📎꒱ Capítulo cinco.
Três meses depois.
Mais outro dia de faculdade e JungWoo estava na biblioteca da mesma, procurando livros para sua pesquisa que valia o máximo de pontos, poderia ter pegado tudo na internet mas seria um desperdício enorme fazer isso enquanto se tem esse lugar incrível e enorme disposto totalmente para si, além de ser super calmo e aconchegante.
Kim estava quase uma hora tentando pegar o livro que estava muito alto para o seu gosto, pra que aquilo? Pulava algumas vezes mas era em vão, nunca iria conseguir pegar. Quando pensou em olhar em volta para pedir ajuda de alguém, um homem desconhecido entrou em sua frente pegando o livro rapidamente com facilidade.
C l i c h ê poderia ter aparecido voando ali se fosse um desenho.
— Era este? — disse sorrindo com um sotaque diferente e mostrou para Woo, que estava boquiaberto em surpresa.
O homem era o típico nerd padrão dos filmes americanos mas não era nada feio, longe disso, apenas seus óculos o deixavam com esse ar de inteligente, e muito atraente, com seu olhar "ocidental" e os cabelos da cor caramelo.
— Sim, era, muito obrigado. — se curvou minimamente e pegou o livro. — Não sei por que colocaram tão alto assim, que desnecessário.
— Pois é, deveriam estar no alcance de todos. — olhou para cima vendo mais livros no alto.
— É... Você não é daqui, né? Tem um sotaque engraçado e tem olhos diferentes.— JungWoo não estava afim, era apenas muito curioso.
— Não sou. — riu. — Vim da Suíça para estudar aqui, estou gostando muito, é tudo incrível. — sorriu se virando para ele.
— A Suíça também é linda... — comentou baixinho.
— Já foi para lá?
— Não, mas vi fotos. — riram juntos.
— Deveria ir algum dia, vai gostar muito. — falou e JungWoo assentiu guardando aquela informação. — Está de quantos meses? — perguntou, apontando para a barriguinha um pouco aparente do Kim, que logo se ligou do que ele falava ao olhar para ela.
— Ah, três meses. — sorriu mínimo passando a mão livre pela mesma, que já estava um pouco mais inchadinha que antes.— Bom, vou indo, preciso estudar.
— Boa sorte, e até mais. — acenou e foi para o mesmo lado que veio.
JungWoo acenou de volta, foi até a mesa onde estavam suas coisas e começou a estudar duro como havia planejado aquele dia, o tempo passou tão rápido que ele nem viu que ficou horas estudando, o bom é que ele gosta muito de ler e ainda mais do assunto, então não foi um tempo perdido. Só parou quando sua barriga roncou e se lembrou que carregava um bebê em si.
— Droga, só não esqueço a cabeça porque está grudada no corpo. — bateu a mão leve na testa.
— Que bom que tem alguém para lembrar você. — o mesmo homem suíço de antes chegou de surpresa assustando JungWoo de novo.
— Ai que susto! — levou a mão à boca para não gritar e atrapalhar as pessoas ao redor. — Ainda está aqui, menino suíço?
— Fiquei aqui o dia inteiro também, menino coreano, só saí para comprar comida. — sorriu e Woo só notou que havia uma sacola na mão dele quando abaixou o olhar.
— Ah... — sorriu sem graça.
— Quer também? Eu comprei muito.
"Bela desculpa esfarrapada", JungWoo pensou.
— Ah, tudo bem, quero sim, obrigado. — mas aceitou já que estava morrendo de fome.
Os dois comeram juntos e conversaram mais naquele momento, JungWoo descobriu que o nome do "menino suíço" era Loan e que ele era mais novo que si, foi interessante a conversa dos dois e no final, antes de irem embora, trocaram seus números. Fazia muito tempo que o loiro não fazia amigos novos e fazer um assim do nada foi super legal.
JungWoo adoraria saber mais sobre a Suíça.
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O Wong mais velho ficou todos esses meses atolado com os trabalhos que eram de seu pai, nunca pensou que seriam tantas coisas assim, mas antes ele só ajudava com o que seu pai o dava e agora não era mais assim, o peso caiu em si. Não reclamava já que gostava de saber de tudo o que acontecia em seu país, então em alguns meses já havia resolvido praticamente tudo que estava pendente, queria ser melhor que seu pai, então se esforçava.
Hoje era mais um dia que ficou enfurnado em seu novo escritório, não tão novo assim já que fazem três meses desde que se apossou dele, e não saiu nem para jantar com a família, uma empregada teve que trazer seu jantar. Quando finalmente terminou sua última folha da penúltima pilha, suspirou cansado enquanto se espreguiçava e ouvia todos os seus ossos estalarem.
— Meu deus, preciso levantar. — manhou dolorido e se levantou, já saindo do escritório.
Enquanto andava pelo longo corredor para chegar em seu quarto, começou a pensar no garoto de cabelos loiros com uma presilha vermelha, nesse tempo que passou percebeu que algumas vezes pensava nele do nada, lembrando de quando trocaram olhares talvez significativos.
Sorriu lembrando do sorriso surpreso do garoto, mas ficou em choque ao ouvir, de repente, coisas que nunca pensou que ouviria de sua mãe.
— Como um garoto desses ainda tem o sangue real? Eu teria vergonha de falar que sou príncipe tendo uma mãe que é prostituta! — a rainha gritou e Yukhei correu até onde os gritos vinham.
Chegando perto, viu que a mesma disse aquelas palavras duras para XiaoJun, já que este não era filho legítimo da mesma.
— Mãe, o que está acontecendo aqui? — falou firme chamando atenção dos dois, XiaoJun estava com a cabeça abaixada, e quando levantou o olhar o rei viu que ele estava chorando.
— Filho. — a mesma sorri indo até ele, deixando o outro Wong para trás. — Mamãe já ia ver como você estava e levar um lanchinho.
— Não parece, já que estava gritando com ele. — desviou das mãos da mãe e foi até o irmão, o abraçando. — Por que estava dizendo aquelas coisas a ele?
— Eu não disse nada, Yukhei.
— Eu ouvi mãe! Qualquer um que passasse perto iria ouvir, me desculpe, mas você não é mãe dele para gritar assim com ele! — falou aumentando o tom de voz.
— Fale direito comigo, Wong Yukhei! — a rainha-mãe grita histericamente, assustando um pouco XiaoJun.
— Fale você direito com meus irmãos! Você só tem direito de gritar comigo e com Kun! — gritou de volta. — Se eu ouvir você gritando com qualquer um dos meus irmãos eu vou tomar providências, Mei Ling.
Era o fim do mundo para uma mãe ser chamada pelo próprio nome pelo filho enquanto brigavam, a rainha se sentiu desestabilizada na hora e quase caiu se não tivesse se segurado na parede ao lado, sua vida era um inferno e não aguentava mais morar no mesmo lugar que pessoas que são filhos de seu marido com outras mulheres, ou prostitutas como a mesma dizia, moram.
Yukhei levou o irmão até seu quarto, colocando-o sentado em sua cama para acalmá-lo, não estava acreditando ainda no que sua mãe fez, era o fim.
— Ela já fez isso antes com você? — se ajoelhou na frente dele e limpou a lágrima que caiu pelo rosto dele.
— Só uma outra, mas não gritou, só me olhou com desprezo. — soluçou. — Hyung, eu juro que não fiz nada e eu... Eu sei que ela não mentiu também.
— Está tudo bem, eu sei que não fez nada, saeng. — se esticou abraçando o mais novo. — Não liga para o que ela disse, sim? Ela devia estar estressada, mas não quer dizer que possa fazer isso, vou conversar direito com ela depois.
— Obrigado, hyung. — continuou a chorar.
Naquela noite XiaoJun adormeceu, de tanto chorar, na cama do irmão que o confortava até depois dele dormir. Enquanto fazia isso e pensava no que sua mãe fez, ouviu alguém abrir a porta do quarto, quando olhou, viu ser Kun, que o chamou para fora com a mão.
Yukhei saiu de fininho fechando a porta devagar para não acordar Xiao, entrou no quarto de Kun, que fica na frente do seu, e se sentou na cama com ele.
— O que foi? — perguntou curioso.
— Eu ouvi o que aconteceu no corredor, deu para ouvir de longe. — levou dois dedos à têmpora e massageou ali, fazendo uma expressão como se estivesse dor de cabeça. — O que a mãe fez foi um absurdo.
— É totalmente inadmissível o que ela fez, vou perguntar amanhã aos outros se ela já fez o mesmo. — suspirou. — Eu sei que deve ser doloroso conviver com os frutos das traições do papai, mas ela não pode fazer isso.
— Eu concordo totalmente, converse com ela e por favor não passe dos limites, a mamãe já tem problemas demais. — pegou no ombro do primogênito. — Se quiser posso ajudar.
— Não irei, obrigado. — sorriu mínimo. — E se eu precisar, eu te chamo.
— Eu sei a hora certa de entrar. — piscou.
— Como sempre ouvindo atrás da porta, hm? — cruzou os braços.
— É claro. — falou óbvio e riu.
👶🏻👑
A aparência do Loan pra vocês:
(Não sei quem é, só peguei o homem mais bonito que vi e ele ficou perfeito no personagem que imaginei kkkkkkk)
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