📎꒱ Capítulo treze.
Não me matem, eu sou apenas uma inocente camponesa!
👶🏻👑
Yukhei andava pelas áreas externas do castelo com seus guardas, já que fazia muito tempo que não andava ali, e, depois de ter passado pelo jardim, acabou parando na parte de trás da cozinha, onde havia a moradia das cozinheiras e do outro lado o alojamento dos guardas e outros funcionários.
Ao olhar melhor, reparou num garoto emburrado que estava sentado ao lado de um fogão a lenha, onde uma cozinheira mexia algo numa grande panela, ficou impressionado ao ver que aquele tipo de fogão ainda se encontrava ali.
— O que temos para hoje? — chegou perguntando, assustando os dois que rapidamente fizeram uma reverência.
— Estou fazendo alguns remédios caseiros, meu filho está um pouco doente, majestade. — a mulher diz e aponta para o garoto emburrado de antes.
— Estou doente por causa do Mark, ele não gosta de mim. — o menino resmungou.
— Oh, isso é sério, Mark? — se vira para seu guarda, que estava com os olhos arregalados.
— Não é assim também. — tosse, disfarçando a vergonha por ter sido exposto. — O Donghyuck ele...
— Eu vivo correndo atrás dele, majestade, mas ele nunca liga pra mim. — abaixou a cabeça triste, fazendo um drama imenso. — Se ele não me aceitar, por favor, mande ele pra rua, vossa majestade!
— Donghyuck! — sua mãe chama alto, estapeando a nuca do garoto. — Mil perdões, senhor, esse menino não sabe o que fala.
— Está tudo bem, se cuide, Donghyuck. — o rei ri e continua seu caminho, juntos dos dois guardas atrás de si. — Mark, você está fazendo um bom trabalho, vejo que Jisung está indo muito bem.
— Obrigado, senhor. — os dois dizem juntos se curvando.
— Podem descansar, não tenho muito o que fazer agora. — liberou os dois e Jisung foi correndo para dentro de seu alojamento, Mark andava normal para fazer o mesmo mas foi parado por Yukhei. — Mark, um minuto.
— Sim, senhor? — se virou para ele.
— Dê uma chance ao Donghyuck, pessoas assim a gente não encontra facilmente por aí, algum dia ele vai acabar cansando. — deu alguns tapas leves no ombro do guarda e sorriu antes de sair, deixando para trás um Mark surpreso e pensativo.
Depois desse conselho, o guarda com certeza teria uma conversa sincera com Hyuck sobre seus sentimentos, já que também gostava, mas não assumia, do garoto que vivia correndo atrás de si.
O rei voltou a andar e parou na área da piscina, sendo surpreendido por Yuta em seguida, que chegou fazendo uma massagem em seus ombros.
— Podemos conversar, majestade? — seu tom malicioso era nítido.
— Claro, diga o que quer, príncipe.
— Me senti muito sozinho então decidi te procurar, você sabe, nós temos que nos conhecer melhor para isso dar certo. — disse, continuando com a massagem, que acabou virando incômoda em vez de relaxante.
— Até podemos fazer isso, mas saiba que não vai funcionar, eu já gosto de outra pessoa. — deixou claro, se virando. — E está na cara que você é bem interesseiro.
— Eu interesseiro? Sou um príncipe, tenho as mesmas coisas que você, menos o status de rei! — cruzou os braços.
— Pode não ser pelo dinheiro, obviamente, mas por querer virar uma rainha é bem claro. — riu.
— Tsc, você é ridículo! — disse bravo. — Teria sido melhor se seu pai tivesse me escolhido para o seu irmão avoado.
— Se ele não escolheu, eu escolho, tente algo com Sicheng, mas só se for verdadeiro. — sorriu. — Você parece mais legal quando não fica com o nariz em pé.
O rei disse por fim, tocando no ombro do japonês, e saiu, indo para seu escritório.
— Maldito. — cerrou o punho e respirou fundo. — Não queria nada com você mesmo, prefiro o bocó, ele é muito mais interessante! — deu de ombros e ficou pleno, indo atrás do tal Sicheng.
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No início da noite, uma chuva forte começou, trazendo uma surpresa para todos pois uma chuva daquelas nunca havia sido tão forte assim na Coreia. Yukhei estava tão ocupado com suas papeladas que nem notou as gotas batendo na janela, só se assustou quando seu pai abriu a porta bruscamente, indo com fúria até sua mesa.
— Você pode me explicar que porra é essa, Wong Yukhei?! — seu pai estava possesso enquanto mostrava o tablet em sua direção.
A notícia que estava no aparelho era uma bem sensacionalista, mostrando talvez uma filha e um amante do rei que ninguém conhecia, Yukhei sabia que aquilo uma hora ou outra iria acontecer e agora seu plano teria que entrar em ação, e mais rápido do que previu.
— Isso é verdade, pai, eu me apaixonei por ele e essa criança é minha. — se levantou. — E é por isso que não vou poder me casar com o Yuta.
No momento seguinte, só se pôde ouvir o barulho de um trovão cortando o céu e Fu Xing desmaiando, por causa de tanta informação vinda de uma vez em cima de si.
Enquanto aquilo acontecia no castelo, JungWoo estava assustado em casa tentando acalmar JungSoo, que estava no mesmo estado. Ele tentava prestar atenção na televisão, vendo o que diziam sobre aquele temporal todo, e esquecer as notícias maldosas que saíram sobre si e Soo, mas era difícil com sua filha manhando em seus braços e mostrando que iria começar a chorar a qualquer momento.
Num momento, depois de ouvir mais um trovão, conseguiu ouvir os gritos de seus vizinhos e então correu para a janela para ver o que estava acontecendo, não conseguiu vê-los nitidamente mas notou que a água subia numa velocidade imensa, e que com certeza aquilo era um sinal de que estava começando um alagamento, coisa que nunca havia acontecido naquela região.
JungWoo se desesperou na hora, vendo que sua casa não iria ser salvar daquilo, correu para o quarto, deixando Soo na cama, para poder pegar o máximo de coisas que conseguiria salvar naquele momento de desespero.
Tudo o que conseguiu pegar, já vendo a água entrar com força dentro de sua casa, foi as coisas de JungSoo, seus documentos, celular e a Edelvais que pegou no último segundo. Enquanto corria para fora da casa, protegendo a filha com um casaco seu para ela não pegar chuva, Woo via seus vizinhos tentando fazer barragens para impedir a água e outros, que não tinham ainda suas casas afetadas, saírem apressados com seus carros, JungWoo infelizmente não podia fazer nada daquilo naquele momento.
Mas um milagre pareceu acontecer quando um carro se arriscou, no meio daquela água toda, e parou em frente ao Kim, que em seguida foi chamado por uma pessoa que estava dentro do veículo.
— Entre logo! Isso vai ficar pior! — o homem no banco do passageiro gritou e Woo forçou sua visão para ver quem era. — Eu sou o terceiro príncipe! Venha!
— Taeil?! — JungWoo perguntou surpreso e, após reconhecer o príncipe, correu para o carro, logo entrando na parte de trás.
Voltando ao drama do palácio, Yukhei estava com uma mistura de emoções depois de seu pai desmaiar, esse que já estava deitado em sua cama, ainda desacordado, com algumas empregadas cuidando dele. O rei andava de um lado para o outro pensando que se o que disse valeu mesmo a pena ou se traria mais problemas ainda para si e para o pai da menininha que parecia consigo, o rei sempre foi o tipo que arriscava tudo e depois as consequências que viriam.
— Vossa majestade, o senhor precisa ver o que está acontecendo! — um dos conselheiros chegou correndo no quarto para chamá-lo.
Yukhei não respondeu nada e correu até onde o homem o guiou, chegando na sala onde todos seus irmãos e funcionários estavam vendo televisão, essa que passava ao vivo uma situação de alagamento.
" — Podemos ver agora uma região perto do centro que está completamente alagada, os moradores tentam desesperadamente e de todo jeito se protegerem ou correrem para longe disso tudo…"
Aquilo fez o mundo do rei parar, ao notar que era a rua do garoto da presilha vermelha, quando filmaram rapidamente a casa que provavelmente era a dele, Yuk pôde ver que lá estava tudo escuro por causa da falta de energia e isso o deixou mais nervoso e preocupado ao extremo.
— Eu preciso ir até lá. — ele não notou que falou alto e que acabou chamando a atenção de todos que estavam ali.
— O que? Hyung, você não pode fazer isso! — Kun disse se levantando. — Está tudo um caos, você vai fazer o que lá?
— Vou salvar o homem da minha vida e a minha filha.
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