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Vegetable Soup

Vegetable Soup

Gaiolas e gaiolas, vejo gaiolas por toda parte, as galinhas estão presas assim como eu. Eu odeio essa cidade odeio tudo aqui, eu vejo o céu coberto por fuligem, tenho nojo e meu estômago me da ânsia de vômito.

Nada pode me tirar daqui?

A fumaça que parte das indústrias de carvão me deixa tonto e me sufoca, eu grito, grito para que deus me ajude. Mas caio, caio no esquecimento, enquanto a música no bar toca comicamente.

Acordo com um cachorro me lambendo, a música me acompanha, mas completamente diferente. Me vejo criança, estou na fazenda, lugar bom. Ar limpo e fresco, minha mãe preparando uma ótima sopa.

Eu a ajudava sempre.

Me levanto, estou sujo de terra, e lágrimas cobrem meu rosto. Vejo fumaça, e choro mais, posso nem aproveitar um momento com a natureza?

"Espera", eu rio, é apenas a chaminé.

Eu dou gargalhadas, e minha mãe me chama. Ela está com um ótimo caldo na panela, e pede para que eu pegue uma galinha pois meu padrasto não está muito afim de pegar.

Ele sempre foi assim, sempre insatisfeito com nossa vida simples, coitado. Ele tem o paraíso, e eu não.

Som de máquinas ecoa pela casa mas minha mãe parece não ouvir, meu tempo é curto. Vou ao galinheiro.

Meu padrasto está lá, cantando. Alguma canção que não entendo, mas sinto a solidão em sua voz. Ele deseja sair, ele se sente trancado.

As galinhas cacarejam, o que o faz ofegar, o cheiro de comida, ele canta cada vez mais melancolicamente, e eu sofro por vê-lo assim... "O senhor mal sabe a sorte que tem..."

Ele canta alto, alto, e para.

Ele cai ao chão, enquanto as galinhas continuam, e começam a bicar ele.

Tudo acontece agora bem rápido. Ele grita de dor e começa a agonizar, sinto que ele está morrendo. Idiota.

Não reclame da vida boa que tem.

O observo até ele parar.

Minha mãe aparece e o olha, chorando. O leva para dentro, e o deita na cama.

A música me acompanha, agora com o mesmo tom cômico, enquanto ouço as galinhas. Não é agradável. Será que eu morri por causa da fumaça?

Não ligo muito, é apenas um sonho mesmo. 

Começo a correr atrás das galinhas.
Pock pock pock pock

E a sopa está pronta.

Estou mexendo na sopa, feliz. Estou feliz como nunca estive na vida, mesmo vendo meu padrasto reclamando de novo da vida, estou feliz demais.

Corro pelo campo, corro atrás dos bichos pela fazenda. Pela primeira vez nada me impede, nada me cobra nada, estou sem responsabilidades.

Aaaaaaaaaahhhh!

Ouço de dentro da minha casa.

"Nem num sonho tenho paz?" Eu corro pra lá pra ver.

Minha mãe, com o médico, e minha tia que era irmã do meu padrasto.
Minha mãe cantava, uma versão triste e mórbida da canção do meu pai. E gritava, e chorava. Minha tia conversava com o medico, que estranhamente vestia preto.

A música ficou pesada e minha cabeça doía, algo estava errado ali. Os três olham pra mim e sinto meus ombros pesados. Eu sinto a dor do meu padrasto pela primeira vez.

Ele morreu sem nunca poder realizar seu sonho.

Eu grito, alto, alto alto.

Minha mãe sorri para mim.

"A sopa está pronta" ela diz.

A música para de repente, enquanto o sol queima meu pescoço.
E meu padrasto acorda.

Que vida de merda...

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