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Tendon

Tendon

Ele está ali, sentado na cadeira na sala dos televisores, há vários juízes à volta dele, estamos o observando.

O homem com um saco na cabeça.

Não podemos ver seu rosto, nunca podemos, mas isso nunca impede nosso trabalho. Somos os juízes da morte. Este homem foi preso, e sua pena é a de morte.

Na sala dos televisores há vários juízes, eu sou um deles, cada um carrega uma arma, as ferramentas da verdade. A verdade será revelada para nós, e nós o mataremos se o veredicto final for 'Culpado'. Uma mulher, a única mulher juíza, se aproxima do rosto do prisioneiro, ele levanta o rosto coberto pelo saco de pano, como se estivesse olhando para ela. Ela sorri, e a musica começa a tocar.

Ele se contorce, mas ela o segura, ele está pronto para nós mostrar a verdade, e nós estamos prontos para vê-la.

"Vomite", Ela disse calmamente, e as televisões se ligam na hora.

A luz nos ofusca, mas a verdade está ali, e eu cerro os olhos para enxergar.

Festas e várias festas, batidas, músicas. Músicas que se misturam com a que um de nossos juízes toca para mostrar a verdade. E lá está nosso prisioneiro com o saco de pano na cabeça, em cada uma de suas memórias. Em uma, ele está com um belo terno, dançando elegantemente com uma mulher de vestido azul - Ela era estranhamente parecida com a juíza, que sussurra palavras em seu ouvido. - Em outras, violência, imagens de sangue e morte, mas em todas elas, o prisioneiro parecia cabisbaixo.

Ele era infeliz no que quer que estivesse fazendo, seja festejando, seja vendo cenas violentas ou obscenas.

Havia coisas que ele gostaria de desviar o olhar. Alguém pegava o prisioneiro pela cabeça, nas imagens, e o espancava, e ele nunca revidava.

De alguma maneira, eu sentia seu sofrimento.

A batida da música ficava mais forte a medida que íamos vendo imagens da sua vida. Imagens de sua reclusão periódica de tudo e de todos, essas eram cenas sempre cinza, sem vida, sem alegria.

Ele sempre estava sozinho, embora vivesse numa luxuosa casa.

Ele era espancado sempre por aquele homem, que o via e tinha nojo.

Padrasto.

Ele até teve uma namorada, mas esta o traia. Ele não tinha forças para separar-se dela, e ela se aproveitava disso.

Agora tinha plena certeza que sua namorada, a mulher de vestido azul, era também a juíza.

"Julgue-o", Ela disse, tirando-me de meu torpor

"Pelo que? Ele não é culpado de nada", Eu disse, olhando para os outros juízes. Todos eles. Sem excessão. Apareceram nas memórias do prisioneiro. Até seu padrasto estava ali como juiz.

Menos eu.

Eu recebo um tapa na cara: "Acorde! Não vê as ações impróprias que este homem comete todos os dias de sua vida?", Vendo minha expressão de confusão, ela continua: "Todos os dias ele acorda, ele sai, ele sobrevive, e volta para o lugar que ele chama de casa, apanha eventualmente, e dorme"

Eu a olhava com descrença, mas então o homem que tocava a música que deixava o prisioneiro susceptível a liberar as memórias disse:

"Ele trabalha no mesmo lugar, repete os mesmos movimentos, vê as mesmas cenas de violência, se aliena, vive apenas para sobreviver"

"Ele não é mais um ser humano, ele é apenas um animal", Ela completou.

E então, olho de novo para os televisores. Embora eu não pudesse ver seu rosto, sua expressão corporal era de completa submissão.

Ele gritava, longe dos ouvidos de todo mundo, em lugares afastados.

"Ele é um peso morto que não merece o amor que eu dei a ele", A juíza disse.

"Ele é um peso morto que não merece a vida que eu dei a ele", disse o músico.

O padrasto.

E então, outros juízes entoavam, quase como um cântico:
"Não merece o emprego que dei a ele";
"Não merece as oportunidades que dei a ele";
"Não merece a educação que dei a ele".

Eu olho para o prisioneiro sentado no meio da sala.

"Cabe a você decidir", A juíza me entrega uma espada.

Mesmo que eu ache que ele já pareça morto, ele levanta o rosto coberto para mim.

Eu o encaro por alguns instantes.

Eu o ameaço, e ele grita.

Como pode ainda estar se agarrando a vida? Como pode, mesmo depois de toda sua vida infeliz, como pode ainda não perceber o porquê de estar aqui, o porquê de ter sido preso?

Mas mesmo assim ele grita, ele implora. Ele chora tanto que cria um rastro no pano que cobre sua cabeça.

Seu grito vira agonia que vira grunhidos. Ele sabe que vai morrer.

E ele vai morrer, por minhas mãos.

Eu o golpeio na cintura, abrindo um profundo corte. E sem perceber, eu também grito. A tensão corre no meu corpo.

E os juízes festejam, e eu sorrio para eles. O peso morto se foi, aquilo não era mais humano.

Portanto, deveria ser destruído.

A juíza abraça os outros juízes, e sorri pra mim, se despedindo. Não entendo.
Enquanto os outros festejam, eu me sinto mal.

Não emocionalmente, mas sim fisicamente.

Eu sinto algo molhado em minha barriga. É sangue. Olho para o prisioneiro, ele está morto. Me aproximo e tiro o saco de pano que cobre sua cabeça. Vejo os outros festejando e me olhando como se eu tivesse feito a melhor escolha. Eu fiz, não é?

E enquanto a música rola e a festa continua, estou deitado em uma banheira, com o sangue cobrindo meu pulso do cotovelo a palma da mão e riscos vermelhos na minha barriga ardendo como chamas.

Eu o julguei, para que a festa continue sem estorvos.

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