📎꒱ Capítulo dezenove.
A notícia do ex rei falecido correu pelo mundo inteiro, deixando toda Coreia de luto, Yukhei foi a público dizer palavras sobre o que havia acontecido e estava acabado, com olheiras bem aparentes e olhos inchados de tanto chorar, seus irmãos, que estavam todos vestidos de preto, não estavam diferentes ao seu lado, com suas cabeças abaixadas e com uma tristeza enorme no peito.
Mesmo com brigas e vários erros por parte do pai, os filhos sempre amaram Fu Xing como era natural de ser. Yukhei, mesmo com o peso sempre jogado para cima de si, admirava seu pai, vendo que o mesmo passou pelo mesmo, não guardou rancor. No fim do discurso, os Wong's deram um minuto de silêncio em respeito ao falecido e depois disso palmas foram ouvidas de todos que estavam ali na frente do palácio.
Mais tarde, quando todos foram embora, aconteceu o enterro no cemitério privado atrás dos muros do castelo, onde os antigos reis e rainhas foram enterrados, aquele dia até o céu pareceu estar triste por estar nublado, dando sinais de que choveria a qualquer momento.
A rainha-mãe foi prestar seu luto junto de seu novo companheiro, pois não tinha mais ressentimentos. Funcionários e empregados do castelo também estavam lá e JungWoo com JungSoo nos braços confortava o rei, que tentava não chorar em seu ombro, aquela tristeza não parecia ter fim.
E não teria mesmo naquele momento quando o caixão começou a ser coberto de terra, fazendo o rei chorar mais ainda e abraçar JungWoo mais forte, depois que este deu a filha para Jaehyun, que também estava presente.
— Pode chorar, coloca tudo pra fora. — Woo diz, acariciando as costas do outro que estava chorando de soluçar, doía em si também ver e ouvir aquilo.
Taeil também se fez presente mesmo sabendo que o pai o odiava e com certeza não iria o querer ali, com um pedido de desculpas baixinho, por não se resolverem antes, se agachou, jogando uma flor branca em meio àquela terra que caía das pás dos coveiros. Em seguida abraçou os irmãos, consolando cada um, por saber que eles gostavam muito de seu pai e precisavam daquele apoio no momento.
Yukhei não aguentou ficar ali, por ter começado a passar mal, e pediu a JungWoo que o levasse de volta para dentro, se não iria acabar causando uma cena na frente de todos. Woo levou e o sentou numa poltrona que tinha no quarto do rei, pegou um copo, que estava na bandeja em cima da cômoda, colocou água e entregou para Yuk beber.
Por sua mão estar tremendo muito, Kim decidiu ele mesmo dar aos poucos pois o vidro poderia cair e não era isso que queria, deu em goladas pequenas e pediu, depois que o outro acabou de beber, que inspirasse e expirasse devagar.
— Eu vou buscar um calmante pra você, isso não vai melhorar assim. — avisou, recebendo um aceno positivo.
Foi atrás do remédio e procurou na cozinha uma caixinha de remédios, achou a mesma perto da dispensa. Ele pegou uma cartela de calmante e voltou rápido até o quarto onde Yukhei ainda fazia o que havia pedido.
— Toma, você vai ficar melhor e vai dormir.— entregou e, depois que colocado na boca, deu o copo de água. — Eu te levo até a cama, vem.
Ajudou o rei a levantar, guiando-o até a cama e, a pedido dele, tirou sua roupa preta formal, deixando o mais velho só de cueca para que ele ficasse mais confortável, deitou o Wong na cama e o cobriu para que não passasse frio. Nunca havia cuidado tanto de alguém, tirando sua filha, como estava cuidando de Yukhei agora.
— Descansa. — sorriu mínimo fazendo um cafuné nos cabelos sedosos de Yuk.
— Obrigado, eu não sei o que seria de mim sem você nesse momento. — fechou os olhos mas logo os abriu novamente. — Agradeço por você ter escolhido minha doação, eu acabei me apaixonando por você desde a primeira vez que te vi e acho que foi o destino que nos fez ficar juntos.
— Yukhei...
— Eu sei que você é autossuficiente, mas eu quis dizer mesmo assim e não estou pedindo que me corresponda. — riu sem ânimo e foi fechando os olhos aos poucos, estavam pesados. — Depois dessa perda de hoje, eu estou sendo sincero, já que não sei o dia de amanhã.
— Eu entendo. — comentou e não recebeu mais respostas, vendo que Yukhei já havia dormido. — E eu acho que também me apaixonei por você. — confessou com um leve sorriso, mesmo que ele não ouvisse.
Beijou a testa do mais velho e ficou um tempo ali, velando o sono dele, até Jaehyun chegar com JungSoo manhando em seu colo, por ela querer mamar. Pegou a menina, já dando o que ela tanto queria e se sentou na cadeira que Jaehyun colocou ao lado da cama, para que ficasse ao lado do rei, e ajeitou melhor a menina nos braços, que já mamava de olhos fechados, o que acabou deixando-a mais parecida ainda com o Wong.
— Acho que estamos parecendo uma família agora. — sussurrou para a menina. — Hoje foi um dia triste. — sua expressão ficou triste e, mesmo que não tivesse intimidade com o antigo rei, não tinha como não ficar triste com o clima pesado. Ao olhar para fora, viu a chuva cair. — O céu está chorando com eles...
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Semanas depois, com o luto já passado, todos no castelo já estavam melhor e vivendo suas vidas normalmente de novo, Yukhei estava da mesma forma e voltou a resolver as coisas do país, mais precisamente o assunto do alagamento. Pagou a indenização a todos que tiveram suas casas prejudicadas e arrumou todas elas, que aos poucos voltavam a ser como antes. E enquanto isso estava sendo feito, teve um pouco de tempo livre para ligar para o médico daquela clínica em que fez a doação.
Mesmo sabendo que o doador e o receptor tenham total sigilo, Yukhei e o médico fizeram um leve acordo para que, se alguém recebesse sua doação, o rei apenas soubesse que a tal pessoa escolheu o seu e nada mais aconteceria, porque, por causa do seu status, as coisas eram bem mais complicadas e ele precisava desse acordo só para estar ciente e ter tudo sobre controle.
— Boa tarde, doutor Choi, sim, eu estou bem melhor agora, obrigado por perguntar. — riu, enquanto fazia desenhos aleatórios no papel que estava em cima de sua mesa. — Bom, eu queria saber se alguém pegou minha doação... Ah, Kim JungWoo? Muito obrigado mesmo, bom trabalho, até mais.
E foi ali que ele teve a certeza absoluta de que a pequena garotinha também tem seus genes, no fundo o rei já sabia desde o início, já que a garotinha era a sua cara, mas ter certeza nunca é demais, certo?
Sorriu e se encostou na cadeira para relaxar, seu objetivo de conquistar o Kim ainda estava de pé, e agora, mais forte ainda.
Decidiu chamar ele e a pequena para o parque para darem um passeio, então foi até o quarto dele e viu o mesmo no banheiro só de cueca preta, dando um banho na menina na banheirinha dela, que ria de um jeito gostoso enquanto batia as mãozinhas na água.
— Descupe estar assim na sua frente, é que sempre que ela toma banho eu fico encharcado. — riu sem graça.
— Não, tudo bem, sem problemas. — sorriu, tentando não olhar para as coxas à mostra, barriga levemente definida e os mamilos um pouco inchadinhos e vermelhos, por claramente ainda estar amamentando. — Vim aqui para saber se... Você quer sair comigo para dar uma volta no parque, para ver as cerejeiras.
— Ah, eu quero sim. — sorriu. — Podemos ir depois que eu terminar de dar banho nela, e tomar um também já que não vou sair seco daqui.
— Certo, eu vou me arrumar e volto rápido para ficar com ela enquanto você toma seu banho, tudo bem? — sugeriu e viu o loiro concordar.
Foi voando para seu quarto, procurar uma roupa legal para ficar bonito para JungWoo, a roupa foi um tanto simples: uma calça jeans clara com a barra dobrada, uma camiseta branca e um tênis da mesma cor. Arrumou os cabelos e passou seu perfume favorito, estava pronto, e, depois de uma última checada, voltou ao quarto do amado, vendo ele já terminando de vestir a menininha.
— Você pode pentear o cabelo dela? Vai ser menos tempo gasto se eu for para o banho agora. — pediu e Yukhei entrou em transe ao ver o corpo do outro com algumas gotas de água escorrendo. — Yukhei?
— A-Ah sim sim, pode ir que eu cuido dela. — sorriu disfarçando e o outro riu, já indo para o banho com as roupas em mãos. — Droga, eu tenho que parar de ficar olhando para ele assim, né, fofura? — sorriu para a menina, já começando a pentear os poucos cabelos dela, do jeito que achou que ficaria bonitinho.
Minutos depois, JungWoo já estava vestido e com os cabelos arrumados, estava perfeito no ponto de vista do rei, que sorriu bobo para ele, que colocava seu segundo brinco na orelha, o macacão branco que Woo estava vestindo o deixava adorável.
— Estou pronto, vamos? — sorriu para o maior, quando chegou perto dos dois.
— Vamos! Deixa que eu levo ela. — pegou a menina no colo e Jungwoo ficou encarregado de levar a bolsinha dela, porque sempre precisava.
Ao chegarem no parque, algumas pessoas acenavam para o rei, que retribuía sorridente enquanto andava até as lindas cerejeiras brancas e rosas.
— Espero que não se importe quando aparecer em sites de fofocas junto comigo. — Yuk falou. — É inevitável, não dá para fazer parar.
— Tudo bem, isso já aconteceu antes e não é mais um bicho de sete cabeças pra mim. — deu de ombros e sorriu levemente.
— Que bom que vê assim agora. — respondeu aliviado.
Chegaram nas diversas árvores com flores e começaram a tirar algumas fotos, o cheiro delas era incrível e bem suave, não irritando o nariz de JungWoo, que tem rinite, ele agradeceu mil vezes por isso. Yukhei tirava fotos do papai com a filha junto das flores, e haviam ficado a coisa mais linda do mundo, depois eles tiraram uma selfie com os três juntos. Yuk também tirou uma sozinho com a garotinha, que na hora mais mordeu do que beijou a bochecha do chinês, tirando gargalhadas do Kim que felizmente capturou aquele momento.
— Podemos revelar elas depois que formos embora daqui. — Yukhei sugere, os três estavam sentados embaixo de uma árvore de cerejeira rosa.
— Sim! Eu iria fazer isso depois, ainda bem que disse logo. — respondeu animado, enquanto olhava as fotos no celular. — Essa sua e dela ficou icônica, acho que vou pedir uma cópia.
— Acho que não precisa.
— Por quê?
— Porque acho que vamos sempre nos encontrar, mesmo se você for embora. — sorriu fraco.
— Ah... — ficou sem palavras. — Então vai ser só uma.
— Certo. — riu. — Ah, tenho uma coisa pra você.
— O que?
— Isso. — tirou do bolso a presilha vermelha que havia pego naquele dia na casa do loiro. — Quando te vi pela primeira vez, você estava com ela e eu nunca mais esqueci. — disse e colocou o objeto, enquanto segurava uma mecha loira, deixando do mesmo jeito que há um ano atrás.
— Uau... Quando você a pegou? — levou a mão automaticamente à presilha, para ver se estava bem presa.
— Quando fui ver o estado da sua casa.
— Ah, sim... E falando nela, está quase pronta para eu voltar, né? — deu o dedo a filha para ela apertar, não querendo ver a expressão do mais velho, pois também era triste pra si.
— Sim. Quando ela estiver como antes, você pode voltar quando quiser. — Yukhei acabou ficando triste ao iniciar esse assunto. — Mas eu sinceramente não quero que você vá.
— E-Eu acho que eu também não quero ir. — olhou para ele, encontrando seus olhos que já estavam focados em si.
— Então fique comigo. — pegou na mão dele.
— Muita coisa aconteceu e eu... Tenho que pensar sobre, tudo bem? — mordeu o lábio, por saber que estragou o clima.
— Sim sim, tudo no seu tempo. — sorriu mínimo.
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Chegando no castelo, depois de revelarem as fotos que ficaram ótimas, os dois jantaram juntos naquela mesa que ainda estava um pouco mais vazia do que antes, mas nem era tão perceptível assim ao ter todos aqueles irmãos barulhentos presentes.
— Então, quando a casa ficar pronta, o Woo vai embora? — Renjun pergunta, triste.
— Eu acho que sim, mas tenho que pensar mais a respeito, Yukhei quer que eu fique. — sorriu, olhando para o rei, que corou na hora já sabendo que iria ser zoado.
— Eu também quero que você fique! — Hendery fala autoritário, e logo os outros irmãos falam ao mesmo tempo que também queriam.
— Ok ok, eu vou ficar, satisfeitos? — riu ao ouvir que sim.
— Se o hyung ficar, eu o ensino pintar! — Renjun diz, novamente.
— Eu adoraria! — sorriu, animado com a ideia.
— Se o hyung ficar, eu ensino filosofia, que é muito legal, eu juro! — XiaoJun quem fala dessa vez.
— Aposto que vou gostar muito, estou ansioso com essas sugestões agora.
— A minha vai ser melhor, se você ficar, eu te comprarei as joias mais bonitas e caras. — Hendery, claro, disse convencido.
— Que isso? Suborno? — o rei, que estava quieto, interrompe.
— Não, é como conquistar um homem bonito. — sorriu galanteador para o Kim.
— Aish, Hendery! — o loiro se esconde envergonhado atrás da filha, que faz um barulhinho fofo de bebê.
— Ok, vão comer, parem de encher o JungWoo. — Yuk bate na mesa duas vezes, chamando atenção dos irmãos, que logo voltam a comer suas refeições.
Quando o jantar acabou, e JungWoo deixou a filha dormindo no quarto, o rei chamou o loiro para o seu para conversarem.
— O que você disse sobre ficar, é verdade mesmo? — se sentou na cama junto de Woo ao seu lado.
— Eles querem que eu fique, mas você quer mesmo que eu fique também? — olhou pra ele.
— Sim, é a segunda coisa que eu mais quero. — falou sério.
— E qual é a primeira?
— Te beijar.
— Então faça isso.
E Yukhei fez, pegou delicadamente no rosto bonito de JungWoo e selou seus lábios num beijo demorado, criando uma euforia ao mesmo tempo nos dois. Foi como sempre sonhou, e até melhor do que esperava, e, quando o beijo se intensificou, Woo levou a mão para a nuca alheia para que o ósculo não acabasse tão rápido assim.
— Isso foi incrível. — o rei assumiu depois que acabou, juntando suas testas, e viu o mais novo ainda de olhos fechados e um pouco ofegante.
— Eu também achei.
— Fique com a gente, digo, fique comigo. — pediu enquanto acariciava a pele macia do Kim.
— E-Eu fico, já está na cara que estou apaixonado por você, mas não quero me entregar...
— Por que não? — viu o loiro se afastar minimamente e abrir os olhos.
— Porque tenho medo de me entregar intensamente igual das outras vezes e acontecer tudo de novo, sabe, a pessoa não ser mais o que mostrou ser no começo. — ficou meio triste.
— Eu não mudei e sempre fui o mesmo. Prometo não te decepcionar, e se eu fizer isso, deixo você me expulsar daqui, não ligo se sou rei, porque você será a rainha. — falou e JungWoo riu.
— Dizem que a rainha manda mais que o rei no castelo, deve ser verdade. — gargalhou e Yuk também.
— Então, aceita se casar comigo e ser minha rainha?
— Aceito, eu aceito ser sua rainha. — sorriu largo, assumindo seus sentimentos e dando mais uma chance àquilo. Yukhei, mais animado que tudo, o pegou e o jogou na cama, ficando por cima em seguida. — Yukhei!
— Pra você é rei, rainha. — sorriu de lado e beijou Kim com toda paixão e felicidade do mundo. — Seja meu esta noite.
A proposta ofegante fez JungWoo ficar nervoso por alguns momentos, mas no fundo ele também queria isso.
— Sim, me faça seu.
👶🏻👑
Sim, eu fiz eles se beijarem depois de mil anos e parei na melhor parte, como soube?
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