para voltar atrás. Tudo o que nos restava era aguardar.

— Continuem lendo esses livros, pelo amor de Deus. Não fiquem olhado para eles o tempo todo! — Enfadou Alisson. Dispersamos nossos pensamentos e pegamos alguns lápis em cima da mesinha para fazer algumas anotações.

O tempo parecia andar para trás. Rumpel e Joshua diminuíam o ritmo da conversa, suas vozes pareciam mais lentas. Naquele instante, o zelador caminhou em direção ao corredor e pegou uma cadeira para se sentar.

— O senhor está bem, Rumpel? — Perguntou Joshua, intrigado, se levantando de sua cadeira para ajudá-lo.

— Apenas uma leve tontura. Talvez minha pressão tenha caíd...

PUF!

Rumpel espatifara no chão antes mesmo de terminar a palavra. A cadeira onde sentava caiu junto dele. Joshua assustado foi levanta-lo, mas notamos seus braços trêmulos, no qual o fez perder o controle e cair em cima do rapaz. Os dois desmaiaram, um em cima do outro.

— Misericórdia — Murmurou Claire.

— Pan, a chave da sessão reservada fica com ele o tempo todo — Alertou Lara.

— Sem problemas — Respondi. Saí dali e corri para onde estavam caídos. Coloquei minhas mãos sobre o terno do bibliotecário e de fato encontrei o que procurava. A ilustre chave prateada com o símbolo do orfanato em sua parte de cima estava em um bolso de dentro, totalmente escondida. Alisson chegou no local junto de Claire e arrastaram os corpos para de trás das últimas prateleiras.

De repente, a porta voltara a bater.

Todos olharam ao mesmo tempo para a entrada.

— Alguém está aí? — A voz de Spancer emitia do outro lado — Antes que pudéssemos pensar em algo, a mulher abriu a porta. Nos separamos, cada um para um canto. Lara se sentou em uma das mesinhas, Alisson de costas para a porta escolhendo um livro, eu e Patrick rabiscávamos em um papel em branco na mesa da frente e Claire continuou parada em frente ao corredor das prateleiras — Alguém viu o Rumpel? — Perguntou a enfermeira deixando metade do corpo para fora da sala.

— Até agora ele não passou por aqui.

— E o bibliotecário? Onde está?

— Desceu lá embaixo no refeitório — Respondeu Claire, pálida.

— E deixou vocês sozinhos aqui?

— Ele não vê problema nisso. Estamos apenas estudando para a prova de Matemática. — Spancer analisou Claire por alguns segundos, até voltar a falar:

— Certo. Se virem Rumpel, diga que estou procurando-o. — Ordenou.

— Com certeza avisaremos — Sorriu Claire até a enfermeira fechar a porta e sair dali. Respiramos fundo e voltamos a ativa. Sem comentar mais nada, corremos para o fim da sala, onde o alçapão encontrava-se. Com a chave em mãos encaixei na fechadura e com a ajuda de Patrick a abrimos. Olhando lá embaixo, tudo estava em completa escuridão, como um poço profundo.

Lara foi a primeira a descer uma velha escada de metal enferrujada. Aos poucos ela foi desaparecendo em meio ao breu. Uma claridade repentina iluminou o local lá em baixo.

— Podem vir — Anunciou ela.

De um em um, descemos. Pisando em solo novamente, pude ver por completo a sessão reservada. Na minha cabeça ela parecia bem maior, mas não passava de um cômodo apertado, onde os quatro cantos das paredes eram prateleiras que as cobriam por inteiro exceto pelo canto onde havia a janela mencionada por Patrick. Havia apenas uma mesa e uma cadeira no centro. Como Lara já havia visitado esse local mais vezes, ela já sabia onde ficava o manual que procurávamos.

— Aqui está — Disse ao esticar o braço em uma das prateleiras e fisgar dali um livro acinzentado não muito grosso, intitulado "D.R.D - Utilidade e funções". Lara o entregou a mim — Este é o único manual que encontrei no orfanato que explica algumas coisas sobre os drenadores. Talvez seja realmente o único que existe — Não o folheei ainda. Meu instinto de curiosidade estava gritando para descobrir mais. Quantas coisas existiam ali, escondidas de nós? Caminhei até a mesinha emadeirada e abri sua única gaveta. Nela continham alguns papeis com diversas anotações, uma pasta branca, e em baixo deles, um papel rasgado, que logo identifiquei de onde era.

— A outra metade do mapa... Estava aqui o tempo todo. O mapa do terceiro andar, que arriscamos tanto para pega-lo — Dizia a Patrick, esticando o papel para ele analisa-lo.

— Então eles já estavam cientes que procuraríamos esse mapa? Mas porque esconde-lo? — Perguntou o garoto.

— Eu não sei. Guarde bem esse papel, vamos vê-lo com mais calma depois — Respondi. Voltei minha atenção ao restante das papeladas. Peguei a pasta branca e a abri. Dentro dela haviam mais e mais papeis. Alguns deles amarelos de tão antigos, outros amassados e alguns com pequenos rasgos nas pontas. Peguei um deles para ler. Era uma manchete de 1940.

"O visionário cientista, David Corrigan que completava 61 anos esta semana, é encontrado morto por causas indefinidas dentro de seu escritório no Insanity Asylum. A perícia ainda não solucionou o caso. Prestigiado em muitos eventos David e seu irmão Dammario fundaram o orfanato para refugiar crianças órfãs da segunda guerra (...)"

Em outra manchete, um anuncio parecido, porém com dois anos de diferença.

"Dammario (58 anos), o irmão caçula da família Purnel é encontrado morto em seu escritório no Insanity Asylum. A polícia alega que não foi suicídio e sim, homicídio. O culpado ainda não foi identificado (...)

"Crianças órfãs desaparecidas mancham o nome do Insanity Asylum.

A jornalista Julia Anderson visitou o orfanato recentemente e notou que a maioria das crianças haviam sido adotadas desde sua última visita. No entanto, nenhuma ficha comprovava a adoção delas. Os funcionários foram investigados, e a atual dona, Pompoo Purnel alegou não ter conhecimento do ocorrido e que todos os antigos órfãos encontraram seus lares com outras famílias. Nada comprovou este depoimento, já que nenhuma dessas famílias foram encontradas para dar entrevistas. Nenhum nome havia sido registrado na ficha de adoção."

Eram diversas notícias, apesar dessas três serem as únicas relevantes. Dentro da pasta também havia um caderno preto retangular.

— Gente... olhem isso — Sugeri aos demais que estavam olhando outros livros. Em cada folha daquele caderno, possuía a foto de uma criança e uma descrição com metade da página dobrada. Eram diversas páginas marcadas daquela forma para cada ficha. Um sentimento familiar surgiu. Algo que eu sentia a tempos, mas agora se intensificava: Medo.

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